ARTE GREGA
Por volta do século XX a.C. no sul da península dos
Bálcãs, se estabelecia um povo que daria início à história grega. Entre os
gregos, a escravidão tornou-se dominante, e um grande pensador afirmou que sem
ela não haveria o Estado grego, nem arte nem ciência.
Os gregos se destacaram nos mais diversos campos
culturais. Na escultura, nas
estátuas demonstram harmonia, ritmo, movimento e proporção. Em termos de arquitetura, destacam-se os grandiosos
templos que foram construídos para os deuses.
Os gregos não se submeteram aos dogmas religiosos.
Para eles o conhecimento vinha através da razão e não da fé. A arte grega é
idealista e não realista. O ideal de beleza é o homem.
A história da civilização grega pode ser dividida
em:
→ Período
Minóico ( 3.000 – 1.600
a. C.);
→ Período
Micênico (1.600 – 1.100
a. C.);
→ Período
Geométrico (1.100 – 700
a.C.);
→ Período
Arcaico (700 – 500 a.C.);
→ Período Clássico
(500 – 300 a.C.);
→ Período
Helenístico (300 a.C. até a Cultura Romana).
PERÍODO
MINÓICO
A civilização minóica surge no Mar Egeu, ocupando,
principalmente, a Ilha de Creta. Existe uma teoria que diz que possivelmente
esta civilização teria sido àquela de Atlântida (que afundou no mar como conta
a mitologia grega). Os minóicos não tinham preocupação com a guerra, suas
cidades não eram muradas.
O Palácio de Cnosso é o principal exemplo de arte
minóica. Nele já existiam encanamentos de água quente e fria. As pinturas são
alegres e preocupadas em demonstrar a vida cotidiana. Foram utilizadas cores
vivas como: vermelho, amarelo, verde, azul, branco e marrom.
PERÍODO
MICÊNICO
Os micênicos se instalaram na região que
primeiramente era ocupada pelos minóicos. O povo micênico era guerreiro e tinha
as cidades muradas. É um dos povos que darão origem (juntamente com os áqueos,
eólios e jônicos) à civilização grega propriamente dita.
Caracterizou-se principalmente pelo
desenvolvimento da arquitetura, tendo como modelo o megaron micênico
(sala central do palácio de Micenas); O palácio divide-se em três áreas
simples: um pórtico com duas colunas leva à antecâmara que antecede a grande
sala de audiências, retangular e com quatro colunas a envolver uma lareira
central circular; ao redor dos palácios, no interior da cidadela, e também do lado
de fora, junto às muralhas, haviam várias casas de planta retangular e
diversos cômodos, um deles habitualmente com lareira. As paredes eram de tijolo
seco ao Sol, barro comprimido reforçado com cascalho, vigas de madeira, ou uma
combinação disso; as fundações eram de pedra, ou de simples cascalho misturado
com barro. O telhado era provavelmente plano, composto de uma estrutura de
madeira recoberta de reboco ou terra - casas dos cidadãos mais ricos e
influentes da sociedade micênica; os mais pobres viviam em cabanas de um ou
dois cômodos situadas fora das muralhas. As paredes eram de tijolos secos ao
sol ou de madeira, o chão era de terra batida e o telhado, plano, era em geral
recoberto de palha;
- Desenvolveu-se ainda o artesanato em cerâmica,
decorados com cenas do quotidiano e motivos florais e animais;
PERÍODO
GEOMÉTRICO
Esta fase dura aproximadamente 400 anos. A cultura
deste período é desestruturada, portanto a arte não era consolidada. O material
artístico desta época é muito escasso, exceto por alguns templos primitivos.
Não sobreviveram pinturas nas paredes, nem esculturas em larga escala. Os
poucos achados são de pequenas estátuas, principalmente de bronze,
reverenciando algum deus no templo ou enfeitando túmulos.
O Período Geométrico ficou conhecido,
artisticamente, por seus potes e vasos com pinturas de figuras geométricas,
representando a pobreza cultural dos dórios.
