"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

terça-feira, 17 de outubro de 2017

3ª Série - Materiais para a criação da embalagem - 3ª Unidade - 2017

Cada equipe deverá escolher os materiais adequados a criação da embalagem

  • ·         1 caixa para acomodar os produtos (sabonete, creme hidratante, sais de banho, aromatizante, perfume e óleo bifásico)
  • ·         Pinceis
  • ·         Tintas PVA ou acrílica nas cores relacionadas ao movimento (fauvismo, Abstracionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Modernismo)
  • ·         Um paninho velho para limpar os pinceis
  • ·         Rolo de espuma
  • ·         Tesoura
  • ·         Bandeja de isopor
  • ·         Lixa
  • ·         Cola
  • ·         Lápis
  • ·         Borracha
  • ·         Régua
  • ·         Verniz (se necessário)
  • ·         Tecido (se for forrar a caixa com tecido)
  • ·          E outros materiais de acordo com a técnica escolhida pelo grupo.


Criar embalagens:
Como forrar caixas:

1ª Série - Texto 3 - TIPOS DE DANÇA - 3ª Série - 2017

Como todas as artes, a dança é fruto da necessidade de expressão do homem.
Em nossos dias, podemos dividir a dança em quatro formas distintas: as religiosas (ou étnicas), as populares (ou folclóricas), as danças de salão e as teatrais.

Danças Religiosas: As danças populares ou folclóricas nasceram, em princípio, de danças religiosas que pouco a pouco foram sendo liberadas pelos sacerdotes de um culto para que as celebrações (de casamentos, batizados, de uma boa colheita) passassem a ser realizadas em praças públicas e não mais dentro dos templos. Essa liberação, cuja data dificilmente se poderá saber (pois que sobre ela não há registro), significa um progresso na história da dança. Ao passarem do domínio dos sacerdotes para o domínio do povo, as manifestações religiosas transformaram-se em manifestações populares. Assim, com o passar dos anos, a ligação com os deuses foi ficando cada vez mais longínqua, e danças que nasceram religiosas foram gradualmente se transformando em folclóricas.
Podemos citar algumas características da dança como manifestação religiosa: 1) acontecia em locais especiais, como os templos; 2) era privilégio dos sacerdotes; 3) realizavam-se dentro de cerimônias específicas, devendo haver razões para a forma e as datas em que cada dança tinha lugar.
Devemos lembrar que os deuses eram invocados e seu auxílio solicitado por razões das mais diversas, fosse pedindo ou agradecendo. Por isso os deuses eram lembrados por ocasião de nascimentos, casamentos, mortes, guerras e colheitas, ou seja, em todas as ocasiões em que os homens sentiam necessidade de apoio da divindade de sua adoração.
As danças pouco a pouco adquiriram uma coreografia própria, ou seja, passos e gestos específicos a cada uma, com significado próprio e que deveriam ser respeitados no contexto de cada uma das cerimônias.
Sabemos, por exemplo, que os soldados romanos executavam, antes de cada batalha, danças guerreiras, nas quais pediam o apoio de Marte, deus da guerra, para a luta que iriam iniciar. Se a princípio a dança era executada por sacerdotes e um número pequeno de iniciados, aos poucos ela foi abrangendo outros grupos, até ser dançada por boa parte dos soldados. Com o passar do tempo o seu significado religioso foi sendo esquecido dando lugar a manifestações de cunho popular ou folclórico.
As danças guerreiras de diversas regiões da Ásia e da Europa Oriental se inserem nesse contexto. É importante notar que, durante vários séculos, a dança era privilégio do sexo masculino, e só muito mais tarde as mulheres passaram a participar ativamente das danças.
Sem sairmos do nosso próprio país, aqui encontramos, entre os nossos indígenas e no candomblé, suficientes provas da ligação entre a dança e o ato religioso. Encontramos também outras provas dessa tese em cultos africanos e asiáticos que permanecem vivos no nosso tempo. Esses exemplos nos mostram que, nos ritos religiosos antes do domínio da Igreja Católica, a danças integravam quase que totalmente a noção de religião.
No caso das religiões afrobrasileiras e, especialmente do candomblé, ocorreu um sincretismo que permitiu que essas religiões sobrevivessem à guerra que lhes foi movida pela Igreja Católica. Os negros identificaram seus orixás com os santos católicos e passaram a executar seus ritos em lugares distantes e horas tardias, procurando evitar a fiscalização da polícia. E tanto conseguiram que essas religiões e seus derivativos, especialmente a umbanda, a quimbanda e o omolocô, são seguidos hoje em dia por dezenas de milhões de brasileiros, muitos dos quais, ao acenderem uma vela para Santa Bárbara de São Jorge, o fazem não só aos próprios santos mas também a Yansã e a Ogun.
Segundo as estatísticas, temos hoje uma população indígena de cerca de 10% da que existia em 1500. Dessa, uma parcela perdeu boa parte de suas raízes e de sua civilização, mas pelo que restou podemos ter ainda uma noção bastante nítida da ligação entre dança e religião através das cerimônias de iniciação dos meninos na vida adulta, dos enterros e casamentos, onde duas presenças são constantes: a dança e o pagé.

