PROENÇA,
Graça. Descobrindo a História da Arte. Ática. 1ª edição. 2005.
"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)
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quarta-feira, 30 de outubro de 2013
ARTE ROMÂNICA - 2ª SÉRIE - 3ª UNIDADE - 2013
Depois de muitas décadas do século III, os
imperadores romanos começaram a enfrentar lutas internas pelo poder. Havia,
ainda, a ameaça às fronteiras do império por parte de povos invasores, a quem
os romanos chamavam “bárbaros”. Começava a decadência do Império Romano e o
desaparecimento quase completo, na Europa ocidental, da cultura greco-romana,
ou clássica.
As tradições greco-romanas só viriam a ser
retomadas no século IX, com Carlos Magno, coroado imperador do Ocidente.
Com a coroação de Carlos Magno pelo Papa
Leão III, no ano de 800, teve início um intenso desenvolvimento cultural. Em
sua corte criou-se uma academia literária e desenvolveram-se oficinas onde eram
produzidos objetos de arte e manuscritos ilustrados. Naquela época, os textos
religiosos eram escritos à mão; ilustrá-los era tarefa para artistas que
dominassem a pintura e o desenho sobre espaços reduzidos.
As oficinas ligadas ao palácio foram os
principais centros de arte. Sabe-se que delas se originaram as oficinas
monásticas, isto é, dos mosteiros, que teriam importante papel na evolução da
arte após o reinado de Carlos Magno. Como, após sua morte, a corte deixou de
ser o centro cultural do império, a atividade intelectual contralizou-se nos
mosteiros. Neles, a ilustração de manuscritos era a atividade artística mais
importante, mas havia interesse também pela arquitetura, escultura, pintura,
ourivesaria, cerâmica, fundição de sinos, encadernação e fabricação de vidros.
Essas oficinas eram também as escolas de arte da época. Ali os jovens artistas
preparavam-se para trabalhar nas catedrais e nas casas das famílias
importantes.
Características
gerais do estilo românico:
1 – substituição do teto de madeira por abóbadas.
2 – grande espessura das paredes, poucas janelas.
3 – consolidação das paredes por contrafortes ou gigantes para dar sustentação ao prédio.
4 – consolidação dos arcos por meio de arquivoltas.
1 – substituição do teto de madeira por abóbadas.
2 – grande espessura das paredes, poucas janelas.
3 – consolidação das paredes por contrafortes ou gigantes para dar sustentação ao prédio.
4 – consolidação dos arcos por meio de arquivoltas.
ARQUITETURA
Com as oficinas de arte da corte de Carlos
Magno, a cultura greco-romana foi redescoberta. Na arquitetura isso levou à
criação, mais tarde, de um novo estilo para a construção principalmente das
igrejas: o estilo românico. Esse nome, portanto, designa as obras
arquitetônicas do fim dos séculos XI e XII, na Europa, cuja estrutura era
semelhante à das construções dos antigos romanos.
As características mais significativas da
arquitetura românica são a utilização da abóbada, dos pilares maciços que a
sustentam e das paredes espessas com aberturas estreitas usadas como janelas.
Dessas características, resulta um conjunto
que chama a atenção do observador; as igrejas românicas são grandes e sólidas.
Daí serem chamadas “fortalezas de Deus”.
Tipos
de abóbadas das igrejas românicas:
A
abóbada de berço
consistia num semicírculo – o arco pleno – ampliado lateralmente pelas paredes.
Apresentava, entretanto, duas desvantagens; O excesso de peso da pedra, que
podia provocar sérios desabamentos, e a pouca luminosidade no interior das
construções em virtude das janelas estreitas. A abertura de grandes vãos para janelas
era impraticável, pois poderia enfraquecer as paredes e, portanto, aumentar o
risco de desabamento.
A
abóbada de arestas
consistia na intersecção, em ângulo reto, de duas abóbadas de berço apoiadas
sobre pilares. Com isso, distribuía-se melhor o peso das pedras para evitar
desabamentos, criava-se um ambiente que dava a impressão de leveza e
iluminava-se mais o interior das construções.