Gradativamente, a arte grega deixou de retratar
apenas figuras geométricas e começou a exibir animais. A partir do século VIII
A.C., houve uma ascensão do estilo humanista na arte, que passou a mostrar
humanos, como dançarinos, corredores em bigas, cenas de batalhas e homens ou
mulheres lamentando-se em frente a um túmulo, rituais religiosos, mas também
cenas de coleta, de dança, de atletismo, de casamentos e outras atividades
diárias. Muitas vezes os ceramistas e pintores de vasos eram a mesma pessoa.
Os vasos gregos são conhecidos não só pelo
equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o
espaço utilizado para ornamentação.
Além de servir para rituais religiosos, esses vasos
eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite, mel,
perfume, mantimento e até como urna funerária. Mas na medida em que passaram a
revelar uma forma equilibrada e um trabalho de pintura harmoniosa, tornou-se
também objetos artísticos. Inicialmente o artista pintava, em negro, a silhueta
das figuras. A seguir, gravava o contorno e as marcas interiores dos corpos com
um instrumento pontiagudo, que retirava a tinta preta, deixando linhas nítidas.
Figura
negra: No final do século VIII a.C., a cidade de
Coríntio testemunhou a invenção de uma técnica de pintura em vasos conhecida
como figura negra. Nela a silhueta usada no período geométrico foi avivada pela
incisão de uma tinta vermelha e branca.
Figura
vermelha: Por volta do ano de 525 a.C., um grupo de
ceramistas atenienses inventou uma técnica da figura vermelha, com a qual as
figuras são desenhadas em linhas gerais, os detalhes interiores acrescentados em
linhas de espessura variada e o fundo feito em tinta preta.
Na mesma época a gravação foi substituída pelo
pincel, o que permitiu maior sutileza na pintura e exploração da figura humana.
A partir dessa época, Atenas passou a dominar a produção de cerâmica decorada e
qualidade de suas obras só fez aumentar. Exemplos de cerâmicas:
Ânfora:
vasilha em forma de coração, com gargalo longo com duas asas, tem como
características a ornamentação geométrica e figuras estilizadas.
Hídria: era
utilizada para recolher a água das fontes e caracterizava-se por três asas, uma
na vertical para segurar enquanto corria água e duas para levantar.
Cratera: tem a
boca em forma de cratera, muito larga, com o corpo em forma de sino invertido e
serve para misturar água com vinho. Os primeiros exemplares desses vasos tinham
uma decoração geométrica. Em seguida foram utilizadas figuras humanas e de
animais estilizados.
ARQUITETURA
DO PERÍODO GEOMÉTRICO: Entre os anos 900 e
725 a.C., as casas são de plano irregular e os templos têm planta ora longa e
estreita, ora quase quadrada, com uma coluna central (ou fila central de
colunas) como arrimo. Os materiais de construção preferidos eram o tijolo cru e
a madeira, com alguma utilização da pedra.
PINTURA
DO PERÍODO GEOMÉTRICO: Surge como elemento de decoração da arquitetura.
Ela também aparece nos vasos cerâmicos, conhecidos pelo equilíbrio entre forma
e desenho, cor e espaço.
Os ceramistas e pintores de vasos atuavam de forma
mais humilde do que os escultores e arquitetos gregos, que em geral,
trabalhavam sob encomenda e usavam materiais caros. Há indícios de que as
oficinas de cerâmica eram formadas por enormes famílias e, freqüentemente, as
cenas representadas eram relativas a preocupações do cotidiano.
PERÍODO
ARCAÍCO E CLÁSSICO
As duas principais cidades gregas foram Atenas
(berço da arte e democracia) e Esparta (cidade dos guerreiros). As cidades
gregas eram divididas em três partes:
→ Acrópole:
centro da vida religiosa e geralmente o ponto mais alto da região;
→ Ágora:
centro da vida civil, política e comercial;
→ Astu:
parte mais baixa da cidade, onde moravam os artesãos,
comerciantes e povo.
Os
gregos não se submetiam aos dogmas religiosos. Para eles o conhecimento vinha
da razão e não da fé. A arte grega é idealista e não realista. O ideal de
beleza é o homem.
PERÍODO
ARCAÍCO
Chama-se de arcaico o período em que os gregos
começaram a desenvolver técnicas sob a influência e contato com as ideias das
civilizações mais antigas do Egito e do Oriente.
ESCULTURA
DO PERÍODO ARCAICO
Nas obras do período arcaico nota-se a influência
do Egito não só como fonte inspiradora, mas também na técnica. Durante esse
período, o escultor grego apreciava a simetria natural do corpo humano.
Desenvolveram a representação da figura humana, tornando-a mais realista.
Iniciou-se a preocupação com os detalhes do corpo e das vestimentas. Começaram
a esculpir grandes figuras de homens em mármore, embora existam algumas feitas
de outros materiais como vários tipos de pedras, madeira talhada e terracota.
Esse tipo de estátua era baseado nas esculturas egípcias. Assim, surgem as
estátuas chamadas de Kouros (que significa “homem jovem”). São figuras
masculinas nuas, eretas, em rigorosa posição frontal e peso do corpo igualmente
distribuído sobre as duas pernas, com uma perna adiantada em relação à outra,
os braços colados ao corpo, os punhos fechados com força e o olhar para frente,
e a presença do característico sorriso arcaico, que não se apaga mesmo quando
está ferido ou faz esforço, como é o caso do Moscóforo de Atenas. As Korés (que
significa “mulher jovem”) são as figuras femininas. Os vestidos das mulheres,
muito sutis, moldam-se nos corpos como se fossem panos molhados, mostrando por
baixo da anatomia.
Além dessas estátuas também dedicaram muitas obras
a animais como leões, cães, cavalos e imaginários centauros, esfinges e
monstros, com os quais narravam aventuras dos heróis e deuses.
PERÍODO
CLÁSSICO:
As principais características da arte deste período
são: harmonia, equilíbrio e proporção.
ESCULTURA
DO PERÍODO CLÁSSICO:
No período clássico passou-se a procurar movimento
nas estátuas. Para atingir tal objetivo, começou a usar o bronze, que era mais
resistente do que o mármore podendo fixar o movimento sem se quebrar. O grego
não se interessa por copiar a realidade e fixa-se na beleza ideal, seguindo
proporções perfeitamente calculadas, de um modo geral, baseadas nas dimensões
de pé, que dão as mesmas da cabeça. Contudo, o grego conduziu rapidamente a
escultura a uma mudança radical na transição da arte Arcaica para o Clássico.
As figuras imóveis dos jovens (Kouros) começaram adotar-se de movimento. Começa
a evolução da ruptura da frontalidade para a conquista das três dimensões e
movimento. A anatomia reflete uma maior naturalidade e o sorriso arcaico
desaparece.
Características:
→
Naturalismo ou representação fiel da natureza e do corpo humano;
→ Ideia
de movimento (quer do corpo, quer das roupas);
→
Perfeição na representação do
corpo humano;
→
Serenidade, pois as figuras não revelam qualquer
sentimento na sua expressão;
→
Harmonia, pois existe proporção entre as várias
partes do corpo.
PINTURA
DO PERÍODO CLÁSSICO
Nenhum trabalho restou dos grandes pintores de
vasos do Período Clássico, mas sabe-se que nessa época a pintura aperfeiçoou a
utilização de perspectiva, sombras e anatomia.
ARQUITETURA
DO PERÍODO CLÁSSICO:
Um dos símbolos de maior sucesso artístico da
Grécia é a sua requintada arquitetura, principalmente as elegantes colunas de
pedra e os frontões triangulares, esculpidos em três “estilos” de arquitetura
desenvolvida por eles entre 600 a.C. e 300 a.C., caracteriza-se por um senso
absoluto de organicidade e equilíbrio, subordinando-se suas proporções à ordem
matemática. A arquitetura grega foi muito mais, do que belos edifícios é leve,
harmoniosa e funcional. No início da construção dos templos, os materiais
utilizados pelos gregos eram o adobe (para as paredes) e a madeira (para as
colunas). A partir do século VII a.C., no entanto, eles caíram em desuso e
foram substituídos pela pedra e pelo mármore. A inovação permitiu que fosse
acrescentada uma nova fileira de colunas na parte exterior da construção,
fazendo com que o templo ganhasse um caráter monumental. Surgiram então os primeiros
estilos arquitetônicos.
Na Acrópole e em Ágora os templos e edifícios foram
erguidos em mármore polido. Porém as casas das ruas, sujas e tortuosas, eram
principalmente construídas de adobes secadas ao sol.
