"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

quinta-feira, 21 de julho de 2016

2ª Série - Atividade sobre Arte Grega - 2ª Unidade - 2016

   1.    Compare a Ordem Dórica com a Ordem Jônica em seguida esboce um esquema de cada um dos tipos de colunas, ilustrando as diferenças e em seguida cite algumas características que diferenciam a ordem dórica da ordem jônica. 

    2.    Qual era o principal modelo retratado pelas esculturas gregas nos períodos arcaico e clássico?  

     3.    Liste as características da escultura no período Clássico. 

    4.    Escreva sobre a evolução da escultura grega no decorrer dos períodos arcaico e clássico, considerando as características faz figuras, técnica e materiais empregados. 

           5.  Que mudanças ocorreram na escultura do período helenístico?  

     6.    Qual é o principal exemplo de arte minoica?  

     7.    Quais as características da pintura do período Minoico?  

    8.    Qual a diferença entre Hidra, Cratera e Ânfora?


sexta-feira, 8 de julho de 2016

3ª Série - Um novo olhar sobre Salvador - 2ª Unidade - 2016

Salvador: história e arquitetura

 

Salvador é, sem dúvida, uma das cidades mais belas do Brasil. Por isso, e por outra série de características singulares, tornou-se também um dos principais destinos turísticos tanto nacionais quanto internacionais. Famosa pela sua história, pelo legado deixado por povos de outros continentes, pela miscigenação cultural, pelo sincretismo religioso e pelo povo hospitaleiro.
A cidade é um importante destino turístico do país. Quanto ao turismo internacional, fica atrás apenas do Rio de Janeiro em procura. O interesse pela cidade se dá pela beleza do seu conjunto arquitetônico e da cultura local (música, culinária e religião).
Salvador, fundada em 29 de março de 1549, foi a primeira capital do Brasil, posição que manteve durante 214 anos (1549-1763).
A Cidade de Salvador fica debruçada sobre o mar transparente e calmo da Baia de Todos os Santos. Suas águas, mornas e receptivas ficam quase que totalmente protegidas por várias e belas ilhas, como a de Itaparica, Ilha de Maré e Ilha dos Frades.
Cidade antiga e primeira capital do Brasil, Salvador consegue contrastar harmonicamente os casarios coloniais do Pelourinho, (Patrimônio da Humanidade) com largas avenidas e edifícios de arquitetura arrojada como a Casa do Comércio.
Sua localização estratégica na costa brasileira propiciava as ligações Portugal - Brasil - África - Ásia e a equidistância entre as regiões Norte e Sul do Brasil, aliada às condições requeridas para o abrigo seguro e a correta manobra das embarcações.
Tudo isso determinou a sua escolha como local ideal para a construção da capital do BRASIL.
O conjunto arquitetônico colonial de Salvador é de importância irrefutável, possuindo inclusive o Título de "Patrimônio Histórico e Artístico da Humanidade" conferido pela O.N.U.
Sua exuberante geografia é dividida em dois andares, cidades alta e baixa. Seu rico patrimônio histórico e cultural foi herdado pela miscigenação das raças (indígena, africana e européia) e está presente na religiosidade, nas manifestações culturais e nos costumes de um povo alegre e hospitaleiro. Esses atributos singulares despertam a curiosidade no imaginário das pessoas, tornando Salvador num excelente produto turístico nacional e internacional.
A Cidade Baixa surgiu com sucessivas ampliações da área de praia original que, a partir de meados do século XVI, chegava ao pé da “montanha” para servir como o Porto da antiga Salvador. Nela foram construídas fortificações, amarras de naus, cais para saveiros e depósitos de mercadorias que iam e vinham de todas as partes do mundo. A primeira área é chamada de Conceição da Praia – cuja base foi erguida em 1549 a mando do capitão Tomé de Souza, o primeiro Governador-Geral do Brasil. Aí estão também o Forte de São Marcelo, edificado em meados do século XVII e reformado no inicio do século XIX para defesa do porto, o quebra-mar.