Danças Populares: A nossa dança popular (também conhecida como dança folclórica) é, ao mesmo tempo, imensamente rica e pouco executada. Os livros especializados na matéria indicam-nos centenas de danças, muitas das quais sobrevivem apenas em pequenas cidades e morrem um pouco a cada ano que passa com a falta de renovação de seus intérpretes e o pouco interesse das autoridades competentes. Assim, um rico acervo cultural de nosso país vai se diluindo no tempo e deixará de existir caso não haja uma ação firme por parte das autoridades culturais.
De acordo com os especialistas, o folclore brasileiro se divide em dois grupos principais: o urbano, ou aquele que é parte integrante da vida da população das cidades e que domina principalmente o Norte e Nordeste do Brasil; e o rural, que ocupa a maior parte do Sul e Centro-Oeste, mas que se desenvolve principalmente nas aldeias e vilarejos, fora dos grandes centros urbanos.
As pequenas cidades sofrem bem menos o impacto da civilização e continuam a procurar o seu lazer dentro das manifestações folclóricas, tal como faziam os seus antigos habitantes. Na verdade, essas danças permanecem mais puras quando são interpretadas nos locais mais distantes dos centros civilizados.
Essa divisão geral sofre uma subdivisão, de acordo com os meios de subsistência de cada uma dessas áreas. Assim, as danças locais sofrem, em seu contexto, o impacto do ambiente em que se desenvolvem. Essa conexão aparece não só na coreografia em si, mas principalmente nos temas e nos nomes dos personagens.  Essas áreas são: 1) Marítima (pesca); 2) Agricultura; 3) Mineração; 4) Pastoreio; e 5) Região Amazônica.
As festas das áreas marítimas estão geralmente ligadas aos santos protetores dos marinheiros, que lhes proporcionam boa pesca ou os protegem dos perigos do mar. Os cantos e danças dessas festas normalmente contam a história de algum milagre ligado ao santo que é celebrado. Aqui se percebe a influência clara de danças portuguesas e espanholas, não apenas nas figuras formadas pelos dançarinos, mas também nos ritmos, nos instrumentos e nos objetos usados durante as encenações. Essas danças só são executadas em dias determinados e, na maioria das vezes, nas praças e jardins, diante das igrejas. Pena que algumas dessas danças estão desaparecendo rapidamente. Diversas delas sobrevivem em pequenas comunidades e seus intérpretes pertencem à geração mais velha; talvez a tradição desapareça com eles. Parece haver um vazio na renovação dos intérpretes – a juventude mostra-se atualmente mais desinteressada em continuar as tradições.
Felizmente isso não acontece em todos os lugares. Exatamente o contrário parece estar acontecendo no Nordeste, onde a renovação dos intérpretes parece acontecer sem problemas. Na verdade, com o auxílio de especialistas, algumas dessas danças estão ganhando uma nova força e voltando com renovado impacto ao mundo da nossa cultura popular (nosso folclore). Em certos estados, como Paraná, Maranhão, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, diversas sociedades foram formadas com o objetivo de preservar e divulgar a cultura popular (folclore). Mas não há dúvida de que algumas danças apresentadas em vilarejos distantes correm o risco de desaparecer.Na lista de nossas danças populares, existem diversos “bailados” de natureza secular e de origem africana. É possível que, em alguma época, tenham sido danças religiosas antes de serem transportadas para o Brasil. Dentro dessa categoria estão a Congada, o Maracatu (do baque solto e do baque virado), a Dança dos Pássaros, o Reisado, o Moçambique, os Caboclinhos, o Quilombo, dentre muitas outras. O escritor e folclorista Mario de Andrade deu-lhes o nome de “Danças Dramáticas”, pois sempre contam uma história com significado dramático. Além destas, ainda podemos citar inúmeras danças especificamente nordestinas como: ciranda, frevo, maculelê, tambor de crioula, quadrilha, forró, samba de roda, cacuriá, côco, puxada de rede e afoxés.
Se diversas dessas danças, como já dissemos, tiveram sua chance de sobrevivência aumentada com a fundação de sociedades específicas, muitas delas, como o Maracatu, transformaram-se em atrações turísticas. Isso significa que sua natureza foi alterada para fazer face às necessidades de coreografia geralmente imposta pelo turismo. Seria necessário que essas sociedades atentassem para o problema e impedissem que sua natureza folclórica fosse se transformando a ponto de chegar ao que chegou o Carnaval, ou seja, manifestação folclórica cujas origens se perderam completamente no tempo e no espaço, para se transformar apenas em atração turística, ou seja, um grande jogo de interesses e grande empreendimento industrial.

Dança de Salão: Imaginem que a evolução da dança seguiu o seguinte trajeto: o templo, a aldeia, a igreja, a praça, o salão e o palco. O salão inclui todas as danças que passaram a fazer parte da vida da nobreza europeia da Idade Média em diante. Podemos situar o aparecimento dessas danças na época em que a religião católica diminuía sua força em proibir tudo aquilo que cheirasse a pecado ou a ligação com o paganismo. Os especialistas em danças medievais são praticamente unânimes em dizer que as danças de salão descendem diretamente das danças populares. Ao serem transferidas do chão de terra das aldeias para o chão de pedra dos castelos, essas danças foram modificadas. Abandonou-se o que havia nelas de “menos nobre” transformando-as de acordo com o gosto das classes que se julgavam superiores.
Tendo se transformado em diversão das classes mais ricas, a dança foi se sofisticando e adquirindo movimentos cada vez mais complexos. A descrição das danças daquele tempo mostra-nos que elas obedecem a uma verdadeira coreografia, a qual, sem dúvida, foi se formando e enriquecendo através dos séculos. Vale-se ressaltar que nos séculos XVI e XVII, quando as cortes europeias seguiam rígidas etiquetas, esses verdadeiros códigos de comportamento diziam até como se deveria dançar, quem poderia dançar com quem, etc. Foi nessa época que uma manifestação que nascera livre e espontânea se transformou numa “camisa de força”.
As primeiras danças sociais, como eram chamadas as danças em casais, surgiram no séc. XIV. Eram a base dance (1350-1550) e o pavane (1450-1650), dançadas exclusivamente por nobres e aristocratas. Nos sécs. XIV a XVII a Inglaterra foi berço da contradanse, também só dançada pela Corte. A popularização das danças sociais deu-se em 1820 através do Minuet e da Quadrille. Já no início do séc. XIX ocorreram rápidas transformações no estilo de dançar. O minueto e a quadrille desapareceram e a Valsa começou a ser introduzida nos sofisticados salões de baile. Logo, a polka e, no início do nosso século, o two-step, one-step, fox-trot e tango, também invadem os salões. A dança social passa então a ser chamada de Dança de Salão (Ballroom Dancing).
No Brasil a dança de salão foi introduzida em 1914, quando a suíça Louise Poças Leitão, fugindo da I Guerra Mundial, aportou em São Paulo. Ensinando valsa, mazurca e outros ritmos tradicionais para a sociedade paulista, Madame Poças Leitão não imaginava que iria criar uma tradição tão forte, seguida por discípulos que continuariam a divulgar a dança de salão. No Rio de Janeiro a dança de salão cresceu nas mãos de Maria Antonieta, que, com várias correntes de professores, fazem o nosso bolero, samba no pé e samba de gafieira famosos no mundo todo.

