"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

domingo, 11 de agosto de 2013

1ª SÉRIE - 2ª UNIDADE - 2013 - MÚSICA POPULAR BRASILEIRA

A Música Popular no Brasil surge no século XVIII como expressão cultural da população das principais cidades coloniais, como Rio de Janeiro e salvador. É marcada pela síntese de sons indígenas, negros e portugueses. Mistura também elementos da música folclórica e erudita. Apresenta grande variedade de gêneros e ritmos e reflete a diversidade regional do país.
A Modinha, espécie de canção lírica e sentimental, desponta como uma das primeiras expressões musicais tipicamente brasileiras no século XVIII. É uma variação do estilo de maior sucesso na corte portuguesa, a Moda. O Lundú, dança de origem angolana trazida pelos escravos, predomina durante o século XIX. Sua fusão com os ritmos estrangeiros resulta no Maxixe, surgido no Rio de Janeiro entre 1870 e 1880. Nessa época aparece o Choro, caracterizado pela improvisação instrumental executada basicamente por violão, cavaquinho e flauta. O Samba nasce no final do século XIX no Rio de Janeiro, influenciado pela Marcha, pelo Lundu e pelo Batuque, entre outros ritmos.

No final da década de 20 surgem as primeiras duplas sertanejas, como Mariano e Caçula, que fazem as chamadas Modas de Viola. As músicas, que tratam da vida do homem da roça, são cantadas em duas vozes e acompanhadas por viola e violão.

Década de 30: a música brasileira fez sucesso no rádio, criando ídolos populares, a partir da década de 30. Destacam-se as cantoras Isaura Garcia (1923-1930), Emilinha Borba e Marlene com seus repertórios românticos. Entre os cantores, Francisco Alves (1898-1952) é considerado Rei da Voz. Nessa época do governo de Getúlio Vargas, a censura prévia controla a música popular: canções de caráter político só são veiculadas quando elogiosas ao país, como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Sob forte influência do Bolero, surge, a partir da década de 30 o Samba-canção, um tipo mais lento, melancólico  e romântico, orquestral e introspectivo do gênero, também conhecido como samba de meio do ano, ou seja, aquele lançado depois dos sambas de carnaval. Ainda em 1930 acontece o primeiro grande sucesso do sambista carioca de Vila Isabel Noel Rosa (1910-1937) – "Com Que Roupa", já com toda sua linguagem crítica e humorística sobre a vida carioca, marca registrada de toda sua obra.
Década de 40: nesta época a Rádio Nacional, estatal, contrata artistas prestigiados, como Silvio Caldas (1908-1998) e Orlando Silva (1915-1978). A década de 50 é marcada pelo Samba-Canção que trata de temas relacionados às desventuras do amor, como Vingança, de Lupicínio Rodrigues (1914-1974). A cantora, atriz e bailarina, nascida em Portugal, Carmem Miranda (1909-1955) é a primeira grande artista brasileira a atingir sucesso internacional. Além de atuar e cantar sambas vestida de baiana estilizada com uma fruteira tropical como chapéu, lançando moda nos Estados Unidos, Carmem Miranda foi um dos maiores ícones mundiais, participando, em Hollywood, de muitos filmes que marcaram época.
Década de 50: Na virada dos anos 40 para 50, acontece o primeiro momento de sucesso da música nordestina. Nessa época, Luis Gonzaga, autor de Asa Branca, passa a ser conhecido em todo o país como Rei do Baião. Cantando as dificuldades da música nordestina, lança um novo balanço e uma nova maneira de dançar. Em 1958 surge a Bossa-Nova. Sua estrutura harmônica, influenciada pelo Jazz, e o refinamento na instrumentação difere de tudo que já havia sido produzido. Entre os nomes mais importantes do movimento estão João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Década de 60: Com fortes ecos dos Estados Unidos e Inglaterra, o rock'n'roll surge no país através de versões, quando Nora Ney grava a versão "Rock Around The Clock". A primeira grande estrela do gênero é Celly Campelo (1942-) com os hits "Estúpido Cupido" e  "Banho de Lua" já no início dos anos 60.
Ainda nos anos 60 o clima de militância política dá origem a músicas que abordam temas relativos à situação social e política do país. Grande parte dos compositores da época ingressa nas canções de protesto, como Geraldo Vandré , autor de Caminhando (Pra não dizer que não falei de flores) e Edu Lobo, de Upa Neguinho.
Em meados dos anos 60 explode a Jovem Guarda, o reflexo brasileiro do rock internacional, com músicas românticas e descontraídas que fazem sucesso entre os jovens. Nos anos 70, o rock desenvolve-se com Rita Lee e Raul Seixas (1945-1989).
A partir de 1965, com o início dos Festivais, a sigla MPB passa a identificar a Música Popular Brasileira. Mulher Rendeira, a música que surgiu após a Bossa-Nova, rompe com os regionalismos e se projeta nacionalmente. Marcada por grande variedade de estilos, a MPB incorpora elementos do Jazz e do rock da Jovem Guarda. A MPB diferencia-se da Bossa-Nova por abandonar o intimismo, apresentar-se em grandes espaços públicos e pela temática ligada à situação política do país.
A TV Excelsior, de São Paulo, organiza o primeiro Festival de Música Popular Brasileira. Os parceiros Edu Lobo e Vinícius de Moraes vencem com Arrastão, interpretada por Elis Regina (1945-1982). No ano seguinte, a TV Record, também de São Paulo, produz o segundo Festival. Chico Buarque de Holanda, com A Banda e Geraldo Vandré, com Disparada, empatam em primeiro lugar. Em 1967, em outro Festival de MPB da Rede Record, Edu Lobo e Capinam vencem com Ponteio e Roda Viva, de Chico Buarque, fica em quarto lugar. No mesmo Festival, Alegria Alegria, de Caetano Veloso, e Domingo no Parque, de Gilberto Gil, lançam as sementes do Tropicalismo, movimento que incorpora à MPB elementos do rock, dos ritmos estrangeiros e da cultura em massa. Participaram desse movimento, Tom Zé, os letristas Torquato Neto e Capinam, os maestros arranjadores Júlio Medaglia e Damiano Cozzela. Pela defesa da música brasileira, o tropicalismo incorporou, com muita polêmica, o uso da guitarra elétrica, de gêneros como o bolero, o carnaval, as músicas de raiz e elementos do rock. O nome Tropicália foi extraído por Caetano de uma instalação do artista plástico Hélio Oiticica.
Ainda na década de 60, o cantor e compositor carioca Jorge Ben (atualmente, Jorge Ben Jor) atinge grande sucesso nos Estados Unidos. Ele é convidado pelo Ministério das Relações Exteriores a se apresentar nos Estados Unidos, durante três meses, em clubes e universidades. Lançadas por Sérgio Mendes, as músicas "Mas Que Nada" e "Chove Chuva" chegam às paradas de sucesso americanas, apesar dele não estar obtendo muito sucesso nesta época no Brasil.
A partir da decretação do AI-5, em 1968, toda a produção cultural do país entra em crise com o exílio de muitos artistas. Na MPB, poucos músicos realizam trabalhos isolados, como Milton Nascimento e Elis Regina.

