O conceito de arte é extremamente subjetivo e varia
de acordo com a cultura a ser analisada, período histórico ou até mesmo
indivíduo em questão.
O
que é arte afinal?
à Criação humana com valores estéticos (beleza,
equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história,
seus sentimentos e a sua cultura.
à É um conjunto de procedimentos que utilizados para
realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos.
à Capacidade do homem criar e expressar-se, transmitindo
idéias, sensações e sentimentos, através da manipulação de materiais diversos.
à Desperta
emoções diferentes de indivíduo para indivíduo.
à Permite
várias interpretações, várias leituras.
à Desperta
os mais variados sentimentos: alegria ou tristeza, serenidade ou inquietação,
confiança ou medo.
à Muitas
vezes nos leva a pensar sobre o homem e o mundo, sobre nós mesmos e os outros.
à Produto da
criatividade humana, que utilizando conhecimento, técnicas e um estilo ou jeito
todo especial, transmite uma experiência de vida ou uma visão de mundo,
despertado emoções em quem usufrui.
Dentre os possíveis e variados conceitos que a
arte pode ter podemos sintetizá-los do seguinte modo – a arte é uma experiência
humana de conhecimento estético que transmite e expressa ideias e emoções na
forma de um objeto artístico (desenho, pintura, escultura, arquitetura etc) e
que possui em si o seu próprio valor. Portanto, para apreciarmos a arte é
necessário aprender sobre ela. Aprender a observar, a analisar, a refletir, a criticar
e a emitir opiniões fundamentadas sobre gostos, estilos, materiais e modos
diferentes de fazer arte.
O
mundo da arte é concreto e vivo podendo ser observado, compreendido e
apreciado. Através da experiência artística o ser humano desenvolve sua imaginação
e criação aprendendo a conviver com seus semelhantes, respeitando as diferenças
e sabendo modificar sua realidade. A arte dá e encontra forma e significado
como instrumento de vida na busca do entendimento de quem somos, onde estamos e
o que fazemos no mundo.
Além disso, a produção artística pode ser de grande
ajuda para o estudo de um período ou de uma cultura particular, por revelar
valores do meio em que é produzida.
A arte apresenta nove expressões artísticas: a
Música, a Dança, as Artes Plásticas, as Artes Cênicas, a Literatura, a
Arquitetura, o Cinema, as Narrativas Televisivas e as Histórias em Quadrinhos.
A arte
é conhecimento. A arte é uma das primeiras manifestações da humanidade como forma do
ser humano marcar sua presença criando objetos e formas (pintura nas cavernas,
templos religiosos, roupas, quadros, filmes etc) que representam sua vivência
no mundo, comunicando e expressando suas idéias, sentimentos e sensações para
os outros.
Desta maneira, quando o ser humano faz arte,
ele cria um objeto artístico que não precisa nos mostrar exatamente como as
coisas são no mundo natural ou vivido e sim, como as coisas podem ser, de
acordo com a sua visão. A função da arte e o seu valor, portanto, não estão no
retrato fiel da realidade, mas sim, na representação simbólica do mundo humano.
Para existir a arte são precisos três
elementos: o artista, o observador e a
obra de arte.
O primeiro elemento é o artista, aquele que cria a obra, partindo do seu conhecimento
concreto, abstrato e individual transmitindo e expressando suas idéias,
sentimentos, emoções em um objeto artístico (pintura, escultura, desenho etc)
que simbolize esses conceitos. Para criar a obra o artista necessita conhecer e
experimentar os materiais com que trabalha, quais as técnicas que melhor se
encaixam à sua proposta de arte e como expor seu conhecimento de maneira formal
no objeto artístico.
O outro elemento é o observador, que faz parte do público que tem o contato com a obra,
partindo num caminho inverso ao do artista – observa a obra para chegar ao
conhecimento de mundo que ela contém. Para isso o observador precisa de
sensibilidade, disponibilidade para entendê-la e algum conhecimento de história
e história da arte, assim poderá entender o contexto em que a obra foi
produzida e fazer relação com o seu próprio contexto.
Por fim, a obra de arte ou o objeto artístico, faz parte de todo o processo,
indo da criação do artista até o entendimento e apreciação do observador. A
obra de arte guarda um fim em si mesma sem precisar de um complemento ou
“tradução”, desde que isso não faça parte da proposta do artista.
Através da Arte, o homem se expressa e se comunica;
busca a beleza e o prazer estético pois a pessoa humana tem necessidade de
beleza e perfeição, anseia pelo infinito e pelo absoluto.
A emoção estética consiste num momento de
felicidade e de simpatia, decorrente do acordo do pensamento e da sensibilidade
com a obra de arte; assentimento (aprovação), admiração e alegria; integração
harmônica do mundo subjetivo com a objetividade da obra apreciada.
Em resumo, a percepção estética compreende a fusão
pura, harmoniosa e perfeita de dois elementos: o subjetivo e o objetivo, já que
a obra artística é a realidade objetiva do mundo estético.
O homem cresce interiormente e se integra na sociedade,
ao criar a obra de arte e ao conviver com ela. A apreciação artística apura a
sensibilidade e forma o gosto estético.
A arte, além de ser a mais convincente linguagem da
alma humana, documenta a época em que foi concebida. Externa não apenas sentimentos
individuais, mas também sentimentos coletivos, a vida social e a cultura de uma
época, com seus costumes, crenças e filosofias.
