"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)
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domingo, 24 de abril de 2016
3ª Série - ARTE ABSTRATA OU ABSTRACIONISMO E ARTE FIGURATIVA OU FIGURATIVISMO - 1ª Unidade - Texto 4 - 2016
Arte
Abstrata ou Abstracionismo: É um termo
genérico utilizado para classificar toda forma de arte que se utiliza somente
de formas, cores ou texturas, sem retratar nenhuma figura, rompendo com a
figuração, com a representação naturalista da realidade. A principal
característica da pintura abstrata é a ausência de relação entre suas formas e
cores e as formas e cores de um ser. Por isso uma tela abstrata não representa
nada da realidade que nos cerca, nem narra figurativamente alguma cena
histórica, literária, religiosa ou mitológica.
Os
estudiosos de arte consideram o pintor russo, Wassili Kandinsky (1866 –
1944) o iniciador da moderna pintura abstrata. O início de seus trabalhos nessa
direção é marcado pela tela Batalha (1910). Podemos classificar o
abstracionismo em duas tendências básicas: a geométrica e a informal.
Depois
das primeiras pesquisas abstratas realizadas pelos artistas russos, em pouco
tempo o Abstracionismo dominou a pintura moderna e tornou-se um movimento
bastante diversificado. Entretanto duas tendências firmaram-se com
características mais precisas: o Abstracionismo Informal e o Abstracionismo
Geométrico.
Abstracionismo Informal predominam os sentimentos e emoções.
Por isso, as formas e cores criadas livremente,
sugerindo, por vezes, associações com elementos da natureza. A obra Impressão.
Domingo (1910) de Kandinsky, constitui um bom exemplo dessa tendência.
No Abstracionismo geométrico, ao desenvolver pinturas,
gravuras e peças de arte gráfica, os artistas exploram com rigor técnico as
formas geométricas e as cores, sem a preocupação de transmitir ideias e
sentimentos.
Os principais iniciadores do Abstracionismo geométrico
são o russo Malevitch (1878-1935) e o holandês Piet Mondrian (1872-1944). Com
quadros em que figuras geométricas flutuam num espaço sem perspectiva.
Arte Figurativa ou Figurativismo: é aquela que retrata e
expressa a figura de um lugar, objeto, pessoa ou situação de forma que possa
ser identificado, reconhecido. Abrange desde a figuração realista (parecida com
o real) até a estilizada (sem traços individualizados). O figurativismo segue
regras e padrões de representação da imagem retratada. Contrapõe-se ao abstracionismo.
A pintura figurativa
possui vários gêneros:
Retrato: Representação
de uma imagem de uma pessoa por meio de pintura, desenho, gravura ou
fotografia. É um dos gêneros mais populares.
A
tradição do retrato começou na antiguidade e esteve durante muito tempo
restrito a uma pequena parcela da sociedade. Alguns exemplos estão no Antigo
Egito, onde apenas o faraó e sua família tinham o privilégio de serem
retratados, na Grécia Antiga, onde as moedas eram cunhadas com o retrato dos
seus soberanos, e entre os romanos, que utilizavam o retrato para cultuar os
antepassados. A ideia do retrato como algo popular, como a temos hoje, é
recente e gradual - desde o século XV até o surgimento da fotografia, no século
XIX.
Em
um retrato o artista dá destaque para a reprodução de metade do corpo,
procurando também retratar um pouco da personalidade da pessoa retratada. Além
da função artística os retratos serviram também como uma espécie de documento,
registrando a imagem de personagens históricos. Os mais importantes retratos do
mundo são: Monalisa, de Leonardo da Vinci (1452 – 1519) e o Cavaleiro
Sorridente, de Frans Hals (1580-1666).
Às vezes
o retrato nos mostra uma só pessoa, as vezes um grupo inteiro: uma família,
membros de um clube, fregueses de um restaurante e as vezes o próprio pintor
chamando-se autorretrato.
O
autorretrato pode ser abordado como uma história à parte dentro deste gênero.
Sua origem é muito anterior ao século XX, desde o momento em que o artista foi
visto como "alguém especial" (entre os séculos XV e XVI) e passível
de ser representado. Em A Mansão de Quelícera encontramos um dos
muitosAutorretrato de Rembrandt, uma vez que este tema merece destaque na
trajetória do artista.
Paisagem: Paisagem: Gênero
que surgiu durante o Renascimento, e representa um lugar, urbano ou no campo. A
paisagem natural é obtida na natureza, virgem da interferência humana. A
paisagem modificada pela ação do homem (Um edifício, por exemplo), é chamada de
Humanizada.
