"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

sábado, 18 de maio de 2019

3ª Série - Conteúdos da Conclusiva - 1ª Unidade - 2019

1. Elementos da Linguagem Visual
2. Compreendendo a Arte
3. Abstracionismo e Figurativismo
4. Gêneros da pintura figurativa
5. Arte Grega
6. Arte Romana

1ª Série - AVISO - 1ª Unidade 2019

Últimos dias para entrega do Artefólio da 1ª unidade 21 e 23/05/19

3ª Série - Aviso - 1ª Unidade - 2019

Última Entrega do Artefólio 20 à 24/05/19


1ªSérie - INSTRUMENTOS MUSICAIS, ORQUESTRA E PRINCIPAIS INSTRUMENTOS REGIONAIS DA BAHIA - 1ª Unidade - 2019


Os estudiosos de música, tendo em vista a grande quantidade dos instrumentos musicais, resolveram dividi-los e classificá-los em grupos.
Organologia é o nome do ramo do conhecimento musical que se ocupa da classificação e do estudo dos instrumentos musicais.
Vamos conhecer agora as duas mais importantes classificações dos instrumentos musicais.

MONOFÔNICOS E POLIFÔNICOS

Existe uma classificação que divide os instrumentos em dois grupos, de acordo com o número de sons que cada um é capaz de emitir de uma só vez.
Instrumentos como a flauta, o trombone, a clarineta não podem emitir mais de um som de cada vez. São instrumentos adequados para executar a melodia musical, isto é, um conjunto de sons que se sucedem uns após os outros. Esses instrumentos são chamados de monofônicos, porque mono significa um e fônico significa som.



Instrumentos como o piano e o violão podem emitir mais de um som ao mesmo tempo. Batendo em várias teclas do piano ou em várias cordas do violão, o músico produz dois ou mais sons, simultaneamente. É por isso que estes instrumentos são chamados de polifônicos, porque poli significa muitos e fônico significa sons.

        A ORQUESTRA E SUA EVOLUÇÃO

Foi por e volta de 1600 que pela primeira vez diversos instrumentos diferentes foram reunidos para formar uma orquestra. As primeiras orquestras continham cordas, diversos tipos de instrumentos de sopro e um teclado, com o cravo. Com a evolução dos violinos, os instrumentos de cordas estruturaram-se e passaram a atuar como núcleo central de uma orquestra, aos quais os compositores passaram a juntar outros instrumentos como Flautas doces, Oboés, Fagotes e Trompas. Só na segunda metade do século XVII, período clássico, época de Haydn, Mozart e Beethoven, foi que a orquestra chegou a sua atual composição.
No decorrer do século XIX a orquestra expandiu-se tanto em tamanho como em extensão sonora.
No final do século XIX e princípio do século XX, a orquestra, para satisfazer as exigências dos compositores, teve que ser bastante aumentada. Enquanto que 25 músicos eram suficientes para Mozart, as obras sinfônicas de Mahler e Strauss exigiam 100 músicos ou mais.
Na contemporaneidade, alguns compositores têm experimentado novas técnicas, explorando interessantes meios para modificar a sonoridade orquestral e adotando, dentre outros recursos, instrumentos novos e técnicas eletrônicas.
A orquestra é um agrupamento instrumental que utiliza principalmente a reprodução de música erudita. A uma pequena orquestra dá-se o nome de Orquestra de Câmara. À orquestra completa dá-se o nome de Sinfônica ou Filarmônica, embora estes prefixos (Sinfo / Filar) não especifiquem nenhuma diferença no que diz respeito à constituição dos instrumentos ou o papel da mesma. Porém, podem ser úteis para distinguir orquestras de uma mesma cidade. Na verdade esses prefixos demonstram a maneira como é sustentada a orquestra. A orquestra Sinfônica é sustentada por uma instituição pública enquanto a Filarmônica por instituição privada.
Atualmente uma orquestra tem aproximadamente 80 músicos, em alguns casos mais de 100. Porém, em atuação, esse número pode ser ajustado de acordo com a obra a ser reproduzida.

