"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

domingo, 20 de setembro de 2015

2ª Série - Arte Românica - 3ª Unidade 2015














2ª Série - ARTE ROMÂNICA - 3ª Unidade - 2015

Depois de muitas décadas do século III, os imperadores romanos começaram a enfrentar lutas internas pelo poder. Havia, ainda, a ameaça às fronteiras do império por parte de povos invasores, a quem os romanos chamavam “bárbaros”. Começava a decadência do Império Romano e o desaparecimento quase completo, na Europa ocidental, da cultura greco-romana, ou clássica.
As tradições greco-romanas só viriam a ser retomadas no século IX, com Carlos Magno, coroado imperador do Ocidente.
Com a coroação de Carlos Magno pelo Papa Leão III, no ano de 800, teve início um intenso desenvolvimento cultural. Em sua corte criou-se uma academia literária e desenvolveram-se oficinas onde eram produzidos objetos de arte e manuscritos ilustrados. Naquela época, os textos religiosos eram escritos à mão; ilustrá-los era tarefa para artistas que dominassem a pintura e o desenho sobre espaços reduzidos.
As oficinas ligadas ao palácio foram os principais centros de arte. Sabe-se que delas se originaram as oficinas monásticas, isto é, dos mosteiros, que teriam importante papel na evolução da arte após o reinado de Carlos Magno. Como, após sua morte, a corte deixou de ser o centro cultural do império, a atividade intelectual contralizou-se nos mosteiros. Neles, a ilustração de manuscritos era a atividade artística mais importante, mas havia interesse também pela arquitetura, escultura, pintura, ourivesaria, cerâmica, fundição de sinos, encadernação e fabricação de vidros. Essas oficinas eram também as escolas de arte da época. Ali os jovens artistas preparavam-se para trabalhar nas catedrais e nas casas das famílias importantes.
Características gerais do estilo românico:
1 – substituição do teto de madeira por abóbadas.
2 – grande espessura das paredes, poucas janelas.
3 – consolidação das paredes por contrafortes ou gigantes para dar sustentação ao prédio.
4 – consolidação dos arcos por meio de arquivoltas.
ARQUITETURA

Com as oficinas de arte da corte de Carlos Magno, a cultura greco-romana foi redescoberta. Na arquitetura isso levou à criação, mais tarde, de um novo estilo para a construção principalmente das igrejas: o estilo românico. Esse nome, portanto, designa as obras arquitetônicas do fim dos séculos XI e XII, na Europa, cuja estrutura era semelhante à das construções dos antigos romanos.
As características mais significativas da arquitetura românica são a utilização da abóbada, dos pilares maciços que a sustentam e das paredes espessas com aberturas estreitas usadas como janelas.
Dessas características, resulta um conjunto que chama a atenção do observador; as igrejas românicas são grandes e sólidas. Daí serem chamadas “fortalezas de Deus”.
Tipos de abóbadas das igrejas românicas:

A abóbada de berço consistia num semicírculo – o arco pleno – ampliado lateralmente pelas paredes. Apresentava, entretanto, duas desvantagens; O excesso de peso da pedra, que podia provocar sérios desabamentos, e a pouca luminosidade no interior das construções em virtude das janelas estreitas. A abertura de grandes vãos para janelas era impraticável, pois poderia enfraquecer as paredes e, portanto, aumentar o risco de desabamento.
A abóbada de arestas consistia na intersecção, em ângulo reto, de duas abóbadas de berço apoiadas sobre pilares. Com isso, distribuía-se melhor o peso das pedras para evitar desabamentos, criava-se um ambiente que dava a impressão de leveza e iluminava-se mais o interior das construções.
Embora diferentes, os dois tipos de abóbada causam o mesmo efeito: uma sensação de solidez e repouso, dada pelas linhas semicirculares e pelos grossos pilares.
Na Idade Média assim como hoje, faziam longas peregrinações a lugares considerados sagrados. Muitas aldeias localizadas na rota desses construíram igrejas para acolher os peregrinos. Entre os lugares mais procurados estavam Jerusalém, onde Jesus morreu, Roma, onde fica a sede da Igreja Católica, e Santiago de Compostela, Espanha, onde crê estar enterrado o apóstolo Tiago. No trecho francês do caminho de Santiago construíram-se várias igrejas românicas, como a da abadia de Saint-Pierre, em Moissac.  
Como poucas pessoas, naquela época, sabiam ler, a igreja recorria à pintura e à escultura para narrar histórias bíblicas e transmitir valores religiosos. Um lugar muito usado para isso era os portais, na entrada dos templos. No portal, a área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano, a parede semicircular que fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vão superior da porta. A abadia de Saint-Pierre, em Moissac, possui um dos mais bonitos portais românicos. No grande tímpano, há um conjunto de figuras representando Cristo em majestade, coroado e sentado num trono. Como o tímpano é muito grande, foi colocada uma pilastra central, chamada tremo, que divide a abertura da porta em duas partes iguais. Essa pilastra também é decorada com esculturas que representam leões e uma pessoa descalça, identificada como o profeta Jeremias.
                           
