1. Elementos da Linguagem Visual
2. Compreendendo a Arte
3. Abstracionismo e Figurativismo
4. Gêneros da pintura figurativa
5. Arte Grega
6. Arte Romana
"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)
Páginas
sábado, 18 de maio de 2019
1ª Série - AVISO - 1ª Unidade 2019
Últimos dias para entrega do Artefólio da 1ª unidade 21 e 23/05/19
1ªSérie - INSTRUMENTOS MUSICAIS, ORQUESTRA E PRINCIPAIS INSTRUMENTOS REGIONAIS DA BAHIA - 1ª Unidade - 2019
Os estudiosos de
música, tendo em vista a grande quantidade dos instrumentos musicais,
resolveram dividi-los e classificá-los em grupos.
Organologia é o nome
do ramo do conhecimento musical que se ocupa da classificação e do estudo dos
instrumentos musicais.
Vamos conhecer agora
as duas mais importantes classificações dos instrumentos musicais.
MONOFÔNICOS E POLIFÔNICOS
Existe uma
classificação que divide os instrumentos em dois grupos, de acordo com o número
de sons que cada um é capaz de emitir de uma só vez.
Instrumentos como a
flauta, o trombone, a clarineta não podem emitir mais de um som de cada vez.
São instrumentos adequados para executar a melodia musical, isto é, um conjunto
de sons que se sucedem uns após os outros. Esses instrumentos são chamados de
monofônicos, porque mono significa um e fônico significa som.
Instrumentos como o
piano e o violão podem emitir mais de um som ao mesmo tempo. Batendo em várias
teclas do piano ou em várias cordas do violão, o músico produz dois ou mais
sons, simultaneamente. É por isso que estes instrumentos são chamados de polifônicos,
porque poli significa muitos e fônico significa sons.
A
ORQUESTRA E SUA EVOLUÇÃO
Foi
por e volta de 1600 que pela primeira vez diversos instrumentos diferentes
foram reunidos para formar uma orquestra. As primeiras orquestras continham
cordas, diversos tipos de instrumentos de sopro e um teclado, com o cravo. Com
a evolução dos violinos, os instrumentos de cordas estruturaram-se e passaram a
atuar como núcleo central de uma orquestra, aos quais os compositores passaram
a juntar outros instrumentos como Flautas doces, Oboés, Fagotes e Trompas. Só
na segunda metade do século XVII, período clássico, época de Haydn, Mozart e
Beethoven, foi que a orquestra chegou a sua atual composição.
No
decorrer do século XIX a orquestra expandiu-se tanto em tamanho como em
extensão sonora.
No final do século
XIX e princípio do século XX, a orquestra, para satisfazer as exigências dos
compositores, teve que ser bastante aumentada. Enquanto que 25 músicos eram
suficientes para Mozart, as obras sinfônicas de Mahler e Strauss exigiam 100
músicos ou mais.
Na
contemporaneidade, alguns compositores têm experimentado novas técnicas,
explorando interessantes meios para modificar a sonoridade orquestral e
adotando, dentre outros recursos, instrumentos novos e técnicas eletrônicas.
A orquestra é um
agrupamento instrumental que utiliza principalmente a reprodução de música
erudita. A uma pequena orquestra dá-se o nome de Orquestra de Câmara. À
orquestra completa dá-se o nome de Sinfônica ou Filarmônica, embora estes
prefixos (Sinfo / Filar) não especifiquem nenhuma diferença no que diz respeito
à constituição dos instrumentos ou o papel da mesma. Porém, podem ser úteis
para distinguir orquestras de uma mesma cidade. Na verdade esses prefixos
demonstram a maneira como é sustentada a orquestra. A orquestra Sinfônica é
sustentada por uma instituição pública enquanto a Filarmônica por instituição
privada.
Atualmente uma
orquestra tem aproximadamente 80 músicos, em alguns casos mais de 100. Porém,
em atuação, esse número pode ser ajustado de acordo com a obra a ser
reproduzida.
O REGENTE
Na atualidade o
Regente (também chamado Maestro ou maestrina) é uma pessoa muito importante na
orquestra. Sua função é reger os músicos. Ele também é responsável pela
interpretação das músicas, devendo indicar quando um instrumentista ou grupo
deles deve começar ou parar de tocar. É ele quem define a velocidade da música
para que todos toquem juntos. Também faz sinais para que os músicos saibam se
devem tocar forte ou suave.