Até
o século XVI a paisagem era vista apenas como o fundo de um quadro. Para os
artistas desse período, o homem era o tema central de suas obras e a natureza
tinha o papel secundário. Eles pintavam pessoas e, às vezes incluíam uma
paisagem na obra.
No
Século XVII os artistas passaram a pintar, além de figura humana com paisagens
ao fundo, paisagens com figuras humanas, em que o centro de interesse era a
natureza. Destaca-se desta época Pietrer Brueglel, o velho e Giovanni Antonio
Canal, conhecido como Canaletto.
O
período renascentista trouxe ênfase a este gênero de pintura.
Marinha: Chama-se
marinha a pintura que tem especificamente por tema a paisagem marítima ou
assuntos marinhos.
As
marinhas aparecem pela primeira vez no século XVI nos Países Baixos e se
desenvolvem no século XVII e XVIII, com a crescente especialização de alguns
artistas em pinturas com temas específicos. Mas foi no século XIX que
ganhou popularidade entre outros artistas que encontraram no tema marinho uma
forma de representar as forças da natureza.
A
tela o O Bravo, Rebocado até seu último ancoradouro para ser desmantelado
(1838) de William Turner, que mostrava o navio de guerra Téméraire sendo
rebocado pelo Rio Tamisa na Inglaterra, para um estaleiro de desmontagem. Uma
cena triste, que representava o fim da velha embarcação foi um dos quadros mais
representativos deste gênero.
Natureza-morta: Retrato de uma coisa sem vida como
restos de objetos inanimados como um vaso de flores, frutas, porcelanas, entre
outros.
Surgiu como um gênero mais simplório,
no início do Barroco, derivado das pinturas que representavam cenas religiosas
em cozinhas populares;
A preocupação dos artistas era
representar os próprios objetos: sua cor, texturas, volumes, superfícies e a
relação entre esses objetos;
·
As primeiras
naturezas-mortas surgiram a partir da produção artística holandesa,
especialmente em Amsterdã, entre os séculos XVI e XVII, e depois se espalharam
por toda a Europa.
·
Foi apenas no
século XVIII, em meio ao surgimento da disciplina de estudo científico História
da Arte, que estes foram considerados "gêneros" de pintura.
·
No século XVII a natureza-morta era considerada de menor importância (em
relação às pinturas históricas, mitológicas e religiosas) e tinha um menor
preço no mercado.
·
Era vista como pintura apenas decorativa e, mesmo nos lares mais
humildes, ocupava os cômodos de menor importância.
·
Na Espanha o
gênero foi chamado Bodegodes e foi usado como forma de mostrar a habilidade
técnica naturalista do artista e por remeter, além dos conteúdos morais, ao
misticismo tão valorizado pela cultura da época.
·
A origem
holandesa das naturezas-mortas explica a importância dada a esse gênero pelos
artistas que acompanhavam a comitiva do conde Maurício de Nassau, que desembarcou
em Recife em 1637.
o
Entre os
artistas holandeses estava Albert Eckhout (1610-1666), que se destacou durante
sua estadia no Brasil por retratar aspectos da fauna, flora e da sociedade
local.
No final do século XIX e início do século XX,
em meio aos ideais modernistas e das tendências formalistas, a natureza-morta
voltou a ser vista como em sua origem: um gênero “sem tema”. Pela neutralidade
dos “personagens” deste gênero, ele era apropriado para as pesquisas plásticas
dos artistas (de composição, cor, figura, etc
Pintura Histórica: Pintura
Histórica: Apresenta cenas ligadas a acontecimentos históricos antigos ou
contemporânea. A pintura histórica adquire prestígio nas academias de
arte, alçada ao primeiro plano na hierarquia acadêmica a partir do século XVII,
com a criação da Real Academia de Pintura e Escultura em Paris, 1648.
A
pintura neoclássica, que tem como centro a França do século XVIII, explora
fartamente os temas históricos. Na Espanha, pinturas históricas são realizadas
a partir do século XVI por diversos artistas. Cenas de batalhas são executadas
pelos pintores da corte de Felipe IV, comprometidos com a representação da
invencibilidade do exército espanhol em suas campanhas militares. Nesse
contexto, Francisco de Zurbarán (1598 - 1664) realiza A Defesa de
Cádiz e Diego Velázquez (1599 - 1660), A Rendição de
Breda (1634-1635), ambas glorificando os triunfos do reinado de
Felipe.
Pintura Mitológica: Caracterizado
pela representação de personagens e cenas da mitologia greco-romanas - que tem
um longo trajeto na história da arte.
A
pintura mitológica deixa rastros em toda a história da arte, associando-se
frequentemente à pintura alegórica, ao grotesco e à pintura
histórica.
