"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

2ª SÉRIE - TEXTO 2 - 2ª Unidade


Artes Visuais
(Continuação)


Pintura

A pintura é o ramo da arte visual que, com o uso de tinta para criar linhas e cores, representa sobre uma superfície as concepções do artista. Refere-se genericamente à técnica de aplicar pigmento em forma líquida a uma superfície bidimensional, a fim de colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas.
Em um sentido mais específico, é a arte de pintar uma superfície, tais como papel, tela, ou uma parede (pintura mural ou de afrescos). A pintura a  óleo é considerada por muitos como um dos suportes artísticos tradicionais mais importantes; muitas das obras de arte mais importantes do mundo, tais como a Monalisa, são pinturas a óleo.
Diferencia-se do desenho pelo uso dos pigmentos líquidos e do uso constante da cor, enquanto aquele apropria-se principalmente de materiais secos.
No entanto, há controvérsias sobre essa definição de pintura. Com a variedade de experiências entre diferentes meios e o uso da tecnologia digital, a idéia de que pintura não precisa se limitar à aplicação do "pigmento em forma líquida". Atualmente o conceito de pintura pode ser ampliado para a representação visual através das cores. Mesmo assim, a definição tradicional de pintura não deve ser ignorada.

História

Tudo começou há mais de 40.000 ano antes de Cristo. Pode-se dizer que desde as cavernas o ser humano produz pinturas.
Na pré-história a tinta era conseguida a partir de madeira, ossos queimados, cal, terra, minérios em pó, misturados à água ou à gordura dos animais.
Durante muitos séculos os templos, as igrejas, os palácios e as casas eram decorados com pinturas feitas com pigmentos misturados à argamassa fresca e úmida com que se fazia o acabamento das paredes: os afrescos.
Do século V até o século XVI, na Europa, o pigmento retirado dos elementos da natureza era misturado com gema de ovo e água para obter a tinta conhecida como têmpera. Mas, além de secar muito rapidamente, a têmpera, ao endurecer, rachava-se.
No início do século XV, os pintores começaram a misturar os pigmentos ao óleo de linhaça. Essa invenção é atribuída ao Jan Van Eyk (1390 – 1441). Já que o óleo demorava mais para secar, foi possível detalhar melhor o trabalho e alcançar mais luminosidade. Algumas cores demoraram muito a surgir e, apenas por volta de 1840, as tintas passaram a ser vendidas em tubos, o que facilitou muito a vida dos artistas, que já não precisava mais fabricar suas tintas. Essa técnica permitiu novos efeitos e formas de acabamento.
Além do pincel, os pintores passaram a usar espátulas e os trabalhos começaram a apresentar uma textura diferente: com relevo e excesso de tinta.
O desenvolvimento da industria colocou a disposição dos artistas uma infinidade de recursos favorecendo a uma liberdade ilimitada para trabalhar com os materiais.


É uma arte que representa imagens plásticas em relevo total ou parcial.  A escultura surgiu no Oriente Médio com a pretensão de copiar a realidade de forma artística, embora seja usada para representar qualquer coisa, o intuito maior é representar o corpo humano.
Considerada a terceira das artes plásticas, a origem da escultura é baseada na imitação da natureza.
Existem várias técnicas de trabalhar os materiais, como a fundição, a modelagem ou a aglomeração de partículas para a criação de um objeto. Vários materiais se prestam a esta arte, uns mais perenes como o bronze ou o mármore, outros mais fáceis de trabalhar, como a argila, a cera ou a madeira. Embora possam ser utilizadas para representar qualquer coisa, ou até coisa nenhuma, tradicionalmente o objetivo maior foi sempre representar o corpo humano, ou a divindade antropomórfica.