Embora diferentes, os dois tipos de abóbada
causam o mesmo efeito: uma sensação de solidez e repouso, dada pelas linhas
semicirculares e pelos grossos pilares.
Na Idade Média assim como hoje, faziam
longas peregrinações a lugares considerados sagrados. Muitas aldeias
localizadas na rota desses construíram igrejas para acolher os peregrinos.
Entre os lugares mais procurados estavam Jerusalém, onde Jesus morreu, Roma,
onde fica a sede da Igreja Católica, e Santiago de Compostela, Espanha, onde
crê estar enterrado o apóstolo Tiago. No trecho francês do caminho de Santiago
construíram-se várias igrejas românicas, como a da abadia de Saint-Pierre, em
Moissac.
Como poucas pessoas, naquela época, sabiam
ler, a igreja recorria à pintura e à
escultura para narrar histórias bíblicas e transmitir valores religiosos.
Um lugar muito usado para isso era os portais, na entrada dos templos. No
portal, a área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano, a parede semicircular que fica logo abaixo dos arcos que
arrematam o vão superior da porta. A abadia de Saint-Pierre, em Moissac, possui
um dos mais bonitos portais românicos. No grande tímpano, há um conjunto de
figuras representando Cristo em majestade, coroado e sentado num trono. Como o
tímpano é muito grande, foi colocada uma pilastra central, chamada tremo, que
divide a abertura da porta em duas partes iguais. Essa pilastra também é decorada
com esculturas que representam leões e uma pessoa descalça, identificada como o
profeta Jeremias.
A
arquitetura românica na Itália
Na Itália, a arte românica se desenvolveu
com características diferentes das do resto da Europa. Mais próximos do exemplo
greco-romano, os italianos procuraram usar frontões e colunas. Uma das mais
conhecidas edificações da arte românica italiana é o conjunto da catedral de
Pisa.
PINTURA
Como poucas pessoas, naquela época sabiam
ler, a Igreja recorria à pintura e à escultura para narrar histórias bíblicas e
transmitir valores religiosos. Um lugar muito usado para isso era os portais,
na entrada dos templos.
A arquitetura românica, com suas grandes
abóbadas e espessas paredes laterais de poucas aberturas, criou amplas
superfícies que favoreceram a pintura mural. Assim, a pintura românica
desenvolveu-se sobretudo nas grandes decorações murais, por meio da técnica do
afresco.
Os afrescos tinham como modelo as
ilustrações dos livros religiosos, pois na época, nos conventos, era intensa a
produção de manuscritos à mão com cenas da história sagrada. Assim, a pintura
românica praticamente não registra assuntos profanos, isto é, não-religiosos,
como paisagens, animais, pessoas em suas atividades diárias.
As características essenciais da pintura
românica foram a deformação e o colorismo. A deformação traduz os
sentimentos religiosos e a interpretação mística que o artista fazia da
realidade. A figura de Cristo, por exemplo, era sempre maior do que as demais.
Sua mão e seu braço, no gesto de abençoar, tinham proporções intencionalmente
exageradas para que o fosse valorizado por quem contemplasse a pintura. Os
olhos eram muito grandes e abertos para evidenciar a intensa vida espiritual.
O colorismo realizou-se no emprego de cores
chapadas, isto é, uniformes, sem preocupação com meios-tons ou jogo de luz e
sombra, pois não havia intenção de imitar a natureza.
ESCULTURA
A escultura renasceu no românico, depois de
muitos anos esquecida. Seu apogeu se dá no século 12, quando inicia um
estilo realista,mas simbólico, que antecipa o estilo gótico.
A escultura é sempre condicionada a
arquitetura é todo trabalho é executado sem deixar espaços sem usos.
Outra importante característica é seu caráter simbólico e antinaturalista, não
havia a preocupação com a representação fiel dos seres e objetos. Volume, cor,
efeito de luz e sombra, tudo era confuso e simbólico representando muitas vezes
coisas não terrenas, mas sim provenientes, da imaginação. Algumas esculturas
notam-se a aparência clássica, influência da antiguidade.