O maestro se
comunica com os músicos por meio de gestos e pela expressão do rosto.
A maioria dos
maestros, ao reger uma orquestra, segura uma batuta ela serve para que os
músicos vejam os movimentos com mais facilidade. Entretanto, não foi sempre
assim a profissão de maestro ou regente surgiu no início do século XIX. Até
então os grupos musicais eram dirigidos por um ou mais músicos (alguma vezes o
SPALLA, como é chamado o primeiro violino da orquestra) que regiam ao mesmo
tempo em que tocavam.
INSTRUMENTOS
DA ORQUESTRA
A palavra orquestra
designa um conjunto razoavelmente grande de instrumentos que tocam juntos. Esse
agrupamento é organizado em quatro naipes ou “famílias” de instrumentos:
Cordas, Madeiras, Metais e Percussão. Observem que os instrumentos elétricos,
citados anteriormente, não fazem parte das famílias das orquestras. Nas
orquestras, as famílias dos instrumentos se subdividem em naipes, que são os
grupos de instrumentos do mesmo tipo. A localização dos naipes da orquestra obedece
a uma razão prática. Os naipes são dispostos de forma a proporcionar equilíbrio
e uma boa combinação dos variados timbres instrumentais. Além disso, o Regente
poderá ouvir cada instrumento com clareza e, naturalmente, é preciso que cada
instrumento possa ver o Regente.
FAMÍLIA
DAS CORDAS
A família das cordas
é constituída por vários instrumentos. Os mais semelhantes são os violinos, as
violas, os violoncelos e os contrabaixos. A diferença entre eles está em suas
dimensões (tamanho) e no som que eles produzem. Quanto maior o instrumento,
mais graves serão os sons produzidos por ele.
O grupo de
instrumentos de CORDAS pode ser dividido em três categorias:
·
Instrumentos de
corda friccionados por arco: suas cordas são vibradas através de um arco. Ex.: Contrabaixo, viola, rabeca, violino,
violoncelo, etc.
·
Instrumentos de corda dedilhados ou tocados com
palheta:
as cordas destes instrumentos são vibradas diretamente pelo dedo do músico ou
através da palheta, que é uma pequena lâmina de celulose ou madeira, utilizada
para vibrar as cordas. Ex.: violão, cavaquinho, bandolim, alaúde, etc.
Existem outros
instrumentos que fazem parte da família das cordas, mas são construídos e
tocados de modo diferente, como por exemplo a harpa que tem suas cordas dedilhadas. No piano,
as cordas são percutidas por martelos, acionados quando o pianista toca o
teclado. No cravo, as cordas são pinçadas.
FAMÍLIAS
DAS MADEIRAS
A família das
madeiras é composta de instrumentos de sopro feitos principalmente de madeira.
Alguns instrumentos da família das madeiras são feitos de metal.
A flauta, por
exemplo, é de metal, mas como antigamente ela era feita de madeira, continuou
fazendo parte da família.
Entre os
instrumentos de sopro podemos distinguir duas categorias:
FAMÍLIA
DA PERCUSSÃO
Os instrumentos de
percussão já eram usados desde a pré-história. Sabemos disso pelas pinturas,
desenhos e objetos que os homens e mulheres dos tempos pré-históricos deixaram
No entanto, nos diferentes tipos de orquestra, não eram tão comuns como hoje.
Um dos pioneiros a
utilizar a percussão em composições foi Beethoven (1770-1827), que recebeu
críticas na época por incluir em suas músicas sons considerados
“desagradáveis”.
Os instrumentos de
percussão são divididos em dois grupos. O primeiro grupo é formado por
instrumentos que emitem várias notas musicais como: o tímpano, o glockenspiel,
o xilofone, o metalofone e o vibrafone.
O Xilofone, o
metalofone e o vibrafone têm uma coisa em comum: possuem um teclado feito de
lâminas (parecido com o do piano)
O que muda de um
instrumento para outro é o material dessas lâminas, que pode ser de madeira ou
de metal – essa diferença faz com que o som de cada um seja diferente.
O carrilhão é
formado por grandes tubos de metal, de tamanhos diferentes, pendurados em um
suporte. Quanto maior o tubo, mais grave é o som.