Técnicas, formas e materiais utilizados


Através da maior parte da história, permaneceram as obras dos artistas que utilizaram-se dos materiais mais perenes e duráveis possíveis como a pedra (mármore, pedra calcárea, granito) ou metais (bronze, ouro, prata). Ou que usavam técnicas para melhorar a durabilidade de certos materiais (argila, terracota) ou que empregaram os materiais de origem orgânica mais nobres possíveis (madeiras duráveis como ébano, jacarandá, materiais como marfim ou âmbar). Mas de um modo geral, embora se possa esculpir em quase tudo que consiga manter por pelo menos algumas horas a forma idealizada (manteiga, gelo, cera, gesso, areia molhada), essas obras efêmeras não podem ser apreciadas por um público que não seja coeso.
A escolha de um material normalmente implica na técnica a se utilizar. A cinzelação é a aplicação de peças metálicas: ouro, bronze, prata, etc em obras de artes esculpidas; modelagem, quando se agrega material plástico até conseguir o efeito desejado, para cera ou argila; a fundição, quando se verte metal quente em um molde feito com outros materiais. Modernamente, novas técnicas, como dobra e solda de chapas metálicas, moldagens com resinas, betão armado (concreto) ou plásticos, ou mesmo a utilização da luz coerente para dar uma sensação de tridimensionalidade, tem sido tentadas e só o tempo dirá quais serão perenes (que dura muitos anos).
Através do tempo, algumas formas especificas de esculturas formas mais utilizadas que outras: O busto, espécie de retrato do poderoso da época; a estátua equestre, tipicamente mostrando um poderoso senhor em seu cavalo; Fontes de água, especialmente em Roma, para coroar seus fabulosos aquedutos e onde a água corrente tinha um papel a representar; estátua, representando uma pessoa ou um deus em forma antropomórfica; Alto ou Baixo-relevo, o modo de ilustrar uma história em pedra ou metal; mobiliário, normalmente utilizado em jardins.

A escultura pelo mundo

Índia

As primeiras esculturas na Índia são atribuídas à civilização do vale do Indo, onde trabalhos em pedra e bronze foram descobertos, sendo uma das mais antigas esculturas do mundo. Mais tarde, com o desenvolvimento do hinduísmo, do budismo, e do jansenismo, esta região produziu alguns dos mais intricados e elaborados bronzes. Alguns santuários, como o de Ellora, apresentam grandes estátuas esculpidas diretamente na rocha. Durante o século II a.C. no noroeste da Índia, onde hoje é o Paquistão e o Afeganistão, as esculturas começaram a representar passagens da vida e os ensinamentos de Buda. Embora a Índia tivesse uma longa tradição de esculturas religiosas, Buda nunca tinha sido representado na forma humana antes, apenas por símbolos. Este fato reflete já uma influencia artística persa e grega na região.

China


Artefatos chineses datam do século X a.C., A Dinastia Han (206-220 a.C.) apresentou o espetacular Exército de terracota de Xian, em tamanho natural, defendendo a tumba do imperador; As primeiras esculturas de influencia budista aparecem no período dos Três reinos (século III); Dinastia Wei (séculos 5 e 6 ) nos da a escultura dos Gigantes grotescos, reconhecidas por suas qualidades e elegância. O período considerado a idade de ouro da China é a Dinastia Tang, com suas esculturas budistas, algumas monumentais, considerados tesouros da arte mundial.
Após este período a qualidade da escultura chinesa caiu muito. É interessante notar que a arte chinesa não tem nus, como é comum na arte ocidental, à exceção de pequenas estátuas para uso dos médicos tradicionais.

Japão


Os japoneses faziam muitas estátuas associadas a religião, a maioria sob patrocínio do governo. Notáveis foram as chamadas ‘’haniva’’, esculturas em argila colocadas sobre tumbas, no período ‘’Kofun’’. A imagem em madeira do século IX de ‘’Shakyamuni’’, um Buda histórico é a típica escultura da era ‘’Heian’’, com seu corpo curvado, coberto com um denso drapeado e com uma austera expressão facial. A escola Key criou um novo estilo, mais realista.