                                              
A arquitetura românica na Itália

Na Itália, a arte românica se desenvolveu com características diferentes das do resto da Europa. Mais próximos do exemplo greco-romano, os italianos procuraram usar frontões e colunas. Uma das mais conhecidas edificações da arte românica italiana é o conjunto da catedral de Pisa.

PINTURA

Como poucas pessoas, naquela época sabiam ler, a Igreja recorria à pintura e à escultura para narrar histórias bíblicas e transmitir valores religiosos. Um lugar muito usado para isso era os portais, na entrada dos templos.  
A arquitetura românica, com suas grandes abóbadas e espessas paredes laterais de poucas aberturas, criou amplas superfícies que favoreceram a pintura mural. Assim, a pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas grandes decorações murais, por meio da técnica do afresco.
Os afrescos tinham como modelo as ilustrações dos livros religiosos, pois na época, nos conventos, era intensa a produção de manuscritos à mão com cenas da história sagrada. Assim, a pintura românica praticamente não registra assuntos profanos, isto é, não-religiosos, como paisagens, animais, pessoas em suas atividades diárias.
As características essenciais da pintura românica foram a deformação e o colorismo. A deformação traduz os sentimentos religiosos e a interpretação mística que o artista fazia da realidade. A figura de Cristo, por exemplo, era sempre maior do que as demais. Sua mão e seu braço, no gesto de abençoar, tinham proporções intencionalmente exageradas para que o fosse valorizado por quem contemplasse a pintura. Os olhos eram muito grandes e abertos para evidenciar a intensa vida espiritual.
O colorismo realizou-se no emprego de cores chapadas, isto é, uniformes, sem preocupação com meios-tons ou jogo de luz e sombra, pois não havia intenção de imitar a natureza.

ESCULTURA
A escultura renasceu no românico, depois de muitos anos esquecida. Seu apogeu  se dá no século 12, quando inicia um estilo realista,mas simbólico, que antecipa o estilo gótico.
A escultura é sempre condicionada a arquitetura é todo trabalho é executado sem deixar espaços sem usos.
Outra importante característica é seu caráter simbólico e ante-naturalista, não havia a preocupação com a representação fiel dos seres e objetos. Volume, cor, efeito de luz e sombra, tudo era confuso e simbólico representando muitas vezes coisas não terrenas, mas sim provenientes, da imaginação. Algumas esculturas notam-se a aparência clássica, influência da antiguidade.

Bibliografia:
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. Ática. 1ª edição. 2005.


2ª Série - Arte Bizantina - 2015













2º Série - ARTE BIZANTINA -3ª Unidade 2015

Bizancio era uma antiga colônia grega localizada entre a Europa e a Ásia, no estreito de Bósforo. Nesse local, no ano de 330, o imperador Constantino fundou a cidade de Constantinopla, que graças à localização geográfica privilegiada, viria a ser palco de uma verdadeira síntese das culturas Greco-romana e ocidental. O termo bizantino, portanto, deriva de Bizâncio e designa a criação cultural não só de Constantinopla, mas de todo o Império romano do Oriente.
O Império romano do Oriente, cuja capital era Roma, sofreu sucessivas invasões até cair completamente em poder dos bárbaros, no ano 476. Essa data marca o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média.
O Império Bizantino – como acabou sendo denominado o Império Romano do Oriente – alcançou seu apogeu político e cultural durante o governo do imperador Justiniano, que reinou de 527 a 565. Apesar das contínuas crises políticas, manteve-se a unidade do Império até 1453, quando os turcos tomaram sua capital Constantinopla, dando início a um novo período histórico a Idade Moderna.