Danças Teatrais: As danças teatrais, tal como a conhecemos, iniciou sua trajetória quando Luís XIV fundou, em 1661, a Academia Nacional de Dança. Essa Academia tem funcionado ininterruptamente até nossos dias, uma vez que se transformou naquilo que hoje são a Escola e o Ballet da Ópera de Paris. Assim, através de uma linha ininterrupta de bailarinos e professores, temos naquele país o desenvolvimento dessa arte desde o século XVII.        
Mas, antes disso, muitas coisas aconteceram: a semente daquilo que se converteria em Ballet foi levado à França por Catarina de Médicis, que queria manter os filhos entretidos enquanto ela se preocupava em governar. A rainha então importou da Itália artistas e cortesãos especializados na preparação de luxuosos espetáculos, e lhes encomendou inúmeras diversões que deveriam manter a corte distraída durante boa parte do tempo. O espetáculo era uma combinação de dança, canto e textos falados, e seu objetivo era claramente social e político: um passatempo elegante para o Rei e sua corte. Também proporcionava ocasiões para o esbanjamento de fortunas e, principalmente, possibilitava a indecente adulação que a corte fazia ao rei.
O primeiro Ballet a merecer este título foi o Ballet Comique de la Reine, de Balthasar de Beaujoieux, italiano, apresentado em 15 de outubro de 1581. Fora encomendado por Catarina de Médicis por ocasião do casamento de sua irmã. O Ballet Comique de la Reine é considerado a primeira obra de Ballet porque Beaujoieux, que era músico e violinista, compôs uma verdadeira coreografia, mostrando extraordinário engenho nas figuras geométricas que constituíam os diversos quadros e na direção do espetáculo, dando-lhe um cunho verdadeiramente profissional. Claro está que os nobres da corte não tinham nenhum treinamento e que os passos executados estavam dentro das possibilidades dos intérpretes. Mas é o conjunto de fatores que dá a essa obra o direito de ser apontado como a base da dança teatral, como a conhecemos hoje.
Cem anos depois, durante o reinado de Luís XIV, a dança ganhou ainda um maior incremento. O próprio rei adorava dançar e, segundo os cronistas da época, tinha talento para a coisa. No período entre 1651 e 1669, criou um extraordinário número de personagens desempenhando os mais variados papéis.  E Luís XIV gostava de se cercar da nata de sua corte e de artistas. Entre seus primeiros bailarinos estava Bassonpierre, que era Marechal de Campo do seu exército e passou a estimular preguiçosos cortesãos que chegaram a ser verdadeiros semi-profissionais pois dedicavam todo o seu tempo à Dança. Molière escrevia as histórias (libretos) e compositores famosos como Lully e Beauchamps, compunham as músicas para essas extravagâncias reais.
É interessante notar que, segundo um historiador importante, o Ballet, tal como o conhecemos hoje, nasceu quando a acrobacia dos ciganos e saltimbancos de feira se misturou com a graça artística dos cortesãos.
Luís XIV fundou, em 1661, a Academia de Musica e Dança. Oito anos depois, tendo engordado, o rei deixou de dançar e a corte imediatamente seguiu o seu exemplo. Mas as raízes da nova arte estavam devidamente plantadas, e o rei não abandonou o seu apoio à Academia que fundara e que se encarregava de preparar músicos e bailarinos para o prazer real. Da mesma forma com que o povo já freqüentava teatros para assistir as peças de Molière, logo foram sendo apresentados espetáculos que incluíam a danças como parte integrante de sua estrutura.

BOURCIER, Paul. História da dança no ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
FARO, Antônio José. Pequena História da Dança. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
MENDES, Míriam Garcia. A Dança. São Paulo: Ática, 1987.
PORTINARI, Maribel. História da dança. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.
WIKIPÉDIA – Enciclopédia livre
GOOGLE imagens – www.google.com.br


1ª Série - Texto 2 - REFLEXÕES SOBRE A ORIGEM DA DANÇA: A DANÇA DOS POVOS ANTIGOS - 3ª Unidade - 2017