Américas


Existem poucos exemplares de esculturas pré-colombianas no continente americano, entre elas as famosas estátuas da Ilha de Páscoa, algumas esculturas, principalmente em alto-relevo, decorando edificações Maia e Asteca do Peru ao México e algumas peças primitivas em madeira ou argila, geralmente com significado religioso, dos povos nativos de toda América.
No restante, só se começou a produzir arte a partir do século XVI, já sob influência do Barroco, com destaque para imagens religiosas em madeira, terracota e pedra macia nos locais de influência católica. Nos países de religião protestante, por sua maior resistência ao uso religioso de imagens, foi mais tardio o aparecimento de artistas, entrando diretamente no Neoclássico por influência da cultura européia. A partir daí, com a facilidade de transporte e comunicações, a arte nas Américas ficou muito semelhante à desenvolvida na Europa.
A escultura popular em argila do Nordeste brasileiro, as obras em madeira e argila dos povos da Amazônia, figuras religiosas em todas as regiões católicas da América também possuem sua relevância no contexto atual.

África

A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro,bronze e marfim como matéria prima. Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais . As esculturas africanas normalmente retratam animais e seres humanos. Esta arte é produzida pelo próprio povo e usa uma madeira chamada ébano. A dureza, a durabilidade e a cor fazem esta madeira perfeita para esculpir. Alguns artistas, depois das peças prontas, passam graxa de sapato para dar mais brilho. As esculturas mais antigas são da cultura Nok (cerca de 500 a. C.), no território onde atualmente se encontra a Nigéria.
Egito
As verdadeiras esculturas surgiram no Egito antigo. Eles gostavam de representar deuses, faraós e, ás vezes, animais. As esculturas eram frontais e com feições serenas. Faziam também esculturas em baixo relevo. Eram feitas em pedras muito duras para resistir ao tempo. Também, eram bem coloridas mas com o passar do tempo, as cores desbotaram.
A escultura egípcia é norteada pelo sentido de eternidade, mostra todas as figuras dominadas pelo que se chamou de lei da frontalidade. Uma simetria absoluta rege essa escultura egípcia, de que emana uma calma e imperturbável monumentalidade. A escultura egípcia nunca é verdadeiramente tridimensional, sendo antes resultado da justaposição de quatro relevos, os quais formam um verdadeiro cubo.

Europa

Grécia
A escultura é uma das mais importantes expressões artísticas da cultura grega transmitem uma forte noção de realismo, pois os escultores gregos buscavam aproximar suas obras ao máximo do real, utilizando recursos e detalhes. Nervos, músculos, veias, expressões e sentimentos são observados nas esculturas. A temática mais usada foi à religiosa, principalmente, representações de deuses e deusas. Cenas do cotidiano, mitos e atividades esportivas (principalmente relacionadas às Olimpíadas) também foram abordadas pelos escultores gregos.
As esculturas gregas eram feitas de bronze ou de mármore, tinham uma função decorativa ou serviam para culto religioso. A escultura devia representar um ideal de harmonia, equilíbrio e racionalidade. Eram caracterizadas pelo movimento, a serenidade, e a expressividade. Os gregos davam uma grande importância à figura humana, à representação do nu e à escala humana nas estátuas. As estátuas tinham rigor técnico, corretas noções de anatomia e regras geométricas (ou seja, representavam a figura humana à proporção da realidade).


Roma

A escultura Romana revelou, características realistas e que se centravam na personalidade do indivíduo,  tem influencia da arte etrusca e helenística. A civilização etrusca utilizou o retrato realista, modelando efígies dos mortos. A influência grega chegou a Roma através da importação de obras das colônias gregas.
Assim, a escultura romana eternizou a memória dos homens através de imagens reis que evidenciavam o caráter, a honra, a glória e a psicologia do retratado. Depois, por volta do séc.I a.C, no tempo de Octávio César Augusto e da Pax Romana, o apogeu de Roma, o retrato sofreu a influência do ideal helênico, sobretudo no retrato oficial.