Uma arte que expressa riqueza e poder
O momento de esplendor da capital do Império Bizantino coincidiu historicamente com a oficialização do cristianismo. A partir daí, a arte cristã primitiva, que era popular e simples, foi substituída por uma arte cristã de caráter majestoso, que exprime poder e riqueza.
A arte bizantina tinha como objetivo expressar a autoridade absoluta e sagrada do imperador, considerado o representante de Deus, com poderes temporais e espirituais. Para que a arte atingisse esse objetivo, uma série de convenções foi estabelecida – tal como ocorrera na arte egípcia.
Uma dessas convenções foi a lei da frontalidade, uma vez que a postura rígida da personagem representada leva o observador a uma atitude de respeito e veneração. Ao mesmo tempo, ao produzir frontalmente as figuras, o artista mostra respeito pelo observador, que vê nos soberanos e nas figuras sagradas seus senhores e protetores.
Além da frontalidade, outras regras minuciosas foram impostas aos artistas pelos sacerdotes, como a determinação do lugar de cada personagem sagrada na composição e a indicação de como deveriam ser os gestos, as mãos, os pés, as dobras das roupas e os símbolos. Enfim, tudo o que poderia ser representado era rigorosa e previamente determinado.
Passou-se também a retratar as personalidades oficiais e as personagens sagradas como se compartilhassem as mesmas características assim, a representação de personagens oficiais sugeria tratar-se de personagens sagradas.
As personagens sagradas, por sua vez, eram representadas com características das personalidades do Império. Jesus Cristo, por exemplo, aparecia como rei e Maria como rainha. Da mesma forma, situações típicas da corte eram traspostas para as representações dos santos.

Mosaico

O mosaico consiste na colocação, lado a lado, de pequenos pedaços de pedras de cores diferentes sobre uma superfície de gesso ou argamassa. Essas pedrinhas coloridas são dispostas de acordo com um desenho previamente determinado. A seguir, a superfície recebe uma solução de cal e areia e óleo que preenche os espaços vazios, aderindo melhor os pedacinhos de pedra. Como resultado obtém-se uma obra semelhante a pintura.
O mosaico é a expressão máxima da arte bizantina. As figuras rígidas e a pompa da arte de Bizâncio fizeram do mosaico a forma de expressão artística preferida pelo Império Romano do Oriente.
As paredes e as  abóbadas das igrejas, recobertas de mosaicos de cores intensas e de materiais que refletem a luz em reflexos dourados, conferem uma suntuosidade ao interior dos templos que nenhuma época conseguiu reproduzir e  serve também de fonte de instrução e guia espiritual aos fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas, e dos vários imperadores. Plasticamente, o mosaico bizantino não se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem também os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é utilizado em abundância, pela sua associação a um dos maiores bens materiais: ouro.


Arquitetura

O grande destaque da arquitetura foi a construção de Igrejas, facilmente compreendido dado o caráter teocrático do Império Bizantino. A necessidade de construir Igrejas espaçosas e monumentais, determinou a utilização de cúpulas sustentadas por colunas, onde haviam os capitéis, trabalhados e decorados com revestimento de ouro, destacando-se a influência grega.
A Igreja de Santa Sofia é o mais grandioso exemplo dessa arquitetura, onde trabalharam mais de dez mil homens durante quase seis anos. Por fora o templo era muito simples, porém internamente apresentava grande suntuosidade, utilizando-se de mosaicos com formas geométricas, de cenas do Evangelho.
Na cidade italiana de Ravena, conquistada pelos bizantinos, desenvolveu-se um estilo sincrético, fundindo elementos latinos e orientais, onde se destacam as Igrejas de Santo Apolinário e São Vital, destacando-se nesta última onde existe uma cúpula central sustentadas por colunas, planta ortogonal, e os mosaicos como o do imperador Justiniano e o da imperatriz Teodora, com seus respectivos séquitos levando oferendas ao templo. São obras que expressam de modo significativo o compromisso da arte bizantina com o império e a religião.

Os ícones bizantinos

Além de trabalhar nos mosaicos, os artistas bizantinos criaram os ícones, uma nova forma de expressão artística na pintura. A palavra ícone, de origem grega, significa “imagem”. Como trabalho artístico, os ícones são quadros que representam figuras sagradas, como Jesus Cristo, a Virgem, os apóstolos, santos e mártires. Em geral, são bastante luxuosos.
Para pintar os ícones, os artistas utilizavam a técnica da têmpera ou da encáustica, lançando mão de recursos que realçavam os efeitos de luxo e riqueza. Em geral, revestiam a superfície da madeira ou da placa de metal com uma camada dourada sobre a qual pintavam a imagem. Para fazer as dobras das vestimentas, as rendas e os bordados, retiravam com um estilete a película de tinta da pintura. Essas áreas, assim, adquiriam a cor de ouro.
Às vezes, os artistas colavam jóias e pedras preciosas na pintura, chegando até a confeccionar coroas de ouro para as figuras de Jesus Cristo ou de Maria. Essas jóias, aliadas ao dourado nos detalhes das roupas, davam aos ícones um aspecto de grande suntuosidade.
Depois da morte do imperador Justiniano, em 565, aumentaram as dificuldades políticas para que o Oriente e o Ocidente se mantivessem unidos. O Império Bizantino sofreu períodos de declínio cultural e político, mas conseguiu sobreviver até o fim da Idade Média, quando, em 1453, Constantinopla foi invadida pelos turcos.

