"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

1ª SÉRIE - 2012 - 1ª UNIDADE - TEXTO 2: REFLETINDO SOBRE A ARTE


Entre todas as linguagens, a arte é a linguagem de um idioma que desconhece fronteiras, etnias, credos, épocas. Seja a linguagem das obras de arte daqui, seja de outros lugares, de hoje, ontem, ou daqueles que estão por vir, traz em si a qualidade de ser a linguagem cuja leitura e produção existe em todo o mundo e para todo mundo.
Pensar a arte é, então, pensar na leitura e produção na linguagem da arte, o que, por assim dizer, é um modo único de despertar a consciência e novos modos de sensibilidade. Isso pode nos tornar mais sábios, seja sobre nós mesmos, o mundo ou as coisas do mundo, seja sobre a própria linguagem da arte.
Como toda e qualquer linguagem, a arte tem códigos, e cada linguagem da arte tem seu código, isto é, um sistema estruturado de signos. Assim, o artista, no seu fazer artístico, opera com elementos da gramática da linguagem da arte com liberdade de criação, utilizando-os de forma incomum.
Desde a época em que habitava as cavernas, o ser humano vem manipulando cores, formas, gestos, espaços, sons, silêncios, superfícies, movimentos, luzes, etc., com a intenção de dar sentido a algo, de comunicar-se com os outros.

A Arte é uma forma de criação de linguagens – a linguagem visual (pintura, desenho, escultura, gravura, fotografia, cinema, etc), a linguagem musical (o canto e a música)e a linguagem cênica (teatro e dança), entre outras.
Toda linguagem artística é um modo singular de o homem refletir o seu estar-no-mundo. Quando o homem trabalha nessa linguagem, seu coração e sua mente atuam juntos em poética intimidade.
As obras de arte expressam um pensamento, uma visão do mundo e provocam uma forma de inquietação no observador, uma sensação especial, uma vontade de contemplar, uma admiração ou uma comunicação com a sensibilidade do artista. A esse conjunto de sensações chamamos de experiência estética.
O gosto e sensibilidade para apreciar a arte variam de pessoa para pessoa, de idade para idade, de região para região, de sociedade para sociedade, de época para época. Assim, as manifestações artísticas trazem a marca do tempo, do lugar e dos artistas que a criaram, pois refletem essa variação no conceito de beleza e na função do objeto artístico.

A arte é necessária: de tudo que observamos, pensamos e refletimos podemos concluir que a arte tem várias funções na sociedade e na cultura. Entre as funções da Arte, as principais são:
 1. Refletir, pensar, questionar: Como nunca pensei nisso? Como as coisas podem se vistas assim? O que isso representa? O que me diz?
 2. Distrair: que agradável observar uma obra tão bem feita!
 3. Usufruir do prazer estético: Como o artista soube usar bem o seu material! Que efeito interessante! Que idéia bem realizada!
 4. Fugir da realidade: E se as coisas fossem assim?
 5. Diminuir a solidão: Ele sente a mesma sensação que eu!
 6. Entender o ser humano: Como esse artista via o mundo de maneira diferente!
 7. Conhecer o mundo: Quer dizer que essa forma de comunicação representa uma época? Um período estético?
 8. Organizar, compreender os próprios sentimentos: que emoção estranha sinto com esse quadro! Será que estou gostando? Será que estou assustado com a imaginação do artista? Porque esse tema me incomoda?

9. Vivenciar outras realidades: Esse quadro parece que saiu de um pesadelo! Como ele pensou nisso?

10. Conhecer outra forma de ver o mundo: E eu que nunca tinha pensado assim! 
A experiência estética que a arte proporciona é uma forma de felicidade muito especial, porque é transformadora. Ela nos modifica pela emoção que proporciona. Para interagir e apreciar a arte usamos: experiências anteriores, percepção, habilidades comunicativas, visuais e espaciais; informações; sensibilidade; imaginação. Assim, quanto mais desenvolvemos estas capacidades, competências e habilidades mais nos aproximamos do mundo da arte.