Esculturas Góticas

As esculturas estão ligadas à arquitetura e se alongam para o alto, demonstrando verticalidade, alongamento exagerado das formas, e as feições são caracterizadas de formas a que o fiel possa reconhecer facilmente a personagem representada, exercendo a função de ilustrar os ensinamentos propostos pela igreja.
A rejeição à frontalidade é considerado um aspecto inovador e a rotação das figuras passa a idéia de movimento, quebrando o rigorismo formal.
As figuras vão adquirindo naturalidade e dinamismo, as formas se tornam arredondadas, a expressão do rosto se acentua e aparecem as primeiras cenas de diálogo nos portais.

Renascimento
Na escultura renascentista, desempenham um papel decisivo o estudo das proporções antigas e a inclusão da perspectiva geométrica. As figuras, até então relegadas ao plano de meros elementos decorativos da arquitetura, vão adquirindo pouco a pouco total independência. Já desvinculadas da parede, são colocadas em um nicho, para finalmente mostrarem-se livres, apoiadas numa base que permite sua observação de todos os ângulos possíveis.
O estudo das posturas corporais traz como resultado esculturas que se sustentam sobre as próprias pernas, num equilíbrio perfeito, graças à posição do compasso (ambas abertas) ou do contraposto (uma perna na frente e a outra, ligeiramente para trás). As vestes reduzem-se à expressão mínima, e suas pregas são utilizadas apenas para acentuar o dinamismo, revelando uma figura humana de músculos levemente torneados e de proporções perfeitas.
Outro gênero dentro da escultura que também acaba sendo beneficiado pela aplicação dos conhecimentos da perspectiva é o baixo-relevo (escultura sobre o plano). Empregando uma técnica denominada schiacciato, Donatello posiciona suas figuras a distâncias precisas, de tal maneira que elas parecem vir de um espaço interno para a superfície, proporcionando uma ilusão de distância, algo inédito até então.
Desse modo, ao mesmo tempo em que se torna totalmente independente da arquitetura, a escultura adquire importância e tamanho. Reflexo disso são as primeiras estátuas eqüestres que dominam as praças italianas e os grandiosos monumentos funerários que coroam as igrejas. Pela primeira vez na história, sem necessidade de recorrer a desculpas que justificassem sua encomenda e execução, a arte adquire proporções sagradas.
Barroco
São características da escultura: o predomínio das linhas curvas, dos drapeados das vestes e do uso do dourado; e os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem uma dramaticidade
Na Itália, Gian Lourenzo Bernini executou fontes e retábulos de altares, Os escultores do barroco brasileiro usaram quase sempre como material de trabalho a madeira e a pedra-sabão - abundante na região mineira -, criando belíssimos púlpitos, talhas em altares-mores, pedestais, nichos, pias batismais e imagens.

Realismo
A escultura procurou recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiram os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras.
Dentre os escultores do período realista, o que mais se destaca é Auguste Rodin (1840-1917), cuja produção desperta severas polêmicas. Já seu primeiro trabalho importante, A Idade do Bronze (1877), causou uma grande discussão motivada pelo seu intenso realismo. Alguns críticos chegaram a acusar o artista de tê-lo feito a partir de moldes tirados do próprio modelo vivo.






Glossário
Buril: É um instrumento usado na execução de gravuras em metal ou madeira. burilar é gravar, lavrar ou abrir com buril.

Referências:
OLIVEIRA, Jô. GARCEZ, Lucíclia. Explicando a Arte. Ediouro. 3ª edição. Rio de Janeiro 2002
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escultura
Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/1853882-realismo/#ixzz1KmXwPfqt
http://africa-cultura.blogspot.com/2010/06/pintura.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário