"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

terça-feira, 14 de outubro de 2014

DIA DO PROFESSOR


3ª Série - 3ª Unidade - 2014 - Realismo - Slides
















3ª Série - 3ª Unidade - 2014 - REALISMO

Entre 1850 e 1900 surge nas artes europeias, sobretudo na pintura francesa, uma nova tendência estética chamada Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente industrialização das sociedades. O homem europeu, que tinha aprendido a utilizar o conhecimento científico e a técnica para interpretar e dominar a natureza convenceu-se de que precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas, deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da realidade.
Os realistas buscavam mostrar a realidade tal qual ela se apresentava, demonstrando o que acontecia na sociedade sem ocultar ou distorcer os fatos.
São realistas os trabalhos de arte feitos pelos pintores, desenhistas, arquitetos e escultores que resolveram passar para suas obras a realidade que os circundava.

São características gerais:

* o cientificismo
* a valorização do objeto
* o sóbrio e o minucioso
* a expressão da realidade e dos aspectos descritivos

ARQUITETURA

A arquitetura adapta-se ao novo contexto social, tende a tornar-se realista ou científica.
Os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações, ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia do século XIX. As obras de engenharia e arquitetura passaram a ser realizadas com materiais novos surgidos a partir da Revolução Industrial, como o ferro fundido e o concreto armado. De início o ferro foi utilizado com o propósito unicamente utilitário; depois tornou-se o meio de suporte habitual para a cobertura de grandes espaços, como estações ferroviárias e bibliotecas públicas. Mas tarde, com objetivos mais ambiciosos, o ferro foi o material básico da delicada estrutura do palácio de cristal de Londres, construído em 1851 por Joseph Paxton e também da primeira construção francesa que adotou esse material em toda a sua estrutura e em 1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel, hoje logotipo da "Cidade Luz" com 300 metros de altura foi a construção mais alta da época.

ESCULTURA

A escultura realista não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiam os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras.
Dentre os escultores do período realista, o que mais se destaca é Auguste Rodin (1840-1917), cuja produção desperta severas polêmicas. Já seu primeiro trabalho importante, A Idade do Bronze, de 1877, causou uma grande discussão motivada pelo seu intenso realismo. Alguns críticos chegaram a acusar o artista de tê-lo feito a partir de moldes tirados do próprio modelo vivo. Mas é com São João Pregando, de 1879, que Rodin revela a sua característica fundamental: fixação do momento significativo de um gesto humano.
Obras destacadas: Balzac, Os Burgueses de Calais, O Beijo e O Pensador.


PINTURA

A tendência se expressa, sobretudo na pintura. As obras privilegiam cenas cotidianas de grupos sociais menos favorecidos. O tipo de composição e o uso das cores criam telas pesadas e tristes. O grande expoente é o francês Gustave Courbet (1819-1877). Para ele, a beleza está na verdade. Suas pinturas chocam o público e a crítica, habituados à fantasia romântica. São marcantes suas telas Os Quebradores de Pedra, que mostra operários, e Enterro em Ornans, que retrata o enterro de uma pessoa do povo. Outros dois nomes importantes que seguem a mesma linha são Honoré Daumier (1808-1879) e Jean-François Millet (1814-1875). Também destaca-se Édouard Manet (1832-1883), ligado ao naturalismo e, mais tarde, ao impressionismo. Sua tela Olympia exibe uma mulher nua que "encara" o espectador.

Características da pintura:

* Representação da realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da natureza, ou seja, o pintor buscava representar o mundo de maneira documental;
A pintura deixa completamente de lado os temas mitológicos, bíblicos, históricos, pois o que importa é a criação a partir de uma realidade imediata e não imaginada.
* Ao artista não cabe "melhorar" artisticamente a natureza, pois a beleza está na realidade tal qual ela é;
* Revelação dos aspectos mais característicos e expressivos da realidade.

Temas da pintura:

* Politização: a arte passa a ser um meio para denunciar uma ordem social que consideram injustas; a arte manifesta um protesto em favor dos oprimidos.
* Pintura social denunciando as injustiças e as imensas desigualdades entre a miséria dos trabalhadores e a opulência da burguesia. As pessoas das classes menos favorecidas - o povo, em resumo - tornaram-se assunto frequente da pintura realista. Os artistas incorporavam a rudeza, a fealdade, a vulgaridade dos tipos que pintavam, elevando esses tipos à categoria de heróis. Heróis que nada têm a ver com os idealizados heróis da pintura romântica.