No
século XX, temas mitológicos são retrabalhados, sobretudo por artistas ligados
ao simbolismo.
A
pintura mitológica não conhece grande desenvolvimento na arte brasileira. No
período colonial, encontram-se exemplos esporádicos desse gênero de pintura em
residências particulares, como no forro do Solar do Ferrão, em Salvador, de
autor anônimo. Entretanto, se a noção de mito for ampliada para englobar
mitologias religiosas africanas e indígenas, seria possível pensar na mitologia
dos orixás tal como representada na chamada arte afro-brasileira ou nos mitos
indígenas incorporados ao folclore e à arte nacional.
Pintura de Gênero: Desenvolveu-se a meio do
florescimento do Barroco na Europa (século XVII) nos Países
Baixos, (hoje corresponde à Holanda). Trata-se de um estilo sóbrio,
realista, comprometido com a descrição de cenas rotineiras, temas da vida
diária como homens dedicados ao seu ofício, mulheres cuidando dos afazeres
domésticos.
Almeida Júnior é considerado o mais original dos pintores
acadêmicos do Brasil e o que mais contribuiu para a composição do retrato legítimo
do povo brasileiro. O artista destacou-se ao retratar os costumes e as cores do
interior em suas obras.
Pintura Religiosa: Aborda temas bíblicos, milagres,
fatos da vida dos santos. É um gênero amplamente desenvolvido,
que constitui uma parte muito importante da produção artística dos pintores em
determinadas épocas. A pintura religiosa desenvolve-se principalmente em três
grandes culturas monoteístas: cristianismo, judaísmo e islamismo, e cada uma
destas culturas desenvolve os cenário e a narrativa de diferentes modos.
Arte Grotesca: O grotesco esteve presente em muitos
momentos da história da arte e surgiu no século XVI, na Itália.
Giuseppe Arcimboldo (1527-1593), artista italiano cuja obra
se caracteriza pela representação de corpos e rostos humanos compostos de
frutas, gravetos, flores, legumes e outros elementos da natureza. Arcimboldo
foi um dos artistas responsáveis pelo desenvolvimento do gênero da
natureza-morta.
Chamada grotesco, essa produção de Arcimboldo se caracteriza
pela distorção da realidade por meio da representação da monstruosidade; da
mistura de elementos humanos com outros animais e vegetais; e da predominância
de elementos fantasiosos. As produções desse tipo provocam em geral,
sentimentos como o riso, o medo ou a repulsa.
Referências
FEIST, Hildegard. Uma pequena viagem pelo mundo da
Arte. Moderna. São Paulo. 1996.
SOUZA, Edgard Rodrigues de. Desenho e Pintura. Moderna.
São Paulo. 1997
GARCEZ, Lucília. OLIVEIRA,
Jô. Explicando a Arte: uma iniciação para entender e apreciar as artes visuais.
Ediouro. Rio de Janeiro. 3ª edição. 2002
Azevedo Junior, José Garcia de. Apostila de Arte – Artes Visuais. São Luís: Imagética Comunicação e
Design, 2007.
AOKI, Virginia. EJA Moderna: Educação Jovens e Adultos.
Editora Moderna. 1ed. São Paulo. 2013
domingo, 10 de abril de 2016
1ªSérie - INSTRUMENTOS MUSICAIS, ORQUESTRA E PRINCIPAIS INSTRUMENTOS REGIONAIS DA BAHIA - 1ª Unidade - 2016
INSTRUMENTOS
MUSICAIS, ORQUESTRA E PRINCIPAIS INSTRUMENTOS REGIONAIS DA BAHIA
Os estudiosos de
música, tendo em vista a grande quantidade dos instrumentos musicais,
resolveram dividi-los e classificá-los em grupos.
Organologia é o nome
do ramo do conhecimento musical que se ocupa da classificação e do estudo dos
instrumentos musicais.
Vamos conhecer agora
as duas mais importantes classificações dos instrumentos musicais.
MONOFÔNICOS E POLIFÔNICOS
Existe uma
classificação que divide os instrumentos em dois grupos, de acordo com o número
de sons que cada um é capaz de emitir de uma só vez.
Instrumentos como a
flauta, o trombone, a clarineta não podem emitir mais de um som de cada vez.
São instrumentos adequados para executar a melodia musical, isto é, um conjunto
de sons que se sucedem uns após os outros. Esses instrumentos são chamados de
monofônicos, porque mono significa um e fônico significa som.
INSTRUMENTOS MONOFÔNICOS
Instrumentos como o
piano e o violão podem emitir mais de um som ao mesmo tempo. Batendo em várias
teclas do piano ou em várias cordas do violão, o músico produz dois ou mais
sons, simultaneamente. É por isso que estes instrumentos são chamados de polifônicos,
porque poli significa muitos e fônico significa sons.
A
ORQUESTRA E SUA EVOLUÇÃO
Foi
por e volta de 1600 que pela primeira vez diversos instrumentos diferentes
foram reunidos para formar uma orquestra. As primeiras orquestras continham
cordas, diversos tipos de instrumentos de sopro e um teclado, com o cravo. Com
a evolução dos violinos, os instrumentos de cordas estruturaram-se e passaram a
atuar como núcleo central de uma orquestra, aos quais os compositores passaram
a juntar outros instrumentos como Flautas doces, Oboés, Fagotes e Trompas. Só
na segunda metade do século XVII, período clássico, época de Haydn, Mozart e
Beethoven, foi que a orquestra chegou a sua atual composição.
No
decorrer do século XIX a orquestra expandiu-se tanto em tamanho como em
extensão sonora.
No final do século
XIX e princípio do século XX, a orquestra, para satisfazer as exigências dos
compositores, teve que ser bastante aumentada. Enquanto que 25 músicos eram
suficientes para Mozart, as obras sinfônicas de Mahler e Strauss exigiam 100
músicos ou mais.
Na
contemporaneidade, alguns compositores têm experimentado novas técnicas,
explorando interessantes meios para modificar a sonoridade orquestral e
adotando, dentre outros recursos, instrumentos novos e técnicas eletrônicas.
A orquestra é um
agrupamento instrumental que utiliza principalmente a reprodução de música
erudita. A uma pequena orquestra dá-se o nome de Orquestra de Câmara. À
orquestra completa dá-se o nome de Sinfônica ou Filarmônica, embora estes
prefixos (Sinfo / Filar) não especifiquem nenhuma diferença no que diz respeito
à constituição dos instrumentos ou o papel da mesma. Porém, podem ser úteis
para distinguir orquestras de uma mesma cidade. Na verdade esses prefixos
demonstram a maneira como é sustentada a orquestra. A orquestra Sinfônica é
sustentada por uma instituição pública enquanto a Filarmônica por instituição
privada.
Atualmente uma
orquestra tem aproximadamente 80 músicos, em alguns casos mais de 100. Porém,
em atuação, esse número pode ser ajustado de acordo com a obra a ser
reproduzida.
O REGENTE
Na atualidade o
Regente (também chamado Maestro ou maestrina) é uma pessoa muito importante na
orquestra. Sua função é reger os músicos. Ele também é responsável pela
interpretação das músicas, devendo indicar quando um instrumentista ou grupo
deles deve começar ou parar de tocar. É ele quem define a velocidade da música
para que todos toquem juntos. Também faz sinais para que os músicos saibam se
devem tocar forte ou suave.
O maestro se
comunica com os músicos por meio de gestos e pela expressão do rosto.
A maioria dos
maestros, ao reger uma orquestra, segura uma batuta ela serve para que os
músicos vejam os movimentos com mais facilidade. Entretanto, não foi sempre
assim a profissão de maestro ou regente surgiu no início do século XIX. Até
então os grupos musicais eram dirigidos por um ou mais músicos (alguma vezes o
SPALLA, como é chamado o primeiro violino da orquestra) que regiam ao mesmo
tempo em que tocavam.
INSTRUMENTOS
DA ORQUESTRA
A palavra orquestra
designa um conjunto razoavelmente grande de instrumentos que tocam juntos. Esse
agrupamento é organizado em quatro naipes ou “famílias” de instrumentos:
Cordas, Madeiras, Metais e Percussão. Observem que os instrumentos elétricos,
citados anteriormente, não fazem parte das famílias das orquestras. Nas
orquestras, as famílias dos instrumentos se subdividem em naipes, que são os
grupos de instrumentos do mesmo tipo. A localização dos naipes da orquestra obedece
a uma razão prática. Os naipes são dispostos de forma a proporcionar equilíbrio
e uma boa combinação dos variados timbres instrumentais. Além disso, o Regente
poderá ouvir cada instrumento com clareza e, naturalmente, é preciso que cada
instrumento possa ver o Regente.
FAMÍLIA
DAS CORDAS
A família das cordas
é constituída por vários instrumentos. Os mais semelhantes são os violinos, as
violas, os violoncelos e os contrabaixos. A diferença entre eles está em suas
dimensões (tamanho) e no som que eles produzem. Quanto maior o instrumento,
mais graves serão os sons produzidos por ele.
