"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

terça-feira, 10 de julho de 2018

1ªSérie - DIVERSAS MANIFESTAÇÕES NAS ARTES VISUAIS - ( 1ª parte) - 2ª Unidade - 2018


DESENHO: pode ser definido como a arte de representar objetos por meio de linhas e sombras. Na história da humanidade, antes mesmo de representar a realidade pela escrita, os homens desenhavam. As primeiras expressões artísticas são desenhos: os desenhos das cavernas.
Podemos dizer que o desenho vem antes de todas as coisas que o homem produz: roupas, sapatos, casas, edifícios, pontes, automóveis, aviões, móveis, computadores, utensílios, ferramentas, louças, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos... O desenho é a matriz de outras formas de expressão visual que têm como base um esboço: a pintura, a gravura, a escultura, e às vezes até mesmo o cinema, pois muitos diretores famosos gostam de desenhar personagens ou cenas que imaginam antes de filmá-las.
O desenho em preto e branco é feito com lápis, carvão ou lápis-de-cera sobre papel. Há diversas técnicas e diferentes tipos de desenho, dependendo do material que é usado, do tema e do objetivo que o desenhista tem em mente.

BICO-DE PENA: a técnica de desenho o bico-de-pena é muito antiga. Este desenho baseia-se no uso criativo e primoroso do ponto e da linha. Em suas infinitas variações, cruzamentos e combinações, o ponto e a linha criam formas, relevos, texturas, tonalidades, luz e sombra.
Na Idade Média, os monges começaram a difundir esse tipo de desenho, que era feito com um instrumento de bambu ou de pena de ganso. No Renascimento, essa técnica foi muito apreciada. Alguns artistas associaram o bico-de-pena com a aquarela alcançando efeitos maravilhosos. A tinta tradicional é o nanquim preto, embora se possam usar também os coloridos. Hoje há diversos tipos de caneta. A mais comum é a de metal para mergulhar na tinta.

HISTÓRIA EM QUADRINHOS: O desenho é a base da história em quadrinhos. Nessa forma de expressão, o artista trabalha com narrativa, seqüência, continuidade e movimento. A história em quadrinhos é uma manifestação moderna, pois surgiu a partir da Revolução Industrial e do progresso técnico que permitiu a impressão e a distribuição de revistas em larga escala.
Essas histórias surgiram primeiramente nos jornais, em tiras, para atrair mais leitores adultos, e caíram no gosto das crianças. Por volta de 1930 surgiram as revistas exclusivamente de histórias em quadrinhos, e os heróis americanos se tornaram conhecidos em todo o mundo. Hoje, são os japoneses que fazem sucesso.
O artista gráfico usa uma variedade imensa de recursos e artifícios no seu trabalho: enquadramento, perspectiva, efeitos de luz e sombra, movimento, expressões faciais e corporais para seduzir o leitor e evitar a monotonia. As histórias em quadrinhos obedecem a uma série de princípios, que são:
1. Os personagens são de fácil reconhecimento no decorrer da história. Nunca envelhecem nem mudam de roupa ou de cabelo. Os heróis são bons e bonitos, e os seus adversários são malvados e feios.
2. Os diálogos vêm dentro de balões que apontam para a pessoa que fala.
3. O pensamento tem um balão com uma fila de bolinhas na direção do personagem.
4. Os ruídos, expressos por meio de onomatopéias, vêm dentro de um balão cheio de pontas.
5. Os gritos são expressos por maiúsculas grandes e sussurros são expressos por meio de letras pequenas e com o balão feito de linhas pontilhadas.
6. Imagens traduzem conceitos: serrote = ronco; lagartos, caveiras e bombas = palavrões...

No enquadramento dos elementos o desenhista utiliza o recurso do cinema com a técnica de planos de perspectiva.
Os planos:
a) Plano de exagero: utiliza só a parte do rosto ou detalhe de um objeto.
b) Plano médio: da cabeça aos ombros.
c) Plano geral: toda a figura.
d) Plano 3/4 ou americano: até os joelhos.
Perspectivas:
a) Para conseguir uma visão de longa distância.
b) De tomada de cima.
c) De tomada de baixo.
Expressões: riso, pranto, raiva, desprezo, assombro, dúvida, meditação.
Balões: Normalmente, o balão apresenta formas distintas e é colocado à direita do personagem. Nele escrevem-se os textos que correspondem aos diálogos, sons inarticulados, pensamentos, metáforas visuais e ruídos visuais, de acordo com o que expressa o personagem.
Metáforas visualizadas: expressam o estado físico e psíquico dos personagens. Normalmente são acompanhados de recursos gráficos. Os recursos gráficos dão vida e movimento aos desenhos.
Onomatopéia: Significa imitar um som com um fonema ou palavra. Ruídos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopéias. As onomatopéias, em geral, são de entendimento universal.



(baseado em texto de Jô Oliveira e Lucília Garcez)

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