A
família dos instrumentos de percussão tem um segundo grupo formado por
instrumentos que não produzem notas musicais diferenciadas
INSTRUMENTOS ELÉTRICOS
Os instrumentos
elétricos são aqueles que tem o som produzido ou ampliado com o uso da
eletricidade. Estes instrumentos não são encontrados em orquestras porém são
muito utilizados nos conjuntos musicais modernos.
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS REGIONAIS DA
BAHIA
No momento em que estamos estudando Música e conhecendo
instrumentos dos mais diversos tipos, acreditamos ser necessário agregar a este
universo os instrumentos utilizados principalmente na Bahia para a Capoeira
que, de forma tão expressiva, representa um dos aspectos mais fascinantes das
culturas brasileiras / baianas. Considerada por alguns como luta marcial, a
CAPOEIRA, segundo os próprios capoeiristas e Mestres, é uma mistura de luta,
dança, ritmo, corpo e mente. A filosofia do capoeirista, momentos defendendo ou
atacando, dentro da roda de capoeira, depende do tempo e do momento dentro do
jogo de capoeira.
A capoeira dentro de suas formas e fundamentos, em nada se
assemelha à dança e nem a nenhuma outra forma de arte marcial existente. Ela
foi criada e desenvolvida no Brasil, no contexto histórico e social de um país
que teve diversas interferências culturais. Atualmente sabe-se que a Capoeira é
adaptada ao mundo e jogada em inúmeros países, apesar de ter sido criada pelo
povo brasileiro.
Concluindo, a capoeira é considerada por muitos uma arte
de lutar dentro da dança e de dançar dentro da luta. Enfim, a capoeira é um
jogo.
Os principais instrumentos da capoeira são o BERIMBAU, PANDEIRO, ATABAQUE, AGOGÔ E
RECO-RECO.
Berimbau
Instrumento de percussão em formato de arco, retesado por
um fio de arame tendo, na sua extremidade inferior, uma cabaça que funciona
como caixa de ressonância. O arame é percutido com uma vareta de madeira,
chamada de baqueta, que o tocador segura, juntamente com o caxixi, acentuando o
ritmo através do chocalhar e modificando a intensidade do som com a aproximação
e afastamento da abertura da cabaça na barriga. O arco e a moeda ou pedra,
encosta ou afasta do arame com o objetivo de obter as variações do sons.
Origem : O berimbau
originou-se da Harpa, existindo a mais ou menos quatro mil anos A.C.
Possivelmente originário do Egito ou do Sul da Índia. Sendo seu emprego inicial
totalmente desconhecido, usado por mendigos para pedir esmolas e por mercadores
para chamar atenção dos fregueses. Introduzido na Capoeira no século XX.
Pandeiro:
Instrumento de percussão, composto de um arco circular de
madeira, guarnecido de soalhas, e sobre a qual se estica uma pele,
preferencialmente de cabra ou bode, e que se tange batendo com a mão, com os
cotovelos, nos joelhos e até nos pés.
Origem: O pandeiro é
conhecido por muitos como panderola ou tamborim. Sua origem Árabe, é incluído
entre os instrumentos antigos, sendo usado também em cerimônias
religiosas.
Atabaque
Instrumento de percussão, tambor primário, feito com pele
de animal, distendida em uma estrutura de madeira com formatos de cone vazado
nas extremidades. Percutindo com as mãos, usado nas danças religiosas e
populares de origem africana. E um instrumento sagrado do candomblé e usado nos
grupos folclóricos.
Origem: O termo
"Atabaquê" é de origem árabe. O atabaque é um instrumento oriental
muito antigo entre os Persas e os Árabes. O atabaque chegou ao Brasil através
dos Portugueses, para ser usado em festas e procissões religiosas.
Agogô
Instrumento de percussão, constituído por duas campânulas
de ferro, o qual se percute com uma vareta do mesmo metal, ou uma baqueta e é
usado particularmente nos candomblés, baterias de escola de samba, maracatu,
conjuntos musicais, etc.
Origem : O agogô é
de origem africana.
Reco-reco
Instrumento de percussão, feito de gomos de bambu ou
madeira, no qual abrem-se rasgos transversais, onde se passa uma vareta de
madeira fazendo soar um som rascante.
Referências:
“Manual Ilustrado dos Instrumentos Musicais” -
Denis Koishi
“Explicando a Arte”, de Jô Oliveira e Lucília
Garcez.