O grupo de
instrumentos de CORDAS pode ser dividido em três categorias:
·
Instrumentos de corda friccionados por arco: suas cordas são
vibradas através de um arco. Ex.:
Contrabaixo, viola, rabeca, violino, violoncelo, etc.
·
Instrumentos de corda dedilhados ou tocados com
palheta:
as cordas destes instrumentos são vibradas diretamente pelo dedo do músico ou
através da palheta, que é uma pequena lâmina de celulose ou madeira, utilizada
para vibrar as cordas. Ex.: violão, cavaquinho, bandolim, alaúde, etc.
Existem outros
instrumentos que fazem parte da família das cordas, mas são construídos e
tocados de modo diferente, como por exemplo a harpa que tem suas cordas dedilhadas. No piano,
as cordas são percutidas por martelos, acionados quando o pianista toca o
teclado. No cravo, as cordas são pinçadas.
FAMÍLIAS
DAS MADEIRAS
A família das
madeiras é composta de instrumentos de sopro feitos principalmente de madeira.
Alguns instrumentos da família das madeiras são feitos de metal.
A flauta, por
exemplo, é de metal, mas como antigamente ela era feita de madeira, continuou
fazendo parte da família.
Entre os
instrumentos de sopro podemos distinguir duas categorias:
FAMÍLIA
DA PERCUSSÃO
Os instrumentos de
percussão já eram usados desde a pré-história. Sabemos disso pelas pinturas,
desenhos e objetos que os homens e mulheres dos tempos pré-históricos deixaram
No entanto, nos diferentes tipos de orquestra, não eram tão comuns como hoje.
Um dos pioneiros a
utilizar a percussão em composições foi Beethoven (1770-1827), que recebeu
críticas na época por incluir em suas músicas sons considerados
“desagradáveis”.
Os instrumentos de
percussão são divididos em dois grupos. O primeiro grupo é formado por
instrumentos que emitem várias notas musicais como: o tímpano, o glockenspiel,
o xilofone, o metalofone e o vibrafone.
O Xilofone, o
metalofone e o vibrafone têm uma coisa em comum: possuem um teclado feito de
lâminas (parecido com o do piano)
O que muda de um
instrumento para outro é o material dessas lâminas, que pode ser de madeira ou
de metal – essa diferença faz com que o som de cada um seja diferente.
O carrilhão é
formado por grandes tubos de metal, de tamanhos diferentes, pendurados em um
suporte. Quanto maior o tubo, mais grave é o som.
A família dos
instrumentos de percussão tem um segundo grupo formado por instrumentos que não
produzem notas musicais diferenciadas.
INSTRUMENTOS ELÉTRICOS
Os
instrumentos elétricos são aqueles que tem o som produzido ou ampliado com o uso
da eletricidade. Estes instrumentos não são encontrados em orquestras porém são
muito utilizados nos conjuntos musicais modernos.
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS REGIONAIS DA
BAHIA
No momento em que estamos estudando Música e conhecendo
instrumentos dos mais diversos tipos, acreditamos ser necessário agregar a este
universo os instrumentos utilizados principalmente na Bahia para a Capoeira
que, de forma tão expressiva, representa um dos aspectos mais fascinantes das
culturas brasileiras / baianas. Considerada por alguns como luta marcial, a
CAPOEIRA, segundo os próprios capoeiristas e Mestres, é uma mistura de luta,
dança, ritmo, corpo e mente. A filosofia do capoeirista, momentos defendendo ou
atacando, dentro da roda de capoeira, depende do tempo e do momento dentro do
jogo de capoeira.
A capoeira dentro de suas formas e fundamentos, em nada se
assemelha à dança e nem a nenhuma outra forma de arte marcial existente. Ela
foi criada e desenvolvida no Brasil, no contexto histórico e social de um país
que teve diversas interferências culturais. Atualmente sabe-se que a Capoeira é
adaptada ao mundo e jogada em inúmeros países, apesar de ter sido criada pelo
povo brasileiro.
Concluindo, a capoeira é considerada por muitos uma arte
de lutar dentro da dança e de dançar dentro da luta. Enfim, a capoeira é um
jogo.
Os principais instrumentos da capoeira são o BERIMBAU, PANDEIRO, ATABAQUE, AGOGÔ E
RECO-RECO.
Berimbau
Instrumento de percussão em formato de arco, retesado por
um fio de arame tendo, na sua extremidade inferior, uma cabaça que funciona
como caixa de ressonância. O arame é percutido com uma vareta de madeira,
chamada de baqueta, que o tocador segura, juntamente com o caxixi, acentuando o
ritmo através do chocalhar e modificando a intensidade do som com a aproximação
e afastamento da abertura da cabaça na barriga. O arco e a moeda ou pedra,
encosta ou afasta do arame com o objetivo de obter as variações do sons.