Construção da cidade

Salvador começou a ser construída no Pelourinho e as razões que levaram a escolha deste local são bastante claras. É a parte mais alta da cidade, em frente ao porto, perto do comércio e naturalmente fortificada pela grande depressão existente que forma uma muralha, de quase noventa metros de altura, por quinze quilômetros de extensão, o que facilitaria a defesa de qualquer ameaça vinda do mar.
Em poucos anos, Tomé de Souza construiu uma série de casarões e sobrados, na parte superior dessa muralha, todas inspiradas, evidentemente, na arquitetura barroca portuguesa e erguidos com mão de obra escrava negra e indígena. Para dar maior proteção à cidade, o Governador Geral limitou o acesso a apenas quatro portões, estes totalmente destruídos durante as tentativas sem sucesso, de dominação da cidade no séc. XVII.
Salvador desenvolve-se em dois níveis distintos: a Cidade Baixa, na estreita planície litorânea, é núcleo das atividades portuárias e comerciais, sobretudo do setor atacadista. 
a cidade Baixa encontramos o Mercado Modelo, com lojas de artesanato, restaurantes e bares,  construído em 1861 e tombado  pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, abrigou no passado a Terceira Alfândega da capital, é uma  obra em estilo neoclássico, com um corpo quadrado e telhado de duas águas, trazendo anexado, ao fundo, um pavimento de planta semicircular, culminando em uma cobertura em formato cônico, compondo uma rotunda, sem comparativo em toda a arquitetura nacional. Encontramos também a Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, concluída em meados do séc. XVIII era primitivamente de nave única e corredores laterais, com tribunas superpostas e coro. Entre 1908 e 1912 é modificada com a demolição, no térreo, das paredes que separam a nave dos corredores, substituídas por pilares. Sua fachada possui composição simples e é realçada por uma torre de terminação piramidal, revestida de azulejos brancos e azuis. No seu interior, destacam-se o altar-mor e altares colaterais - barrocos - e os azulejos da capela-mor, doados como ex-votos e datados de 1743/46.
Na Ladeira do Contorno encontramos o Solar do Unhão, conjunto arquitetônico colonial em cujas instalações funcionou um engenho de açúcar, fábrica de rapé e trapiche e que foi quartel dos fuzileiros navais americanos durante a II Guerra Mundial. Hoje uma das principais atrações turísticas da capital baiana. Constitui-se em expressivo conjunto arquitetônico, integrado pelo Solar, pela Capela de Nossa Senhora da Conceição, um cais privativo, aqueduto, chafariz, senzala e um alambique com tanques. O conjunto atualmente sedia o Museu de Arte Moderna (MAM), totalmente restaurado. O solar também abriga o Parque das Esculturas que reúne 23 esculturas de 20 principais nomes da escultura moderna e contemporânea como: Bel Borba, Carybé, Chico Liberato, Emanuel Araujo, Fernando Coelho, Juarez Paraíso, Mário Cravo Júnior, Mestre Didi, Sante Ecaldaferrii, Siron Franco, Tati Moreno e Vauluizo Bezerra.
A Cidade Alta com os bairros residenciais que contornam o centro histórico, caracterizado pelo comércio varejista. Essa área da cidade foi a que mais se modernizou e onde se localizam os prédios da administração pública, embora se conservem casarões, sobrados, igrejas e palácios característicos da cidade antiga. Os dois níveis estão ligados pelo Elevador Lacerda, um marco da cidade, em funcionamento desde 1873, resalta a originalidade topográfica de uma cidade separada em dois níveis. Foi construído pelo engenheiro Augusto Frederico de Lacerda, utilizando peças de aço importadas da Inglaterra. Este grandioso monumento arquitetônico surpreende pelo seu porte, possui 72 metros da base até a torre dos elevadores e duas torres: uma que sai da rocha e perfura a Ladeira da Montanha, equilibrando as cabines, e outra, mais visível, que se articula à primeira torre, descendo até ao nível da Cidade Baixa.
A primeira capital do Brasil guarda em seu território muito da arquitetura da época colonial, abrigando relíquias seculares. Seus museus e palácios de excelência arquitetônica contam como era a vida da suntuosa e imponente Salvador nos tempos de Colônia e Império.
O traço da cidade declara a preocupação dos colonizadores do século XVI em criar uma cidade com boa estrutura de defesa, de maneira que sua porção litorânea fosse guardada pelos fortes sempre vigilantes a possíveis invasões.
O conjunto arquitetônico do Pelourinho está no mais alto sítio da cidade. Seus mais de mil sobrados, solares, palacetes, igrejas e conventos são voltados para o sul, o que remonta o modelo Ibérico de construções, com grandes salões voltados para o poente e quintais em forma de jardins ao fundo. Nestas construções as pedras de lios compõem as alvenarias e o acabamento, feito em azulejos portugueses. Durante a época da escravidão, era o lugar onde os escravos eram castigados.
Encontramos também a O Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica (Pelourinho) dispõe de dois ambientes ocupados por materiais referentes à arte da cerâmica e do azulejo. No andar térreo, a exposição “Azulejaria na Bahia” reúne materiais referentes á arte da cerâmica e do azulejo, além de proporcionar uma visão cronológica da existência do azulejo disposta do século XV ao XX, incluindo sua chegada ao Brasil, no século XVII.
Na Bahia, o colecionador Udo Knoff reuniu azulejos de todos os períodos do Brasil (séculos XVII, XVIII, XIX e XX), além de reproduzir e produzir esta arte durante o século XX. A coleção do Museu Udo Knoff é composta por azulejos portugueses, ingleses, franceses, holandeses, mexicanos e belgas, telhas vitrificadas, pratos, jarros, reproduções de azulejos antigos e obras do artista. Com o olhar atento, o ceramista conseguiu reunir uma grande variedade de padrões de azulejos, estudou a origem, a composição e o tipo de argila com o objetivo de deixar registrada a maior fortuna que Portugal deixou para o mundo, assim como outros países que também desenvolveram esta arte e que aqui chegaram no século XIX, com a abertura dos portos.
A Igreja do Rosário dos Homens Pretos é outro exemplo de arquitetura, localizada no Pelourinho, iniciada nos primeiros anos do século XVIII pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos do Pelourinho, escravos que só podiam trabalhar na obra em seus momentos de folga, precisou de quase um século para ser concluída. Finalizada em 1796, é um dos marcos do Centro Histórico, com torres de influência indiana, fachada com estilo rococó, reúne trabalhos delicados e belíssimas torres e possui um painel no teto de José Joaquim da Rocha. Destacam-se em seu interior, os painéis de azulejos, os altares neoclássicos e três imagens o século XVII: a de Nossa Senhora do Rosário, São Antônio de Cartegorona e São Benedito. Nos fundos, localiza-se um antigo cemitério de escravos.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos a Catedral Basílica, dois grandes exemplos da arquitetura da época da Colônia.
No Pelourinho também encontramos o Museu da Gastronomia Baiana (MGBA) é o primeiro da América Latina totalmente dedicado à gastronomia, é um espetáculo só por sua arquitetura. Ao entrar, cumpre-se um circuito que começa nas Muralhas de Santa Catarina, o mais antigo e importante marco arqueológico de Salvador, que estão destacadas com projeto luminotécnico e painel apresentando as referências iconográficas e textuais. Seguido pela exposição permanente, veem-se grandes painéis assinados por fotógrafos renomados que abordam temas culturais diversos, como as comidas sagradas do candomblé. As fotografias ampliadas compõem os cenários humanos, reunindo maneiras de comer, as festas de largo, as baianas de acarajé e outros temas que mostram a diversidade de comer na rua, na casa, na festa e em cerimônias religiosas.
O museu traz as histórias das comidas típicas baianas, como acarajés, vatapás e moquecas, além de referências étnicas, sociais e culturais que fazem parte da gastronomia da Bahia.
O acervo do museu é composto por filmes, fotos, maquetes e utensílios de vários tipos de materiais que ajudam a sintetizar a formação da culinária brasileira.
No centro histórico de Salvador também se destaca o Solar do Ferrão – Se chamou Solar do Maciel, o segundo mais antigo Solar do século XVII. José Sotero Maciel de Sá Barreto comprou o terreno, construiu para morar e depois transfere o solar para os jesuítas, que fazem de lá o seu seminário. Com a saída dos jesuítas, o solar é rematado por Joaquim Inácio Ferrão de Aragão e ganha o nome de Solar do Ferrão.
O Governo do Estado adquire o edifício em 1978. Após um amplo trabalho de restauração, ele passa a sediar a Galeria Solar do Ferrão no andar térreo e o Museu Abelardo Rodrigues no andar nobre em 1981,  que guarda a mais valiosa coleção de arte sacra particular do Brasil. São imagens em madeira, barro cozido, marfim, pedra e metal, além de oratórios, imagens de Roca, e santeiros populares, pinturas, altares, crucifixos e fragmentos de talha expostos numa área de 536 metros quadrados. A coleção contém mais de 800 peças reunidas pelo pernambucano que dá nome ao museu. As obras datam do período entre os séculos XVIII e XIX. No ano de 2008, são transferidas para o Solar as coleções de Arte Popular e de Arte Africana. Doada ao estado em junho de 2011, a Coleção de Instrumentos Musicais Tradicionais Emília Biancardi passa a integrar o acervo do espaço no início de 2012. O encontro entre estas expressões artísticas possibilita um diálogo único entre as matrizes que colaboraram para a formação do povo brasileiro: a indígena, a portuguesa e a africana.
O Ferrão também é sede da Galeria Solar Ferrão, espaço dedicado à arte contemporânea. A realização de exposições temporárias dinamiza o local propondo uma ponte entre o passado e o presente e possibilitando aproximações que atualizam e resignificam a produção artística.
As três coleções de arte, em diálogo com as produções artísticas contemporâneas da Galeria, proporcionam um vigor e dinamismo que consolidam o Centro Cultural Solar Ferrão como um dos principais centros de arte e cultura do Pelourinho.