O ser humano começou a dançar há muitos milênios. A dança foi surgindo ao longo dos milênios a partir da linguagem dos gestos e dos movimentos de nossos antepassados
Todas as danças antigas tendiam à união cósmica, isto é, relacionavam-se com o cosmos, o universo. É assim que podemos entender o processo de desenvolvimento da dança, que auxiliou e auxilia o homem na expressão e no conhecimento da natureza e da cultura, da divindade e das questões religiosas.
Com o tempo essas danças foram se tornando cênicas, isto é, passaram a ser apresentadas ao público com uma função diferente daquela de adorar os deuses ou a natureza.
Em cavernas como as da Serra da Capivara, no Piauí (Brasil), de Altamira (Espanha) e de Lascaux (França) é possível observar desenhos traçados nas paredes com cenas de pessoas em roda, correndo, saltando, dançando. Vemos, também, nessas pinturas rupestres, homens vestidos com peles de animais e imitando suas posturas.
Assim, podemos inferir que essas pessoas reproduziam momentos da vida cotidiana em seus rituais. Suas danças simulavam a caça e tinham um poder mágico. Era como se estivessem caçando de verdade. Pode-se dizer que acreditavam que essas danças podiam atrair animais para a caça.
As danças também teriam o poder de ajudar a lidar com as forças da natureza, como as tempestades e os raios, por exemplo.
Quando deixou de ser nômade, o homem começou a plantar e a criar animais para seu próprio consumo. Foi assim que surgiram a agricultura e a pecuária.
Naquela época, a natureza era respeitada e adorada como uma deusa, e o homem criava rituais e oferendas em forma de danças que festejassem a vida, a morte, o sol, a lua, as estrelas, a terra e seu preparo para o plantio, a celebração da colheita e a fertilidade dos rebanhos.
Imaginamos que as danças dessas épocas eram a expressão do que o homem sentia em relação ao seu mundo. Segundo alguns estudos, quando sentia alegria em viver, os movimentos eram vigorosos e rápidos. A morte era mostrada com movimentos pesados e muito lentos. As danças de plantio e colheita eram feitas batendo-se os pés no chão e com gestos de mãos e braços que representavam os atos de espalhar a semente e recolher o alimento plantado.

A Dança no Egito: Os egípcios dançavam por várias razões, mas principalmente como forma de descobrir e entender o mundo à sua volta. Quando a noite chegava, fitavam o céu e começavam a se movimentar e a dançar expressando o que viam, sentiam e entendiam. Havia a Dança da Estrela da Manhã, que representava os estudos que os sábios da época estavam desenvolvendo a respeito do conhecimento de astronomia.
O ritmo das cheias e vazantes do rio Nilo comandava os trabalhos de semeadura e colheita, que eram celebrados com as Danças da Primavera.
Havia muitas outras danças relacionadas aos deuses egípcios e por isso, chamadas de Danças Sagradas ou Divinas. Eram executadas por um só dançarino ou por duplas do mesmo sexo. Podiam ser acompanhadas por palmas, que marcavam o ritmo. Os dançarinos faziam muitas acrobacias, como ficar com as mãos e pés no chão, com a barriga para cima e fazendo um arco com as costas (ponte).
Outra dança representava a deusa Íris (deusa da lua e da noite), à procura do corpo do irmão morto Osíris (deus dos campos e cereais), para queimá-lo em uma pira (vaso em que se queimavam os cadáveres) e assim fazê-lo ressuscitar para uma nova vida.
Para o deus Amon (deus do sol), acontecia a procissão da “barca sagrada”, na qual bailarinos acrobatas executavam muitas proezas incríveis, como hoje fazem os artistas de circo.
As Danças dos funerais eram cheias de surpresa. No meio da cerimônia, quando menos se esperava, apareciam os “mouros”, dançarinos que, em duplas, chegavam perto das pessoas fazendo gestos simétricos como se fosse o espelho do outro. Os egípcios acreditavam que esses movimentos assegurariam ao morto a passagem para uma nova vida.
Existiam também as Danças Profanas, não sagradas, que aconteciam por ocasião dos banquetes em honra aos vivos ou aos mortos e para entregar recompensas a funcionários, ou ainda, nomear alguém para um cargo melhor.
Outras danças, chamadas de Danças Civis, eram executadas por pessoas comuns, como os serviçais, mulheres do harém ou pessoas ligadas ao palácio.

