"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

terça-feira, 8 de maio de 2018

1ª Série - INSTRUMENTOS MUSICAIS, ORQUESTRA E PRINCIPAIS INSTRUMENTOS REGIONAIS DA BAHIA - 1ª Unidade - 2018


Os estudiosos de música, tendo em vista a grande quantidade dos instrumentos musicais, resolveram dividi-los e classificá-los em grupos.

Organologia é o nome do ramo do conhecimento musical que se ocupa da classificação e do estudo dos instrumentos musicais.
Vamos conhecer agora as duas mais importantes classificações dos instrumentos musicais.

Instrumentos como o piano e o violão podem emitir mais de um som ao mesmo tempo. Batendo em várias teclas do piano ou em várias cordas do violão, o músico produz dois ou mais sons, simultaneamente. É por isso que estes instrumentos são chamados de polifônicos, porque poli significa muitos e fônico significa sons.


        A ORQUESTRA E SUA EVOLUÇÃO


Foi por e volta de 1600 que pela primeira vez diversos instrumentos diferentes foram reunidos para formar uma orquestra. As primeiras orquestras continham cordas, diversos tipos de instrumentos de sopro e um teclado, com o cravo. Com a evolução dos violinos, os instrumentos de cordas estruturaram-se e passaram a atuar como núcleo central de uma orquestra, aos quais os compositores passaram a juntar outros instrumentos como Flautas doces, Oboés, Fagotes e Trompas. Só na segunda metade do século XVII, período clássico, época de Haydn, Mozart e Beethoven, foi que a orquestra chegou a sua atual composição. 
No decorrer do século XIX a orquestra expandiu-se tanto em tamanho como em extensão sonora.
No final do século XIX e princípio do século XX, a orquestra, para satisfazer as exigências dos compositores, teve que ser bastante aumentada. Enquanto que 25 músicos eram suficientes para Mozart, as obras sinfônicas de Mahler e Strauss exigiam 100 músicos ou mais.
Na contemporaneidade, alguns compositores têm experimentado novas técnicas, explorando interessantes meios para modificar a sonoridade orquestral e adotando, dentre outros recursos, instrumentos novos e técnicas eletrônicas.
A orquestra é um agrupamento instrumental que utiliza principalmente a reprodução de música erudita. A uma pequena orquestra dá-se o nome de Orquestra de Câmara. À orquestra completa dá-se o nome de Sinfônica ou Filarmônica, embora estes prefixos (Sinfo / Filar) não especifiquem nenhuma diferença no que diz respeito à constituição dos instrumentos ou o papel da mesma. Porém, podem ser úteis para distinguir orquestras de uma mesma cidade. Na verdade esses prefixos demonstram a maneira como é sustentada a orquestra. A orquestra Sinfônica é sustentada por uma instituição pública enquanto a Filarmônica por instituição privada.
Atualmente uma orquestra tem aproximadamente 80 músicos, em alguns casos mais de 100. Porém, em atuação, esse número pode ser ajustado de acordo com a obra a ser reproduzida.

O REGENTE

Na atualidade o Regente (também chamado Maestro ou maestrina) é uma pessoa muito importante na orquestra. Sua função é reger os músicos. Ele também é responsável pela interpretação das músicas, devendo indicar quando um instrumentista ou grupo deles deve começar ou parar de tocar. É ele quem define a velocidade da música para que todos toquem juntos. Também faz sinais para que os músicos saibam se devem tocar forte ou suave.
O maestro se comunica com os músicos por meio de gestos e pela expressão do rosto.
A maioria dos maestros, ao reger uma orquestra, segura uma batuta ela serve para que os músicos vejam os movimentos com mais facilidade. Entretanto, não foi sempre assim a profissão de maestro ou regente surgiu no início do século XIX. Até então os grupos musicais eram dirigidos por um ou mais músicos (alguma vezes o SPALLA, como é chamado o primeiro violino da orquestra) que regiam ao mesmo tempo em que tocavam.