O artista, ser privilegiado por seus dons
especiais, torna-se, indiretamente, um porta-voz dos anseios e ideais da comunidade
em que vive, por estar sujeita às influências e condicionamentos
sócio-culturais de um ambiente e de uma época.
A Arte é testemunha perene (que não tem fim) da
história. Corporifica as características de cada época na suas formas
expressivas e as imortaliza.
Cada período histórico que se esvaiu no tempo,
ficou materializado em seu patrimônio artístico que revela abstratamente os
ideais de personalidades e gerações extintas.
Conceitos,
importância e funções da Arte
Dentre os possíveis e variados conceitos que a
arte pode ter podemos sintetizá-los do seguinte modo – a arte é uma experiência
humana de conhecimento estético que transmite e expressa idéias e emoções na
forma de um objeto artístico (desenho, pintura, escultura, arquitetura etc) e
que possui em si o seu próprio valor. Portanto, para apreciarmos a
arte é necessário aprender sobre ela. Aprender a observar, a analisar, a
refletir, a criticar e a emitir opiniões fundamentadas sobre gostos, estilos,
materiais e modos diferentes de fazer arte.
Uma tela pintada na Europa no séc. XIX pode
não ter o mesmo valor artístico para uma comunidade indígena ou para uma
sociedade africana que conservem seus valores e tradições originais. Por que
isso pode acontecer se a arte é universal?
Para esses grupos étnicos os significados da
arte como a entendemos podem não ser os mesmos por não pertencerem ao contexto
em que eles vivem.
Cada sociedade possui seus próprios valores morais, religiosos,
artísticos entre outros. Isso forma o que chamamos de cultura de um povo. Mas
uma cultura não fica isolada e sofre influências de outras, portanto, nenhuma
cultura é estática e sim dinâmica e mutável. A arte, ao longo dos tempos, tem
se manifestado de modos e finalidades diversas. Na Antiguidade, em diferentes
lugares a arte era vislumbrada em manifestações e formas variadas – na Grécia,
no Egito, na Índia, na Mesopotâmia...
Os grupos sociais vêem a arte de um modo diferente, cada qual segundo a
sua função. Nas sociedades indígenas e africanas originais, por exemplo,
a arte não era separada do convívio do dia-a-dia, mas presente nas vestimentas,
nas pinturas, nos artefatos, na relação com o natural e o sobrenatural, onde
cada membro da comunidade podia exercer uma função artística.
Somente no séc. XX a arte foi reconhecida e valorizada por si, como
objeto que possibilita uma experiência de conhecimento estético.
Ao longo da
história da arte podemos distinguir três funções principais para a arte – a pragmática
ou utilitária, a naturalista e a formalista.
Função pragmática ou utilitária: a arte serve como meio para se alcançar um
fim não-artístico, não sendo valorizada por si mesma, mas pela sua finalidade.
Segundo este ponto de vista a arte pode estar a serviço para finalidades
pedagógicas, religiosas, políticas ou sociais. Não interessa aqui se a obra tem
ou não qualidade estética, mas se a obra cumpre seu papel moral de
atingir a finalidade a que ela se prestou. Uma cultura pode ser chamada
pragmática quando o comportamento, a produção intelectual ou artística de um
povo é determinada por sua utilidade. Nessa perspectiva, a
avaliação de uma obra de arte obedece a critérios definidos: o critério moral
do valor da finalidade a que serve (se a finalidade for boa, a obra é boa); e o
critério de eficácia da obra em relação à finalidade (se o fim for atingido, a
obra é boa).
Função naturalista: o que interessa é a representação da realidade ou
da imaginação o mais natural possível para que o conteúdo possa ser
identificado e compreendido pelo observador. A obra de arte naturalista
mostra uma realidade que está fora dela retratando objetos, pessoas ou
lugares. Para a função naturalista o que importa é a correta representação
(perfeição da técnica) para que possamos reconhecer a imagem retratada; a
qualidade de representar o assunto por inteiro; e o vigor, isto é, o poder de
transmitir de maneira convincente o assunto para o observador.
Função formalista: atribui maior qualidade na forma de apresentação da obra preocupando-se com seus
significados e motivos estéticos. A função formalista trabalha com os princípios
que determinam a organização da imagem – os elementos e a composição da imagem.
Com o formalismo nas obras, o estudo e entendimento da arte passaram
a ter um caráter menos ligado às duas funções anteriores importando-se mais em transmitir
e expressar idéias e emoções através de objetos artísticos. Foi só a partir do
séc. XX que a função formalista predominou nas produções artísticas através da arte
moderna, com novas propostas de criação. O conceito de arte que temos hoje
em dia é derivado desta função.
Funções da arte: pragmática ou utilitária (de
acordo com o tempo e local), naturalista (refletir a realidade), formalista
(apresentar a obra de arte).
Referências
FEIST, Hildegard. Uma pequena viagem pelo mundo da
Arte. Moderna. São Paulo. 1996.
SOUZA, Edgard Rodrigues de. Desenho e Pintura.
Moderna. São Paulo. 1997
GARCEZ, Lucília. OLIVEIRA,
Jô. Explicando a Arte: uma iniciação para entender e apreciar as artes visuais.
Ediouro. Rio de Janeiro. 3ª edição. 2002
Azevedo Junior, José Garcia de. Apostila de Arte – Artes Visuais. São Luís: Imagética Comunicação e
Design, 2007.