A Dança na Grécia: Na cultura grega, a dança ocupava um lugar muito importante. Em documentos e livros podemos verificar como a dança estava presente na vida do cidadão grego e era acessível a todos. Imagens mostram a dança nos ritos religiosos, nas festas, no treinamento militar, na educação das crianças, na vida cotidiana.
A opinião de filósofos e poetas era muito respeitada nessa cultura. Segundo o filósofo Sócrates (470-399 AC), a dança formava um cidadão completo e nunca era tarde para se aprender a dançar.
Platão (428-347 AC) também considerava a dança como parte da educação dos cidadãos. Dizia que ela servia para santificar e curar os corpos, além de trazer mais agilidade, beleza e sabedoria.
Os cidadãos gregos acreditavam no poder das danças mágicas e dançavam para seus inúmeros deuses. Um dos mais conhecidos é o deus Dionísio, deus da fertilidade e do vinho. Acreditavam que a orquestra (representação que incluía música e dança) nasceu com os agricultores, que traziam a uva para a praça, no centro de Atenas, para fazer a pisa.  Enormes cachos de uva eram esmagados com os pés, em um movimento coordenado.
As Danças guerreiras faziam parte dos treinamentos militares. De difícil execução, tinham movimentos muito atléticos. Sabemos que os dançarinos usavam, em algumas dessas danças, saltos muito altos e máscaras.

Dança na Índia: Na Índia é importante notar que, dependendo da região, a tradição das danças foi passada de geração a geração e se conserva até hoje. E elas são praticamente imutáveis.
Uma das danças mais importantes e mantidas até hoje é a Dança de Shiva (deus da dança), que representa a criação do universo e o cuidado com o mundo para que ele esteja sempre em harmonia.
Algumas danças indianas são chamadas de Danças Ragas. Cada Raga tem suas cores e representa certos poemas que se referem a lendas que falam das estações do ano ou das horas do dia. Essas lendas e seus personagens são representados em algumas pinturas hindus.
Os movimentos simétricos do corpo são muito marcantes nas danças indianas. O espaço é bem definido, pois a distância entre o centro do palco e os lugares onde o dançarino deve executar seus movimentos é medida de maneira rigorosa, assim como a posição dos músicos.
Os gestos são chamados de Mudras e também são muito presentes em todas as danças. A eles é atribuído um poder espiritual. Um exemplo, é o gesto feito com as mãos que simboliza a flor de lótus. Totalmente branca, essa flor nasce na lama e significa a transformação da sombra em luz, o desenvolvimento pessoal e o contato com o divino.

A Dança na Idade Média: Durante a Idade Média, aproximadamente do século V até o século XIV, o cristianismo tornou-se a força mais influente na Europa. Foram proibidas as danças teatrais, por representantes da Igreja, pois algumas delas apresentavam movimentos muito sensuais.
Mas os dançarinos ambulantes continuaram a se apresentar nas feiras e aldeias, mantendo a dança teatral viva. Em torno do século XIV, as associações de artesãos promoviam a representação de elaboradas peças religiosas, nas quais a dança era uma das partes mais populares.
Quando ocorreu a peste negra, uma epidemia que causou a morte de um quarto da população, o povo cantava e dançava freneticamente nos cemitérios; eles acreditavam que essas encenações afastavam os demônios e impediam que os mortos saíssem dos túmulos e espalhassem a doença. Isto ocorreu no século XIV.
Durante toda a Idade Média, os europeus continuaram a festejar casamentos, feriados e outras ocasiões festivas com danças folclóricas, como a dança da corrente, que começou com os camponeses e foi adotada pela nobreza, numa forma mais requintada, sendo chamada de carola. No final da Idade Média a dança tornou-se parte de todos os acontecimentos festivos.



(baseado no texto de Antonio José Faro)