INSTRUMENTOS DA ORQUESTRA

A palavra orquestra designa um conjunto razoavelmente grande de instrumentos que tocam juntos. Esse agrupamento é organizado em quatro naipes ou “famílias” de instrumentos: Cordas, Madeiras, Metais e Percussão. Observem que os instrumentos elétricos, citados anteriormente, não fazem parte das famílias das orquestras. Nas orquestras, as famílias dos instrumentos se subdividem em naipes, que são os grupos de instrumentos do mesmo tipo. A localização dos naipes da orquestra obedece a uma razão prática. Os naipes são dispostos de forma a proporcionar equilíbrio e uma boa combinação dos variados timbres instrumentais. Além disso, o Regente poderá ouvir cada instrumento com clareza e, naturalmente, é preciso que cada instrumento possa ver o Regente.


FAMÍLIA DAS CORDAS

A família das cordas é constituída por vários instrumentos. Os mais semelhantes são os violinos, as violas, os violoncelos e os contrabaixos. A diferença entre eles está em suas dimensões (tamanho) e no som que eles produzem. Quanto maior o instrumento, mais graves serão os sons produzidos por ele.
O grupo de instrumentos de CORDAS pode ser dividido em três categorias:

·         Instrumentos de corda dedilhados ou tocados com palheta: as cordas destes instrumentos são vibradas diretamente pelo dedo do músico ou através da palheta, que é uma pequena lâmina de celulose ou madeira, utilizada para vibrar as cordas. Ex.: violão, cavaquinho, bandolim, alaúde, etc.

Existem outros instrumentos que fazem parte da família das cordas, mas são construídos e tocados de modo diferente, como por exemplo a  harpa que tem suas cordas dedilhadas. No piano, as cordas são percutidas por martelos, acionados quando o pianista toca o teclado. No cravo, as cordas são pinçadas. 
FAMÍLIAS DAS MADEIRAS


A família das madeiras é composta de instrumentos de sopro feitos principalmente de madeira. Alguns instrumentos da família das madeiras são feitos de metal.
A flauta, por exemplo, é de metal, mas como antigamente ela era feita de madeira, continuou fazendo parte da família.
Entre os instrumentos de sopro podemos distinguir duas categorias:

FAMÍLIA DOS METAIS


É a terceira família de instrumentos da orquestra.
Os sons dos instrumentos da família dos metais são produzidos pelo sopro, como na família das madeiras.
FAMÍLIA DA PERCUSSÃO


Os instrumentos de percussão já eram usados desde a pré-história. Sabemos disso pelas pinturas, desenhos e objetos que os homens e mulheres dos tempos pré-históricos deixaram No entanto, nos diferentes tipos de orquestra, não eram tão comuns como hoje.
Um dos pioneiros a utilizar a percussão em composições foi Beethoven (1770-1827), que recebeu críticas na época por incluir em suas músicas sons considerados “desagradáveis”.
Os instrumentos de percussão são divididos em dois grupos. O primeiro grupo é formado por instrumentos que emitem várias notas musicais como: o tímpano, o glockenspiel, o xilofone, o metalofone e o vibrafone.
O tímpano é um tambor grande feito de metal (latão ou cobre) recoberto por uma pele que pode ser de couro ou de material sintético. Dependendo de quanto essa pele é esticada, o som obtido torna-se mais agudo ou mais grave. 





INSTRUMENTOS ELÉTRICOS

Os instrumentos elétricos são aqueles que tem o som produzido ou ampliado com o uso da eletricidade. Estes instrumentos não são encontrados em orquestras porém são muito utilizados nos conjuntos musicais modernos.
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS REGIONAIS DA BAHIA