Bibliografia:
PROENÇA,
Graça. Descobrindo a História da Arte. Ática. 1ª edição. 2005.
SLIDES SOBRE ARTE REALISTA - 3ª SÉRIE - 2013
Referências:
PROENÇA,
Graça. História da Arte. Ática. São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo
a História da Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.
ARTE REALISTA - 3ª SÉRIE - 3ª UNIDADE - 2013
Entre
1850 e 1900 surge nas artes europeias sobretudo na pintura francesa, uma nova
tendência estética chamada Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente
industrialização das sociedades. O homem europeu, que tinha aprendido a
utilizar o conhecimento científico e a técnica para interpretar e dominar a
natureza convenceu-se de que precisava ser realista, inclusive em suas criações
artísticas, deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da realidade.
São características gerais:
* o cientificismo
* a valorização do objeto
* o sóbrio e o minucioso
* a expressão da realidade e dos aspectos descritivos
ARQUITETURA
A
arquitetura adapta-se ao novo contexto social, tende a tornar-se realista ou
científica.
Os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações, ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia do século XIX. As obras de engenharia e arquitetura passaram a ser realizadas com materiais novos surgidos a partir da Revolução Industrial, como o ferro fundido e o concreto armado. De início o ferro foi utilizado com o propósito unicamente utilitário; depois tornou-se o meio de suporte habitual para a cobertura de grandes espaços, como estações ferroviárias e bibliotecas públicas. Mas tarde, com objetivos mais ambiciosos, o ferro foi o material básico da delicada estrutura do palácio de cristal de Londres, construído em 1851 por Joseph Paxton e também da primeira construção francesa que adotou esse material em toda a sua estrutura e em 1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel, hoje logotipo da "Cidade Luz" com 300 metros de altura foi a construção mais alta da época.
Os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações, ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia do século XIX. As obras de engenharia e arquitetura passaram a ser realizadas com materiais novos surgidos a partir da Revolução Industrial, como o ferro fundido e o concreto armado. De início o ferro foi utilizado com o propósito unicamente utilitário; depois tornou-se o meio de suporte habitual para a cobertura de grandes espaços, como estações ferroviárias e bibliotecas públicas. Mas tarde, com objetivos mais ambiciosos, o ferro foi o material básico da delicada estrutura do palácio de cristal de Londres, construído em 1851 por Joseph Paxton e também da primeira construção francesa que adotou esse material em toda a sua estrutura e em 1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel, hoje logotipo da "Cidade Luz" com 300 metros de altura foi a construção mais alta da época.
ESCULTURA
A escultura realista não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiam os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras.
Dentre os
escultores do período realista, o que mais se destaca é Auguste Rodin
(1840-1917), cuja produção desperta severas polêmicas. Já seu primeiro trabalho
importante, A Idade do Bronze, de 1877, causou uma grande discussão motivada
pelo seu intenso realismo. Alguns críticos chegaram a acusar o artista de tê-lo
feito a partir de moldes tirados do próprio modelo vivo. Mas é com São João
Pregando, de 1879, que Rodin revela a sua característica fundamental: fixação
do momento significativo de um gesto humano.
Obras
destacadas: Balzac, Os Burgueses de Calais, O Beijo e O Pensador.
PINTURA
A
tendência se expressa, sobretudo na pintura. As obras privilegiam cenas
cotidianas de grupos sociais menos favorecidos. O tipo de composição e o uso
das cores criam telas pesadas e tristes. O grande expoente é o francês Gustave
Courbet (1819-1877). Para ele, a beleza está na verdade. Suas pinturas chocam o
público e a crítica, habituados à fantasia romântica. São marcantes suas telas
Os Quebradores de Pedra, que mostra operários, e Enterro em Ornans, que retrata
o enterro de uma pessoa do povo. Outros dois nomes importantes que seguem a
mesma linha são Honoré Daumier (1808-1879) e Jean-François Millet (1814-1875).
Também destaca-se Édouard Manet (1832-1883), ligado ao naturalismo e, mais
tarde, ao impressionismo. Sua tela Olympia exibe uma mulher nua que
"encara" o espectador.