1ª Série - Texto 1 - DANÇAS ANTIGAS - 3ª Unidade - 2017

A dança apareceu no mundo desde tempos imemoráveis – pré-históricos – e é tão velha como a própria vida humana. Nasceu desde as primeiras manifestações da comunhão espiritual (mística) do homem com a Natureza, como expressão das emoções primitivas do “homo-sapiens” – era a dança-ritmo.
Para manifestar suas emoções e expandi-las exteriormente, o homem primitivo recorreu naturalmente ao movimento, ao gesto, que é a dança em sua forma mais primitiva e elementar.
Antes de usar a palavra, o homem já se servia do movimento corporal, gesto primitivo, pressionado pelo ritmo natural de suas emoções.
Por isso, a dança tem os elementos gerais que se manifestam nas danças de todos os povos, e os elementos específicos que diferenciam as danças dos diversos povos.
Na vida do homem primitivo a dança antecipava todos os acontecimentos: nascimento, casamento, mortes, caça, guerras, iniciação dos adolescentes, doenças, cerimoniais tribais, vitórias, paz, primavera, sementeira, colheita, festa do sol, da lua, da fertilidade, visando sempre o mesmo fim: a vida, a saúde, a fertilidade, a plenitude da força.
Este sentido de dança como força mágica, que antecipava a todos os acontecimentos individuais ou coletivos dos homens primitivos – pré-históricos – que viveram ou vivem em constante comunhão espiritual com a Natureza, pouco a pouco foi se acabando...foi se extinguindo no tempo e no espaço.
Já a partir da idade da pedra, a dança tornou-se uma obra de arte, começando a adquirir mais importância o elemento estético (a arrumação dos passos, a beleza). E quando as altas civilizações fizeram da dança uma simples manifestação estética, quando a dança tornou-se um objeto de espetáculo, agindo somente sobre os homens e não mais sobre os espíritos e os deuses, a sua força e potencialidade mágicas desapareceram definitivamente...
E, ao perder essa força mágica, que permitia ao homem elevar-se acima da vida e adquirir o poder sobre-humano de intervir na própria vida da Natureza, a dança perdeu também o seu impulso criador, transformando-se de dança-mágica em dança arte.
A dança representou um fator de alta importância no decorrer do desenvolvimento progressivo da humanidade. Pode-se observar que a oposição entre os movimentos “amplos” e os “estreitos”, marca, inclusive, o contraste da própria natureza dos sexos.
Nas danças antigas o homem aparece com mais aptidão (facilidade) para os movimentos amplos - saltos, passos grandes, etc. – enquanto a mulher, em geral, surge com inclinação para os movimentos estreitos – curtos, pequenos, em contato contínuo com o solo, opondo à audácia e ao dinamismo másculos, a prudência, a calma, a graça harmoniosa. Nestas danças, enquanto o homem saltava corajosamente no ar, a mulher apenas deslizava em pequenos passos pelo chão e tentava se elevar sobre os pés.
Quanto mais um povo está ligado ao regime matriarcal (importância maior da mulher) e ao cultivo da terra, mais a sua dança é calma, pausada, composta de movimentos estreitos. Pelo contrário, quanto mais um povo pertence ao regime patriarcal (importância maior do homem) e a sua vida nômade (caçando e mudando de local, sem se fixar no solo) mais a sua dança é composta movimentos amplos em geral.
Daí abre-se a interessante perspectiva de relações entre o caráter dos movimentos de dança e o desenvolvimento social e cultural dos povos.
O primeiro tipo de expressão coreográfica que se tem notícia é representado pela dança que segue estritamente a própria Natureza. Por meio de gestos ensaiados (pantomima), a dança antecipava o acontecimento desejado, influenciando, deste modo, a realização do que eles desejavam. Assim, por exemplo, a dança da caça previa o feliz acontecimento de conseguir caçar o animal desejado; a dança imitando os animais auxiliava a domá-los. Este tipo de expressão coreográfica pode-se denominar de dança figurativa ou imitativa.
Outro tipo, que se opunha à dança imitativa era a dança abstrata que procurava atingir o objetivo sem imitar os  atos, os gestos, ou as formas. Essa dança visava o êxtase por meio do encantamento místico, e era praticada em círculo, para que as forças magnéticas das pessoas que formavam o círculo penetrassem no dançarino, ou vice-versa.
Desde o início da vida humana, são três as formas fundamentais de dança: - em “solo”, em “pares” e em “grupos”.
A dança “solo” ou “individual”, tornou-se com o tempo, privilégio do chefe da tribo, que com sua mágica assegurava a marcha feliz da vida da comunidade.
Muitas vezes a dança solo era acompanhada pela dança em grupo, como uma reação orgânica emocional, que procurava exprimir-se numa manifestação dançante coletiva.
A forma mais característica da dança em grupo é o círculo, que, à medida da elevação do nível cultural, estabelecia entre seus componentes os movimentos e andamentos idênticos a todos.
A dança em pares era a forma mais importante da dança. Sua motivação principal era a união dos dançarinos para simbolizar a fertilidade, o crescimento da própria tribo.
As danças masculinas eram muito mais numerosas que as femininas. As danças de caça, guerreiras, solares, imitativas, animalizadas, de máscaras, dos espíritos, etc., eram privilégio dos homens. Todas as danças de fertilidade, de chuva, de plantação, de colheita, de nascimento, de iniciação à puberdade, lunares, fúnebres, etc., eram próprias das mulheres.
Os primeiros documentos sobre a origem pré-histórica dos passos de dança são provenientes de descobertas das pinturas e esculturas rupestres nas cavernas do homem da era paleolítica, mesolítica e neolítica, que deixaram gravadas a sua obra de arte nas pedras lascadas e polidas das cavernas.
A dança, como toda atividade humana, sofreu o destino das formas e das instituições da existência social dos homens. E assim, a dança de poder místico, que agia sobre os homens, espíritos e deuses, transformou-se numa dança de propriedade humana, contagiando os homens pela sua ação puramente estética e artística. A dança-religião aos poucos foi se acabando, cedendo lugar à dança-arte.
As culturas tribais evoluídas, que estabeleceram a ligação imediata com as grandes civilizações apresentavam, também dois tipos coreográficos: dança camponesa (popular, campesina ou de folclore), e a dança aristocrática (senhorial) para a distração dos  reis, príncipes e personagens da linha senhorial.
Essa reviravolta no domínio da dança deu origem à dança-arte das grandes civilizações; ao mesmo tempo em que a dança da cultura camponesa deixou sua herança de coreografias para o folclore dos povos de hoje (danças populares).