No momento em que estamos estudando Música e conhecendo instrumentos dos mais diversos tipos, acreditamos ser necessário agregar a este universo os instrumentos utilizados principalmente na Bahia para a Capoeira que, de forma tão expressiva, representa um dos aspectos mais fascinantes das culturas brasileiras / baianas. Considerada por alguns como luta marcial, a CAPOEIRA, segundo os próprios capoeiristas e Mestres, é uma mistura de luta, dança, ritmo, corpo e mente. A filosofia do capoeirista, momentos defendendo ou atacando, dentro da roda de capoeira, depende do tempo e do momento dentro do jogo de capoeira.
A capoeira dentro de suas formas e fundamentos, em nada se assemelha à dança e nem a nenhuma outra forma de arte marcial existente. Ela foi criada e desenvolvida no Brasil, no contexto histórico e social de um país que teve diversas interferências culturais. Atualmente sabe-se que a Capoeira é adaptada ao mundo e jogada em inúmeros países, apesar de ter sido criada pelo povo brasileiro.
Concluindo, a capoeira é considerada por muitos uma arte de lutar dentro da dança e de dançar dentro da luta. Enfim, a capoeira é um jogo.
Os principais instrumentos da capoeira são  o BERIMBAU, PANDEIRO, ATABAQUE, AGOGÔ E RECO-RECO.
Berimbau
Instrumento de percussão em formato de arco, retesado por um fio de arame tendo, na sua extremidade inferior, uma cabaça que funciona como caixa de ressonância. O arame é percutido com uma vareta de madeira, chamada de baqueta, que o tocador segura, juntamente com o caxixi, acentuando o ritmo através do chocalhar e modificando a intensidade do som com a aproximação e afastamento da abertura da cabaça na barriga. O arco e a moeda ou pedra, encosta ou afasta do arame com o objetivo de obter as variações do sons.
Origem : O berimbau originou-se da Harpa, existindo a mais ou menos quatro mil anos A.C. Possivelmente originário do Egito ou do Sul da Índia. Sendo seu emprego inicial totalmente desconhecido, usado por mendigos para pedir esmolas e por mercadores para chamar atenção dos fregueses. Introduzido na Capoeira no século XX. 

Atabaque

Instrumento de percussão, tambor primário, feito com pele de animal, distendida em uma estrutura de madeira com formatos de cone vazado nas extremidades. Percutindo com as mãos, usado nas danças religiosas e populares de origem africana. E um instrumento sagrado do candomblé e usado nos grupos folclóricos.
Origem: O termo "Atabaquê" é de origem árabe. O atabaque chegou ao Brasil através dos Portugueses, para ser usado em festas e procissões religiosas.




Referências:

“Manual Ilustrado dos Instrumentos Musicais” - Denis Koishi 
 “Explicando a Arte”, de Jô Oliveira e Lucília Garcez.
 “A Orquestra” Tintim por tintim de HENTSCHKE, Liane (et al)








3ª Série - Arte Figurativa e Arte Abstrata - 1ª Unidade - 2018




















3ª Série - ARTE ABSTRATA OU ABSTRACIONISMO E ARTE FIGURATIVA OU FIGURATIVISMO - 1ª Unidade - 2018


Arte Abstrata ou Abstracionismo: É um termo genérico utilizado para classificar toda forma de arte que se utiliza somente de formas, cores ou texturas, sem retratar nenhuma figura, rompendo com a figuração, com a representação naturalista da realidade. A principal característica da pintura abstrata é a ausência de relação entre suas formas e cores e as formas e cores de um ser. Por isso uma tela abstrata não representa nada da realidade que nos cerca, nem narra figurativamente alguma cena histórica, literária, religiosa ou mitológica.
Os estudiosos de arte consideram o pintor russo, Wassili Kandinsky (1866 – 1944) o iniciador da moderna pintura abstrata. O início de seus trabalhos nessa direção é marcado pela tela Batalha (1910).  Podemos classificar o abstracionismo em duas tendências básicas: a geométrica e a informal.
Depois das primeiras pesquisas abstratas realizadas pelos artistas russos, em pouco tempo o Abstracionismo dominou a pintura moderna e tornou-se um movimento bastante diversificado. Entretanto duas tendências firmaram-se com características mais precisas: o Abstracionismo Informal e o Abstracionismo Geométrico.
Abstracionismo Informal predominam os sentimentos e emoções. Por isso, as formas e cores criadas livremente, sugerindo, por vezes, associações com elementos da natureza. A obra Impressão. Domingo (1910) de Kandinsky, constitui um bom exemplo dessa tendência.
No Abstracionismo geométrico, ao desenvolver pinturas, gravuras e peças de arte gráfica, os artistas exploram com rigor técnico as formas geométricas e as cores, sem a preocupação de transmitir ideias e sentimentos.

Arte Figurativa ou Figurativismo: é aquela que retrata e expressa a figura de um lugar, objeto, pessoa ou situação de forma que possa ser identificado, reconhecido. Abrange desde a figuração realista (parecida com o real) até a estilizada (sem traços individualizados). O figurativismo segue regras e padrões de representação da imagem retratada. Contrapõe-se ao abstracionismo.