“A Orquestra” Tintim por tintim de HENTSCHKE,
Liane (et al)
domingo, 12 de maio de 2019
3ª Série - ARTE ROMANA - 1ª Unidade 2019
A cidade de Roma originou-se de uma pequena
aldeia de pastores e agricultores, situada às margens do Rio Tibre, numa região
que permitia a comunicação entre a Etrúria e a Grécia, as duas áreas mais
dinâmicas da Península Itálica entre os séculos XIII e VI a.C.
A arte romana desenvolveu-se durante os
quase seis séculos que vão da terceira Guerra Púnica (146 a.C) ao séc. IV d.C.
Esta sofreu fortes influências por parte da arte etrusca (na técnica), grega
(na decoração) e oriental (na monumentalidade). Contudo, os romanos souberam
adaptar tais influências ao seu gosto nacional, e criaram um estilo que, embora
derivado de outros, não deixa de ser inconfundivelmente romano.
Os romanos já conheciam os termos e métodos
de representação dos gregos muito antes de entrar em contato direto com o mundo
grego, e foi através da Etrúria que adquiriram este conhecimento e também,
também grande parte das características independentes da arte romana origina-se
da tradição ítalo-etrusca: o entusiasmo pelo retrato realista, especialmente o
busto – retrato, o fascínio pela decoração luxuosa, o prazer no mundo da
natureza.
ARQUITETURA
Herdeiros e continuadores da cultura grega,
os romanos praticamente nada inovaram em matéria de arte. Mas a sua
contribuição original dá-se, no campo da arquitetura, na valorização do espaço
interno e na compreensão da dupla importância, estética e estrutural, de
elementos como o arco e a abóbada que foram um dos legados culturais mais
importantes que os etruscos deixaram aos romanos. Esses dois elementos
arquitetônicos desconhecidos na Grécia permitiram aos romanos criar amplos
espaços internos, livres do excesso de colunas, próprios dos templos gregos.
O arco foi uma conquista que permitiu
ampliar o vão entre uma coluna e outra, pois nele o centro não se sobrecarrega
mais que as extremidades e, assim, as tensões são distribuídas de forma mais
homogênea. Além disso, como o arco é constituído com blocos de pedra, a tensão
comprime esses blocos, dando-lhe maior estabilidade.
A arquitetura se caracterizou pelo uso de
três elementos principais: o arco, a abóbada e a cúpula, que os romanos
receberam como herança do domínio etrusco, ampliando o seu uso a um grande
número de construções. Ao lado desses elementos, as colunas, principalmente o
estilo Jônico, foram também muito empregadas sobre tudo nos templos.
Exemplo: Aqueduto romano, arcada do templo
de Júpiter em Terracina século I a.C.
Arco do Triunfo do Imperador Tito, abóbada
do Panteon – Templo dedicado a todos os deuses, Coliseu – anfiteatro.
Os templos romanos assemelhavam-se aos
gregos, tanto na estrutura como na função. Não eram lugares de reunião dos
fiéis mas apenas a morada dos deuses.
Até mesmo o culto era celebrado num altar
que ficava fora dos templos. Os gregos também forneceram os modelos para os
teatros romanos que serviram ainda a construção dos circos e anfiteatros.
As
características gerais da arquitetura romana são:
• procura do útil imediato, senso de
realismo;
• grandeza material, realçando a ideia de
força;
• energia e sentimento;
• predomínio do caráter sobre a beleza
• originalidade: urbanismo, vias de
comunicação, anfiteatro, termas.
No começo, dominada pela influência etrusca
– o traçado de cidades, casas, templos e abóbadas, adquire-se estilo próprio
com a descoberta do cimento (século II a.C.) e da construção em tijolos, e o
resultante desenvolvimento da construção das abóbadas, cujas variações aparecem
em portas e portões, anfiteatros e teatros, pontes e arcos de triunfo.
Outra criação original dos arquitetos
romanos são as termas. Seu conjunto cobria, nas cidades grandes, um espaço
considerável, consistiam, fora dos banhos propriamente ditos, de sauna
(caldarium, tepidarium, frigidarium) e de numerosos estabelecimentos anexos. As
termas de banho simples são, por exemplo, as do Foro (80 a.C.), que tinham duas
seções, para acomodar homens e mulheres separadamente.
No início, os edifícios de espetáculos eram
de madeira. Pompeu construiu o primeiro teatro de alvenaria, em Roma.
Do conjunto arquitetural da cidade romana
faziam ainda os portões, colunas comemorativas (de Daílio, 260 a.C.) e os
arcos, que em sua origem são de triunfo e depois construídos por razões
diversas.