Características da pintura:
* Representação da realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da natureza, ou seja, o pintor buscava representar o mundo de maneira documental;
* Ao
artista não cabe "melhorar" artisticamente a natureza, pois a beleza
está na realidade tal qual ela é;
* Revelação
dos aspectos mais característicos e expressivos da realidade.
Temas da pintura:
* Politização: a arte passa a ser um meio para denunciar uma ordem social que consideram injustas; a arte manifesta um protesto em favor dos oprimidos.
* Pintura
social denunciando as injustiças e as imensas desigualdades entre a miséria dos
trabalhadores e a opulência da burguesia. As pessoas das classes menos
favorecidas - o povo, em resumo - tornaram-se assunto freqüente da pintura
realista. Os artistas incorporavam a rudeza, a fealdade, a vulgaridade dos
tipos que pintavam, elevando esses tipos à categoria de heróis. Heróis que nada
têm a ver com os idealizados heróis da pintura romântica.
Principais pintores:
Courbet
Pintor
francês Gustave Courbet (1819-1877) é considerado o criador do realismo social
na pintura, pois procurou retratar temas da vida cotidiana, principalmente das
classes populares. Manifesta sua simpatia particular pelos trabalhadores e
pelos homens mais pobres da sociedade no século XIX.
Obra destacada: Moças Peneirando o Trigo.
Jean-François
Millet, sensível observador da vida campestre, criou uma obra realista na qual
o principal elemento é a ligação ativa do homem com a terra. Foi educado num
meio de profunda religiosidade e respeito pela natureza. Trabalhou na lavoura
desde muito cedo. Seus numerosos desenhos de paisagens influenciaram, mais
tarde, Pissarro e Van Gogh. É o caso, por exemplo, "Angelus".
Entre os
artistas brasileiros, tem maior expressão o realismo burguês, nascido na
França. Em vez de trabalhadores, o que se vê nas telas é o cotidiano da
burguesia. Dos seguidores dessa linha se destacam Belmiro de Almeida
(1858-1935), autor de Arrufos, que retrata a discussão de um casal, e Almeida
Júnior (1850-1899), autor de O Descanso do Modelo. Mais tarde, Almeida Júnior
aproxima-se de um realismo mais comprometido com as classes populares, como em
Caipira Picando Fumo.
PROENÇA,
Graça. História da Arte. Ática. São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo
a História da Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.
SLIDES SOBRE ARTE ROMÂNTICA
Referências:
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática.
São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo a História da
Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.
ARTE ROMÂNTICA - 3ª SÉRIE - 3ª UNIDADE - 2013
O romantismo é definido de maneira geral,
como uma reação ao Neoclassicismo francês que dominava as artes no século XVIII
(historicamente situa-se entre 1820 e 1850) e à crença na razão humana que
havia caracterizado o Iluminismo. Suas raízes estão em um período de grande
renascimento cultural na Alemanha no final do século XVIII e no surgimento de
um tipo de filosofia, conhecido como pensamento idealista, que teria um forte
impacto na literatura, na filosofia, na estética e no pensamento político.
Enquanto os artistas neoclássicos
voltaram-se para a imitação da arte Greco-romana e dos mestres do Renascimento
italiano, submetendo-se às regras determinadas pelas escolas de belas artes, os
românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre
expressão da personalidade do artista. Assim, de modo geral, podemos afirmar
que a característica mais marcante do Romantismo é a valorização dos
sentimentos e da imaginação como princípios da criação artística.
Ao lado dessas características mais gerais,
outros valores compuseram a estética romântica, tais como o sentimento do
presente, o nacionalismo e a valorização da natureza.
A natureza é retomada como simples cenário,
como ocorria no Neoclassicismo, mas como cúmplice dos sentimentos do artista,
como expressão do seu estado de espírito. Assim, se ele está deprimido, tudo em
ser redor está hostil, tempestades se aproximam, a Lua melancólica emoldura sua
tristeza, à escuridão prevalece sobre a luz. Se está alegre o Sol brilha, os
pássaros esvoaçam, as flores desabrocham.