Chegando ao corredor da Vitória vamos encontrar o Museu Carlos Costa Pinto inaugurado em 5 de novembro de 1969, o Museu tem origem na coleção particular do comerciante e exportador de açúcar Carlos Costa Pinto (1885 - 1946), reunida ao longo de 30 anos. Instalado no casarão em estilo colonial americano projeto dos arquitetos Euvaldo Reis e Diógenes Rebouças. Destinada, inicialmente, à residência da família, a casa nunca foi habitada e uma série de adaptações para comportar a sua nova função foi feita ao longo de sua existência.
Doado pela viúva Margarida de Carvalho Costa Pinto, o museu possui um acervo de 3.175 obras de artes decorativas dos séculos XVII ao XX divididos em 12 coleções: Cristal, Desenho, Diversos, Escultura, Gravura, Imaginária, Mobiliário, Ordens Honoríficas, Ourivesaria, Pintura, Porcelana e Prataria. Um dos destaques do Museu é a coleção de pratarias (religiosa, civil e regional), uma das maiores do Brasil, exposta de acordo com a função dos objetos. Da ourivesaria sacra podem ser vistos objetos litúrgicos variados: cálices; cruzes e lanternas processionais; vasos para água e vinho; castiçais, conchas de batismo etc. Da ourivesaria civil (ou profana), melhor representada, fazem parte objetos de uso cotidiano e aqueles utilizados em ocasiões especiais, como nascimentos, casamentos, saraus e batizados. A maioria das peças pertence à segunda metade do século XVIII - considerado o auge da ourivesaria -, algumas pertencem ao século XVII e poucas ao século XIX.
As joias constituem outro ponto alto da coleção do Museu. Por meio delas é possível conhecer não apenas os adereços que adornam as imagens sacras, mas também as joias usadas pelas mulheres das elites e aquelas que compõem o traje das crioulas baianas. A coleção do Museu possui 27 pencas de balangandãs de prata, datadas dos séculos XVIII e XIX.