O REGENTE

Na atualidade o Regente (também chamado Maestro ou maestrina) é uma pessoa muito importante na orquestra. Sua função é reger os músicos. Ele também é responsável pela interpretação das músicas, devendo indicar quando um instrumentista ou grupo deles deve começar ou parar de tocar. É ele quem define a velocidade da música para que todos toquem juntos. Também faz sinais para que os músicos saibam se devem tocar forte ou suave.
O maestro se comunica com os músicos por meio de gestos e pela expressão do rosto.
A maioria dos maestros, ao reger uma orquestra, segura uma batuta ela serve para que os músicos vejam os movimentos com mais facilidade. Entretanto, não foi sempre assim a profissão de maestro ou regente surgiu no início do século XIX. Até então os grupos musicais eram dirigidos por um ou mais músicos (alguma vezes o SPALLA, como é chamado o primeiro violino da orquestra) que regiam ao mesmo tempo em que tocavam.

INSTRUMENTOS DA ORQUESTRA

A palavra orquestra designa um conjunto razoavelmente grande de instrumentos que tocam juntos. Esse agrupamento é organizado em quatro naipes ou “famílias” de instrumentos: Cordas, Madeiras, Metais e Percussão. Observem que os instrumentos elétricos, citados anteriormente, não fazem parte das famílias das orquestras. Nas orquestras, as famílias dos instrumentos se subdividem em naipes, que são os grupos de instrumentos do mesmo tipo. A localização dos naipes da orquestra obedece a uma razão prática. Os naipes são dispostos de forma a proporcionar equilíbrio e uma boa combinação dos variados timbres instrumentais. Além disso, o Regente poderá ouvir cada instrumento com clareza e, naturalmente, é preciso que cada instrumento possa ver o Regente.


FAMÍLIA DAS CORDAS

A família das cordas é constituída por vários instrumentos. Os mais semelhantes são os violinos, as violas, os violoncelos e os contrabaixos. A diferença entre eles está em suas dimensões (tamanho) e no som que eles produzem. Quanto maior o instrumento, mais graves serão os sons produzidos por ele.
O grupo de instrumentos de CORDAS pode ser dividido em três categorias:

·         Instrumentos de corda friccionados por arco: suas cordas são vibradas através  de um arco. Ex.: Contrabaixo, viola, rabeca, violino, violoncelo, etc.  
·         Instrumentos de corda dedilhados ou tocados com palheta: as cordas destes instrumentos são vibradas diretamente pelo dedo do músico ou através da palheta, que é uma pequena lâmina de celulose ou madeira, utilizada para vibrar as cordas. Ex.: violão, cavaquinho, bandolim, alaúde, etc.
Ÿ Existem outros instrumentos que fazem parte da família das cordas, mas são construídos e tocados de modo diferente, como por exemplo a  harpa que tem suas cordas dedilhadas. No piano, as cordas são percutidas por martelos, acionados quando o pianista toca o teclado. No cravo, as cordas são pinçadas. 
FAMÍLIAS DAS MADEIRAS

A família das madeiras é composta de instrumentos de sopro feitos principalmente de madeira. Alguns instrumentos da família das madeiras são feitos de metal.
A flauta, por exemplo, é de metal, mas como antigamente ela era feita de madeira, continuou fazendo parte da família.
Entre os instrumentos de sopro podemos distinguir duas categorias:
FAMÍLIA DA PERCUSSÃO

Os instrumentos de percussão já eram usados desde a pré-história. Sabemos disso pelas pinturas, desenhos e objetos que os homens e mulheres dos tempos pré-históricos deixaram No entanto, nos diferentes tipos de orquestra, não eram tão comuns como hoje.
Um dos pioneiros a utilizar a percussão em composições foi Beethoven (1770-1827), que recebeu críticas na época por incluir em suas músicas sons considerados “desagradáveis”.
Os instrumentos de percussão são divididos em dois grupos. O primeiro grupo é formado por instrumentos que emitem várias notas musicais como: o tímpano, o glockenspiel, o xilofone, o metalofone e o vibrafone.


O Xilofone, o metalofone e o vibrafone têm uma coisa em comum: possuem um teclado feito de lâminas (parecido com o do piano)

O que muda de um instrumento para outro é o material dessas lâminas, que pode ser de madeira ou de metal – essa diferença faz com que o som de cada um seja diferente.
O carrilhão é formado por grandes tubos de metal, de tamanhos diferentes, pendurados em um suporte. Quanto maior o tubo, mais grave é o som.
A família dos instrumentos de percussão tem um segundo grupo formado por instrumentos que não produzem notas musicais diferenciadas
  INSTRUMENTOS ELÉTRICOS

Os instrumentos elétricos são aqueles que tem o som produzido ou ampliado com o uso da eletricidade. Estes instrumentos não são encontrados em orquestras porém são muito utilizados nos conjuntos musicais modernos.
  