Principais pintores:

Courbet
Pintor francês Gustave Courbet (1819-1877) é considerado o criador do realismo social na pintura, pois procurou retratar temas da vida cotidiana, principalmente das classes populares. Manifesta sua simpatia particular pelos trabalhadores e pelos homens mais pobres da sociedade no século XIX.

Obra destacada: Os Britadores e Moças Peneirando o Trigo.

Jean-François Millet, sensível observador da vida campestre, criou uma obra realista na qual o principal elemento é a ligação ativa do homem com a terra. Foi educado num meio de profunda religiosidade e respeito pela natureza. Trabalhou na lavoura desde muito cedo. Seus numerosos desenhos de paisagens influenciaram, mais tarde, Pissarro e Van Gogh. É o caso, por exemplo, "Angelus".
Entre os artistas brasileiros, tem maior expressão o realismo burguês, nascido na França. Em vez de trabalhadores, o que se vê nas telas é o cotidiano da burguesia. Dos seguidores dessa linha se destacam Belmiro de Almeida (1858-1935), autor de Arrufos, que retrata a discussão de um casal, e Almeida Júnior (1850-1899), autor de O Descanso do Modelo. Mais tarde, Almeida Júnior aproxima-se de um realismo mais comprometido com as classes populares, como em Caipira Picando Fumo.

Referências:
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática. São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo a História da Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.
LEONARDI, Ângela Cantele. Arte e Habilidade: 8º ano. IPEB, 2012


3ª Série - 3ª Unidade - 2014 - Romantismo - Slides

















3ª Série - 3ª Unidade - 2014 - ROMANTISMO

A França do século XVIII, passou por períodos que determinam grandes mudanças entre eles: Revolução Francesa (1789), com ideias fundamentais para a mudanças, pensamento. Ou seja, o homem aprendeu que havia a mobilidade social, isto é, não deveria conformar-se em nascer e morrer numa mesma classe social herdada dos seus antepassados e a religião deveria ser livre no indivíduo também livre, determinada pela crença na sua bondade que foi a ideia da liberdade; época de Napoleão Bonaparte, ou era Napoleônica, fixou essa imagem; após a queda de Napoleão, instalou-se na França a antiga monarquia, cuja preocupação fundamental foi recompor o país que estava em fase de revisão de valores.
O romantismo é definido de maneira geral, como uma reação ao Neoclassicismo francês que dominava as artes no século XVIII (historicamente situa-se entre 1820 e 1850) e à crença na razão humana que havia caracterizado o Iluminismo. Suas raízes estão em um período de grande renascimento cultural na Alemanha no final do século XVIII e no surgimento de um tipo de filosofia, conhecido como pensamento idealista, que teria um forte impacto na literatura, na filosofia, na estética e no pensamento político.
Enquanto os artistas neoclássicos voltaram-se para a imitação da arte Greco-romana e dos mestres do Renascimento italiano, submetendo-se às regras determinadas pelas escolas de belas artes, os românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista. Assim, de modo geral, podemos afirmar que a característica mais marcante do Romantismo é a valorização dos sentimentos e da imaginação como princípios da criação artística.
Ao lado dessas características mais gerais, outros valores compuseram a estética romântica, tais como o sentimento do presente, o nacionalismo e a valorização da natureza.
A natureza é retomada como simples cenário, como ocorria no Neoclassicismo, mas como cúmplice dos sentimentos do artista, como expressão do seu estado de espírito. Assim, se ele está deprimido, tudo em ser redor está hostil, tempestades se aproximam, a Lua melancólica emoldura sua tristeza, à escuridão prevalece sobre a luz. Se está alegre o Sol brilha, os pássaros esvoaçam, as flores desabrocham.
Outra característica importante do romantismo é o misticismo. O gosto pelo sobrenatural e a postura espiritualista foram uma maneira de transcender a angústia, as incertezas de um tempo marcado pelo caos, pelo conflito. A noção de Deus por vezes se confunde com a noção de natureza. O artista fascinado pelo misterioso e sobrenatural, criou em suas obras uma atmosfera de fantasia e heroísmo, valorizando acima de tudo a emoção e a liberdade de criação.
É certo que para transmitir toda essa subjetividade, esse individualismo, os românticos pregavam a liberdade de criação, rebelando-se contra quaisquer regras, modelos ou imposições feitas à expressão artística. O caos apodera-se das normas e as subverte, e o resultado é inovador e interessante.