Anos 70: Nos anos 70 a MPB consagra-se como forma musical característica dos centros urbanos, que passam a reunir compositores e intérpretes, até então espalhados pelo Brasil. Representando a variedade regional da música brasileira, de Alagoas vem Djavan; do Pará, Fafá de Belém; do Ceará, Belchior e Fagner . Há grande diversidade de tendências, expressas por nomes como Os Novos Baianos, Gal Costa, Ivan Lins, Simone, Clara Nunes, Beth Carvalho, Alcione, Zizi Possi, Hermeto Pascoal, Gonzaguinha, João Bosco e Egberto Gismonti. Intérpretes como Ney Matogrosso, Alceu Valença e Elba Ramalho alcançam êxito expressando a variedade de estilos e a fusão entre Samba-Canção e Pop. A hora e a vez dos mineiros. Com a música "Clube da Esquina", de autoria de Milton Nascimento com Lô Borges e Márcio Borges, inaugura-se o movimento de uma nova música mineira que revigoraria a canção popular brasileira do começo da década.
Década de 80 e 90: nesta época começam a fazer sucesso novos estilos musicais que recebiam forte influência do exterior. São as décadas do rock, do punk e da new wave. O show Rock in Rio, do início de 1980, serviu para impulsionar o rock nacional. Com uma temática fortemente urbana e tratando de temas sociais, juvenis e amorosos, surgem várias bandas musicais. A partir dos anos 80 a música popular registra novos nomes como Arrigo Barnabé, Itamar Assunção, Luiz Melodia, Eliete Negreiros, Na Ozzetti, Vânia Bastos, Leila Pinheiro e grupos como Rumo e Premeditando o Breque, que incorporam elementos da música erudita de vanguarda e do rock, reggae e funk. O rock firma-se no mercado com Marina Lima e bandas como Blitz, Barão Vermelho, Titãs, Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor e Legião Urbana.
A música nordestina vive outro momento de consagração a partir dos anos 80, quando os ritmos afro-brasileiros, popularizados no carnaval de Salvador, começam a ser valorizados no resto do país. O primeiro nome a se destacar é Luis Caldas, divulgador do gênero Fricote, por volta de 1987. Em seguida a lambada invade a Bahia e faz grande sucesso. O bloco de carnaval Olodum passa a ter músicas gravadas por artistas como Gal Costa e Paul Simon.
Também na Bahia surge Daniela Mercury, que mistura samba e reggae, numa música chamada de Axé Music.
Uma nova música sertaneja surge da fusão do estilo caipira brasileiro com o country norte-americano. As novas duplas trocam a viola pela guitarra elétrica e cantam a música romântica, afastando-se dos temas rurais, como Chitãozinho & Chororó e Leandro & Leonardo.