PRINCIPAIS INSTRUMENTOS REGIONAIS DA BAHIA

No momento em que estamos estudando Música e conhecendo instrumentos dos mais diversos tipos, acreditamos ser necessário agregar a este universo os instrumentos utilizados principalmente na Bahia para a Capoeira que, de forma tão expressiva, representa um dos aspectos mais fascinantes das culturas brasileiras / baianas. Considerada por alguns como luta marcial, a CAPOEIRA, segundo os próprios capoeiristas e Mestres, é uma mistura de luta, dança, ritmo, corpo e mente. A filosofia do capoeirista, momentos defendendo ou atacando, dentro da roda de capoeira, depende do tempo e do momento dentro do jogo de capoeira.
A capoeira dentro de suas formas e fundamentos, em nada se assemelha à dança e nem a nenhuma outra forma de arte marcial existente. Ela foi criada e desenvolvida no Brasil, no contexto histórico e social de um país que teve diversas interferências culturais. Atualmente sabe-se que a Capoeira é adaptada ao mundo e jogada em inúmeros países, apesar de ter sido criada pelo povo brasileiro.
Concluindo, a capoeira é considerada por muitos uma arte de lutar dentro da dança e de dançar dentro da luta. Enfim, a capoeira é um jogo.
Os principais instrumentos da capoeira são  o BERIMBAU, PANDEIRO, ATABAQUE, AGOGÔ E RECO-RECO.

Berimbau
Instrumento de percussão em formato de arco, retesado por um fio de arame tendo, na sua extremidade inferior, uma cabaça que funciona como caixa de ressonância. O arame é percutido com uma vareta de madeira, chamada de baqueta, que o tocador segura, juntamente com o caxixi, acentuando o ritmo através do chocalhar e modificando a intensidade do som com a aproximação e afastamento da abertura da cabaça na barriga. O arco e a moeda ou pedra, encosta ou afasta do arame com o objetivo de obter as variações do sons.
Origem : O berimbau originou-se da Harpa, existindo a mais ou menos quatro mil anos A.C. Possivelmente originário do Egito ou do Sul da Índia. Sendo seu emprego inicial totalmente desconhecido, usado por mendigos para pedir esmolas e por mercadores para chamar atenção dos fregueses. Introduzido na Capoeira no século XX.
Pandeiro:
Instrumento de percussão, composto de um arco circular de madeira, guarnecido de soalhas, e sobre a qual se estica uma pele, preferencialmente de cabra ou bode, e que se tange batendo com a mão, com os cotovelos, nos joelhos e até nos pés.
Origem: O pandeiro é conhecido por muitos como panderola ou tamborim. Sua origem Árabe, é incluído entre os instrumentos antigos, sendo usado também em cerimônias religiosas. 

Atabaque
Instrumento de percussão, tambor primário, feito com pele de animal, distendida em uma estrutura de madeira com formatos de cone vazado nas extremidades. Percutindo com as mãos, usado nas danças religiosas e populares de origem africana. E um instrumento sagrado do candomblé e usado nos grupos folclóricos.
Origem: O termo "Atabaquê" é de origem árabe. O atabaque é um instrumento oriental muito antigo entre os Persas e os Árabes. O atabaque chegou ao Brasil através dos Portugueses, para ser usado em festas e procissões religiosas.
Agogô
Instrumento de percussão, constituído por duas campânulas de ferro, o qual se percute com uma vareta do mesmo metal, ou uma baqueta e é usado particularmente nos candomblés, baterias de escola de samba, maracatu, conjuntos musicais, etc.
Origem : O agogô é de origem africana.  
Reco-reco
Instrumento de percussão, feito de gomos de bambu ou madeira, no qual abrem-se rasgos transversais, onde se passa uma vareta de madeira fazendo soar um som rascante. 