Têmpera é o nome dado a um dos modos como os artistas bizantinos preparavam a tinta usada em seus ícones. Consiste em misturar os pigmentos a uma goma orgânica – em geral gema de ovo – para facilitar a fixação das cores à superfície do objeto pintado. O resultado é uma superfície brilhante e luminosa.

Encáustica: esta técnica foi usada na antiguidade. O processo consiste em diluir os pigmentos em cera aquecida e derretida no momento da aplicação. Ao contrário da têmpera, cujo efeito é brilhante, a pintura em encáustica é semifosca.

ESCULTURA: Este gosto pela decoração, aliado à aversão do cristianismo pela representação escultórica de imagens (por lembrar o paganismo romano), faz diminuir o gosto pela forma e consequentemente o destaque da escultura durante este período. Os poucos exemplos que se encontram são baixos-relevos inseridos na decoração dos monumentos.
A escultura bizantina não se separou do modelo naturalista da Grécia, e ainda que a Igreja não estivesse muito de acordo com a representação estatuária, não obstante, essa foi a disciplina artística em que melhor se desenvolveu o culto à imagem do imperador. Também tiveram grande importância os relevos, nos quais os soberanos imortalizaram a história de suas vitórias. Das poucas peças conservadas se deduz que, apesar de seu aspecto clássico, a representação ideal superou a real, dando-se preferência à postura frontal, mais solene.
Não menos importante foi a escultura em marfim. Destaca-se na escultura o trabalho com o marfim, principalmente os dípticos, obra em baixo relevo, formada por dois pequenos painéis que se fecham, ou trípticos, obras semelhantes às anteriores, porém com uma parte central e duas partes laterais que se fecham.
Esse modelo mais tarde se adaptou ao culto religioso em forma de pequeno altar portátil. Quanto à ourivesaria, proliferaram os trabalhos em ouro e prata, com incrustações de pedras preciosas. Porém, poucos exemplares chegaram até nossos dias.

Referências
PROENÇA, Graça. História da Arte.Ática. São Paulo 2009.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

3ª SÉRIE - Slides sobre Arte Barroca - 3ª Unidade - 2015

















3ª Série - ARTE BARROCA - 3ª Unidade - 2015

A arte barroca desenvolveu-se no século XVII, num período muito importante da história da civilização ocidental, pois nele ocorreram mudanças econômicas, religiosas e sociais na Europa. Com o humanismo, o Renascimento e, principalmente, a Reforma, a Igreja católica teve seu poder enfraquecido. O grande Império cristão começou a se fragmentar em diversas religiões, pois a força da razão libertava o homem do autoritarismo. A Igreja católica, para reconquistar seu prestígio e poder, organizou a contra-reforma, isto é, tomou iniciativas importantes que visavam reafirmar e difundir sua doutrina. Foi então que se estabeleceu a Companhia de Jesus, ordem religiosa que objetivava no trabalho dos padres jesuítas difundir a fé católica entre os povos não-cristãos e edificar grandes igrejas. É na construção e decoração dessas igrejas que nasce a arte barroca. Arquitetos, escultores e pintores foram convocados para transformar igrejas em verdadeiras exibições artísticas, cujo esplendor tinha o propósito de converter ao catolicismo todas as pessoas.
A arte barroca originou-se na Itália, mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis. Entretanto, ela não se desenvolveu de maneira homogênea. Ela se manifestou de forma distinta em cada país, porém manteve algumas características básicas.
Diferentemente do Renascimento, em que as figuras são apresentadas de forma estática como se estivessem posando para um retrato, no Barroco elas passam a ser apresentadas de forma teatral, isto é, parecem sempre estar em movimento. Jogos de luz dão intensidade dramática à cena, destacando os elementos mais importantes do quadro, os quais formam uma composição em diagonal. A simetria e o equilíbrio entre arte e ciência, metas que o artista renascentista buscava de forma consciente, são rompidos na arte barroca, que procura retratar temas religiosos, mitológicos e do cotidiano com a predominância da emoção e não da razão. Através de um colorido intenso e de um contraste de claro-escuro, a arte barroca consegue expressar de forma peculiar os sentimentos humanos.
Suas características gerais são: 
 * emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção  e não apenas pelo raciocínio. 
 * busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas; 
 * entrelaçamento entre a arquitetura e escultura; 
 * violentos contrastes de luz e sombra; 
 * pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida.