Texto baseado em: FAHLBUSCH. Hannelore. Dança: moderna e contemporânea. Sprint. Rio de Janeiro 1990.  

3ª Série - Cronograma - Laboratório de Arte - 3ª Unidade - 2017

CRONOGRAMA da Criação de Embalagens - Arte / QUIART 2017
TURMAS
DATA
TEMAS
Embalagens
3M08
26 e 27/10
Fauvismo, Abstracionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Modernismo
3M09
23,24 e 30/10
Fauvismo, Abstracionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Modernismo
3M10
24,26 e 31/10
Fauvismo, Abstracionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Modernismo
3M11
23,24 e 30/10
Fauvismo, Abstracionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Modernismo
3M12
30/10 e 06/11
Fauvismo, Abstracionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Modernismo
3M13
30/10 e 06/11
Fauvismo, Abstracionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Modernismo
3M14
31/10 e 07/11
Fauvismo, Abstracionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Modernismo
3M15
26 e 31/10
Fauvismo, Abstracionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Modernismo
3M16
26 e 27/10
Fauvismo, Abstracionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Modernismo
3M17
23,26 e 30/10
Fauvismo, Abstracionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Modernismo

3ª Série - Cronograma de Química - 3ª Unidade - 2017

CRONOGRAMA de Seminário e Prática - QUÍMICA / QUIART 2017
TURMAS
DATA
TEMAS
Seminário
Prática
3M08
16.10
24.10
Perfume, Sais de Banho e Sabonete Glicerinado
17.10
30.10
Creme Hidratante, Óleo Bifásico e Aromatizante
3M09
16.10
24.10
Perfume, Sais de Banho e Sabonete Glicerinado
17.10
30.10
Creme Hidratante, Óleo Bifásico e Aromatizante
3M10
17.10
24.10
Perfume, Sais de Banho e Sabonete Glicerinado
17.10
31.10
Creme Hidratante, Óleo Bifásico e Aromatizante
3M11
16.10
24.10
Perfume, Sais de Banho e Sabonete Glicerinado
20.10
27.10
Creme Hidratante, Óleo Bifásico e Aromatizante
3M12
18.10
25.10
Perfume, Sais de Banho e Sabonete Glicerinado
20.10
27.10
Creme Hidratante, Óleo Bifásico e Aromatizante
3M13
16.10
24.10
Perfume, Sais de Banho e Sabonete Glicerinado
18.10
30.10
Creme Hidratante, Óleo Bifásico e Aromatizante
3M14
25.10
01.11
Perfume, Sais de Banho e Sabonete Glicerinado
25.10
01.11
Creme Hidratante, Óleo Bifásico e Aromatizante
3M15
17.10
24.10
Perfume, Sais de Banho e Sabonete Glicerinado
20.10
31.10
Creme Hidratante, Óleo Bifásico e Aromatizante
3M16
18.10
25.10
Perfume, Sais de Banho e Sabonete Glicerinado
20.10
27.10
Creme Hidratante, Óleo Bifásico e Aromatizante
3M17
16.10
24.10
Perfume, Sais de Banho e Sabonete Glicerinado
20.10
27.10
Creme Hidratante, Óleo Bifásico e Aromatizante