Referências:
“Manual Ilustrado dos Instrumentos Musicais” - Denis Koishi 
 “Explicando a Arte”, de Jô Oliveira e Lucília Garcez.
 “A Orquestra” Tintim por tintim de HENTSCHKE, Liane (et al)





domingo, 12 de maio de 2019

3ª Série - Slides - ARTE ROMANA - 1ª Unidade 2019
























3ª Série - ARTE ROMANA - 1ª Unidade 2019


A cidade de Roma originou-se de uma pequena aldeia de pastores e agricultores, situada às margens do Rio Tibre, numa região que permitia a comunicação entre a Etrúria e a Grécia, as duas áreas mais dinâmicas da Península Itálica entre os séculos XIII e VI a.C.
A arte romana desenvolveu-se durante os quase seis séculos que vão da terceira Guerra Púnica (146 a.C) ao séc. IV d.C. Esta sofreu fortes influências por parte da arte etrusca (na técnica), grega (na decoração) e oriental (na monumentalidade). Contudo, os romanos souberam adaptar tais influências ao seu gosto nacional, e criaram um estilo que, embora derivado de outros, não deixa de ser inconfundivelmente romano.
Os romanos já conheciam os termos e métodos de representação dos gregos muito antes de entrar em contato direto com o mundo grego, e foi através da Etrúria que adquiriram este conhecimento e também, também grande parte das características independentes da arte romana origina-se da tradição ítalo-etrusca: o entusiasmo pelo retrato realista, especialmente o busto – retrato, o fascínio pela decoração luxuosa, o prazer no mundo da natureza.
ARQUITETURA

Herdeiros e continuadores da cultura grega, os romanos praticamente nada inovaram em matéria de arte. Mas a sua contribuição original dá-se, no campo da arquitetura, na valorização do espaço interno e na compreensão da dupla importância, estética e estrutural, de elementos como o arco e a abóbada que foram um dos legados culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos romanos. Esses dois elementos arquitetônicos desconhecidos na Grécia permitiram aos romanos criar amplos espaços internos, livres do excesso de colunas, próprios dos templos gregos.
O arco foi uma conquista que permitiu ampliar o vão entre uma coluna e outra, pois nele o centro não se sobrecarrega mais que as extremidades e, assim, as tensões são distribuídas de forma mais homogênea. Além disso, como o arco é constituído com blocos de pedra, a tensão comprime esses blocos, dando-lhe maior estabilidade.
A arquitetura se caracterizou pelo uso de três elementos principais: o arco, a abóbada e a cúpula, que os romanos receberam como herança do domínio etrusco, ampliando o seu uso a um grande número de construções. Ao lado desses elementos, as colunas, principalmente o estilo Jônico, foram também muito empregadas sobre tudo nos templos.
Exemplo: Aqueduto romano, arcada do templo de Júpiter em Terracina século I a.C.
Arco do Triunfo do Imperador Tito, abóbada do Panteon – Templo dedicado a todos os deuses, Coliseu – anfiteatro.
Os templos romanos assemelhavam-se aos gregos, tanto na estrutura como na função. Não eram lugares de reunião dos fiéis mas apenas a morada dos deuses.
Até mesmo o culto era celebrado num altar que ficava fora dos templos. Os gregos também forneceram os modelos para os teatros romanos que serviram ainda a construção dos circos e anfiteatros.
As características gerais da arquitetura romana são:
• procura do útil imediato, senso de realismo;
• grandeza material, realçando a ideia de força;
• energia e sentimento;
• predomínio do caráter sobre a beleza
• originalidade: urbanismo, vias de comunicação, anfiteatro, termas.