Século XXI: o século XXI começa com o sucesso de grupos de rock com temáticas voltadas para o público adolescente. São exemplos: Charlie Brown Jr., Detonautas e CPM22. Também fez muito sucesso até os dias atuais o grupo Los Hermanos. Além desses grupos, faz muito sucesso desde o início do século XXI muitas bandas de pagode com letras de música bastante simples e a maioria, de duplo sentido, que conquistam o público pelo ritmo repetitivo e contagiante das danças. As cantoras-musas Ivete Sangalo, Cláudia Leite e Daniela Mercury continuam com seu público cativo, assim como os cantores da MPB Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Milton Nascimento e Maria Betânia, entre outros.

Após tantos anos, a música popular brasileira  ocupa hoje um posto importante na cultura (e na economia) brasileira que, se nos anos 60 estava se iniciando, hoje atinge cifras e dados impressionantes. Com estratégias de produção definidas, a música popular nunca esteve tão presente no cotidiano do cidadão, como nos dias de hoje. A música popular ainda pode ser a maior fonte de (in)formação do cidadão brasileiro na atualidade. Talvez não mais como protesto e instrumento de tomada de poder, mas, quem sabe como instrumento de ação deste cidadão no país. Sem a pretensão de sugerir uma postura cívica para a música no Brasil, talvez seja possível pelo menos sugerir uma postura “musical” para a análise crítica da realidade brasileira.



2ª SÉRIE - REVISÃO - 2ª UNIDADE

01 – Que característica da cultura egípcia foi decisiva para a grandiosidade de sua arquitetura? Cite um exemplo de obra arquitetônica que evidencie isso.

02 – Quais são as características gerais da arquitetura egípcia?

03 – Na pintura, o artista egípcio tinha de seguir diversas regras, como a Lei da Frontalidade. O que essa regra determina?

04 – Explique como era a pintura do Médio Império.

05 - No Médio Império, também foram produzidos magníficos trabalhos de arte decorativa, cite um exemplo dessa arte.

06 - A arquitetura se desenvolveu bastante, através de construções gigantescas, como as pirâmides, a Esfinge, os templos de Luxor e Karnak, etc. Além destas construções, existiam as mastabas e os hipogeus. O que representavam essas construções e como eram?

07 – Quais são as características da escultura no Médio Império?

08 – Explique como era a escultura do Antigo Império. 

09 – O que permitiu que tantas informações sobre a cultura do Egito chegassem até nós?


Procure no diagrama de letras as palavras e completa as alternativas:

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Atenção: A questão será considerada correta quando as palavras encontradas forem marcadas no diagrama e escritas nos espaços em branco para completar as alternativas.

1 – Geralmente a _________________ é de forma trapezoidal ou circular. Era constituída grandes pedras em posição vertical em número variável entre seis e nove, cobertos por uma laje horizontal, designada de chapéu, mesa ou tampa.

2      – _______________________é uma forma de criar uma imagem e repeti-la muitas vezes. A isso damos o nome de reprodução de imagens, um processo muito importante para a difusão de informações.

3 – Os primeiros artistas da humanidade foram os homens da Pré-história. Eles viviam em pequenos grupos e eram _________________, não tinham lugar fixo para habitar.

4      O ___________é um material sintético usado em uma das técnicas de gravura é o mesmo usado para se fazer pisos. Esse material é bastante maleável à incisão e permite que correções e alterações sejam feitas, caso seja necessário.

5      – A __________________ é quando se agrega material plástico até conseguir o efeito desejado, para cera ou argila. Essa técnicas é usada pelos artistas na criação de esculturas.

6      A ___________________surge com a informática e são imagens criadas através da computação gráfica. Essa nova linguagem utiliza imagens fotográficas digitalizadas ou desenhos vetoriais, podendo misturar os dois, que depois são impressas utilizando impressoras laser ou plotter de impressão.

7      O suporte principal para a produção do grafite é o ____________.

8 - O __________________ foi o período da Pré-História, iniciou-se o desenvolvimento da agricultura e a domesticação de animais. 

9      _________________________________ é uma câmara funerária, coberta por uma singela construção de tijolos, de base retangular, com paredes inclinadas. 

10   Tipo de coluna que possui o capitel em forma de flores de papiro.