A pintura figurativa possui vários gêneros:

Retrato: Representação de uma imagem de uma pessoa por meio de pintura, desenho, gravura ou fotografia. É um dos gêneros mais populares.
Em um retrato o artista dá destaque para a reprodução de metade do corpo, procurando também retratar um pouco da personalidade da pessoa retratada. Além da função artística os retratos serviram também como uma espécie de documento, registrando a imagem de personagens históricos. Os mais importantes retratos do mundo são: Monalisa, de Leonardo da Vinci (1452 – 1519) e o Cavaleiro Sorridente, de Frans Hals (1580-1666). 
Às vezes o retrato nos mostra uma só pessoa, as vezes um grupo inteiro: uma família, membros de um clube, fregueses de um restaurante e as vezes o próprio pintor chamando-se autorretrato.

O autorretrato pode ser abordado como uma história à parte dentro deste gênero. Sua origem é muito anterior ao século XX, desde o momento em que o artista foi visto como "alguém especial" (entre os séculos XV e XVI) e passível de ser representado. Em A Mansão de Quelícera encontramos um dos muitos Autorretrato de Rembrandt, uma vez que este tema merece destaque na trajetória do artista.

Paisagem: Paisagem: Gênero que surgiu durante o Renascimento, e representa um lugar, urbano ou no campo. A paisagem natural é obtida na natureza, virgem da interferência humana. A paisagem modificada pela ação do homem (Um edifício, por exemplo), é chamada de Humanizada.
Até o século XVI a paisagem era vista apenas como o fundo de um quadro. Para os artistas desse período, o homem era o tema central de suas obras e a natureza tinha o papel secundário. Eles pintavam pessoas e, às vezes incluíam uma paisagem na obra.
No Século XVII os artistas passaram a pintar, além de figura humana com paisagens ao fundo, paisagens com figuras humanas, em que o centro de interesse era a natureza. Destaca-se desta época Pietrer Brueglel, o velho e Giovanni Antonio Canal, conhecido como Canaletto.
O período renascentista trouxe ênfase a este gênero de pintura.

Marinha: Chama-se marinha a pintura que tem especificamente por tema a paisagem marítima ou assuntos marinhos.
As marinhas aparecem pela primeira vez no século XVI nos Países Baixos e se desenvolvem no século XVII e XVIII, com a crescente especialização de alguns artistas em pinturas com temas específicos. Mas foi no século XIX que ganhou popularidade entre outros artistas que encontraram no tema marinho uma forma de representar as forças da natureza.
A tela o O Bravo, Rebocado até seu último ancoradouro para ser desmantelado (1838) de William Turner, que mostrava o navio de guerra Téméraire sendo rebocado pelo Rio Tamisa na Inglaterra, para um estaleiro de desmontagem. Uma cena triste, que representava o fim da velha embarcação foi um dos quadros mais representativos deste gênero. 

Natureza-morta: Retrato de uma coisa sem vida como restos de objetos inanimados como um vaso de flores, frutas, porcelanas, entre outros.
Surgiu como um gênero mais simplório, no início do Barroco, derivado das pinturas que representavam cenas religiosas em cozinhas populares;
A preocupação dos artistas era representar os próprios objetos: sua cor, texturas, volumes, superfícies e a relação entre esses objetos;
·         As primeiras naturezas-mortas surgiram a partir da produção artística holandesa, especialmente em Amsterdã, entre os séculos XVI e XVII, e depois se espalharam por toda a Europa.
·         Foi apenas no século XVIII, em meio ao surgimento da disciplina de estudo científico História da Arte, que estes foram considerados "gêneros" de pintura.
·         Era vista como pintura apenas decorativa e, mesmo nos lares mais humildes, ocupava os cômodos de menor importância.
·         Na Espanha o gênero foi chamado Bodegodes e foi usado como forma de mostrar a habilidade técnica naturalista do artista e por remeter, além dos conteúdos morais, ao misticismo tão valorizado pela cultura da época.
·         A origem holandesa das naturezas-mortas explica a importância dada a esse gênero pelos artistas que acompanhavam a comitiva do conde Maurício de Nassau, que desembarcou em Recife em 1637.
o    Entre os artistas holandeses estava Albert Eckhout (1610-1666), que se destacou durante sua estadia no Brasil por retratar aspectos da fauna, flora e da sociedade local.
 No final do século XIX e início do século XX, em meio aos ideais modernistas e das tendências formalistas, a natureza-morta voltou a ser vista como em sua origem: um gênero “sem tema”. Pela neutralidade dos “personagens” deste gênero, ele era apropriado para as pesquisas plásticas dos artistas (de composição, cor, figura, etc