Não havia residências suntuosas. Mesmo um grande
general vivia numa casa simples, igual à de um de seus vizinhos. Só as casa
grandes tinham pavimento de pedra, as outras eram construídas a partir de terra
batida e as paredes de abobe.
Os templos eram muito vulneráveis ao fogo, porque a
madeira era amplamente empregada na arquitetura grega, para a construção do
teto e das colunas. Além disso, o azeite armazenado nos templos e em outras
construções era inflamável e podia ser perigoso quando usado em lamparinas.
No mundo grego, só estilos eram identificados de
acordo com as ordens arquitetônicas que regulamentavam toda a obra dos
artistas. Estes estilos distinguem-se especialmente nas colunas dos templos,
teatros, estádios, ginásios e pórticos (pátios). Os gregos se preocupavam ainda
com a simetria, a escala, a proporcionalidade e a harmonia.
A arquitetura deste período estava muito ligada a
vida religiosa. Construíam-se teatros em honra de Dionísio e estádios em
homenagens aos deuses como Zeus ( Santuário de Olímpia) e Apolo no (Santuário
de Delfos).
A arquitetura apresenta ainda as seguintes
características: Predomínio da horizontal sobre a vertical, planta regular,
colunatas rodeando os edifícios, frontão triangular e a simetria entre o
pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de
três degraus. O degrau mais elevado
chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas
sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a arquitrave, o
friso e a cornija.
Partes
da coluna:
Cornija: é o
ornato que se assenta sobre o friso de uma obra arquitetônica. É uma espécie de
moldura.
Friso:
é a parte do entablamento, que repousa sobre os
capitéis das colunas e fica entre a cornija e a arquitrave.
Capitel: é o
remate da coluna, a parte superior da pilastra ou balaústre geralmente
esculturada.
Fuste: é a
parte principal da coluna. Fica entre o capitel e a base.
Base: é
tudo o que serve de apoio, a parte inferior da coluna.
A palavra entablamento refere-se ao conjunto
formado por arquitrave, friso e cornija.
Em algumas colunas aparece o acrotério, um pedestal
sem base que suporta vasos, figuras ou outros ornamentos. As colunas e o
entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e
coríntia.
Ordem
Dórica: Foi a primeira, a mais simples e a mais importante
das ordens arquitetônicas é considerada a ordem masculina. Surgiu antes dos
outros por uma razão muito óbvia: o dórico foi um dos primeiros povos que
dominaram a Grécia. Apresentava as seguintes características: o fuste da coluna
era monolítico e grosso. A arquitrave era lisa e sobre ela ficava um friso que
era dividido em tríglifos (retângulos com sulcos verticais) e métopas
(retângulos que podiam ser lisos, pintados ou esculpidos em relevo). O fuste da
coluna era monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. As grossas
colunas que lhe davam sustentação não dispunham de base, o fuste tinha a forma
acanelada. O capitel, muito simples. A mais notável característica dessas
construções é a curvatura das linhas, que dão aparência de retas, mas na
realidade, apresentam uma pequena curvatura para eliminar a impressão de
divergências das numerosas colunas.
Templos dóricos: Poseidon e o de Hera em Paestum na
Itália e os Selinunte, na Sicília.
Ordem
Jônica: Representava a graça e o feminino tem antecedentes
na arquitetura dos assírios e de outros povos da Ásia Menor. Ela espalhou-se no
século V a.C., por outras cidades-estado gregas e pelas colônias. É leve,
elegante, esbelta, cheia de classe e refinamento e era mais ornamentada. A
coluna apresentava o fuste mais delgado e não se firmava diretamente sobre o
estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas
espirais unidas por duas curvas é parecido com o tipo de penteado feminino em
moda na época, existindo também certa semelhança entre a linha da coluna jônica
e um traje de mulher. O friso era
dividido em partes ou decorado por uma faixa esculpida em relevo. A cornija era
mais ornamentada e podia apresentar trabalhos de escultura. O mais belo templo
jônico é o Eractéion de Atenas, erguido em honra de um lendário herói chamado
Erecteu.