PINTURA ROMÂNTICA
Os artistas e escritores românticos se basearam nos temas históricos e na literatura da Idade Média.
A arte tornou-se uma manifestação individual; procura de autoidentificação na obra criava um mundo paralelo onde sonhos e os desejos se realizavam. Criavam para si, sem levar em consideração as regras e as formas acadêmicas.
Negavam os críticos e até o público. Mas, ao mesmo tempo, lançavam-se numa atitude revolucionária, as paixões e as incertezas para a aparentemente organizada e disciplinada sociedade burguesa.
Eram contraditórios, apesar do seu protesto, da sua tentativa de independência.
O romantismo foi o movimento essencialmente burguês, embora praticado por filhos de famílias aristocráticas e suas obras se tornavam, cada vez mais, mercadorias consumidas pelo público burguês.
Paralelamente com o sentimento de insegurança e não adaptação social surgiu o culto à morte. Morte voluptuosa, morrer de amor, morrer romanticamente.
A transformação pictórica destes temas, extraídos da literatura, originou uma pintura narrativa de cenas românticas.
O nacionalismo também passou a fazer parte das obras.
Desenvolveu-se cada vez mais a individualização e o ser humano tornou-se um “eu” sozinho enfrentando a vida, defrontando-se com a sociedade.
A corrente romântica de pensamentos, costumes e gostos atingiu toda a Europa até a metade do século XIX.
Ao negar a estética neoclássica, a pintura romântica aproxima-se das formas barrocas. Assim, os pintores românticos, como Goya, Delacroix, Turner e Constable, recuperam o dinamismo e o realismo que os neoclássicos haviam negado.
Características:
*          Composição em diagonal, que sugere instabilidade e dinamismo ao observador;
*          A cor é novamente valorizada e as cores fortes e os contrastes de claro-escuro reaparecem, produzindo efeitos de dramaticidade;
*          Valorização dos sentimentos e da imaginação como princípios da criação artística.
Quanto aos temas, os fatos reais da história nacional e contemporânea dos artistas despertam maior interesse do que os da mitologia grego-romana. Além disso, a natureza, relegada ao pano de fundo das cenas aristocráticas pelo Neoclassicismo, ganha importância. Ela mesma passa a ser o tema da pintura. Ora calma, ora agitada, a natureza exibe, na tela dos românticos, um dinamismo equivalente às emoções humanas.
Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de arte. Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados pela Revolução Industrial.
As obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras principais deste período são : A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles. 

Goya: As primeiras manifestações românticas na pintura foram realizadas por Francisco de Goya (1746-1828), que, apesar de pertencer à academia, não seguia as regras do racionalismo neoclássico. Em muitas de suas pinturas há contrastes de luz e sombra que dão um efeito dramático à cena.
O espanhol Francisco José Goya y Lucientes (1746-1828) usou temas diversos: retratos da corte espanhola e do povo, os horrores da guerra, a ação incompreensível de personagens fantásticas e cenas históricas.

Delacroix: É talvez o maior representante da pintura romântica, mas sua importância ainda é maior, pois superando os problemas específicos deste movimento, foi um inovador da pintura, e sobre os seus estudos, desenvolveram-se mais tarde as pesquisas do Impressionismo.
Artista famoso pela intensidade de suas cores e por experimentos que o levaram a revolucionar a maneira de trabalhar os tons, Eugène Delacroix é o mais conhecido representante do estilo romântico na pintura.
Considerado o maior expoente do Romantismo na arte, era um artista que acreditava que sua pintura tinha por dever expressar todo tipo de experiência emocional intensa: paixão, luxúria, tristeza, violência, morte, vitórias e derrotas. Seu uso inovador das cores, deixando de lado a tradicional técnica do "sfumato" ao se pintar sombras, também é marcante: Delacroix sobrepunha cores complementares para obter maior riqueza e vivacidade em suas telas (cada uma das três cores primárias possui sua complementar, que resulta da fusão das outras duas).
Comparava as combinações de cor com as combinações musicais.
Para Delacroix, as cores não se encontravam prontas na paleta. Eram criadas por tonalidades justapostas, mesclavam-se na vista do observador.
Se na natureza não há cor preta, também na pintura não devia haver cores mortas e neutras.
Aos 29 anos, o francês Eugène Delacroix (1799-1863) viveu uma importante experiência: visitou Marrocos, no norte da África, com a missão de documentar, por meio da pintura, os hábitos e costumes das pessoas daí. Mas Delacroix tornou-se famoso também por retratar a agitação das ruas.

PAISAGEM ROMANTICA: A pintura paisagística já havia se desenvolvido no século XVIII, mas foi no período romântico que ganhou nova força, principalmente na Inglaterra. A paisagem romântica caracterizava-se, de um lado, por seu realismo e, por outro, pela recriação das contínuas modificações das cores da natureza causadas pela luz solar.
Joseph Mallord William Turner (1775-1851) representou os grandes movimentos da natureza, mas por meio de estudo da luz que a natureza reflete, procurou descrever uma certa “atmosfera” da paisagem. Turner combina os tons claros como  o amarelo e o laranja, são mantidos puros, isto é não foram neutralizados com o branco.
Obras: “O Grande Canal”, e “Chuva, Vapor e Velocidade”.