Para entender a arte dependemos de algumas habilidades:

1. Observação: é uma habilidade que depende de olhar com interesse dirigido, examinar minuciosamente, focalizar a atenção, concentrar o pensamento e os sentidos com vontade de ver, de aprender, de perceber os detalhes significativos. É como usar uma lente de aumento sobre algum objeto.

2. Memorização: a memória visual é a capacidade de registrar com certa precisão aquilo que foi observado, de forma que, passando algum tempo, seja possível relembrar o que foi visto.

3.  Análise e Síntese: A observação e a memória trabalham juntas nos procedimentos de análise. Analisar é desenvolver e aprofundar a observação. De uma percepção mais geral, o analista segue para a decomposição das partes do objeto observado. Para isso utiliza-se de um método apropriado a cada objetivo. O método é uma espécie de roteiro a ser seguido na análise dos elementos que compõem o objeto.
Alguns exemplos desses elementos: cor, forma, textura, durabilidade, utilidade, etc.
Todos esses fatores se combinam e são orientados pelo gosto pessoal no momento em que precisamos analisar algum objeto. Usamos então esses elementos como argumento, ou seja, para fundamentar apreciação do tal objeto em análise. Essa análise leva a uma conclusão que chamamos síntese: é a essência da observação do objeto.


4. Orientação Espacial / Sentido de dimensão
Para utilizar a orientação espacial precisamos observar os espaços, memorizar direções e posições relativas a outras, bem como fixar pontos de referência para facilitar a localização.
Outra habilidade associada a essa orientação espacial é a percepção das dimensões, dos volumes, ou seja, do tamanho dos objetos.
O sentido da dimensão é a capacidade de avaliar a olho nu as dimensões dos espaços, das construções, dos objetos e de confrontá-los considerando as suas proporções. 
ORIENTAÇÃO ESPACIAL:


5. Pensamento Lógico: Focalizamos as habilidades que nos asseguram uma percepção mais exata da realidade: a observação, a análise, a síntese, a orientação e o sentido de dimensão. Todas elas estão relacionadas à percepção da realidade. Dependem muito, portanto, do pensamento lógico: Vamos do geral para o particular, do particular para o geral, outra vez do geral para o particular e formulamos uma síntese do todo. Essa síntese tem explicação, fundamento, justificativa, argumentos que conduzem o pensamento numa determinada direção.


6. Pensamento Criativo: caminha por trajetos diferentes dos percursos do nosso pensamento lógico. Mais isso não quer dizer que a imaginação seja autônoma, que não precise de informação.
Quanto mais conhecemos, mais nossa imaginação tem material para trabalhar. Os artistas são, em geral, pessoas bem informadas, que conhecem profundamente a técnica que usam e o mundo que querem representar ou expressar por meio de suas criações. Quando os artistas trabalham com a imaginação estão também trabalhando com as informações que têm da realidade e de alguma forma estão fazendo alterações surpreendentes, engraçadas, assustadoras, envolventes, sobre estas informações.
Geralmente associamos a imaginação ao devaneio (sonho), à divagação (“viagem”) e à distração, mas o testemunho de artistas é de que a imaginação é uma forma de trabalho. Às vezes vai por caminhos diferentes do lógico, da razão, do raciocínio, mas nem por isso deixa de ser um trabalho: um trabalho com a liberdade de pensamento.

  
     (baseado em texto de Jô Oliveira e Lucília Garcez)