Outro museu que se destaca no corredor da Vitória é o Museu de Arte da Bahia fundado em 1918. O novo e imponente prédio, conhecido como “Palácio da Vitória”, foi enriquecido com vários elementos arquitetônicos, oriundos de demolição de outros solares, a exemplo da magnífica portada seiscentista com moldura em arenito, formando desenho de tranças e frontão com volutas, datado de 1674. A sua porta monumental, em vinhático e jacarandá, é toda ela entalhada com vários painéis retangulares com expressivos mascarões em baixo relevo. O acervo do Museu de Arte da Bahia é formado de várias coleções particulares constituídas à partir da 2ª metade do séc. XIX e progressivamente adquiridas pelo Estado,  possui ainda no seu acervo, uma série de cerca de 200 desenhos de Carybé, datados de 1950, gravuras de renomados artistas brasileiros, e estrangeiros, além de fotografais antigas e importantes documentos históricos.
Na Graça encontra-se o Palacete das Artes/Museu Rodin Bahia constitui-se de um prédio antigo e um anexo moderno. O projeto de arquitetura do Rodin Bahia, de autoria dos arquitetos Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, promove um diálogo entre o secular e o contemporâneo, buscando uma relação de equilíbrio entre eles na configuração dos três grandes ambientes: o palacete, o edifício anexo e o parque das esculturas. A parte antiga, o casarão propriamente dito, é uma construção de 1912, realizada para moradia de um rico empresário local, Bernardo Martins Catharino, com seus múltiplos espaços distribuídos pelos três pavimentos.  O projeto é do arquiteto Baptista Rossi, de origem italiana. Foi construído no estilo eclético, com elementos decorativos em art nouveau. Para sua construção foram importados materiais, operários e artistas europeus. Em 2006 foi feito, pelo governo da Bahia, o restauro do imóvel antigo e construído um anexo, com projeto do renomado arquiteto Marcelo Ferraz, ao seu fundo, para sediar exposições diversas. O prédio histórico foi destinado a abrigar esculturas do artista francês, Auguste Rodin, com peças em gesso, e nos jardins externos, em bronze, autenticadas, feitas em Paris.
Na Praça Rodrigues Lima encontra-se a Igreja de Nossa Senhora da Vitória é a segunda Igreja mais antiga do país, foi construída no século 16, em época incerta. Existem historiadores que acreditam que ela já existia antes da fundação de Salvador, em 1549, podendo inclusive ter sido a primeira da Cidade.
O templo atual foi edificado provavelmente logo após a reconquista da Cidade, em 1625, invadida pelos holandeses.
Em 1808, ela foi reformada pela Companhia do Santíssimo Sacramento, com recursos doados por vários benfeitores e pelo Príncipe Regente Dom João, que chegara de Lisboa. Sua fachada, voltada para a Baía de Todos os Santos, foi mudada para o sentido oposto e atual, de frente para o Largo da Vitória.
Nova reforma ocorreu em 1910, com alteração da fachada.
A Igreja abriga notáveis obras de arte de Joaquim Pereira de Matos Roseira (1789-1885) e possui ricas imagens barrocas em seu altar e bela decoração.
Do século XVII vieram os registros beneditinos com igrejas de grande porte e riqueza. Adornos em madeira, folheados a ouro e pinturas ao teto finalizam estas construções com um toque do Barroco. Os espaços que melhor caracterizam esse período são A Catedral Basílica e a Igreja e Convento do São Francisco.
A Catedral Basílica está instalada no mais grandioso templo construído pelos jesuítas no Brasil. A pedra fundamental foi colocada em 1656 e a igreja foi oficialmente inaugurada em 1672. Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, o templo ficou desocupado e em 1765, o rei de Portugal, ofereceu o templo jesuíta ao Arcebispo da Bahia para celebrarem os ofícios divinos até que a Sé Primacial do Brasil, situada na Praça da Sé, Centro Histórico de Salvador, que apresentava problemas estruturais, fosse restaurada.
Seu acervo de arte sacra é um dos mais valioso do Brasil. Os dois primeiros altares foram construídos em estilo renascentista maneirista, de 1650. O altar-mor é de 1670. No total, são 13 altares.
O projeto arquitetônico é do irmão Francisco Dias, que chegou em Salvador em 1577. A fachada é toda em pedras de lioz, importadas de Portugal e abrigam peças do mobiliário do século XVI.
Nos nichos sobre as portas estão as imagens de três santos jesuítas: Santo Inácio de Loyola, São Francisco Xavier e S. Francisco de Borja.
Um dos pátios do antigo colégio foi destruído pelo fogo em 1801. Em 1808, foi instalado o Real Hospital na ala que restara. Novo incêndio, em 1905, consome o edifício que é reerguido em estilo eclético para abrigar a Faculdade de Medicina da Bahia, a primeira do país fundada em 1808 e aí instalada desde 1833.
A Igreja e Convento do São Francisco uma das mais ricas e espetaculares igrejas do Brasil, possui o interior todo recoberta em ouro, uma das mais singulares e ricas expressões do Barroco brasileiro. O edifício foi construído em pedra calcária nas partes aparentes, e arenito nas partes rebocadas. Todas as superfícies do interior - paredes, colunas, teto, capelas - são revestidas de intrincados entalhes e douraduras, com florões, frisos, arcos, volutas e inúmeras figuras de anjos e pássaros espalhados em vários pontos.
A Barra é um dos bairros mais tradicionais de Salvador, capital da Bahia, localizado na parte sul da cidade; pertence a Região Administrativa VI, de mesmo nome . Possui uma localização geográfica única no mundo, onde é possível ver tanto o nascer quanto o pôr do sol  no mar, pois ocupa o vértice da península em que está a cidade,  preserva em sua paisagem um acervo histórico e arquitetônico valioso para o Brasil, sendo o Farol da barra seu ícone mais famoso, ao lado dos Fortes de Santa Maria e São Diogo.
Protegido pelo morro de Santo Antônio, do lado direito da praia do porto da Barra, junto à Santa Casa de Misericórdia, o Forte de São Diogo visava impedir, com o apoio do Forte de Santa Maria, o desembarque de qualquer inimigo naquele acesso ao Sul de Salvador, na Cidade Baixa.
A sua construção remonta ao Governo Geral de D. Diogo de Meneses Siqueira (1609-1613). No contexto das Invasões holandesas do Brasil foi reconstruído a partir de 1626, durante o Governo Geral de Diogo Luís de Oliveira (1626-1635), resistindo, ainda em obras, ao ataque de abril-maio de 1638 do Conde Maurício de Nassau (1604-1679).
Foi inaugurado em setembro de 1722, quando passou a contar com uma bateria de sete peças de artilharia.
Passou por novas reformas, nas canhoneiras e parapeitos, em 1875, 1883 e 1886. Em 1885, mantinha quatro peças de artilharia nas muralhas abandonadas.
Atualmente, o Forte de São Diogo encontra-se restaurado e aberto ao público, convertido em Centro Cultural, com programação regular de eventos. A sua guarnição apresenta-se trajada com o uniforme histórico do 1º Regimento de Infantaria da Bahia, dentro do projeto de revitalização das Fortalezas Históricas de Salvador, da Secretaria de Cultura e Turismo em parceria com o Exército Brasileiro.
O Forte de Santo Antônio da Barra teve sua construção iniciada em 1534, foi concluída a edificação da durante o governo de D. Francisco de Souza (1591-1602), numa colina situada na Ponta do Padrão, construída em pedra e cal. No mesmo local, em 1534, tinham sido levantadas fortificações rudimentares, melhoradas durante o governo de Manuel Teles Barreto (1583-1587).
A Fortaleza tinha a forma de um hexágono irregular e estava construída em alvenaria, com 4 ângulos reentrantes e 6 salientes, tendo como finalidade a defesa da barra. O seu armamento era constituído por 8 peças de bronze. Foi ocupada em 1624 pelos Holandeses. Contudo, foi reconstruído e melhorado durante o governo de D. João de Lencastre (1694-1702).
Posteriormente, em 1875, a Fortaleza foi reparada. Em 1839, recebeu o chamado Farol da Barra, em substituição de outro mais antigo, de bronze, que aí existia. Instalado sobre uma torre de alvenaria a 37 metros acima do nível do mar, o Farol do Forte de Santo Antônio da Barra foi o primeiro farol de todo o continente americano. Atualmente abriga o Museu Hidrográfico de Salvador.
Na transição entre os séculos XVII e XVIII, o Forte de Santo Antônio da Barra recebeu a forma irregular de estrela, com quatro faces reentrantes e seis salientes. Era a nova linha de arquitetura militar portuguesa. Outras modificações no ano de 1937, quando foi concluído o serviço de eletrificação do Farol, sendo retirada a instalação incandescente a querosene. Hoje o alcance luminoso é de 70 Km para a luz branca, e 63 Km para a luz encarnada. Mais recentemente, uma reforma do Forte permitiu a criação do Museu Náutico da Bahia e também de um café.
O forte abriga o Museu Náutico da Bahia que é único do gênero em todo o estado, abriga rico acervo da história marítima do Brasil, especialmente do período colonial. Nele está parte significativa dos achados arqueológicos da expedição submarina ao sítio do Galeão Santíssimo Sacramento, naufragado na costa da cidade de Salvador, em 1668. Reunindo valioso acervo como faianças, munições, canhões, instrumentos náuticos, selos, moringas e inúmeros objetos do uso cotidiano no século XVII compõem um diversificado painel dos hábitos e costumes da época. Possui também uma coleção de instrumentos de navegação e sinalização náutica, maquetes, miniaturas de embarcações de variada origem e uma mostra permanente relativa à geografia, história, antropologia e cultura da Baía de Todos os Santos, além da vida marítima, militar e administrativa da cidade de Salvador, primeira capital do país e sua mais importante cidade durante mais de três séculos.
A Igreja de Santo Antônio da Barra está situada no alto de uma colina, de onde se domina a barra e extensa área da Baía de Todos os Santos. A igreja é de nave única com um pseudo corredor do lado esquerdo superposto por tribunas. A fachada apresenta alto frontão triangular e duas torres terminadas em pirâmide, revestidas de azulejos. Nas paredes laterais da nave, pendem seis quadros a óleo alusivos à vida de Santo Antônio. A pintura do teto (1884), de autor desconhecido, refere-se à glorificação do santo. Na sala dos milagres encontram-se ex-votos populares. Dentre a imaginária, destaca-se Santo Antônio em tamanho natural com faixa de oficial do exército. Esta igreja, embora modificada, representa um interessante testemunho da evolução das igrejas baianas em direção à planta de corredores laterais superpostos por tribunas. Sua planta e fachada se assemelham muito à primitiva igreja de São Bento do Rio, de nave única, embora o corredor lateral ainda não esteja perfeitamente definido como em São Bento. A igreja conserva alguns elementos arcaicos, como o acesso ao 1º andar, pelo exterior, e a capela-mor recoberta por abóbada de berço. Sua fachada terminada por frontão clássico flanqueado por torres recobertas por pirâmides azulejadas. 
No século passado, rompendo com o modelo de arquitetura antiga - marcante em toda a história da cidade, surge um novo traçado arquitetônico com largas avenidas e vales que incorporam prédios pós-modernos de formas não regulares, nos quais o vidro e o concreto são predominantes e contrastam com cores fortes. São exemplos da recente Salvador o prédio da Casa do Comércio, o Centro de Convenções, o Teatro Castro Alves (TCA) é o maior e mais importante centro artístico de Salvador, o Teatro Vila Velha possui o projeto arquitetônico de Sílvio Robato, que transformou um galpão em teatro, adequando-o ao espaço cedido pelo governo do Estado no Passeio Público, era a concretização do sonho daqueles jovens: o primeiro teatro independente da Bahia e os grandes shoppings centers.
O Rio Vermelho tem sua história iniciada no século XVI, com o naufrágio de Caramuru ao seu território. Aqui viviam os Tupinambás e Caramurus foi o elo de comunicação entre os nativos e os europeus. Quando o primeiro chegou a Salvador, as terras a uma légua para o norte e duas léguas para o sertão do  Rio Camarajibe foram doadas a Antônio de Ataíde. E assim nasceu o Rio Vermelho. Inicialmente a região tinha poucos habitantes, com uma paisagem de currais, armação de pesca e jesuítas.
Com a invasão holandesa de 1624, muito moradores vieram para o Rio Vermelho, pela distância do local invadido. Aproveitando o clima tenso e a desorganização dos brancos, alguns escravos fugiram para as matas frondosas, formando em 1629 um quilombo no Rio Vermelho. Este quilombo foi esmagado três anos depois pelos capitães-do-mato Francisco dias de Ávila e João Barbosa Almeida.
No Largo de Santana vamos encontrar a Igreja de Nossa Senhora Santana a primitiva Igreja dedicada a Senhora de Sant’Ana é  o mais antigo monumento arquitetônico do Rio Vermelho, tendo sido construída na primeira metade do século XIX. O templo é um dos principais patrimônios históricos do Rio Vermelho. Sua capacidade era para 72 pessoas. A atual Paróquia de Sant'Ana do Rio Vermelho foi  construída 1913, no espaço onde existia um forte chamado Reduto do Rio Vermelho ou ermida Forte de São Gonçalo do Rio Vermelho e tem capacidade para 500 pessoas sentadas. .
Com o crescimento do bairro, foi necessário construir um novo templo, o que aconteceu nos anos '60. O local escolhido abrigou no passado o Forte de São Gonçalo do Rio Vermelho.
É um dos raros casos, em Salvador, que um novo templo foi construído, para a mesma devoção, sem a destruição do antigo. As imagens e o culto religioso foram transferidos para o novo templo. Hoje, a igrejinha abriga o Centro Social Monsenhor Amílcar Marques.
A padroeira Senhora de Sant’Ana era a esposa de São Joaquim e avó de Jesus. Desde o final do século 19, existe a festa da padroeira no Rio Vermelho. Hoje, comemora-se no mês de julho, e inclui procissão.
No número 33 da Rua Alagoinhas, bairro do Rio Vermelho morou Jorge Amado e Zélia Gattai por muitos e após a morte de Jorge Amado a casa ficou fechada e só foi reaberta como museu depois de por onze anos sendo chamada A Casa do Rio Vermelho.  Projetado pelo celebrado arquiteto e cenógrafo Gringo Cardia (com auxílio na curadoria do vice-reitor da Ufba Paulo Miguez), o museu de fato faz jus a um dos maiores nomes da cultura baiana, com o acervo dividido entre lembranças e objetos pessoais do casal de escritores e o seu vasto acervo de arte, amealhado ao longo de décadas viajando ao redor do mundo.
Sem percurso pré-definido, o museu leva o visitante a se embrenhar pelos cômodos da casa dos Amado sem barreiras, com acesso ao quarto do casal, a cozinha, o belíssimo jardim, a sala onde Jorge escrevia etc.
Gringo Cardia fez um bom trabalho ao incluir filmes, projeções e narrações em quase todos os cômodos, ajudando a iluminar a vida e o trabalho do casal em suas diversas facetas: o Jorge Amado menino, o comunista, o homem de casa, escritores, anfitriões de personalidades.
Construção do século XIX, o casarão do Teatro Sesi já foi residência de um jurista e até uma fábrica de café. Depois que se tornou propriedade do Sesi, passou a abrigar diversos serviços oferecidos pelo órgão para os trabalhadores da indústria.
“Eram serviços de odontologia, por exemplo. Mas não deu certo essa função aqui no casarão”, revela Rosa Villas-Boas, a mais antiga funcionária do teatro. Ela, na época integrante da equipe de cultura do Sesi, propôs a criação de um espaço cultural no local e teve a aprovação do órgão. “O Rio Vermelho é um bairro com essa veia artística e cultural, e não tinha nenhuma casa de espetáculos. Vi que essa casa podia suprir essa ausência”, lembra..  gente veio já consagrada e muita gente começou aqui como o Wagner Moura e o Vladimir Brichta, que vimos no início da carreira”, recorda.