John Constable (1776-1837) ao contrário de Turner, a natureza retratada por Constable é serena e profundamente ligada aos lugares onde o artista nasceu, cresceu e trabalhou ao lado do pai. Muitos elementos de suas paisagens – os moinhos de vento, as barcaças carregadas de cereais faziam parte da vida cotidiana do artista quando jovem.

ARQUITETURA

A arquitetura do romantismo foi marcada por elementos contraditórios, fazendo dessa forma de expressão algo menos expressivo. O final do século XVIII e início do XIX foram marcados por um conjunto de transformações, envolvendo a industrilaização, valorizando e rearranjando a vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças; novos materiais foram utilizados como o ferro e depois o aço.
Ao mesmo tempo, as igrejas e os castelos fora dos limites urbanos, conservaram algumas característica de outros períodos, como o gótico e o clássico. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional.
A urbanização na Europa determinou a construção de edifícios públicos e de edifícios de aluguel para a média e alta burguesia, sem exigências estéticas, preocupadas apenas com o maior rendimento da exploração, e, portanto esqueceu-se do fim último da arquitetura, abandonando as classes menos favorecidas em bairros cujas condições eram calamitosas.
Entre os arquitetos mais reconhecidos desse período historicista ou eclético, deve-se mencionar Garnier, responsável pelo teatro da Ópera de Paris; Barry e Puguin, que reconstruíram o Parlamento de Londres; e Waesemann, na Alemanha, responsável pelo distrito neogótico de Berlim. Na Espanha deu-se um renascimento curioso da arte mudéjar na construção de conventos e igrejas, e na Inglaterra surgiu o chamado neogótico hindu. Este último, em alguns casos, revelou mais mau gosto do que arte.
No Brasil, a arquitetura romântica sofreu influência europeia, principalmente francesa.
Os lucros do café proporcionaram o desenvolvimento de nossa arquitetura (época imperial). Foram construídos vários edifícios públicos e particulares, sobrados e palacetes, igrejas e teatros.

ESCULTURA

A escultura romântica não brilhou exatamente pela sua originalidade, nem tampouco pela maestria de seus artistas. Talvez se possa pensar nesse período como um momento de calma necessário antes da batalha que depois viriam a travar o impressionismo e as vanguardas modernas. Do ponto de vista funcional, a escultura romântica não se afastou dos monumentos funerários, da estátua eqüestre e da decoração arquitetônica, num estilo indefinido a meio caminho entre o classicismo e o barroco.
A grande novidade temática da escultura romântica foi a representação de animais de terras exóticas em cenas de caça ou de luta encarniçada, no melhor estilo das cenas de Rubens. Não abandonaram os motivos heróicos e as homenagens solenes na forma de estátuas superdimensionadas de reis e militares. Em compensação, tornou-se mais rara a temática religiosa. Os mais destacados escultores desse período foram Rude e Barye, na França, Bartolini, na Itália, e Kiss, na Alemanha.

Referências:
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática. São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo a História da Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.
LEONARDI, Ângela Cantele. Arte e Habilidade: 8º ano. IPEB, 2012