PINTURA BARROCA NA ITÁLIA


Características da pintura barroca:
§  Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
§  As cenas representadas envolvem-se em acentuado contrataste de claro-escuro, o que intensifica a expressão de sentimentos - era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade.
§  É realista, mas a realidade que lhe serve de ponto de partida não é só a vida de reis e rainhas, mas também a do povo simples.
§  Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.

Pintores barrocos:

Tintoreto (1515 – 1549) Pintou temas religiosos (Reencontro do Corpo de São Marcos), mitológicos (Vênus e Vulcano) e retratos (Jacopo Soranzo), sempre com duas características bem marcantes: os corpos das figuras são mais expressivos do que os seus rostos e a luz e a cor têm grande intensidade. Essa forma de organizar a composição era quase uma regra para Tintoretto, pois, para ele, um quadro devia ser visto inicialmente como um grande conjunto e só depois percebido nos detalhes que o artista procurou trabalhar.
Caravaggio (1573 – 1610) não se interessou pela beleza clássica que tanto encantou o Renascimento. Ao contrário, procurava seus modelos entre os vendedores, os músicos ambulantes, os ciganos, entre as pessoas do povo. Para ele não havia a identificação, tão comum na época, entre beleza e classe aristocrática.
Pintou entre 1599 e 1610, telas monumentais para a capela da igreja de S. Luigi dei Francesi.

Características da sua pintura de Caravaggio:
  Retratava personagens bíblicos, principalmente Jesus e Maria, baseando-se em pessoas comuns que encontrava nas ruas de Roma.
  Usava um forte realismo na pintura de suas obras.
  Colocava o foco da imagem nos rostos dos personagens.
  Usava efeitos de sombras e luzes.
  Pintava o fundo de suas obras de cores escuras, principalmente de cor preta. Este recurso dava um aspecto obscuro em suas pinturas.
  Modo revolucionário como ele usa a luz. Ela não aparece como reflexo da luz solar, mas é criada intencionalmente pelo artista, para dirigir a atenção do observador. Ele é conhecido como o fundador do estilo iluminista, que pode ser observado em A Ceia em Emaús, Conversão de São Paulo e Deposição de Cristo.
Os temas sagrados são retratados como um acontecimento contemporâneo entre as pessoas humildes; as figuras bíblicas assemelham-se a trabalhadores comuns, com fisionomias curtidas pelo tempo.

Outras obras: Vocação de São Mateus, Sepultura de Cristo.


Andrea Pozzo  Pintou entre 1642 e 1709 o teto da Igreja de Santo Inácio, em Roma. Essa obra impressiona pelo número de figuras e pela ilusão criada pela perspectiva de que as paredes e colunas da igreja continuam no teto, e de que este se abre para o céu, de onde santos e anjos convidam os homens para a santidade.
Esse tipo de pintura tornou-se muito comum na época.


ESCULTURA BARROCA
Nos gestos e no rosto das figuras representadas, a escultura barroca exprime emoções: alegria, dor sofrimento. Por vezes, um grupo de esculturas compõe uma cena dramática.

Características:
>         O equilíbrio entre os aspectos intelectuais e emocionais desaparece dando lugar à exaltação dos sentimentos;
>         As formas procuram expressar o movimento e recobrem-se de efeitos decorativos;
>         Predominam as linhas curvas, os drapeados das vestes e o uso do dourado;
>         Dramaticidade das expressões, os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas;

Artista: Bernini (1598 – 1680) Dentre os artistas foi, sem dúvida o mais importante e completo, pois foi arquiteto, urbanista, escultor, decorador e pintor. Algumas de suas obras serviram como elementos decorativos das igrejas. A obra de Bernini que desperta maior emoção religiosa é o Êxtase de Santa Teresa, escultura feita para uma capela da igreja de Santa Maria della Vittorio, em Roma.
Outras obras: Apolo e Dafne e Davi 

ARQUITETURA BARROCA
A arquitetura do século XVII realizou-se principalmente nos palácios e nas igrejas. A Igreja Católica queria proclamar o triunfo de sua fé e, por isso, realizou obras que impressionam pelo seu esplendor.
A arquitetura barroca também se caracterizou pelas diferentes combinações de elementos que criaram efeitos de forma e luz, rompendo com a frontalidade dos estilos arquitetônicos precedentes e com os valores renascentistas de simplicidade e racionalidade. Alguns dos mais importantes arquitetos italianos foram: Giacomo della Porta, Francesco Borromini, Gian Lorenzo Bernini e Pietro da Cortona.
A Praça de São Pedro (1657 – 1666). Esse é um dos exemplos mais significativos da arquitetura e do urbanismo do século XVIII na Itália. Em forma de elipse, a praça é cercada por duas grandes colunatas cobertas. Elas se estendem em curva tanto para a esquerda como para a direita, mas ligadas em linha reta aos dois extremos da fachada da igreja. É uma obra de grande porte, pois a colunata circular tem 17 metros de largura, 23 metros de altura e é composta por 284 colunas.