Origem : O berimbau
originou-se da Harpa, existindo a mais ou menos quatro mil anos A.C.
Possivelmente originário do Egito ou do Sul da Índia. Sendo seu emprego inicial
totalmente desconhecido, usado por mendigos para pedir esmolas e por mercadores
para chamar atenção dos fregueses. Introduzido na Capoeira no século XX.
Pandeiro:
Instrumento de percussão, composto de um arco circular de
madeira, guarnecido de soalhas, e sobre a qual se estica uma pele,
preferencialmente de cabra ou bode, e que se tange batendo com a mão, com os
cotovelos, nos joelhos e até nos pés.
Origem: O pandeiro é
conhecido por muitos como panderola ou tamborim. Sua origem Árabe, é incluído
entre os instrumentos antigos, sendo usado também em cerimônias
religiosas.
Atabaque
Instrumento de percussão, tambor
primário, feito com pele de animal, distendida em uma estrutura de madeira com
formatos de cone vazado nas extremidades. Percutindo com as mãos, usado nas
danças religiosas e populares de origem africana. E um instrumento sagrado do
candomblé e usado nos grupos folclóricos.
Origem: O termo "Atabaquê" é de origem árabe. O
atabaque é um instrumento oriental muito antigo entre os Persas e os Árabes. O
atabaque chegou ao Brasil através dos Portugueses, para ser usado em festas e
procissões religiosas.
Agogô
Instrumento de percussão, constituído
por duas campânulas de ferro, o qual se percute com uma vareta do mesmo metal,
ou uma baqueta e é usado particularmente nos candomblés, baterias de escola de
samba, maracatu, conjuntos musicais, etc.
Origem : O agogô é de origem africana.
Reco-reco
Instrumento de percussão, feito de
gomos de bambu ou madeira, no qual abrem-se rasgos transversais, onde se passa
uma vareta de madeira fazendo soar um som rascante.
“Manual Ilustrado dos Instrumentos Musicais” -
Denis Koishi
“Explicando a Arte”, de Jô Oliveira e Lucília
Garcez.
“A Orquestra” Tintim por tintim de HENTSCHKE,
Liane (et al)
1ª Série - REFLEXÕES SOBRE A HISTÓRIA DA MÚSICA OCIDENTAL: DA PRÉ-HISTÓRIA À ATUALIDADE - 1ª Unidade - 2016
Até poucas
décadas atrás o termo ‘história da música’ significava meramente a história da
música erudita européia. Foi apenas gradualmente que o estudo da música foi
estendido para incluir a fundação indispensável da música não européia e finalmente
da música pré-histórica. Há, portanto, tantas histórias da música quanto há culturas no mundo e todas as
suas vertentes têm desdobramentos e subdivisões. Podemos assim falar da história
da música do ocidente, mas também podemos desdobrá-la na história da música
erudita do ocidente, história da música popular do ocidente, história da música
do Brasil, História do samba e assim sucessivamente.
A
Música através dos tempos:
Povos
Antigos:
Nenhuma hipótese diz com exatidão o momento em que os primitivos começaram a
fazer arte com os sons. Suspeita-se que já as pessoas das cavernas brincavam
com os sons e davam á sua música um sentido religioso. Consideravam um presente
dos deuses, davam a ela um caráter ritualístico e com ela reverenciavam o
sagrado. Ritmavam suas danças com pancadas na madeira. Imitavam os barulhos e
os sons da natureza, o sopro do vento, o ruído das águas, o canto dos pássaros.
Por fim misturavam palmas e roncos, pulos e uivos, batidas e berros. Certamente
assim nasceu a música, a partir da organização de muitos sons. Chama a atenção,
no entanto, o fato de a origem da música esteve ligada com a experiência humana
com Deus, com o Sagrado.
Idade
Média:
A música na antiguidade e nos primórdios da Era Medieval tem apenas uma linha
melódica cantada e tocada por todos os executantes e é frequentemente chamada
monofonia. No início da Idade Média, todos cantavam tanto a música sacra como a
profana ou secular (não religiosa) na forma monofônica.
Depois desejaram cantar e tocar uma música
mais interessante e mais complexa do que a monofônica. Reuniram duas ou mais
melodias, criando um tipo de música chamada polifonia, que significa muitos
sons. A polifonia apareceu na Europa mais ou menos no século IX. O contraponto
(escrita polifônica) desenvolveu-se nos 800 anos seguintes.