A
planta das casas romanas era rigorosa e invariavelmente desenhada a partir de
um retângulo básico.
Ao
entrar em contato com os gregos, durante o período helenístico, os romanos
apreciaram muito a flexibilidade e a elegância das moradias gregas. Mas
admiraram, sobretudo o peristilo (galeria de colunas em volta de um pátio ou de
um edifício) que havia no pátio de muitas casas.
Como
eram zelosos de suas tradições, os romanos não quiseram alterar muito a planta
de suas casas, mas encontraram uma solução para incorporar os elementos que
admiravam: acrescentaram, nos fundos da casa, um peristilo em torno do qual se
dispunham vários cômodos o restante da construção seguia o esquema tradicional.
Os imperadores e patrícios (classe social
romana) construíram vilas suntuosas para morar, enquanto o povo habitava em
casas unifamiliares de dois andares (o domus), ou em casas populares com quatro
ou cinco andares (conjuntos habitacionais).
A via
Ápia
em Roma é uma sucessão de túmulos não só de ricos senhores romanos, mas também
de pessoas do povo. Para construir seus monumentos e habitações, os romanos
colocavam pedra, sobre pedra. Eles usavam uma técnica construtiva muito eficaz
ligando blocos de argila cozida além de tufo (denominação dada aos calcários
com grandes poros, gerados por fontes de águas ricas em bicarbonato de cálcio)
e pedra com betume e trapos torcidos.
O
anfiteatro Flávio,
um dos mais importantes e mais belos dos edifícios de Roma, recebeu o nome de
Coliseu, talvez por causa da gigantesca estátua de Nero erguido nos arredores.
O seu exterior era ornamentado por esculturas, que eram abrigadas pelos arcos,
por três andares com as ordens de colunas gregas, e a sua planta tem a forma
elíptica, os muros são de blocos soldados com betume e lajes de mármore ligadas
com ganchos de ferro.
O Coliseu foi inaugurado pelo imperador
Tito no ano de 80. A sua função era ser um circo dedicado a espetáculos
sanguinolentos, nele realizavam-se combates entre gladiadores, caça a animais
ferozes e até batalhas navais, graças a um sistema hidráulico que permitia o
alagamento da pista. Cada espetáculo podia ser assistido por cerca de 50 mil
pessoas. Sua estrutura principal é construída com uma espécie de concreto, e
trata-se de uma obra-prima de engenharia e planejamento eficiente, com
quilômetros de galerias e abóbadas para assegurar o fluxo regular do tráfego em
volta da arena.
Arco
do Triunfo:
eram construídos tendo o objetivo de homenagear os imperadores e generais
vitoriosos.
A
coluna triunfal:
era ao mesmo tempo um monumento comemorativo e funerário. A mais famosa é a de
Trajano, característica pelo seu friso em espiral que narra os feitos do
Imperador em baixos relevos no fuste.
Nem todos os templos resultaram da soma da
tradição romana e dos ornamentos gregos. Enquanto a concepção arquitetônica
grega criava edifícios para serem vistos do exterior, a romana procurava criar
espaços interiores. O Panteão, construído em Roma, durante o reinado do
Imperador Adriano, é certamente o melhor exemplo dessa diferença.
Planejado para reunir a grande variedade de
deuses existentes em todo o Império, esse templo romano, com sua planta
circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do exterior onde o povo
se reunia para o culto.
Ao lado da arquitetura civil, há a
religiosa, modesta e sem estilo ainda definido nos templos mais antigos
restaram alguns vestígios (templo de Júpiter Capitolino, Saturno, Ceres, todos
em Roma). Eram decorados por artistas etruscos, de visível influência grega.
A construção mais impressionante é o
Santuário da Fortuna Primogênia, na Palestina. Um monumental conjunto de
edifícios construídos de uma série de terrenos superpostos apoiados na encosta
de uma coluna, sustentados por abóbadas de concreto a arcos. A construção em
concreto é combinada com um emprego decorativo e, em parte estrutural, da
arquitetura colunar clássica. Pilastras e meias colunas para decorar os espaços
entre os arcos.
Os romanos também modificaram a linguagem arquitetônica que haviam
recebido dos gregos, uma vez que acrescentaram aos estilos herdados (dórico,
jônico e coríntio) duas novas formas de construção: os estilos toscano e
composto.