Referências
COSTA, Cristina. Questões de Arte: O belo, a percepção estética e o fazer artístico. 1ª ed. São Paulo. Moderna. 2004.

1ª Série - A ARTE MODERNA NO BRASIL - Texto 4 - 2ª Unidade - 2016

Convivendo com diversas tendências do final do século XX, o Pré-Modernismo ajudou a direcionar a mentalidade brasileira para a modernidade artística. O Movimento Moderno Brasileiro teve início quase cinco anos antes da Semana de Arte Moderna de 1922, com uma exposição de Anita Malfatti (1889-1964), que conheceu a arte de vanguarda na Europa e nos Estados Unidos.
Alguns críticos consideram o artista Lasar Segall (1891-1957) como precursor do Modernismo, por uma razão cronológica: sua primeira exposição no Brasil, também expressionista, foi realizada em 1913. Porém o evento não teve o mesmo impacto que o de Anita Malfatti.
Nas Artes Plásticas, ao lado de Anita, um dos maiores articuladores da Semana de Arte Moderna foi Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976). Ele não apenas criou o cartaz oficial do evento, como expôs doze obras. Nascido no Rio de Janeiro, fez a ponte entre os cariocas e paulistas.
Tarsila do Amaral (1886-1973) não participou da Semana de Arte Moderna, pois estava em Paris. Na volta ao Brasil, entrou em contato com os modernistas. Criou a obra Abaporu, que significa em língua indígena “antropófago”. Esta obra inspirou Oswald de Andrade a criar a teoria da antropofagia cultural em 1928. Nos anos 1930, Tarsila pintou temas sociais, como Operários (1933). Sua contribuição maior foi ter ajudado a compreender o repertório visual popular, juntando em suas pinturas, o Brasil arcaico com as formas modernas e de vanguarda.
Victor Brecheret (1894 - 1955) foi um escultor ítalo-brasileiro, considerado um dos mais importantes do país. É responsável pela introdução do Modernismo na escultura brasileira.    
Cícero Dias (1907 – 2003), artista brasileiro de grande renome internacional, combinou as mais genuínas tradições pernambucanas com a essência universal da arte. Sempre adotando posições vanguardistas, participou do movimento modernista brasileiro, aproximou-se do Surrealismo e foi um dos pioneiros dos Abstracionismos no pós-Segunda Guerra.
Alfredo Volpi foi um pintor ítalo-brasileiro considerado pela crítica como um dos artistas mais importantes da segunda geração do Modernismo. Uma das características de suas obras são as bandeirinhas e os casarios. Sua frase conhecida: “Eu não falo, eu pinto”.
Cândido Portinari (1903-1962), filho de imigrantes italianos, nasceu em Brodósqui, no interior de São Paulo e mudou-se para o Rio, onde estudou pintura. Nos anos 1930  passou a pintar murais. Seus temas são sociais, e sua pintura perpassa desde a pintura Renascentista (observada na perspectiva), até o Cubismo (na geometrização das formas).
O Modernismo na Arquitetura Brasileira
 Oscar Niemeyer, Lucio Costa e Lina Bo Bardi, entre outros, são nomes importantes dentro da história da arquitetura moderna brasileira.
Novas tendências pós-anos 50 - Influência da pop-art
A crítica ao sistema de arte e aos limites dos conceitos de “museu” e “exposição” marcou fortemente os anos 1960. Em todas as formas de arte desse período há uma espécie de deglutição de elementos da arte universal, reprocessados e filtrados a partir do contexto local. Hélio Oiticica criou a obra Tropicália, pela primeira vez em 1967. Pisando no chão de areia, o espectador confronta-se com poemas-objetos, araras vivas, plantas, Parangolés e uma televisão.
A Pop-Art, de origem nova-iorquina, enfocava o cotidiano da classe média americana, tomando seus temas e imagens para fazer uma crítica à sociedade americana. Os artistas brasileiros aproveitaram a experiência pop, sem perder a autonomia nem a identidade nacional.
Rubens Gerchman, Carlos Vergara, Antonio Dias e um grande grupo de artistas, flertaram com a linguagem das histórias em quadrinhos, o cordel, o futebol, os jornais e fizeram parte deste período  de experimentação de linguagens e rupturas dos espaços de exposição. Deram origem ao movimento Nova Figuração.
Nos anos 70, Cildo Meireles é um dos nomes mais marcantes da Arte Conceitual, que agrupa várias posturas artísticas que têm em comum a vontade de destacar a importância da parte intelectual como a essência de sua obra.
Geração 80, 90 e as tendências contemporâneas
João Câmara Filho - Sua obra dialoga com a história política brasileira, com a arte e a mitologia.
O artista cria, dessa forma, metáforas com as quais ironiza o poder e as relações sociais.
Iberê Camargo - Artista de rigor e sensibilidade únicos, Iberê Camargo é um dos grandes nomes da arte brasileira do século XX. Autor de uma obra extensa (sete mil), que inclui pinturas, desenhos, guaches e gravuras. 
Siron Franco - possui domínio técnico que possibilita o desenvolvimento da própria linguagem artística, ligado às questões sociais do seu tempo, como o acidente com o césio 37 em Goiânia, o contínuo massacre dos povos indígenas e a devastação da natureza, denunciando a caça e a matança de animais.
Arthur Bispo do Rosário (1911-1989) - Arte do inconsciente. O mais conhecido artista que viveu na fronteira entre a loucura e a genialidade. Descendente de escravos,  nasceu em Sergipe, e pouco antes de 1930 foi internado com diagnóstico de esquizofrenia e paranoia. Lá produziu mais de mil peças com objetos do cotidiano, como roupas e lençóis bordados.