1ª SÉRIE - 2012 - 1ª UNIDADE - TEXTO 1: A ARTE NO NOSSO DIA A DIA


Você pode pensar que não conhece arte, que não convive com objetos artísticos, mas estamos todos muito próximos da arte. Nossa vida está cercada dela por todos os lados.
Ao acordar pela manhã, se você olhar um relógio para saber a hora, você poderá ter o primeiro contato do dia com a arte. O relógio, qualquer que seja o seu desenho, passou por um processo de produção que exigia planejamento visual. Especialistas estudaram e aplicaram noções de arte. A forma do seu relógio é resultado de uma longa história da imaginação humana e das suas preferências. A cor, a forma, o volume, o material escolhido, tudo isso está testemunhando o tempo e a transformação do gosto e da técnica. Ao observá-lo, você percebe se é um objeto antigo ou moderno, você reconhece que quem o desenhou preferia formar curvas ou retas, cores discretas ou fortes, metais, plásticos ou pedras brilhantes.
Quem escolhe um relógio para comprar, decide com base em suas preferências pessoais. Alguns preferem os mais elaborados, outros preferem os mais simples. É o gosto pessoal que predomina, e este pode variar infinitamente. E, como diz a sabedoria popular: “gosto não se discute”. Mas, quem sabe possamos discutir o gosto?
Em outros objetos do seu quarto e de seu cotidiano você pode observar a presença da arte: na estampa do seu lençol, no desenho da sua cama, no formato da sua escova de dentes, no desenho da torneira e da pia do banheiro, na xícara que você toma leite, nos talheres, no modelo dos carros na rua e no formato do telefone. Em todos os objetos há um pouco de arte aplicada. Este esforço para produzir objetos bonitos, agradáveis ao olhar, atraentes e harmoniosos, está presente em todas as culturas, em todas as civilizações e em nosso dia-a-dia.
Andando pelas ruas de sua cidade, você passa por uma praça e vê uma escultura, em um edifício vê um mural de mosaico, em uma igreja vê um painel de azulejos ou um vitral colorido. Se você é um observador sensível, e tem tempo, com certeza gosta de ficar olhando para tudo isso.
Essas formas, diferentemente dos objetos utilitários que você usa no dia-a-dia, têm a função de encantar, de provocar a reflexão e a admiração, de proporcionar momentos de prazer e emoção. Essas sensações são despertadas por um conjunto de elementos: a imaginação do artista, a composição, a cor, a textura, a forma, a harmonia e a qualidade da idéia. Nem todos os objetos artísticos têm uma utilidade prática imediata, além de estimular o pensamento, a sensibilidade ou causar prazer estético.
As obras de arte expressam um pensamento, uma visão de mundo e provocam uma forma de inquietação no  observador, uma sensação especial, uma vontade de contemplar, uma admiração emocionada ou uma comunicação com a sensibilidade do artista. A este conjunto de sensações chamamos de experiência estética.
Nem sempre essa experiência é ligada unicamente ao prazer, pois às vezes ficamos inquietos, pensativos, tristes, emocionados, amedrontados ou assustados. O que nos atrai é a sensibilidade do artista, sua imaginação, seu intelecto, sua percepção especial da vida, mesmo quando apresenta aspectos negativos.
O gosto e a sensibilidade para apreciar a arte variam de pessoa para pessoa, de idade para idade, de região para região, de sociedade para sociedade, de época para época. Assim, as manifestações artísticas trazem a marca do tempo, do lugar e dos artistas que as criaram, pois refletem essa variação no conceito de beleza e na função do objeto artístico.
Em muitas sociedades, a arte é utilizada como forma de homenagear os deuses, ou seja, está ligada à religião. Observe como as igrejas, os templos e os túmulos são locais em que a arte se manifesta em todos os tempos. Indumentárias, objetos que são usados em rituais, instrumentos musicais, adereços, imagens, completam os cenários das cerimônias religiosas. Em outras culturas e épocas, a arte surge independente da religião, unicamente como forma de expressão para quem produz, e como oportunidade de experiência especial para quem aprecia.
Qualquer que seja sua direção, a arte está em toda parte e é um elemento definidor da identidade de um povo, de um grupo social e de um indivíduo.
Linguagem....O artista pode se manifestar de diversas formas: pelo som (música e canto), pela linguagem verbal oral ou escrita (literatura), pela linguagem visual (pintura, desenho, escultura, gravura, fotografia, cinema, grafite) ou pela linguagem cênica (teatro e dança). Ou pode ainda expressar-se pela mistura de várias linguagens.
Quando você organiza seus objetos e quadros no seu quarto, ou enfeita o seu caderno, ou coloca gravuras coladas no seu armário, ou quando escolhe suas roupas de forma que combinem, você está usando o seu talento estético, o seu gosto. Dizem “de artista, de médico e de louco todos temos um pouco”. Mas há pessoas que têm a arte como profissão.