Outra característica importante do
romantismo é o misticismo. O gosto pelo sobrenatural e a postura espiritualista
foram uma maneira de transcender a angústia, as incertezas de um tempo marcado
pelo caos, pelo conflito. A noção de Deus por vezes se confunde com a noção de
natureza. O artista fascinado pelo misterioso e sobrenatural, criou em suas
obras uma atmosfera de fantasia e heroísmo, valorizando acima de tudo a emoção
e a liberdade de criação.
É certo que para transmitir toda essa
subjetividade, esse individualismo, os românticos pregavam a liberdade de
criação, rebelando-se contra quaisquer regras, modelos ou imposições feitas à
expressão artística. O caos apodera-se das normas e as subverte, e o resultado
é inovador e interessante.
PINTURA
ROMÂNTICA
Ao negar a estética neoclássica, a pintura
romântica aproxima-se das formas barrocas. Assim, os pintores românticos, como
Goya, Delacroix, Turner e Constable, recuperam o dinamismo e o realismo que os
neoclássicos haviam negado.
Características:
* Composição em
diagonal, que sugere instabilidade e dinamismo ao observador;
* A cor é novamente
valorizada e as cores fortes e os contrastes de claro-escuro reaparecem,
produzindo efeitos de dramaticidade;
* Valorização dos
sentimentos e da imaginação como princípios da criação artística.
Quanto aos temas, os fatos reais da
história nacional e contemporânea dos artistas despertam maior interesse do que
os da mitologia grego-romana. Além disso, a natureza, relegada ao pano de fundo
das cenas aristocráticas pelo Neoclassicismo, ganha importância. Ela mesma
passa a ser o tema da pintura. Ora calma, ora agitada, a natureza exibe, na
tela dos românticos, um dinamismo equivalente às emoções humanas.
Nas artes plásticas, o romantismo deixou
importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène
Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas
representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as
emoções e os sentimentos em suas obras de arte. Na Alemanha, podemos destacar
as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra John
Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados
pela Revolução Industrial.
As obras dos pintores brasileiros buscavam
valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma,
os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras
principais deste período são : A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha
de Guararapes de Victor Meirelles.
Goya
As primeiras manifestações românticas na pintura foram realizadas
por Francisco de Goya (1746-1828), que, apesar de pertencer à academia, não
seguia as regras do racionalismo neoclássico. Em muitas de suas pinturas há
contrastes de luz e sombra que dão um efeito dramático à cena.
O espanhol Francisco José Goya y Lucientes
(1746-1828) usou temas diversos: retratos da corte espanhola e do povo, os
horrores da guerra, a ação incompreensível de personagens fantásticas e cenas
históricas.
Delacroix
Artista famoso pela intensidade de suas
cores e por experimentos que o levaram a revolucionar a maneira de trabalhar os
tons, Eugène Delacroix é o mais conhecido representante do estilo romântico na
pintura.
Considerado o maior expoente do Romantismo
na arte, era um artista que acreditava que sua pintura tinha por dever
expressar todo tipo de experiência emocional intensa: paixão, luxúria,
tristeza, violência, morte, vitórias e derrotas. Seu uso inovador das cores,
deixando de lado a tradicional técnica do "sfumato" ao se pintar
sombras, também é marcante: Delacroix sobrepunha cores complementares para
obter maior riqueza e vivacidade em suas telas (cada uma das três cores
primárias possui sua complementar, que resulta da fusão das outras duas).
Aos 29 anos, o francês Eugène Delacroix
(1799-1863) viveu uma importante experiência: visitou Marrocos, no norte da
África, com a missão de documentar, por meio da pintura, os hábitos e costumes
das pessoas daí. Mas Delacroix tornou-se famoso também por retratar a agitação
das ruas.
PAISAGEM ROMÂNTICA
A pintura paisagística já havia se
desenvolvido no século XVIII, mas foi no período romântico que ganhou nova
força, principalmente na Inglaterra. A paisagem romântica caracterizava-se, de
um lado, por seu realismo e, por outro, pela recriação das contínuas
modificações das cores da natureza causadas pela luz solar.