O BARROCO NA ESPANHA

Do século XVII até a primeira metade do século XVIII o Barroco expandiu-se da Itália para a Europa e ganhou, em cada país, características próprias, como é o caso da Espanha e dos Países Baixos.
Um traço original do Barroco espanhol encontra-se na arquitetura, principalmente nas portadas dos edifícios civis e religiosos, decoradas em relevo. A pintura espanhola foi muito influenciada pelo Barroco italiano, principalmente no uso expressivo de luz e sombra, mas conservou características próprias: o realismo e o domínio da técnica. Entre os pintores mas representativos estão El Greco e Velázquez.

El Greco (1941 – 1614) nasceu na ilha de Creta. Seu verdadeiro nome era Domenikos Theotokopoulos, mas seu apelido acabou reunindo as três culturas que influenciaram sua vida: o nome El Greco apresenta o artigo EL do espanhol, o substantivo Greco do italiano, e significa O Grego indicando sua procedência grega.
As obras de El Greco trazem uma característica que marcam sua pintura: a verticalidade das figuras. Essa peculiaridade pode ser observada em obras como O Enterro do conde de Orgaz, A Ressureição de Cristo e São Martinho e o Pobre.
As figuras esguias e alongadas de El Greco superam a visão humanista dos artistas do Renascimento italiano e recuperam o caráter espiritualizado dos mosaicos e ícones bizantinos.
As obras de El Greco trazem uma característica que marca sua pintura: a verticalidade das figuras.
Obras: O Enterro do Conde de Orgaz, A Ressurreição de Cristo e São Martinho, O Pobre, Espólio.

Diego Velázquez (1599 – 1660): O maior pintor da escola espanhola, mestre na representação de luz e sombra. Nasceu em Servilha, e logo produziu obras que impressionam pela elaborada técnica utilizada. Embora tenha se dedicado a pintar retratos da realeza, também procurou registrar em seus quadros os tipos populares do país, documentando o dia-a-dia do povo espanhol num dado momento da história.
Obras: Infanta Margarida aos Oito Anos, Velha Fritando Ovos, Conde-Duque de Olivares

O BARROCO NOS PAÍSES BAIXOS

O Barroco desenvolveu-se em duas grandes dimensões, sobretudo na pintura. Na Bélgica, esse estilo manteve como características as linhas movimentadas e a forte expressão emocional. Já na Holanda ganhou aspectos mais próximos do espírito prático severo do povo holandês. Por isso a pintura desenvolveu uma tendência mais descritiva, cujos temas preferidos foram as cenas da vida doméstica e social, trabalhadas com minucioso realismo.

Peter Paul Rubens (1577 – 1640) nasceu em Siegen, na Alemanha, em que seu pai, um advogado holandês, se refugiou para escapar da perseguição religiosa. Foi na Antuérpia que ele conheceu um de seus mestres o pintor Otto van Veen, que o influenciou a ir para a Itália. Em 1600, dois anos após ter se tornado mestre, Rubens vai para Roma, onde conhece as obras renascentistas que serviam de base para seu grande estilo.
Em seus quadros, é geralmente no vestuário que se localizam as cores como o vermelho, o verde e o amarelo que contrabalançam a luminosidade da pele clara das figuras humanas. Trouxera da Itália a predileção por telas gigantescas e foi mestre na arte de dispor figuras, a luz e a cor numa vasta escala, segundo o intenso movimento.
Além de um colorista vibrante, Rubens se notabilizou por criar cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento.
Obras: O Rapto da Filha de Leucipo, Caçada de Leões e Helena, Fourment com seu Filho Francis, O Jardim do Amor.

Hals: A obra de Hals (1581 – 1666) passou por uma evolução no domínio do uso da luz e da sombra. De início predominam os contrastes violentos, depois surgem os tons suavemente graduados e, por fim, um equilíbrio seguro da iluminação.
Do conjunto de sua obra fazem parte inúmeros retratos individuais e alguns de grupo, que registram as fisionomia e os hábitos dos burgueses da Holanda do século XVII.
Obras: O Alegre Bebedor, O Retrato de Isaac  Abrahamsz, Oficiais da Guarda Civil de Santo Adriano em Haarlem.