O artista é aquele que se realiza expressando-se por meio da criação, da imaginação. Quem se dedica à arte pode ter diversos objetivos, como, entre outros:

• provocar emoção;
• proporcionar prazer estético;
• comunicar aos outros seus pensamentos e sentimentos;
• sentir alegria ou satisfação durante o ato criativo;
• explorar novas formas de expressão;
• perpetuar sua existência no mundo;
• divulgar suas crenças;
• ocupar o tempo de forma criativa;
• documentar o seu tempo;
• homenagear alguém, algum fato ou algumas idéias.

Antigamente os artistas se formavam trabalhando nas oficinas de outros artistas, como ajudantes. Hoje, algumas pessoas se formam em escolas ou universidades especializadas em arte para se transformarem em artistas. Outros, sem qualquer formação sistemática (chamados de autodidatas), começam a produzir arte e se dedicam a essa ocupação durante a vida toda. Tomam a arte como profissão.  Alguns artistas conseguem tanto sucesso com o seu trabalho que ganham muito dinheiro. Outros, passam a vida tentando vender os seus trabalhos sem conseguir mas mesmo assim não abandonam a sua arte, pois o verdadeiro artista não pode viver sem sua forma de expressão.

 Texto baseado no livro “Explicando a Arte”, de Jô Oliveira e Lucília Garcez.

domingo, 8 de abril de 2012

3ª SÉRIE - 2012 - 1ª UNIDADE - TEXTO 3: ABSTRACIONISMO X FIGURATIVISMO

Arte Abstrata ou Abstracionismo: Começou a ser valorizada a partir de 1910 por um artista russo, Wassili Kandinsky. É um termo genérico utilizado para classificar toda forma de arte que se utiliza somente de formas, cores ou texturas, sem retratar nenhuma figura, rompendo com a figuração, com a representação naturalista da realidade. 
              Kandinsky - Primeira aquarela abstrata - 1910
Podemos classificar o abstracionismo em duas tendências básicas: a geométrica e a informal.

No Abstracionismo geométrico, ao desenvolver pinturas, gravuras e peças de arte gráfica, os artistas exploram com rigor técnico as formas geométricas e as cores, sem a preocupação de transmitir idéias e sentimentos.

Os principais iniciadores do Abstracionismo geométrico são o russo Malevitch (1878-1935) e o holandês Piet Mondrian (1872-1944). Com quadros em que figuras geométricas flutuam num espaço sem perspectiva.




Abstracionismo Informal predominam os sentimentos e emoções. Por isso, as formas e cores são criadas mais livremente.



Arte Figurativa ou Figurativismo: é aquela que retrata e expressa a figura de um lugar, objeto, pessoa ou situação de forma que possa ser identificado, reconhecido. Abrange desde a figuração realista (parecida com o real) até a estilizada (sem traços individualizadores). O figurativismo segue regras e padrões de representação da imagem retratada. Contrapõe-se ao abstracionismo.


A pintura figurativa possui vários gêneros:


Retrato: Representação de uma imagem de uma pessoa por meio de pintura, desenho, gravura ou fotografia. É um dos gêneros mais populares.
A tradição do retrato começou na antiguidade e esteve durante muito tempo restrito a uma pequena parcela da sociedade. Alguns exemplos estão no Antigo Egito, onde apenas o faraó e sua família tinham o privilégio de serem retratados, na Grécia Antiga, onde as moedas eram cunhadas com o retrato dos seus soberanos, e entre os romanos, que utilizavam o retrato para cultuar os antepassados. A idéia do retrato como algo popular, como a temos hoje, é recente e gradual - desde o século XV até o surgimento da fotografia, no século XIX.

Às vezes o retrato nos mostra uma só pessoa, as vezes um grupo inteiro: uma família, membros de um clube, fregueses de um restaurante e as vezes o próprio pintor chamando-se autorretrato.
O autorretrato pode ser abordado como uma história à parte dentro deste gênero. Sua origem é muito anterior ao século XX, desde o momento em que o artista foi visto como "alguém especial" (entre os séculos XV e XVI) e passível de ser representado. Em A Mansão de Quelícera encontramos um dos muitos Autorretratos de Rembrandt, uma vez que este tema merece destaque na trajetória do artista.