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Atividade sobre a Arte Moderna no Brasil deverá ser respondida no Artefólio, individualmente:

1-      Quando e como começou o movimento da Arte Moderna no Brasil?
2-      Qual a importância de Emiliano Di Cavalcanti na Semana de Arte Moderna em 1922?
3-      Por que Abaporu, de Tarsila do Amaral é uma obra tão importante e qual a importância de Tarsila para a Arte?
4-      Quem foi Victor Brecheret?
5-      Quem foi Alfredo Volpi?
6-      Escreva sobre a vida e a obra de Portinari.
7-      Quais os artistas mais importantes para a arquitetura moderna brasileira?
8-      O que foi a Pop-Art?
9-      Quais as características da arte após os anos 1950 e 1960 e seu artista mais importante?
10-  Os artistas Rubens Gerchman, Antonio Dias e Carlos Vergara eram artistas Pop, que criaram um movimento. Como se chama esse Movimento e qual a temática que utilizavam para suas pinturas?
11-  Qual o nome do movimento artístico que valoriza mais o aspecto intelectual da obra e seu artista mais conhecido?
12-  Qual a temática da obra de Siron Franco?
13-  O que prevalece na temática dos artistas da geração 1980 e 1990 e quais seus artistas?

14-  Quem foi Arthur Bispo do Rosário e como é sua obra?

terça-feira, 5 de julho de 2016

3ª Série - AVISO - 2ª Unidade - 2016

ATENÇÃO

Prazo final para a entrega dos vídeos: 07/07/16.
Lembrando que cada equipe fará o seu e a sala entregará apenas uma mídia contendo todos os vídeos das equipes (Cidade Baixa, Centro 1, Centro 2, Centro 3, Orla 1 e Orla 2) 

2ªSérie - ARTE GREGA - Slides - 2ª Unidade - 2016


























Referências bibliográficas:
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática. 2000.
CALABRIA, Carla Paula B. MARTINS, Raquel Valle. Arte, História e Produção. Vol 2. FTD.
Revista: Grécia Terra dos Deuses. São Paulo: Escala. 2003.
VIEIRA, Cristina. Grécia: Arquitetura. Vol 4. São Paulo: Escala. 

2ª Série - ARTE GREGA - texto 3 - 2ª Unidade - 2016

Por volta do século XX a.C. no sul da península dos Bálcãs, se estabelecia um povo que daria início à história grega. Entre os gregos, a escravidão tornou-se dominante, e um grande pensador afirmou que sem ela não haveria o Estado grego, nem arte nem ciência.
Os gregos se destacaram nos mais diversos campos culturais. Na escultura, nas estátuas demonstram harmonia, ritmo, movimento e proporção. Em termos de arquitetura, destacam-se os grandiosos templos que foram construídos para os deuses.
Os gregos não se submeteram aos dogmas religiosos. Para eles o conhecimento vinha através da razão e não da fé. A arte grega é idealista e não realista. O ideal de beleza é o homem.
A história da civilização grega pode ser dividida em:
       Período Minóico ( 3.000 1.600 a. C.);
       Período Micênico (1.600 1.100 a. C.);
       Período Geométrico (1.100 700 a.C.);
       Período Arcaico (700 500 a.C.);
       Período Clássico (500 300 a.C.);
       Período Helenístico (300 a.C. até a Cultura Romana).

 PERÍODO MINÓICO
A civilização minóica surge no Mar Egeu, ocupando, principalmente, a Ilha de Creta. Existe uma teoria que diz que possivelmente esta civilização teria sido àquela de Atlântida (que afundou no mar como conta a mitologia grega). Os minóicos não tinham preocupação com a guerra, suas cidades não eram muradas.
O Palácio de Cnosso é o principal exemplo de arte minóica. Nele já existiam encanamentos de água quente e fria. As pinturas são alegres e preocupadas em demonstrar a vida cotidiana. Foram utilizadas cores vivas como: vermelho, amarelo, verde, azul, branco e marrom.

 PERÍODO MICÊNICO
Os micênicos se instalaram na região que primeiramente era ocupada pelos minóicos. O povo micênico era guerreiro e tinha as cidades muradas. É um dos povos que darão origem (juntamente com os áqueos, eólios e jônicos) à civilização grega propriamente dita.
Caracterizou-se principalmente pelo desenvolvimento da arquitetura, tendo como modelo o megaron micênico (sala central do palácio de Micenas); O palácio divide-se em três áreas simples: um pórtico com duas colunas leva à antecâmara que antecede a grande sala de audiências, retangular e com quatro colunas a envolver uma lareira central circular; ao redor dos palácios, no interior da cidadela, e também do lado de fora, junto às muralhas, haviam várias casas de planta retangular e diversos cômodos, um deles habitualmente com lareira. As paredes eram de tijolo seco ao Sol, barro comprimido reforçado com cascalho, vigas de madeira, ou uma combinação disso; as fundações eram de pedra, ou de simples cascalho misturado com barro. O telhado era provavelmente plano, composto de uma estrutura de madeira recoberta de reboco ou terra - casas dos cidadãos mais ricos e influentes da sociedade micênica; os mais pobres viviam em cabanas de um ou dois cômodos situadas fora das muralhas. As paredes eram de tijolos secos ao sol ou de madeira, o chão era de terra batida e o telhado, plano, era em geral recoberto de palha;
- Desenvolveu-se ainda o artesanato em cerâmica, decorados com cenas do quotidiano e motivos florais e animais;

PERÍODO GEOMÉTRICO

Esta fase dura aproximadamente 400 anos. A cultura deste período é desestruturada, portanto a arte não era consolidada. O material artístico desta época é muito escasso, exceto por alguns templos primitivos. Não sobreviveram pinturas nas paredes, nem esculturas em larga escala. Os poucos achados são de pequenas estátuas, principalmente de bronze, reverenciando algum deus no templo ou enfeitando túmulos.
O Período Geométrico ficou conhecido, artisticamente, por seus potes e vasos com pinturas de figuras geométricas, representando a pobreza cultural dos dórios.
Gradativamente, a arte grega deixou de retratar apenas figuras geométricas e começou a exibir animais. A partir do século VIII A.C., houve uma ascensão do estilo humanista na arte, que passou a mostrar humanos, como dançarinos, corredores em bigas, cenas de batalhas e homens ou mulheres lamentando-se em frente a um túmulo, rituais religiosos, mas também cenas de coleta, de dança, de atletismo, de casamentos e outras atividades diárias. Muitas vezes os ceramistas e pintores de vasos eram a mesma pessoa.
Os vasos gregos são conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para ornamentação.
Além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite, mel, perfume, mantimento e até como urna funerária. Mas na medida em que passaram a revelar uma forma equilibrada e um trabalho de pintura harmoniosa, tornou-se também objetos artísticos. Inicialmente o artista pintava, em negro, a silhueta das figuras. A seguir, gravava o contorno e as marcas interiores dos corpos com um instrumento pontiagudo, que retirava a tinta preta, deixando linhas nítidas.

Figura negra: No final do século VIII a.C., a cidade de Coríntio testemunhou a invenção de uma técnica de pintura em vasos conhecida como figura negra. Nela a silhueta usada no período geométrico foi avivada pela incisão de uma tinta vermelha e branca.
Figura vermelha: Por volta do ano de 525 a.C., um grupo de ceramistas atenienses inventou uma técnica da figura vermelha, com a qual as figuras são desenhadas em linhas gerais, os detalhes interiores acrescentados em linhas de espessura variada e o fundo feito em tinta preta.
Na mesma época a gravação foi substituída pelo pincel, o que permitiu maior sutileza na pintura e exploração da figura humana. A partir dessa época, Atenas passou a dominar a produção de cerâmica decorada e qualidade de suas obras só fez aumentar. Exemplos de cerâmicas:
 Ânfora: vasilha em forma de coração, com gargalo longo com duas asas, tem como características a ornamentação geométrica e figuras estilizadas.
Hídria: era utilizada para recolher a água das fontes e caracterizava-se por três asas, uma na vertical para segurar enquanto corria água e duas para levantar.
Cratera: tem a boca em forma de cratera, muito larga, com o corpo em forma de sino invertido e serve para misturar água com vinho. Os primeiros exemplares desses vasos tinham uma decoração geométrica. Em seguida foram utilizadas figuras humanas e de animais estilizados. 

ARQUITETURA DO PERÍODO GEOMÉTRICO: Entre os anos 900 e 725 a.C., as casas são de plano irregular e os templos têm planta ora longa e estreita, ora quase quadrada, com uma coluna central (ou fila central de colunas) como arrimo. Os materiais de construção preferidos eram o tijolo cru e a madeira, com alguma utilização da pedra.

PINTURA DO PERÍODO GEOMÉTRICO: Surge como elemento de decoração da arquitetura. Ela também aparece nos vasos cerâmicos, conhecidos pelo equilíbrio entre forma e desenho, cor e espaço.
Os ceramistas e pintores de vasos atuavam de forma mais humilde do que os escultores e arquitetos gregos, que em geral, trabalhavam sob encomenda e usavam materiais caros. Há indícios de que as oficinas de cerâmica eram formadas por enormes famílias e, frequentemente, as cenas representadas eram relativas a preocupações do cotidiano.

 PERÍODO ARCAÍCO E CLÁSSICO
As duas principais cidades gregas foram Atenas (berço da arte e democracia) e Esparta (cidade dos guerreiros). As cidades gregas eram divididas em três partes:
       Acrópole: centro da vida religiosa e geralmente o ponto mais alto da região;
       Ágora: centro da vida civil, política e comercial;
       Astu: parte mais baixa da cidade, onde moravam os artesãos, comerciantes e povo.
Os gregos não se submetiam aos dogmas religiosos. Para eles o conhecimento vinha da razão e não da fé. A arte grega é idealista e não realista. O ideal de beleza é o homem.

PERÍODO ARCAÍCO
Chama-se de arcaico o período em que os gregos começaram a desenvolver técnicas sob a influência e contato com as ideias das civilizações mais antigas do Egito e do Oriente.

ESCULTURA DO PERÍODO ARCAICO
Nas obras do período arcaico nota-se a influência do Egito não só como fonte inspiradora, mas também na técnica. Durante esse período, o escultor grego apreciava a simetria natural do corpo humano. Desenvolveram a representação da figura humana, tornando-a mais realista. Iniciou-se a preocupação com os detalhes do corpo e das vestimentas. Começaram a esculpir grandes figuras de homens em mármore, embora existam algumas feitas de outros materiais como vários tipos de pedras, madeira talhada e terracota. Esse tipo de estátua era baseado nas esculturas egípcias. Assim, surgem as estátuas chamadas de Kouros (que significa “homem jovem”). São figuras masculinas nuas, eretas, em rigorosa posição frontal e peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas, com uma perna adiantada em relação à outra, os braços colados ao corpo, os punhos fechados com força e o olhar para frente, e a presença do característico sorriso arcaico, que não se apaga mesmo quando está ferido ou faz esforço, como é o caso do Moscóforo de Atenas. As Korés (que significa “mulher jovem”) são as figuras femininas. Os vestidos das mulheres, muito sutis, moldam-se nos corpos como se fossem panos molhados, mostrando por baixo da anatomia.
Além dessas estátuas também dedicaram muitas obras a animais como leões, cães, cavalos e imaginários centauros, esfinges e monstros, com os quais narravam aventuras dos heróis e deuses.

 PERÍODO CLÁSSICO:
As principais características da arte deste período são: harmonia, equilíbrio e proporção.

ESCULTURA DO PERÍODO CLÁSSICO:
No período clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas. Para atingir tal objetivo, começou a usar o bronze, que era mais resistente do que o mármore podendo fixar o movimento sem se quebrar. O grego não se interessa por copiar a realidade e fixa-se na beleza ideal, seguindo proporções perfeitamente calculadas, de um modo geral, baseadas nas dimensões de pé, que dão as mesmas da cabeça. Contudo, o grego conduziu rapidamente a escultura a uma mudança radical na transição da arte Arcaica para o Clássico. As figuras imóveis dos jovens (Kouros) começaram adotar-se de movimento. Começa a evolução da ruptura da frontalidade para a conquista das três dimensões e movimento. A anatomia reflete uma maior naturalidade e o sorriso arcaico desaparece.
Características:
       Naturalismo ou representação fiel da natureza e do corpo humano;
       Ideia de movimento (quer do corpo, quer das roupas);
       Perfeição na representação do corpo humano;
       Serenidade, pois as figuras não revelam qualquer sentimento na sua expressão;
       Harmonia, pois existe proporção entre as várias partes do corpo.

 PINTURA DO PERÍODO CLÁSSICO
Nenhum trabalho restou dos grandes pintores de vasos do Período Clássico, mas sabe-se que nessa época a pintura aperfeiçoou a utilização de perspectiva, sombras e anatomia.