Renascimento:
A
Renascença, na música, data do século XIV no sul da Europa e de um pouco mais
tarde no norte europeu. Os compositores desejavam escrever música secular sem
se preocupar com as práticas da Igreja. Sentiam-se atraídos pelas
possibilidades da escrita polifônica, na qual cada voz podia ter sua própria
linha melódica. A escrita polifônica fornecia oportunidades técnicas para
efeitos de grande brilho, que eram impossíveis até então. Uma forma secular de
composição, o Madrigal, surgiu no século XIV, na Itália. Os compositores
escreviam Madrigais em sua própria língua, em vez de usar o latim. Durante a
Renascença, a música inglesa atingiu o apogeu. Surgiram grandes compositores
madrigalistas ingleses que musicavam a poesia da época.
Música
Barroca:
A música barroca substituiu o estilo renascentista após o século XVII e dominou
a música européia até cerca de 1750. Era elaborada e emocional, ideal para
integrar-se a enredos dramáticos. A ópera era a mais importante novidade em
forma musical, seguida de perto pelo oratório. A música italiana barroca
atingiu o auge com as obras de Antônio Vivaldi.
O início do século XVIII foi marcado por
dois grandes compositores: Bach e Haendel. A família de Bach era composta de
músicos que atuaram do século XVI ao século XVIII. Dos 50 membros dessa família
Johann Sebastian Bach foi o seu maior representante, deixando um legado de
inúmeras e maravilhosas obras para a humanidade.
Nenhum estilo musical possui analogias tão
nítidas com as artes plásticas como o Barroco. A música descobre a profusão de
sons simultâneos como meio de alcançar o Belo. A linguagem tonal se firma como
sustentáculo da polifonia. Trata-se de uma das épocas musicais de maior
extensão, fecunda, revolucionária e importante da música ocidental, e
provavelmente, também a mais influente.
Durante o período barroco, a música
instrumental passou a ter importância igual à da música vocal. A orquestra
passou a tomar forma no século XVII. O aperfeiçoamento dos instrumentos de
corda, principalmente os violinos, fez com que a seção de cordas se tornasse
uma unidade independente. Os violinos passaram a ser o centro da orquestra, aos
quais os compositores acrescentavam outros instrumentos: flautas, fagotes,
trompas, trompetes e tímpanos. Um traço constante nas orquestras barrocas,
porém, era a presença do cravo ou órgão como contínuo, fazendo o baixo e
preenchendo a harmonia. Novas formas de composições foram criadas como a cantata,
fuga, a sonata para teclado, a suíte e o concerto.
Impressionismo: Na passagem do
século XIX para o século XX, surgiram na pintura artistas que fundaram a corrente
impressionista: Monet, Degas, entre outros. Esses artistas queriam passar
impressões pictóricas tais como achavam que eram sentidas. Na música não
tardaram a surgir compositores que tentassem realizar obras de caráter análogo
(parecido). Sem dúvida o mais importante deles foi Claude Debussy, francês.
Música
no século XX:
O século XX foi marcado por avanços constantes no meio eletrônico de
comunicação, os quais interferem continuamente na concepção musical. Um outro
fato que precisa ser levado em conta é que a civilização já estava bastante
adiantada nos países chamados “Novo Mundo” e esses, ajudaram a mudar bastante o
panorama da música ocidental. Em linhas gerais a música no século XX é marcada
pela ruptura generalizada em relação à música européia, que imperou até esse
momento. Certamente a Europa não perdeu sua importância, mas viu-se obrigada a
dividir terreno com a música americana e, inclusive, assimilou dela muitos
ingredientes importantes.
O século XX presenciou o desenvolvimento de
quatro aspectos importantes na História da Música:
● O Nacionalismo tornou-se marcante na
música espanhola. Os compositores soviéticos dominados pelo governo comunista
criaram uma perspectiva oficialmente anti-romântica, conhecida como realismo
soviético. Os mestres húngaros escreveram obras inspiradas em canções
folclóricas, mas com um estilo pessoal.
● Novos compositores americanos começaram a
expressar ideias de vanguarda de muita importância na música do século XX. A
América Latina produziu compositores muito importantes como o mexicano Carlos
Chávez e o brasileiro Heitor Villa Lobos.
● No início do século XX surgiu o
Impressionismo, criado na França por Claude Debussy e mais tarde com Maurice
Ravel. O compositor russo Igor Stravinsky foi um inovador por excelência,
criando vários estilos musicais. Suas criações levaram-no do nacionalismo e
neoclassicismo até as composições dodecafônicas. Os primeiros balés de Stravinsky,
especialmente A Sagração da Primavera, foram logo aceitos como clássicos
contemporâneos.