No começo, dominada pela influência etrusca – o traçado de cidades, casas, templos e abóbadas, adquire-se estilo próprio com a descoberta do cimento (século II a.C.) e da construção em tijolos, e o resultante desenvolvimento da construção das abóbadas, cujas variações aparecem em portas e portões, anfiteatros e teatros, pontes e arcos de triunfo.
Outra criação original dos arquitetos romanos são as termas. Seu conjunto cobria, nas cidades grandes, um espaço considerável, consistiam, fora dos banhos propriamente ditos, de sauna (caldarium, tepidarium, frigidarium) e de numerosos estabelecimentos anexos. As termas de banho simples são, por exemplo, as do Foro (80 a.C.), que tinham duas seções, para acomodar homens e mulheres separadamente.
No início, os edifícios de espetáculos eram de madeira. Pompeu construiu o primeiro teatro de alvenaria, em Roma.
Do conjunto arquitetural da cidade romana faziam ainda os portões, colunas comemorativas (de Daílio, 260 a.C.) e os arcos, que em sua origem são de triunfo e depois construídos por razões diversas.
A planta das casas romanas era rigorosa e invariavelmente desenhada a partir de um retângulo básico.
Ao entrar em contato com os gregos, durante o período helenístico, os romanos apreciaram muito a flexibilidade e a elegância das moradias gregas. Mas admiraram, sobretudo o peristilo (galeria de colunas em volta de um pátio ou de um edifício) que havia no pátio de muitas casas.
Como eram zelosos de suas tradições, os romanos não quiseram alterar muito a planta de suas casas, mas encontraram uma solução para incorporar os elementos que admiravam: acrescentaram, nos fundos da casa, um peristilo em torno do qual se dispunham vários cômodos o restante da construção seguia o esquema tradicional.
Os imperadores e patrícios (classe social romana) construíram vilas suntuosas para morar, enquanto o povo habitava em casas unifamiliares de dois andares (o domus), ou em casas populares com quatro ou cinco andares (conjuntos habitacionais).
A via Ápia em Roma é uma sucessão de túmulos não só de ricos senhores romanos, mas também de pessoas do povo. Para construir seus monumentos e habitações, os romanos colocavam pedra, sobre pedra. Eles usavam uma técnica construtiva muito eficaz ligando blocos de argila cozida além de tufo (denominação dada aos calcários com grandes poros, gerados por fontes de águas ricas em bicarbonato de cálcio) e pedra com betume e trapos torcidos.
O anfiteatro Flávio, um dos mais importantes e mais belos dos edifícios de Roma, recebeu o nome de Coliseu, talvez por causa da gigantesca estátua de Nero erguido nos arredores. O seu exterior era ornamentado por esculturas, que eram abrigadas pelos arcos, por três andares com as ordens de colunas gregas, e a sua planta tem a forma elíptica, os muros são de blocos soldados com betume e lajes de mármore ligadas com ganchos de ferro.
O Coliseu foi inaugurado pelo imperador Tito no ano de 80. A sua função era ser um circo dedicado a espetáculos sanguinolentos, nele realizavam-se combates entre gladiadores, caça a animais ferozes e até batalhas navais, graças a um sistema hidráulico que permitia o alagamento da pista. Cada espetáculo podia ser assistido por cerca de 50 mil pessoas. Sua estrutura principal é construída com uma espécie de concreto, e trata-se de uma obra-prima de engenharia e planejamento eficiente, com quilômetros de galerias e abóbadas para assegurar o fluxo regular do tráfego em volta da arena.
Arco do Triunfo: eram construídos tendo o objetivo de homenagear os imperadores e generais vitoriosos.
A coluna triunfal: era ao mesmo tempo um monumento comemorativo e funerário. A mais famosa é a de Trajano, característica pelo seu friso em espiral que narra os feitos do Imperador em baixos relevos no fuste.
Nem todos os templos resultaram da soma da tradição romana e dos ornamentos gregos. Enquanto a concepção arquitetônica grega criava edifícios para serem vistos do exterior, a romana procurava criar espaços interiores. O Panteão, construído em Roma, durante o reinado do Imperador Adriano, é certamente o melhor exemplo dessa diferença.
Planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Império, esse templo romano, com sua planta circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do exterior onde o povo se reunia para o culto.
Ao lado da arquitetura civil, há a religiosa, modesta e sem estilo ainda definido nos templos mais antigos restaram alguns vestígios (templo de Júpiter Capitolino, Saturno, Ceres, todos em Roma). Eram decorados por artistas etruscos, de visível influência grega.
A construção mais impressionante é o Santuário da Fortuna Primogênia, na Palestina. Um monumental conjunto de edifícios construídos de uma série de terrenos superpostos apoiados na encosta de uma coluna, sustentados por abóbadas de concreto a arcos. A construção em concreto é combinada com um emprego decorativo e, em parte estrutural, da arquitetura colunar clássica. Pilastras e meias colunas para decorar os espaços entre os arcos.
Os romanos também modificaram a linguagem arquitetônica que haviam recebido dos gregos, uma vez que acrescentaram aos estilos herdados (dórico, jônico e coríntio) duas novas formas de construção: os estilos toscano e composto.
O estilo toscano era uma espécie de ordem dórica sem estrias no fuste. E no estilo compósito, o capitel foi criado a partir da mistura de elementos jônicos e coríntios. O Pantheon romano.
A ordem Coríntia foi adotada como a ordem romana por excelência devido a suas possibilidades decorativas mais ricas, e as combinações de ordens que parecem ter agradado tanto os romanos, levaram a criação do capitel Compósito, fusão do Jônico e Coríntio. A severa ordem Dórica foi quase inteiramente rejeitada para construção em grande escala.