ARQUITETURA DO PERÍODO CLÁSSICO:
Um dos símbolos de maior sucesso artístico da Grécia é a sua requintada arquitetura, principalmente as elegantes colunas de pedra e os frontões triangulares, esculpidos em três “estilos” de arquitetura desenvolvida por eles entre 600 a.C. e 300 a.C., caracteriza-se por um senso absoluto de organicidade e equilíbrio, subordinando-se suas proporções à ordem matemática. A arquitetura grega foi muito mais, do que belos edifícios é leve, harmoniosa e funcional. No início da construção dos templos, os materiais utilizados pelos gregos eram o adobe (para as paredes) e a madeira (para as colunas). A partir do século VII a.C., no entanto, eles caíram em desuso e foram substituídos pela pedra e pelo mármore. A inovação permitiu que fosse acrescentada uma nova fileira de colunas na parte exterior da construção, fazendo com que o templo ganhasse um caráter monumental. Surgiram então os primeiros estilos arquitetônicos. 
Na Acrópole e em Ágora os templos e edifícios foram erguidos em mármore polido. Porém as casas das ruas, sujas e tortuosas, eram principalmente construídas de adobes secadas ao sol.
Não havia residências suntuosas. Mesmo um grande general vivia numa casa simples, igual à de um de seus vizinhos. Só as casa grandes tinham pavimento de pedra, as outras eram construídas a partir de terra batida e as paredes de abobe.
Os templos eram muito vulneráveis ao fogo, porque a madeira era amplamente empregada na arquitetura grega, para a construção do teto e das colunas. Além disso, o azeite armazenado nos templos e em outras construções era inflamável e podia ser perigoso quando usado em lamparinas.
No mundo grego, só estilos eram identificados de acordo com as ordens arquitetônicas que regulamentavam toda a obra dos artistas. Estes estilos distinguem-se especialmente nas colunas dos templos, teatros, estádios, ginásios e pórticos (pátios). Os gregos se preocupavam ainda com a simetria, a escala, a proporcionalidade e a harmonia.
A arquitetura deste período estava muito ligada a vida religiosa. Construíam-se teatros em honra de Dionísio e estádios em homenagens aos deuses como Zeus ( Santuário de Olímpia) e Apolo no (Santuário de Delfos).
A arquitetura apresenta ainda as seguintes características: Predomínio da horizontal sobre a vertical, planta regular, colunatas rodeando os edifícios, frontão triangular e a simetria entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus.  O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a arquitrave, o friso e a cornija.
Partes da coluna:
Cornija: é o ornato que se assenta sobre o friso de uma obra arquitetônica. É uma espécie de moldura.
Friso: é a parte do entablamento, que repousa sobre os capitéis das colunas e fica entre a cornija e a arquitrave.
Capitel: é o remate da coluna, a parte superior da pilastra ou balaústre geralmente esculturada.
Fuste: é a parte principal da coluna. Fica entre o capitel e a base.
Base: é tudo o que serve de apoio, a parte inferior da coluna.
A palavra entablamento refere-se ao conjunto formado por arquitrave, friso e cornija.
Em algumas colunas aparece o acrotério, um pedestal sem base que suporta vasos, figuras ou outros ornamentos. As colunas e o entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.
Ordem Dórica: Foi a primeira, a mais simples e a mais importante das ordens arquitetônicas é considerada a ordem masculina. Surgiu antes dos outros por uma razão muito óbvia: o dórico foi um dos primeiros povos que dominaram a Grécia. Apresentava as seguintes características: o fuste da coluna era monolítico e grosso. A arquitrave era lisa e sobre ela ficava um friso que era dividido em tríglifos (retângulos com sulcos verticais) e métopas (retângulos que podiam ser lisos, pintados ou esculpidos em relevo). O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. As grossas colunas que lhe davam sustentação não dispunham de base, o fuste tinha a forma acanelada. O capitel, muito simples. A mais notável característica dessas construções é a curvatura das linhas, que dão aparência de retas, mas na realidade, apresentam uma pequena curvatura para eliminar a impressão de divergências das numerosas colunas.
Templos dóricos: Poseidon e o de Hera em Paestum na Itália e os Selinunte, na Sicília.

Ordem Jônica: Representava a graça e o feminino tem antecedentes na arquitetura dos assírios e de outros povos da Ásia Menor. Ela espalhou-se no século V a.C., por outras cidades-estado gregas e pelas colônias. É leve, elegante, esbelta, cheia de classe e refinamento e era mais ornamentada. A coluna apresentava o fuste mais delgado e não se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por duas curvas é parecido com o tipo de penteado feminino em moda na época, existindo também certa semelhança entre a linha da coluna jônica e um traje de mulher.  O friso era dividido em partes ou decorado por uma faixa esculpida em relevo. A cornija era mais ornamentada e podia apresentar trabalhos de escultura. O mais belo templo jônico é o Eractéion de Atenas, erguido em honra de um lendário herói chamado Erecteu.
Ordem Coríntia: Apareceu no século IV a.C., e se caracterizou, sobretudo pela forma do capitel. Que era formado com folhas de acanto (planta espinhosa muito decorativa, originária da Grécia e da Itália) e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação.

O maior exemplar e mais significativo da arquitetura coríntia é o templo de Olympeion em Atenas, que começou a ser construído no ano de 170 a.C., e só ficou pronto muito tempo depois. 
ARQUITETURA DO PERÍODO HELENÍSTICO
Em 400 a.C. surgiu uma nova e mais elaborada versão da arquitetura jônica: o estilo coríntio. Os templos são o maior destaque da arquitetura deste período. Eles foram criados para o culto aos deuses. As casas, até o período Helenístico, tinham pouca importância, pois o grego se preocupava com o coletivo.
Nos teatros, acontece uma modificação na planta do edifício. O coro passa para segundo plano. É dada maior importância para os artistas, assim o palco dobra de tamanho.
As casas passam a ter maior importância, pois o grego passa a pensar menos no coletivo. São inseridas colunas, peristilo e pátio central no desenho da casa.
Principais escultores: Miron ( que se preocupou em representar o movimento e as justas proporções do corpo humano. O Discóbolo).  Fídias ( autor de Zeus Olimpo, sua obra prima e Ateneia), Policreto (cabeça do Doríforo) e Praxíteles.

PINTURA DO PERÍODO HELENISTÍCO
Parte da pintura grega do período Helenístico sobreviveu até os dias atuais, mas a maior parte do que se sabe atualmente sobre o período vem de cópias feitas pelo Império Romano e achadas em Roma e Pompéia. Foram encontrados também vários mosaicos. A produção de mosaicos já se havia iniciado no período Clássico, mas atingiu seu apogeu no Período Helenístico, principalmente na cidade de Delos.

ESCULTURA DO PERÍODO HELENÍSTICO
Neste período as obras se diversificaram bastante, devido a uma mudança de cultura. Os macedônios invadiram a Grécia e aconteceu uma fusão de gostos. A arte se tornou mais expressiva e teatral. A escultura alcançou o seu ponto máximo de desenvolvimento, na expressão e na variedade de temas representados. Podemos observar o crescente naturalismo, os seres humanos não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. Com a mudança das figuras contorcendo-se em todas as direções, completou-se a conquista da terceira dimensão, dando lugar aos grupos de esculturas com formas piramidais e com os corpos, braços e pernas entrelaçadas formando um verdadeiro emaranhado humano. A isso se juntou um crescente interesse pelas expressões do rosto, tal como acontecem na realidade e que até então se tinham idealizado. As expressões de dor, ausência e preocupação refletem-se nos corpos, chegando a exagerar a gesticulação das personagens. A anatomia dos corpos aproxima-se da realidade excessivamente fiel em alguns casos.
Os temas também sofreram transformações: as antiquadas figuras dos deuses e heróis juntaram-se agora a novos motivos como sátiros e centauros. Ex.: um rapaz a tirar uma espinha da pele, a velha embriagada, o pescador, etc. Surge também o nu feminino, pois, no período arcaico, as figuras de mulher eram sempre vestidas.
A escultura apresenta traços bem característicos:
  Crescente naturalismo, seres humanos representados de acordo com a idade, personalidade e estado de espírito;
     Representação sob a forma humana de sentimentos com paz, amor, liberdade, vitória, etc.
Glossário
Peristilo: galeria de colunas isoladas, em torno de um edifício ou de um pátio.
Arrimo: muro de sustentação.
Monolítico: formado por uma só pedra.
Peristilo: galeria de colunas isoladas, em torno de um edifício ou de um pátio.
Pórtico: é local coberto à entrada de um edifício de um templo ou de um palácio.

Referências bibliográficas:
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática. 2000.
CALABRIA, Carla Paula B. MARTINS, Raquel Valle. Arte, História e Produção. Vol 2. FTD.
Revista: Grécia Terra dos Deuses. São Paulo: Escala. 2003.
VIEIRA, Cristina. Grécia: Arquitetura. Vol 4. São Paulo: Escala.