Rembrandt van Rijn (1606 – 1669): Foi o maior artista da escola holandesa.
Características da sua obra:
>         Predominância de expressões dramáticas e pela utilização de efeitos de luz.
>         Conseguiu reproduzir em suas telas uma gradação da claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensas;
Embora os retratos e cenas religiosas e mitológicas constituam a maior parte de sua obra, ele também contribuiu de forma original a outros gêneros, incluindo a natureza-morta e o desenho.
Obras: Mulher no Banho, A Ronda Noturna, A Aula de Anatomia do Dr. Joan Deyman, Os Negociantes de Tecidos.

Vermer: Diferentemente de Rembrandt, Vermeer (1632 – 1675) trabalha os tons em plena claridade. Seus temas são sempre os da vida das pessoas comuns da Holanda seiscentista. Seus quadros documentam com delicadeza os momentos simples da vida cotidiana.
Obras: Mulher lendo uma carta

O BARROCO NO BRASIL

O estilo barroco desenvolveu-se plenamente no Brasil durante o século XVIII, permaneceu ainda no início do século XIX. Nessa época, na Europa, esse estilo já havia sido abandonado.
O Barroco brasileiro varia de uma região para outra. Nas regiões que enriqueceram com a mineração e o comércio de açúcar como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, encontramos igrejas com talhas douradas e esculturas refinadas, feitas por artistas de renome. Já nas regiões onde não havia açúcar nem ouro como São Paulo, as igrejas apresentam trabalhos modestos de artistas menos experientes.

O Barroco de Pernambuco
A partir de 1759 Recife teve grande crescimento econômico. Entre suas construções barrocas mais bem cuidadas está a igreja de São Pedro dos Clérigos.

O Barroco de Salvador
A partir da segunda metade do século XVII, a arquitetura das cidades mais ricas do Nordeste brasileiro começou a se modificar, ganhando formas mais elegantes e decoração mais requintada. Surgiram então as primeiras igrejas barrocas. Mas somente no século XVIII houve total predomínio desse estilo na arquitetura brasileira.
Nessa época, Salvador tinha uma importância muito grande, pois não era apenas o centro econômico da região mais rica do Brasil, mas também a capital do país.
De Salvador saíam todas as riquezas da colônia para Portugal e para lá se dirigiam os comerciantes portugueses que traziam consigo os hábitos da metrópole e, com eles, os artistas e os produtos portugueses.
Por isso, em Salvador e em todo o Nordeste, encontramos igrejas riquíssimas, como a Igreja e Convento de São Francisco de Assis, na capital baiana, cujo interior todo revestido de talha dourada lhe conferiu o título de “a igreja mais rica do Brasil”. Assim, a beleza da talha, dos azulejos portugueses que decoram o claustro do convento e da fachada externa esculpida em pedra faz do conjunto arquitetônico formado pela igreja e convento de São Francisco e pela Ordem terceira de São Francisco a construção barroca mais conhecida de Salvador.
A igreja de São Francisco cuja construção teve início em 1708, impressiona pela rica decoração interior. O intenso dourado que recobre as colunas, os ornamentos dos altares e as paredes são complementados pelos painéis que decoram o teto da nave central. O espaço interno dividi-se em três naves: uma central e duas laterais. As naves laterais são mais baixas que a nave central e nelas se encontram os altares menores, que são também guarnecidos por um grande número de trabalhos com motivos florais e arabescos dourados, anjos e atlantes. Na fachada, o frontão de linhas curvas é o elemento barroco mais caracterizador da parte externa da igreja.
Já a fachada da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, considerada por alguns pesquisadores como um projeto de Gabriel Ribeiro, mostra um trabalho caprichoso de escultura decorando a arquitetura. As figuras de santos, anjos, atlantes e motivos florais esculpidos em pedra, juntamente com os balcões que revelam certa influência do barroco espanhol, fazem desta obra a única no gênero no Brasil.

O Barroco do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro si viria a ter destaque econômico e cultural com o início da extração do ouro em Minas Gerais, no século XVIII. Com seu porto, a cidade passou a centro de intercâmbio entre a região da mineração e Portugal. Em 1763, tornou-se a nova capital do país. A partir daí, foram erguidas muitas construções.
A escultura barroca do Rio de Janeiro contou com artistas portugueses e com um brasileiro em especial: Mestre Valentim (1750 – 1813), tão respeitado quanto Antônio Francisco Lisboa, nosso artista barroco mais conhecido e admirado. Mestre Valentim foi também paisagista, mas suas obras mais bem preservadas são as que fez para as igrejas, como a da Ordem Terceira do Carmo , a de São Francisco de Paula e a de Santa Cruz dos Milagres.