● Os músicos acreditavam que já haviam
esgotado todos os recursos do sistema tônica-dominante e sentiam que a música
precisava de uma estrutura harmônica nova. Muitas inovações foram feitas e
despertaram uma reação violenta de protesto, tanto do público como de
compositores conservadores e críticos de música. Fizeram experiências de
atonalidade e de politonalidade (duas ou mais tonalidades ao mesmo tempo).
Na
década de 60
o nacionalismo deixou de representar uma força na música erudita. O mundo
musical apresentava uma situação semelhante ao século XVII, quando estilos
internacionais dominavam o cenário musical e compositores das mais diversas
procedências e escolas podiam compartilhar os mesmos pontos de vista
artísticos. Nos países comunistas, o realismo socialista ainda era o estilo
oficial.
Vários compositores ocasionalmente omitiram
o intérprete em favor da música eletrônica, que aumentou muito as
possibilidades técnicas abertas ao compositor e à expressão musical.
John Cage foi uma figura importante na
criação e desenvolvimento da música aleatória ou improvisada. Ao contrário da
música eletrônica, a música aleatória depende principalmente do intérprete. O
compositor propõe alguns elementos rítmicos, harmônicos e melódicos e o
intérprete a partir daí, cria sua própria interpretação. Por este motivo não
existem duas composições iguais de música aleatória.
Assim como
existem várias definições para música, existem muitas divisões a agrupamentos
da música em gêneros, estilos e formas. Dividir a música em gêneros é uma
tentativa de classificar cada composição de acordo com critérios objetivos que
não são sempre fáceis de definir.
Uma das
divisões mais frequentes separa a música em grandes grupos:
● Música erudita - a música tradicionalmente dita como "culta" e no geral, mais
elaborada. Seus adeptos consideram que é feita para durar muito tempo e
resistir a modas e tendências. Em geral exige uma atitude contemplativa e uma
audição concentrada. Alguns consideram que seja uma forma de música superior a
todas as outras e que seja a real arte musical. No entanto esse pensamento é
tipicamente ocidental, obsoleto e não leva em conta a imensa variedade de
formas e funções da música nas mais diversas sociedades. Os gêneros eruditos
são divididos sobretudo de acordo com o períodos em que foram compostas ou
pelas características predominantes.
● Música popular - associada a movimentos culturais populares. É a música do dia a dia,
tocada na festas, usada para dança e socialização. Segue tendências e modismos e muitas vezes é
associada a valores puramente comerciais. É dividida em centenas de gêneros
distintos, de acordo com a instrumentação, características musicais
predominantes e o comportamento do grupo que a pratica ou ouve.
● Música folclórica ou tradicional - associada a fortes elementos culturais de cada sociedade. Normalmente
são associadas a festas folclóricas ou rituais específicos. Pode ser funcional
(como canções de plantio e colheita ou a música das rendeiras e lavadeiras).
Normalmente é transmitida por imitação e costuma durar décadas ou séculos.
Incluem-se neste gênero as cantigas de roda e de ninar.
● Música religiosa - utilizada em liturgias, tais como missas e funerais. Também pode ser
usada para adoração e oração ou em diversas
festividades religiosas como o natal e a páscoa, entre outras. Cada religião possui
formas específicas de música religiosa, tais como a música sacra católica, o gospel das igrejas evangélicas, a música judaica, os tambores do candomblé ou outros
cultos africanos, o canto do muezim, no Islamismo entre outras.
Cada uma dessas divisões possui centenas de subdivisões. Gêneros,
subgêneros e estilos são usados numa tentativa de classificar cada música. Em
geral é possível estabelecer com um certo grau de acerto o gênero de cada peça
musical, mas como a música não é um fenômeno estanque, cada músico é
constantemente influenciado por outros gêneros. Isso faz com que subgêneros e
fusões sejam criados a cada dia. Por isso devemos considerar a classificação
musical como um método útil para o estudo e comercialização, mas sempre
insuficiente para conter cada forma específica de produção. A divisão em
gêneros também é contestada assim como as definições de música porque cada
composição ou execução pode se enquadrar em mais de um gênero ou estilo e
muitos consideram que esta é uma forma artificial de classificação que não
respeita a diversidade da música. Ainda assim, a classificação em gêneros
procura agrupar a música de acordo com características em comum. Quando estas
características se misturam, subgêneros ou estilos de fusão são utilizados em
um processo interminável. Os estilos musicais ao entrar em contato entre si
produzem novos estilos e as culturas se misturam para produzir gêneros
transnacionais.
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COMO
ESTUDO PARA A AVALIAÇÃO, FAÇA UM ESQUEMA DO TEXTO NO ARTEFÓLIO, COLOCANDO TODAS
AS INFORMAÇÕES IMPORTANTES.
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