ESCULTURA 


Os romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas por temperamento eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos.
No entanto, ao entrar em contato com os gregos, os escultores romanos sofreram forte influência das concepções helenísticas a respeito da arte, só que não abdicaram de um interesse muito próprio: retratar os traços particulares de uma pessoa. O que acabou acontecendo foi uma acomodação entre a concepção artística romana e grega.
Os romanos costumavam dedicar especial apreço pelas obras totalmente naturalistas, dinâmicas e proporcionadas da estatuária grega. Diante da impossibilidade de transportar as obras mais valiosas de Fídias, Policreto ou Praxíteles, eles tomaram providências no sentido de que seus próprios escultores as copiassem. Isso fez com que surgissem importantes escolas de copistas. Pode-se dizer que quase todas logo atingiram um excelente nível de realização. Desse modo, a arte estatuária do império compensou com quantidade sua falta de originalidade. Encontrando na escultura a maneira ideal de perpetuar a história e seus protagonistas, proliferaram no âmbito dessa arte romana os bustos, retratos de corpo inteiro e estátuas equestres (referente a cavalaria ou cavaleiros), de imperadores e patrícios, os quais passaram desse modo à posteridade, alçados praticamente à categoria de deuses.
A narração de fatos históricos e a reprodução de campanhas militares tomaram forma de relevos. Num primeiro momento foram utilizados como suporte os frontispícios de templos e arcos de triunfo. No entanto, não demorou muito para essas superfícies se tornaram um espaço exíguo (de pequenas proporções; diminuto) para conter volume dos acontecimentos que deviam transmitir. Foi dessa maneira que nasceram as colunas comemorativas, ao redor das quais se esculpiam as imagens das batalhas do império. A riqueza de detalhes era uma característica desse trabalho.

Bustos: Apesar de serem grandes admiradores da arte grega, os romanos desenvolveram um estilo próprio. Tendo começado como uma forma ancestral de veneração que remota aos tempos pré-históricos. Esse costume tornou-se uma maneira conveniente de demonstrar a importância e continuidade de uma família – um hábito que continua praticamente inalterado em nossos dias, através da exposição de retratos de família. Quando morria o chefe de uma família importante, fazia-se uma imagem em cera do seu rosto, e essas imagens eram preservadas pelas gerações subsequentes e carregadas nos cortejos funerários da família.
O rosto era a parte mais importante das peças sendo desenvolvidas ao máximo as tendências realistas. O retrato baseava-se em grande parte no culto dos antepassados reproduzindo o rosto do falecido num material perdurável. Os romanos primavam pelo realismo fazendo representações fiéis das pessoas e não pelo idealismo de beleza humana como os gregos. Retratavam os imperadores e homens da sociedade. Busto do imperador Hadrianus. Octávio Augusto, influência grega.

PINTURA


 A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 d.C. Uma característica da arte romana é o realismo. As cores mais utilizadas nos afrescos de Herculano e Pompéia foram o amarelo e o vermelho, cores que simbolizam o fogo, no colorido os romanos empregavam as cores preto, o vermelho e o azul conseguindo uma harmonia cheia de contrastes.
Os estudiosos da pintura existentes em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro estilos.

Primeiro  estilo:  recobrir  as  paredes  de  uma  sala com  uma  camada  de  gesso  pintado;  que   dava a impressão de placas de mármore. 

Segundo  estilo:  Os  artistas  começaram  então  a  pintar  painéis  que  criavam  a  ilusão  de  janelas  abertas  por  onde  eram  vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural. 

Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes. 

Quarto  estilo:  um  painel  de  fundo  vermelho,  tendo  ao  centro  uma  pintura,  geralmente  cópia  de  obra  grega,  imitando  um cenário teatral. 

A pintura tinha uma variedade de temas como cenas domésticas, retratos, animais e cenas da vida quotidiana. A maior inovação da pintura romana, comparada com a grega, foi o desenvolvimento das paisagens, incorporando técnicas de perspectiva e profundidade. Outro gênero muito explorado foi o das pinturas triunfais onde se descreviam entradas triunfais após vitórias militares, representando episódios das batalhas e das cidades e regiões conquistadas.
A pintura romana sempre esteve estreitamente ligada à arquitetura, e sua finalidade era quase exclusivamente decorativa. Já no século II a.C., na época da república, disseminou-se entre as famílias patrícias, empenhadas em exibir sua riqueza, o peculiar costume de mandar que se fizessem imitações da opulenta decoração de templos e palácios, tanto na casa em que viviam quanto naquelas em que passavam o verão. Graças a um bem-sucedido efeito ótico, chegavam a simular nas paredes portas entreabertas que davam acesso a aposentos inexistentes.

MOSAICO
O desenvolvimento do mosaico se deu na época do império com cenas de trabalho e figuras de personalidades famosas.
O  mosaico  foi  muito  utilizado  na  decoração  dos  muros  e  pisos  da arquitetura  em  geral. Partidários de um profundo respeito pelo ambiente arquitetônico, adotando soluções de clara matriz decorativa. As cores vivas e a possibilidade de colocação sobre qualquer superfície e a duração dos materiais levaram os mosaicos prevalecer sobre a pintura. Nos séculos seguintes, tornaram-se essenciais para medir a ampliação das primeiras igrejas cristãs.
São notáveis as pinturas murais e os mosaicos que eles executaram principalmente no século XVIII.

ARTES MENORES

 
Por influência etrusca, as chamadas artes menores ganham especial atenção dos romanos. Moedas e medalhas, além das indicações históricas que fornecem alcançam por vezes a categoria de obra-prima. Os trabalhos em marfim tiveram seu grande apogeu no período bizantino, enquanto as oficinas dos ceramistas produziram, em muitas províncias, notáveis vasos decorativos em relevo. Os mais conhecidos e apreciados procedem de Arezzo.
As artes santuárias de Roma não dispensam taças de cristal lapidadas, e jóias de ouro, minuciosamente trabalhadas.
As armaduras e elmos (espécie de capacete que protegia a cabeça nas armaduras antigas) de bronze, trabalhados em relevo com motivos guerreiros ou mitológicos, eram parte indispensável na indumentária dos gladiadores.
Os objetos de uso doméstico eram geralmente de bronze (lâmpadas, ferramentas, armas, etc.), alguns dos quais verdadeiras obras de arte. Da prataria possuímos peças de grande valor artístico “tesouro” de Hildesheim, Boscoreale, Berthouville, as melhores sendo obras de artistas gregos. A ornamentação pode ser em estilo alexandrino ou puramente romano (cenas da história contemporânea).

REFERENCIAS: CALABRIA, Carla Paula Brond. MARTINS, Raquel Valle. Arte, História e Produção. FTD. Vol 2. 1997.
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática. 2000.
CANTELE, Bruna R. Arte,etc e tal... IBEP. Vol.2 São Paulo. 1998.
Revista: Roma História, Mitos e Lendas

Atividade

Responda:

1.    Qual a origem da cidade de Roma?
2.    A arquitetura se caracterizou pelo uso de três elementos principais. Quais são eles?
3.    Liste duas características gerais da arte romana.
4.    Qual o mais importante e belo edifício de Roma? Qual era a sua função e descreva sua arquitetura.
5.    Os romanos também modificaram a linguagem arquitetônica que haviam recebido dos gregos, uma vez que acrescentaram aos estilos herdados (dórico, jônico e coríntio) duas novas formas de construção: os estilos toscano e composto. Qual a diferença entre eles?
6.    A arte romana reúne duas ideias importantes, embora diversas, redadas dos etruscos e dos gregos. Quais são elas?
7. O que são termas?
8.     Os gregos construíam seus templos não para receber pessoas, mas para abrigar as estátuas das divindades e ser admirados de fora. Já os romanos procuraram criar grandes espaços interiores. Lembrando que os templos gregos eram construídos com colunas:
a) Explique por que o arco, herdado dos etruscos, foi fundamental para a arquitetura romana?
b) Além do arco, que outro elemento arquitetônico foi fundamental para que os romanos pudessem criar grandes espaços interiores?
9.    Os estudiosos da pintura existentes em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro estilos. Quais são e qual a diferença entre eles?

10. Como ocorreu o desenvolvimento do mosaico e onde eram utilizados?