 A França do século XVIII, passou por períodos que determinam grandes mudanças entre eles: Revolução Francesa (1789), com ideias fundamentais para a mudanças, pensamento. Ou seja, o homem aprendeu que havia a mobilidade social, isto é, não deveria conformar-se em nascer e morrer numa mesma classe social herdada dos seus antepassados e a religião deveria ser livre no indivíduo também livre, determinada pela crença na sua bondade que foi a ideia da liberdade; época de Napoleão Bonaparte, ou era Napoleônica, fixou essa imagem; após a queda de Napoleão, instalou-se na França a antiga monarquia, cuja preocupação fundamental foi recompor o país que estava em fase de revisão de valores.
O romantismo é definido de maneira geral, como uma reação ao Neoclassicismo francês que dominava as artes no século XVIII (historicamente situa-se entre 1820 e 1850) e à crença na razão humana que havia caracterizado o Iluminismo. Suas raízes estão em um período de grande renascimento cultural na Alemanha no final do século XVIII e no surgimento de um tipo de filosofia, conhecido como pensamento idealista, que teria um forte impacto na literatura, na filosofia, na estética e no pensamento político.
Enquanto os artistas neoclássicos voltaram-se para a imitação da arte Greco-romana e dos mestres do Renascimento italiano, submetendo-se às regras determinadas pelas escolas de belas artes, os românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista. Assim, de modo geral, podemos afirmar que a característica mais marcante do Romantismo é a valorização dos sentimentos e da imaginação como princípios da criação artística.
Ao lado dessas características mais gerais, outros valores compuseram a estética romântica, tais como o sentimento do presente, o nacionalismo e a valorização da natureza.
A natureza é retomada como simples cenário, como ocorria no Neoclassicismo, mas como cúmplice dos sentimentos do artista, como expressão do seu estado de espírito. Assim, se ele está deprimido, tudo em ser redor está hostil, tempestades se aproximam, a Lua melancólica emoldura sua tristeza, à escuridão prevalece sobre a luz. Se está alegre o Sol brilha, os pássaros esvoaçam, as flores desabrocham.
Outra característica importante do romantismo é o misticismo. O gosto pelo sobrenatural e a postura espiritualista foram uma maneira de transcender a angústia, as incertezas de um tempo marcado pelo caos, pelo conflito. A noção de Deus por vezes se confunde com a noção de natureza. O artista fascinado pelo misterioso e sobrenatural, criou em suas obras uma atmosfera de fantasia e heroísmo, valorizando acima de tudo a emoção e a liberdade de criação.
É certo que para transmitir toda essa subjetividade, esse individualismo, os românticos pregavam a liberdade de criação, rebelando-se contra quaisquer regras, modelos ou imposições feitas à expressão artística. O caos apodera-se das normas e as subverte, e o resultado é inovador e interessante.

PINTURA ROMÂNTICA
Os artistas e escritores românticos se basearam nos temas históricos e na literatura da Idade Média.
A arte tornou-se uma manifestação individual; procura de autoidentificação na obra criava um mundo paralelo onde sonhos e os desejos se realizavam. Criavam para si, sem levar em consideração as regras e as formas acadêmicas.
Negavam os críticos e até o público. Mas, ao mesmo tempo, lançavam-se numa atitude revolucionária, as paixões e as incertezas para a aparentemente organizada e disciplinada sociedade burguesa.
Eram contraditórios, apesar do seu protesto, da sua tentativa de independência.
O romantismo foi o movimento essencialmente burguês, embora praticado por filhos de famílias aristocráticas e suas obras se tornavam, cada vez mais, mercadorias consumidas pelo público burguês.
Paralelamente com o sentimento de insegurança e não adaptação social surgiu o culto à morte. Morte voluptuosa, morrer de amor, morrer romanticamente.
A transformação pictórica destes temas, extraídos da literatura, originou uma pintura narrativa de cenas românticas.
O nacionalismo também passou a fazer parte das obras.
Desenvolveu-se cada vez mais a individualização e o ser humano tornou-se um “eu” sozinho enfrentando a vida, defrontando-se com a sociedade.
A corrente romântica de pensamentos, costumes e gostos atingiu toda a Europa até a metade do século XIX.
Ao negar a estética neoclássica, a pintura romântica aproxima-se das formas barrocas. Assim, os pintores românticos, como Goya, Delacroix, Turner e Constable, recuperam o dinamismo e o realismo que os neoclássicos haviam negado.
Características:
*          Composição em diagonal, que sugere instabilidade e dinamismo ao observador;
*          A cor é novamente valorizada e as cores fortes e os contrastes de claro-escuro reaparecem, produzindo efeitos de dramaticidade;
*          Valorização dos sentimentos e da imaginação como princípios da criação artística.
Quanto aos temas, os fatos reais da história nacional e contemporânea dos artistas despertam maior interesse do que os da mitologia grego-romana. Além disso, a natureza, relegada ao pano de fundo das cenas aristocráticas pelo Neoclassicismo, ganha importância. Ela mesma passa a ser o tema da pintura. Ora calma, ora agitada, a natureza exibe, na tela dos românticos, um dinamismo equivalente às emoções humanas.
Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de arte. Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados pela Revolução Industrial.
As obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras principais deste período são : A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles. 

Goya: As primeiras manifestações românticas na pintura foram realizadas por Francisco de Goya (1746-1828), que, apesar de pertencer à academia, não seguia as regras do racionalismo neoclássico. Em muitas de suas pinturas há contrastes de luz e sombra que dão um efeito dramático à cena.
O espanhol Francisco José Goya y Lucientes (1746-1828) usou temas diversos: retratos da corte espanhola e do povo, os horrores da guerra, a ação incompreensível de personagens fantásticas e cenas históricas.