Paisagem: Gênero que surgiu durante o Renascimento, e representa um lugar, urbano ou no campo. A paisagem natural é obtida na natureza, sem a interferência humana. A paisagem modificada pela ação do homem (Um edifício, por exemplo), é chamada de Humanizada. O período renascentista trouxe ênfase a este gênero de pintura.


Marinha: Chama-se marinha a pintura que tem especificamente por tema a paisagem marítima ou assuntos marinhos.
As marinhas aparecem pela primeira vez no século XVI nos Países Baixos e se desenvolvem no século XVII e XVIII, com a crescente especialização de alguns artistas em pinturas com temas específicos. Mas foi no século XIX que ganhou popularidade entre outros artistas que encontraram no tema marinho uma forma de representar as forças da natureza.


Natureza Morta: Retrato de uma coisa sem vida como restos de objetos inanimados, um vaso de flores, um animal morto.
Surgiu como um gênero mais simplório, no início do Barroco, derivado das pinturas que representavam cenas religiosas em cozinhas populares;
A preocupação dos artistas era representar os próprios objetos: sua cor, texturas, volumes, superfícies e a relação entre esses objetos;
ü  Foi apenas no século XVIII, em meio ao surgimento da disciplina de estudo científico História da Arte, que estes foram considerados "gêneros" de pintura.
ü  No século XVII a natureza-morta era considerada de menor importância (em relação às pinturas históricas, mitológicas e religiosas) e tinha um menor preço no mercado.
ü  Era vista como pintura apenas decorativa e, mesmo nos lares mais humildes, ocupava os cômodos de menor importância.
ü  Na Espanha o gênero foi chamado Bodegodes e foi usado como forma de mostrar a habilidade técnica naturalista do artista e por remeter, além dos conteúdos morais, ao misticismo tão valorizado pela cultura da época.
 No final do século XIX e início do século XX, em meio aos ideais modernistas e das tendências formalistas, a natureza-morta voltou a ser vista como em sua origem: um gênero “sem tema”. Pela neutralidade dos “personagens” deste gênero, ele era apropriado para as pesquisas plásticas dos artistas (de composição, cor, figura, etc

  

Pintura Histórica: Apresenta cenas ligadas a acontecimentos históricos antigos ou contemporâneos.


 Pintura Mitológica: Caracterizado pela representação de personagens e cenas da mitologia greco-romanas - que tem um longo trajeto na história da arte.
 

Pintura de Gênero: Focaliza aspectos da vida cotidiana. Focaliza aspectos da vida cotidiana. Este gênero desenvolveu-se mais amplamente na parte norte dos Países Baixos (atual Holanda), onde não havia uma corte (uma vez que a região era organizada em províncias), nem um clero sediado (já que eles adotaram o recém surgido protestantismo). Sua origem nessa região está associada às ricas cenas pintadas por Bruegel, em suas cenas de camponeses em atividades cotidianas, que se tornaram extremamente influentes entre os artistas da época.
Outra característica marcante do gênero, principalmente na região holandesa, é o extremo naturalismo que, muitas vezes, chega ao realismo burguês. Ele está completamente voltado para o homem e para a natureza, assim como para as cenas e motivos que faziam parte da existência diária e pessoal: os aposentos das casas, o pátio, a cidade, a paisagem local, a fachada da rua e, de forma bastante inovadora e singular, a mulher em suas atividades domésticas.
                                                   A Leiteira- Johannes Vermeer


 Pintura Religiosa: Aborda temas bíblicos, milagres, fatos da vida dos santos. Uma parcela significativa dessa produção era realizada sob encomenda para decorar forros das igrejas e capelas.
                                                   A Lamentação - Giotto

Referências
FEIST, Hildegard. Uma pequena viagem pelo mundo da Arte. Moderna. São Paulo. 1996.
SOUZA, Edgard Rodrigues de. Desenho e Pintura. Moderna. São Paulo. 1997
GARCEZ, Lucília. OLIVEIRA, Jô. Explicando a Arte: uma iniciação para entender e apreciar as artes visuais. Ediouro. Rio de Janeiro. 3ª edição. 2002
Azevedo Junior, José Garcia de. Apostila de Arte – Artes Visuais. São Luís: Imagética Comunicação e Design, 2007.
http://www.casthalia.com.br/a_mansao/preste_atencao/pintura_genero.htm