Ordem
Coríntia: Apareceu no século IV a.C., e se caracterizou,
sobretudo pela forma do capitel. Que era formado com folhas de acanto (planta
espinhosa muito decorativa, originária da Grécia e da Itália) e quatro espirais
simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um a variar e enriquecer
aquela ordem. Sugere luxo e ostentação.
O maior exemplar e mais significativo da
arquitetura coríntia é o templo de Olympeion em Atenas, que começou a ser
construído no ano de 170 a.C., e só ficou pronto muito tempo depois.
ARQUITETURA
DO PERÍODO HELENÍSTICO
Em 400 a.C. surgiu uma nova e mais elaborada versão
da arquitetura jônica: o estilo coríntio. Os templos são o maior destaque da
arquitetura deste período. Eles foram criados para o culto aos deuses. As
casas, até o período Helenístico, tinham pouca importância, pois o grego se
preocupava com o coletivo.
Nos teatros, acontece uma modificação na planta do
edifício. O coro passa para segundo plano. É dada maior importância para os
artistas, assim o palco dobra de tamanho.
As casas passam a ter maior importância, pois o
grego passa a pensar menos no coletivo. São inseridas colunas, peristilo e
pátio central no desenho da casa.
Principais escultores: Miron ( que se preocupou em
representar o movimento e as justas proporções do corpo humano. O Discóbolo). Fídias ( autor de Zeus Olimpo, sua obra prima
e Ateneia), Policreto (cabeça do Doríforo) e Praxíteles.
PINTURA
DO PERÍODO HELENISTÍCO
Parte da pintura grega do período Helenístico
sobreviveu até os dias atuais, mas a maior parte do que se sabe atualmente
sobre o período vem de cópias feitas pelo Império Romano e achadas em Roma e
Pompéia. Foram encontrados também vários mosaicos. A produção de mosaicos já se
havia iniciado no período Clássico, mas atingiu seu apogeu no Período
Helenístico, principalmente na cidade de Delos.
ESCULTURA
DO PERÍODO HELENÍSTICO
Neste período as obras se diversificaram bastante,
devido a uma mudança de cultura. Os macedônios invadiram a Grécia e aconteceu
uma fusão de gostos. A arte se tornou mais expressiva e teatral. A escultura
alcançou o seu ponto máximo de desenvolvimento, na expressão e na variedade de
temas representados. Podemos observar o crescente naturalismo, os seres humanos
não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas
também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. Com a mudança
das figuras contorcendo-se em todas as direções, completou-se a conquista da
terceira dimensão, dando lugar aos grupos de esculturas com formas piramidais e
com os corpos, braços e pernas entrelaçadas formando um verdadeiro emaranhado
humano. A isso se juntou um crescente interesse pelas expressões do rosto, tal
como acontecem na realidade e que até então se tinham idealizado. As expressões
de dor, ausência e preocupação refletem-se nos corpos, chegando a exagerar a
gesticulação das personagens. A anatomia dos corpos aproxima-se da realidade
excessivamente fiel em alguns casos.
Os temas também sofreram transformações: as
antiquadas figuras dos deuses e heróis juntaram-se agora a novos motivos como
sátiros e centauros. Ex.: um rapaz a tirar uma espinha da pele, a velha
embriagada, o pescador, etc. Surge também o nu feminino, pois, no período
arcaico, as figuras de mulher eram sempre vestidas.
A escultura apresenta traços bem característicos:
→ Crescente naturalismo,
seres humanos representados de acordo com a idade, personalidade e estado de
espírito;
→
Representação sob a forma humana de sentimentos com paz,
amor, liberdade, vitória, etc.
Glossário
Peristilo:
galeria de colunas isoladas, em torno de um edifício ou de um pátio.
Arrimo: muro
de sustentação.
Monolítico:
formado por uma só pedra.
Peristilo:
galeria de colunas isoladas, em torno de um edifício ou de um pátio.
Pórtico: é local coberto à
entrada de um edifício de um templo ou de um palácio.
Referências
bibliográficas:
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática.
2000.
CALABRIA, Carla Paula B. MARTINS, Raquel Valle.
Arte, História e Produção. Vol 2. FTD.
Revista: Grécia Terra dos Deuses. São Paulo:
Escala. 2003.
VIEIRA, Cristina. Grécia: Arquitetura. Vol 4. São
Paulo: Escala.