Delacroix: É talvez o maior representante da pintura romântica, mas sua importância ainda é maior, pois superando os problemas específicos deste movimento, foi um inovador da pintura, e sobre os seus estudos, desenvolveram-se mais tarde as pesquisas do Impressionismo.
Artista famoso pela intensidade de suas cores e por experimentos que o levaram a revolucionar a maneira de trabalhar os tons, Eugène Delacroix é o mais conhecido representante do estilo romântico na pintura.
Considerado o maior expoente do Romantismo na arte, era um artista que acreditava que sua pintura tinha por dever expressar todo tipo de experiência emocional intensa: paixão, luxúria, tristeza, violência, morte, vitórias e derrotas. Seu uso inovador das cores, deixando de lado a tradicional técnica do "sfumato" ao se pintar sombras, também é marcante: Delacroix sobrepunha cores complementares para obter maior riqueza e vivacidade em suas telas (cada uma das três cores primárias possui sua complementar, que resulta da fusão das outras duas).
Comparava as combinações de cor com as combinações musicais.
Para Delacroix, as cores não se encontravam prontas na paleta. Eram criadas por tonalidades justapostas, mesclavam-se na vista do observador.
Se na natureza não há cor preta, também na pintura não devia haver cores mortas e neutras.
Aos 29 anos, o francês Eugène Delacroix (1799-1863) viveu uma importante experiência: visitou Marrocos, no norte da África, com a missão de documentar, por meio da pintura, os hábitos e costumes das pessoas daí. Mas Delacroix tornou-se famoso também por retratar a agitação das ruas.

PAISAGEM ROMANTICA: A pintura paisagística já havia se desenvolvido no século XVIII, mas foi no período romântico que ganhou nova força, principalmente na Inglaterra. A paisagem romântica caracterizava-se, de um lado, por seu realismo e, por outro, pela recriação das contínuas modificações das cores da natureza causadas pela luz solar.
Joseph Mallord William Turner (1775-1851) representou os grandes movimentos da natureza, mas por meio de estudo da luz que a natureza reflete, procurou descrever uma certa “atmosfera” da paisagem. Turner combina os tons claros como  o amarelo e o laranja, são mantidos puros, isto é não foram neutralizados com o branco.
Obras: “O Grande Canal”, e “Chuva, Vapor e Velocidade”.

John Constable (1776-1837) ao contrário de Turner, a natureza retratada por Constable é serena e profundamente ligada aos lugares onde o artista nasceu, cresceu e trabalhou ao lado do pai. Muitos elementos de suas paisagens – os moinhos de vento, as barcaças carregadas de cereais faziam parte da vida cotidiana do artista quando jovem.

ARQUITETURA

A arquitetura do romantismo foi marcada por elementos contraditórios, fazendo dessa forma de expressão algo menos expressivo. O final do século XVIII e início do XIX foram marcados por um conjunto de transformações, envolvendo a industrilaização, valorizando e rearranjando a vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças; novos materiais foram utilizados como o ferro e depois o aço.
Ao mesmo tempo, as igrejas e os castelos fora dos limites urbanos, conservaram algumas característica de outros períodos, como o gótico e o clássico. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional.
A urbanização na Europa determinou a construção de edifícios públicos e de edifícios de aluguel para a média e alta burguesia, sem exigências estéticas, preocupadas apenas com o maior rendimento da exploração, e, portanto esqueceu-se do fim último da arquitetura, abandonando as classes menos favorecidas em bairros cujas condições eram calamitosas.
Entre os arquitetos mais reconhecidos desse período historicista ou eclético, deve-se mencionar Garnier, responsável pelo teatro da Ópera de Paris; Barry e Puguin, que reconstruíram o Parlamento de Londres; e Waesemann, na Alemanha, responsável pelo distrito neogótico de Berlim. Na Espanha deu-se um renascimento curioso da arte mudéjar na construção de conventos e igrejas, e na Inglaterra surgiu o chamado neogótico hindu. Este último, em alguns casos, revelou mais mau gosto do que arte.
No Brasil, a arquitetura romântica sofreu influência europeia, principalmente francesa.
Os lucros do café proporcionaram o desenvolvimento de nossa arquitetura (época imperial). Foram construídos vários edifícios públicos e particulares, sobrados e palacetes, igrejas e teatros.