Joseph Mallord William Turner (1775-1851)
representou os grandes movimentos da natureza, mas por meio de estudo da luz
que a natureza reflete, procurou descrever uma certa “atmosfera” da paisagem.
Turner combina os tons claros como o
amarelo e o laranja, são mantidos puros, isto é não foram neutralizados com o
branco.
Obras: “O Grande Canal”, e “Chuva, Vapor e
Velocidade”.
John Constable (1776-1837) ao contrário de
Turner, a natureza retratada por Constable é serena e profundamente ligada aos
lugares onde o artista nasceu, cresceu e trabalhou ao lado do pai. Muitos
elementos de suas paisagens – os moinhos de vento, as barcaças carregadas de
cereais faziam parte da vida cotidiana do artista quando jovem.
ARQUITETURA
A arquitetura do romantismo foi marcada por elementos contraditórios, fazendo dessa forma de expressão algo menos expressivo. O final do século XVIII e início do XIX foram marcados por um conjunto de transformações, envolvendo a industrilaização, valorizando e rearranjando a vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças; novos materiais foram utilizados como o ferro e depois o aço.
A arquitetura do romantismo foi marcada por elementos contraditórios, fazendo dessa forma de expressão algo menos expressivo. O final do século XVIII e início do XIX foram marcados por um conjunto de transformações, envolvendo a industrilaização, valorizando e rearranjando a vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças; novos materiais foram utilizados como o ferro e depois o aço.
Ao mesmo tempo,
as igrejas e os castelos fora dos limites urbanos, conservaram algumas
característica de outros períodos, como o gótico e o clássico. Esse
reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da
identidade nacional.
A urbanização na
Europa determinou a construção de edifícios públicos e de edifícios de aluguel
para a média e alta burguesia, sem exigências estéticas, preocupadas apenas com
com o maior rendimento da exploração, e portanto esqueceu-se do fim último da
arquitetura, abandonando as classes menos favorecidas em bairros cujas
condições eram calamitosas.
Entre os
arquitetos mais reconhecidos desse período historicista ou eclético, deve-se
mencionar Garnier, responsável pelo teatro da Ópera de Paris; Barry e Puguin,
que reconstruíram o Parlamento de Londres; e Waesemann, na Alemanha,
responsável pelo distrito neogótico de Berlim. Na Espanha deu-se um
renascimento curioso da arte mudéjar na construção de conventos e igrejas, e na
Inglaterra surgiu o chamado neogótico hindu. Este último, em alguns casos,
revelou mais mau gosto do que arte.
ESCULTURA
A escultura romântica não brilhou exatamente pela sua originalidade, nem tampouco pela maestria de seus artistas. Talvez se possa pensar nesse período como um momento de calma necessário antes da batalha que depois viriam a travar o impressionismo e as vanguardas modernas. Do ponto de vista funcional, a escultura romântica não se afastou dos monumentos funerários, da estátua eqüestre e da decoração arquitetônica, num estilo indefinido a meio caminho entre o classicismo e o barroco.
A escultura romântica não brilhou exatamente pela sua originalidade, nem tampouco pela maestria de seus artistas. Talvez se possa pensar nesse período como um momento de calma necessário antes da batalha que depois viriam a travar o impressionismo e as vanguardas modernas. Do ponto de vista funcional, a escultura romântica não se afastou dos monumentos funerários, da estátua eqüestre e da decoração arquitetônica, num estilo indefinido a meio caminho entre o classicismo e o barroco.
A grande
novidade temática da escultura romântica foi a representação de animais de
terras exóticas em cenas de caça ou de luta encarniçada, no melhor estilo das
cenas de Rubens. Não abandonaram os motivos heróicos e as homenagens solenes na
forma de estátuas superdimensionadas de reis e militares. Em compensação,
tornou-se mais rara a temática religiosa. Os mais destacados escultores desse
período foram Rude e Barye, na França, Bartolini, na Itália, e Kiss, na
Alemanha.
Referências:
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática.
São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo a História da
Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.
SLIDES SOBRE ARTE NEOCLÁSSICA - 3ª SÉRIE - 2013
Referências:
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática.
São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo a História da
Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.
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