As igrejas de Minas Gerais não têm ouro no interior, apesar de que foi lá que se descobriu ouro. Se o exterior da igreja é simples, seu interior o é ainda mais, decorado com as pedras da região, principalmente a pedra-sabão.
No Brasil, a talha foi usada principalmente na decoração das igrejas barrocas do século XVII. Aparece tanto nos altares como em arcos cruzeiros, tetos e janelas, recobrindo praticamente todo o interior da igreja.
Nesse trabalho escultórico são comuns os motivos florais, a figura de anjos, as linhas espirais, as formas que sugerem movimento e quebram a monotonia das linhas retas que geometrizam o espaço.
O trabalho de talha também é feito em madeira, que depois recebe várias cores. É a talha policromada. As talhas mais exuberantes são as douradas, isto é aquelas em que a madeira é revestida de fina película de ouro.


A ARTE BARROCA EM OURO PRETO

A evolução da arquitetura mineira não foi rápida. A princípio tentou-se utilizar como técnica construtiva a taipa de pilão, um processo tipicamente paulista. Mais não deu certo, por causa do terreno duro e pedregoso, pouco favorável, ao fornecimento de terras argilosas. Depois, paulistas e portugueses tentaram outros processos, até chegarem às construções com muros de pedra.
Porém, essas construções de pedra foram surgindo lentamente. Enquanto isso, o que se usava mesmo era a taipa de pilão, que não permitia aos construtores projetar espaços muito complexos. Assim, as construções constituíram-se de paredes paralelas, que criavam interiores retangulares, com muros lisos, sem as sinuosidades (ondulações) tão comuns ao estilo barroco.
Com o passar do tempo, foram sendo harmonizadas as mais diferentes técnicas de construção e a rica decoração interior. O ponto culminante dessa integração entre arquitetura, escultura, talha e pintura aparece em Minas Gerais, sem dúvida a partir dos trabalhos de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730 – 1814).
A igreja de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto que foi construída de taipa e para poder receber de modo mais adequado sua rica decoração, foi necessário remodelar seu espaço interior.
A cidade de Ouro Preto – antiga Vila rica – é a que tem a mais famosa igreja Barroca – a de São Francisco de Assis. Nela trabalharam os dois maiores artistas do período colonial: o arquiteto e escultor Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e o pintor Manuel da Costa Ataíde.
É a única igreja barroca do mundo planejada, construída e esculpida por um só artista: o Aleijadinho. Na igreja de São Francisco de Assis tudo foi feito por ele, menos as pinturas do forro, que são do mestre Ataíde.
Além das igrejas em que foi o arquiteto, escultor e entalhador, ele deixou um conjunto de obras magníficas na Igreja de Bom Jesus de Matosinhos, em congonhas do Campo. As esculturas de madeira colocadas em seis capelas, em frente à igreja, que retratam em tamanho natural os últimos dias de Jesus.
No adro dessa igreja esculpiu doze profetas do Velho Testamento, em pedra-sabão.  

Glossário
Talha: recebem o nome de talha os ornamentos esculpidos por entalhe numa superfície de madeira, marfim ou pedra e muito usados como revestimento da arquitetura.

Taipa de pilão: essas construções foram muito comuns no Brasil colônia e ainda restam pelo país muitas edificações construídas por esse sistema.
A parede de taipa de pilão é construída de blocos de barro comprimido dentro de uma forma de madeira.
A técnica da taipa de pilão na arquitetura, o uso da pedra sabão na escultura da Aleijadinho e os azuis e vermelhos, tão a gosto do povo, na pintura da Ataíde, são exemplos suficientes para demonstrar que o Barroco marcou o início de uma arte brasileira que procura afirmar seus próprios valores.

Retábulo (do espanhol retablo) é uma construção de madeira, de mármore, ou de outro material, com lavores, que fica por trás e/ou acima do altar e que, normalmente, encerra um ou mais painéis pintados ou em baixo-relevo.
Colunata: série de colunas.

Bibliografia: PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática. São Paulo.2000.
BAZIN. Germain. História da Arte. Livraria Martins Fontes Editora Ltda. 1976.

BEUTTENMÜLLER, Alberto. Viagem pela arte brasileira. Aquariana Ltda. São Paulo. 2002.