ESCULTURA

A escultura romântica não brilhou exatamente pela sua originalidade, nem tampouco pela maestria de seus artistas. Talvez se possa pensar nesse período como um momento de calma necessário antes da batalha que depois viriam a travar o impressionismo e as vanguardas modernas. Do ponto de vista funcional, a escultura romântica não se afastou dos monumentos funerários, da estátua eqüestre e da decoração arquitetônica, num estilo indefinido a meio caminho entre o classicismo e o barroco.
A grande novidade temática da escultura romântica foi a representação de animais de terras exóticas em cenas de caça ou de luta encarniçada, no melhor estilo das cenas de Rubens. Não abandonaram os motivos heróicos e as homenagens solenes na forma de estátuas superdimensionadas de reis e militares. Em compensação, tornou-se mais rara a temática religiosa. Os mais destacados escultores desse período foram Rude e Barye, na França, Bartolini, na Itália, e Kiss, na Alemanha.

Referências:
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática. São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo a História da Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.
LEONARDI, Ângela Cantele. Arte e Habilidade: 8º ano. IPEB, 2012


3ª Série - 3ª Unidade - 2014 - Neoclassicismo - Slides


















domingo, 12 de outubro de 2014

3ª Série - 3ª Unidade - 2014 - NEOCLASSICISMO

Nas últimas décadas do século XVIII e nas primeiras do século XIX, uma nova tendência estética predominou na arte europeia denominado Neoclassicismo, ou Academicismo. Neoclassicismo, no grego neo, “novo”, significa “novo classicismo”, retomada da cultura clássica, greco-romana. Academicismo vem do fato de as concepções clássicas serem a base para o ensino nas academias, as escolas de belas-artes mantidas pelos governos europeus.
O século XIX, porém, passou por fortes mudanças, decorrentes da Revolução Industrial e da Revolução Francesa, no fim do século XVIII. A arte refletiu essas mudanças, tornando-se mais complexa e dando lugar a vários movimentos artísticos. Enquanto os artistas neoclássicos submetiam-se às regras das academias, outros buscavam libertar-se delas e expressar livremente seus sentimentos e sua imaginação.
A afirmação do Neoclassicismo deve-se em parte à curiosidade pelo passado desencadeada pelas escavações arqueológicas de Pompéia e Herculano, cidades italianas soterradas pela larva do vulcão Vesúvio no ano de 79 d.C. Desta maneira, as formas gregas e romanas serviram de modelo aos artistas neoclássicos, que se reelaboraram com base nos princípios de racionalidade, proporção, medida, simetria e nitidez, além de serem valorizadas também as regras acadêmicas, como o equilíbrio entre o claro-escuro e a perspectiva. Os temas clássicos reapareceram, contudo foram retratados por meio de personagens da nobreza e da burguesia. Esses artistas influenciados pelas ideias iluministas (filosofia que pregava a razão, o senso moral e o equilíbrio em oposição à emoção) e inspirados na pintura renascentista, sobretudo em Rafael, substituíram as linhas horizontais e verticais com traços firmes e equilibrados. Os neoclassicistas queriam expressar as virtudes cívicas, o dever, a honestidade e a austeridade (severidade, rigor), temas que se opunham diretamente à frivolidade da aristocracia retratada no Barroco e Rococó.
De acordo com a tendência neoclássica, uma obra de arte só seria perfeitamente bela na medida em que imitasse não só as formas da natureza, mas as que os artistas clássicos gregos e os renascentistas italianos já haviam criado. E esse trabalho de imitação só era possível através de um cuidadoso aprendizado das técnicas e convenções da arte clássica. Por isso, o convencionalismo e o tecnicismo reinaram nas academias de belas-artes, até serem questionados pela arte moderna.

ARQUITETURA NEOCLÁSSICA

A arquitetura neoclássica seguiu o modelo dos templos Greco-romanos ou o das edificações do Renascimento italiano e é caracterizada pelo uso de fachadas sóbrias, nas quais colunas dóricas ou jônicas sustentam frontões triangulares. Ela predominou tanto nas construções civis quanto nas religiosas. A primeira manifestação da arquitetura neoclássica iniciou-se na Inglaterra em 1730, quando vários arquitetos visitaram a Itália e a Grécia e começaram a concretizar o resultado de suas observações. Posteriormente difundiu-se na Europa e na América. Exemplos dessa arquitetura é a Igreja de Santa Genoveva, transformada depois no Panteão Nacional, em Paris, a Porta de Brandemburgo, em Berlim.
A Igreja de Santa Genoveva foi projetada por Jacques Germanin Souflot (1713-1780), que pode ser considerado um dos primeiros arquitetos neoclássicos. Ele concebeu a planta do edifício com a forma de uma cruz grega, um pórtico (galeria com colunata ou arcada, construída na entrada de um edifício) de seis colunas e um frontão onde se encontram trabalhos escultóricos de David d’Angers (1788 – 1856).
A Revolução de 1789 transformou essa igreja em Panteão Nacional, onde passaram a ser abrigados os restos mortais de importantes personagens da história francesa.
A Porta de Brandemburgo, em Berlim, é uma obra do arquiteto Karl Gotthard Lanhans (1732–1808) e foi construída entre 1789 e 1794. Nesse monumento, importantes colunas dóricas apóiam um pavimento retangular sobre o qual está um belíssimo conjunto escultórico de Gottfried Shadow (1764-1850), constituído por uma quadriga (conjunto de quatro cavalos que puxam um carro) de bronze conduzido pela deusa da Vitória.