Pintura Histórica: Pintura Histórica: Apresenta cenas ligadas a acontecimentos históricos antigos ou contemporâneos. A pintura histórica adquire prestígio nas academias de arte, alçada ao primeiro plano na hierarquia acadêmica a partir do século XVII, com a criação da Real Academia de Pintura e Escultura em Paris, 1648. 
A pintura neoclássica, que tem como centro a França do século XVIII, explora fartamente os temas históricos. Na Espanha, pinturas históricas são realizadas a partir do século XVI por diversos artistas. Cenas de batalhas são executadas pelos pintores da corte de Felipe IV, comprometidos com a representação da invencibilidade do exército espanhol em suas campanhas militares. Nesse contexto, Francisco de Zurbarán (1598 - 1664) realiza A Defesa de Cádiz e Diego Velázquez (1599 - 1660), A Rendição de Breda (1634-1635), ambas glorificando os triunfos do reinado de Felipe. 

Pintura Mitológica:  Caracterizado pela representação de personagens e cenas da mitologia greco-romanas - que tem um longo trajeto na história da arte.
A pintura mitológica deixa rastros em toda a história da arte, associando-se frequentemente à pintura alegórica, ao grotesco e à pintura histórica.
No século XX, temas mitológicos são retrabalhados, sobretudo por artistas ligados ao simbolismo.
A pintura mitológica não conhece grande desenvolvimento na arte brasileira. No período colonial, encontram-se exemplos esporádicos desse gênero de pintura em residências particulares, como no forro do Solar do Ferrão, em Salvador, de autor anônimo. Entretanto, se a noção de mito for ampliada para englobar mitologias religiosas africanas e indígenas, seria possível pensar na mitologia dos orixás tal como representada na chamada arte afro-brasileira ou nos mitos indígenas incorporados ao folclore e à arte nacional.

Pintura de Gênero: Desenvolveu-se a meio do florescimento do Barroco na Europa (século XVII) nos Países Baixos, (hoje corresponde à Holanda). Trata-se de um estilo sóbrio, realista, comprometido com a descrição de cenas rotineiras, temas da vida diária como homens dedicados ao seu ofício, mulheres cuidando dos afazeres domésticos.
Almeida Júnior é considerado o mais original dos pintores acadêmicos do Brasil e o que mais contribuiu para a composição do retrato legítimo do povo brasileiro. O artista destacou-se ao retratar os costumes e as cores do interior em suas obras.

Pintura Religiosa: Aborda temas bíblicos, milagres, fatos da vida dos santos. É um gênero amplamente desenvolvido, que constitui uma parte muito importante da produção artística dos pintores em determinadas épocas. A pintura religiosa desenvolve-se principalmente em três grandes culturas monoteístas: cristianismo, judaísmo e islamismo, e cada uma destas culturas desenvolve os cenário e a narrativa de diferentes modos.

Arte Grotesca: O grotesco esteve presente em muitos momentos da história da arte e surgiu no século XVI, na Itália.
Giuseppe Arcimboldo (1527-1593), artista italiano cuja obra se caracteriza pela representação de corpos e rostos humanos compostos de frutas, gravetos, flores, legumes e outros elementos da natureza. Arcimboldo foi um dos artistas responsáveis pelo desenvolvimento do gênero da natureza-morta.
Chamada grotesco, essa produção de Arcimboldo se caracteriza pela distorção da realidade por meio da representação da monstruosidade; da mistura de elementos humanos com outros animais e vegetais; e da predominância de elementos fantasiosos. As produções desse tipo provocam em geral, sentimentos como o riso, o medo ou a repulsa.

Referências
FEIST, Hildegard. Uma pequena viagem pelo mundo da Arte. Moderna. São Paulo. 1996.
SOUZA, Edgard Rodrigues de. Desenho e Pintura. Moderna. São Paulo. 1997
GARCEZ, Lucília. OLIVEIRA, Jô. Explicando a Arte: uma iniciação para entender e apreciar as artes visuais. Ediouro. Rio de Janeiro. 3ª edição. 2002
Azevedo Junior, José Garcia de. Apostila de Arte – Artes Visuais. São Luís: Imagética Comunicação e Design, 2007.
AOKI, Virginia. EJA Moderna: Educação Jovens e Adultos. Editora Moderna. 1ed. São Paulo. 2013