O estilo toscano era uma espécie de ordem
dórica sem estrias no fuste. E no estilo compósito, o capitel foi criado a
partir da mistura de elementos jônicos e coríntios. O Pantheon romano.
A ordem Coríntia foi adotada como a ordem
romana por excelência devido a suas possibilidades decorativas mais ricas, e as
combinações de ordens que parecem ter agradado tanto os romanos, levaram a
criação do capitel Compósito, fusão do Jônico e Coríntio. A severa ordem Dórica
foi quase inteiramente rejeitada para construção em grande escala.
ESCULTURA
Os
romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas por temperamento eram muito
diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma
representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como
fizeram os gregos.
No
entanto, ao entrar em contato com os gregos, os escultores romanos sofreram
forte influência das concepções helenísticas a respeito da arte, só que não
abdicaram de um interesse muito próprio: retratar os traços particulares de uma
pessoa. O que acabou acontecendo foi uma acomodação entre a concepção artística
romana e grega.
Os romanos costumavam dedicar especial
apreço pelas obras totalmente naturalistas, dinâmicas e proporcionadas da
estatuária grega. Diante da impossibilidade de transportar as obras mais
valiosas de Fídias, Policreto ou Praxíteles, eles tomaram providências no
sentido de que seus próprios escultores as copiassem. Isso fez com que
surgissem importantes escolas de copistas. Pode-se dizer que quase todas logo
atingiram um excelente nível de realização. Desse modo, a arte estatuária do
império compensou com quantidade sua falta de originalidade. Encontrando na
escultura a maneira ideal de perpetuar a história e seus protagonistas,
proliferaram no âmbito dessa arte romana os bustos, retratos de corpo inteiro e
estátuas equestres (referente a cavalaria ou cavaleiros), de imperadores e
patrícios, os quais passaram desse modo à posteridade, alçados praticamente à
categoria de deuses.
A narração de fatos históricos e a
reprodução de campanhas militares tomaram forma de relevos. Num primeiro
momento foram utilizados como suporte os frontispícios de templos e arcos de
triunfo. No entanto, não demorou muito para essas superfícies se tornaram um
espaço exíguo (de pequenas proporções; diminuto) para conter volume dos
acontecimentos que deviam transmitir. Foi dessa maneira que nasceram as colunas
comemorativas, ao redor das quais se esculpiam as imagens das batalhas do
império. A riqueza de detalhes era uma característica desse trabalho.
Bustos: Apesar de serem
grandes admiradores da arte grega, os romanos desenvolveram um estilo próprio.
Tendo começado como uma forma ancestral de veneração que remota aos tempos
pré-históricos. Esse costume tornou-se uma maneira conveniente de demonstrar a
importância e continuidade de uma família – um hábito que continua praticamente
inalterado em nossos dias, através da exposição de retratos de família. Quando
morria o chefe de uma família importante, fazia-se uma imagem em cera do seu rosto,
e essas imagens eram preservadas pelas gerações subsequentes e carregadas nos
cortejos funerários da família.
O rosto era a parte mais importante das
peças sendo desenvolvidas ao máximo as tendências realistas. O retrato
baseava-se em grande parte no culto dos antepassados reproduzindo o rosto do
falecido num material perdurável. Os romanos primavam pelo realismo fazendo
representações fiéis das pessoas e não pelo idealismo de beleza humana como os
gregos. Retratavam os imperadores e homens da sociedade. Busto do imperador
Hadrianus. Octávio Augusto, influência grega.
PINTURA
A maior parte das
pinturas romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano,
que foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 d.C. Uma característica da
arte romana é o realismo. As cores mais utilizadas nos afrescos de Herculano e
Pompéia foram o amarelo e o vermelho, cores que simbolizam o fogo, no colorido
os romanos empregavam as cores preto, o vermelho e o azul conseguindo uma
harmonia cheia de contrastes.
Os estudiosos da pintura existentes em
Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro
estilos.
Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que
dava a impressão de placas de mármore.
Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural.
Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes.
Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral.
A pintura tinha uma variedade de temas como
cenas domésticas, retratos, animais e cenas da vida quotidiana. A maior
inovação da pintura romana, comparada com a grega, foi o desenvolvimento das
paisagens, incorporando técnicas de perspectiva e profundidade. Outro gênero
muito explorado foi o das pinturas triunfais onde se descreviam entradas
triunfais após vitórias militares, representando episódios das batalhas e das
cidades e regiões conquistadas.
A pintura romana sempre esteve
estreitamente ligada à arquitetura, e sua finalidade era quase exclusivamente
decorativa. Já no século II a.C., na época da república, disseminou-se entre as
famílias patrícias, empenhadas em exibir sua riqueza, o peculiar costume de
mandar que se fizessem imitações da opulenta decoração de templos e palácios,
tanto na casa em que viviam quanto naquelas em que passavam o verão. Graças a
um bem-sucedido efeito ótico, chegavam a simular nas paredes portas
entreabertas que davam acesso a aposentos inexistentes.
MOSAICO
O desenvolvimento do mosaico se deu na época do império com cenas de trabalho e figuras de personalidades famosas.
O desenvolvimento do mosaico se deu na época do império com cenas de trabalho e figuras de personalidades famosas.
O mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos da arquitetura em geral. Partidários
de um profundo respeito pelo ambiente arquitetônico, adotando soluções de clara
matriz decorativa. As cores vivas e a possibilidade de colocação sobre qualquer
superfície e a duração dos materiais levaram os mosaicos prevalecer sobre a
pintura. Nos séculos seguintes, tornaram-se essenciais para medir a ampliação
das primeiras igrejas cristãs.
São notáveis as pinturas murais e os
mosaicos que eles executaram principalmente no século XVIII.
ARTES
MENORES
Por influência etrusca, as chamadas artes
menores ganham especial atenção dos romanos. Moedas e medalhas, além das indicações
históricas que fornecem alcançam por vezes a categoria de obra-prima. Os
trabalhos em marfim tiveram seu grande apogeu no período bizantino, enquanto as
oficinas dos ceramistas produziram, em muitas províncias, notáveis vasos
decorativos em relevo. Os mais conhecidos e apreciados procedem de Arezzo.
As artes santuárias de Roma não dispensam
taças de cristal lapidadas, e jóias de ouro, minuciosamente trabalhadas.
As armaduras e elmos (espécie de capacete
que protegia a cabeça nas armaduras antigas) de bronze, trabalhados em relevo
com motivos guerreiros ou mitológicos, eram parte indispensável na indumentária
dos gladiadores.
Os objetos de uso doméstico eram geralmente
de bronze (lâmpadas, ferramentas, armas, etc.), alguns dos quais verdadeiras
obras de arte. Da prataria possuímos peças de grande valor artístico “tesouro”
de Hildesheim, Boscoreale, Berthouville, as melhores sendo obras de artistas
gregos. A ornamentação pode ser em estilo alexandrino ou puramente romano
(cenas da história contemporânea).
REFERENCIAS: CALABRIA, Carla Paula Brond.
MARTINS, Raquel Valle. Arte, História e Produção. FTD. Vol 2. 1997.
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática.
2000.
CANTELE, Bruna R. Arte,etc e tal... IBEP.
Vol.2 São Paulo. 1998.
Revista: Roma História, Mitos e Lendas
Atividade
Responda:
1.
Qual
a origem da cidade de Roma?
2.
A
arquitetura se caracterizou pelo uso de três elementos principais. Quais são
eles?
3.
Liste
duas características gerais da arte romana.
4.
Qual
o mais importante e belo edifício de Roma? Qual era a sua função e descreva sua
arquitetura.
5.
Os
romanos também modificaram a linguagem arquitetônica que haviam recebido dos
gregos, uma vez que acrescentaram aos estilos herdados (dórico, jônico e
coríntio) duas novas formas de construção: os estilos toscano e composto. Qual
a diferença entre eles?
6.
A
arte romana reúne duas ideias importantes, embora diversas, redadas dos
etruscos e dos gregos. Quais são elas?
7.
O que são termas?
8.
Os gregos construíam seus templos não para
receber pessoas, mas para abrigar as estátuas das divindades e ser admirados de
fora. Já os romanos procuraram criar grandes espaços interiores. Lembrando que
os templos gregos eram construídos com colunas:
a)
Explique por que o arco, herdado dos etruscos, foi fundamental para a
arquitetura romana?
b)
Além do arco, que outro elemento arquitetônico foi fundamental para que os
romanos pudessem criar grandes espaços interiores?
9. Os estudiosos da pintura existentes
em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro
estilos. Quais são e qual a diferença entre eles?
10. Como ocorreu o desenvolvimento do
mosaico e onde eram utilizados?
Assinar:
Postagens (Atom)