Algumas características da arquitetura são:
Materiais nobres (pedra, mármore, granito, madeiras)
Processos técnicos avançados
Sistemas construtivos simples
Uso de abóbodas de berço ou de aresta
Uso de cúpulas, com freqüência marcadas pela monumentalidade
Pórticos colunados (é local coberto à entrada de um edifício, de um templo ou de um palácio.)
Entablamentos direitos
Frontões triangulares

PINTURA NEOCLÁSSICA

Há dois aspectos relevantes no trabalho dos artistas que reagiram ao Neoclassicismo: a valorização da cor e os contrastes de claro-escuro. Quanto aos temas, eles se interessaram mais pelos fatos de sua época que pela mitologia greco-romana. A natureza também passa a ser tema da pintura.
A pintura desse período foi inspirada principalmente na escultura grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição e da harmonia do colorido.
Segundo o Neoclassicismo, a obra de arte só seria perfeitamente bela se imitasse as formas criadas pelos artistas clássicos gregos e pelos renascentistas italianos. E esse trabalho de imitação só seria possível por meio de um cuidadoso aprendizado das técnicas clássicas.
O maior representante da pintura neoclássica é, sem dúvida, Jacques-Louis David (1748-1825). Ele nasceu em Paris e foi considerado o pintor da Revolução Francesa; mais tarde tornou-se o pintor oficial do Imperador Napoleão.
Durante o governo de Napoleão, registrou fatos históricos ligados à vida do imperador, dentre os quais estão a sua coroação e travessa dos Alpes.
David sem dúvida exerceu uma grande influência na pintura de seu tempo. Suas pinturas estavam afinadas

com a época em que vivia, exaltavam a serenidade, o auto-sacrifício e o dever cívico.
Em 1794 David foi preso, acusado de traição, mas acabou sendo libertado seis meses depois graças à intervenção de sua ex-esposa, que se divorciara dele por diferenças políticas (ela apoiava a Monarquia). Na prisão, David iniciou O Rapto das Sabrinas, obra em que mostra seu perfeito domínio do dramático numa cena retirada da lenda romana.
Acredita-se que David escolheu o tema em homenagem à sua fiel esposa, com a qual se casou novamente ao sair da prisão. Entretanto, essa obra foi interpretada pelos seus contemporâneos como uma expressão da necessidade de amenizar o conflito civil que ocorreu na França após a Revolução.

ESCULTURA NEOCLÁSSICA

A escultura neoclássica também buscou inspiração na Antiguidade Greco-romana. Entre os escultores que mais se destacaram está o italiano Antônio Canoa (1757-1822).

Temas: históricos, literários, alegóricos e mitológicos. Serviram de base para a representação de figuras humanas com poses semelhantes às dos deuses gregos e romanos.
Estatuária: representou figuras de corpo inteiro ou bustos e relevos pouco pessoais glorificando e fazendo publicidade a políticos ou figuras importantes das cidades (praças, casas de nobres e burgueses ou cemitérios).
Relevos: têm o mesmo sentido honorífico e alegórico da estatuária e revestem as frontarias de edifícios públicos ou de palácios.
Formas de Representação: de inspiração clássica foram representados com toda a minúcia, os corpos eram nus ou seminus, formas reais, serenas e de composição simples. Rostos individualizados (das pessoas que queriam representar), mas com pouca expressividade. Seguiram os cânones da escultura clássica, sem qualquer liberdade criativa.
Técnica: são obras perfeitamente conseguidas, onde a sua concepção se baseia em maquetas de barro ou gesso para um primeiro estudo. Acabamentos rigorosos e relevos de pouca profundidade.
Materiais:  mármore branco que representava a pureza, limpidez e brilho, e o  bronze, mas em menor quantidade.

Referências:
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática. São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo a História da Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.

ATIVIDADE
Após a leitura do texto responda:
01. Que fatores contribuíram para o aparecimento do Neoclassicismo?
02. Qual a influência sofrida pelos artistas neoclássicos?
03. Que artista mais se destacou no período neoclássico? Liste as características das suas obras.
04. Comente sobre a arquitetura neoclássica destacando as suas características.
05. Quais as características da pintura neoclássica?