"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

2ª SÉRIE - RESUMO - TEXTO 3 - 2ª Unidade

Arte Na Pré-História
     Podemos definir a pré-história como um período anterior ao aparecimento da escrita.
     Como a duração da Pré-História foi muito longa, os historiadores a dividiram em três períodos.

              Paleolítico Inferior
     O homem vai descobrindo meios de dominar a natureza.
     Vive em pequenos grupos nômades e se abriga em cavernas.
     Desenvolve a linguagem para se comunicar.

              Característica:
     Pragmatismo, ou seja, a arte produzida possuía uma utilidade, material, cotidiana ou mágico-religiosa.

              Instrumentos do Paleolítico Inferior
  
              Paleolítico Superior
     Divisão do trabalho por sexo dentro das comunidades.
     Fabricava instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado, arco e flecha, lançador de dardos, anzol e linha.
     Usavam o fogo para cozimento de alimentos e defesa contra animais.
     Inicia-se a arte (pinturas) nas cavernas: figuras de animais.
     São famosas as pinturas rupestres nas cavernas de Altamira (Espanha) e Lascaux (França).

Instrumentos do Paleolítico Superior
  Escultura
Técnicas:
     Picoteamento (a partir de batidas na rocha); uma incisão fina ou filiforme (sulcos finos, resultados da fricção única de um instrumento sobre o suporte rochoso);
     Polimento e raspagem (fricções repetidas de um instrumento sobre o painel). Essas técnicas produzem sulcos em forma de ”U” e de “V”.


 Arte Rupestre

     Qualquer conjunto de elementos gráficos pintados ou gravados sobre suportes rochosos fixos – em geral abrigos, grutas, lajedos, paredões e afloramentos – deixados por populações do passado, constituídas de grupos de caçadores – coletores, horticultores, agricultores ou pastores.
     As primeiras expressões da arte eram muito simples. Consistiam em traços feitos nas paredes de argila das cavernas ou das “mãos em negativo”. Somente depois de dominarem a técnica das mãos em negativo é que os artistas pré-históricos começaram a desenhar e pintar animais.



Mãos em negativo
Como era feita a Pintura Rupestre

     A tinta era feita basicamente de produtos de origem mineral (óxido de ferro, manganês, cobre ou argilas), sendo a água o veículo para sua aplicação. As cores mais comuns são por ordem de freqüência, vermelho, amarelo, preto e branco.
     Eram utilizados dedos, pincéis feitos com madeira, chumaços de pêlo ou penas e gravetos. 
  
Período Neolítico
     Início do cultivo dos campos;
     Artesanato: cerâmica e tecidos;
     Construção de pedra;
     Instrumentos de pedra polida, enxada e tear;
     Pinturas de cadáveres e cenas de caça.
     Instrumentos de pedra polida, enxada e tear;
     Pinturas de cadáveres e cenas de caça.

Pintura do Período Neolítico

Escultura do Período Neolítico


                Arquitetura do Período Neolítico

     O aparecimento da arquitetura e o consequente sedentarismo do ser humano favoreceram o surgimento da arquitetura denominada megalítica, por causa do uso de grandes blocos de pedra. 

              Monumentos Megalíticos

     Nuragues : feitos de pedras justapostas sem argamassa;
     Dolmens :duas grandes pedras fincadas no chão.
     Menires, são grandes pedras cravadas no chão de forma vertical;
     Cromiech,  são menires e dolmens organizados em círculo
     Essas pedras pesavam mais de três toneladas, fato que requeria o trabalho de muitos homens e o conhecimento da alavanca.






Arquitetura Pré-Histórica






Como a arqueologia estuda a arte rupestre

     A análise ocorre, pela identificação das características físicas, concretas, objetivas, que partem dos aspectos gerais como: ambiente natural de inserção do sítio, topografia, tipo de suporte rochoso, morfologia do espaço habitável e do “grafitável”.

Aspectos considerados no estudo da arte rupestre

Localização:
     Corresponde ao lugar geográfico onde se encontra o sítio.

Tipo de suporte:
     Deve-se reconhecer:
a)      Natureza da rocha (arenítica, calcária, metarenítica, etc);
b)      A morfologia do sítio (abrigo, gruta, caverna, boqueirão, paredão, afloramento isolado, lajedo, etc).

Tecnologia dos grafismos

Classificação: pinturas e gravuras.
     Nas pinturas observa-se como foram aplicados os pigmentos na superfície da rocha.
     Nas gravuras, como foram feitas as incisões (sulcos) no suporte rochoso.

Classificação dos grafismos

a) Segundo os motivos antropomorfos (humanos), zoomorfos (animais) ou geométricos (círculos, linhas, etc);
b) Segundo o grau de identificação com os modelos reais, se naturalísticos ou estilizados.

 Tradições de pinturas na Região Nordeste do Brasil
As formas de representação foram classificadas no Brasil a partir dos motivos.

     Tradição Nordeste: predominam os motivos antropomorfos isolados ou compondo cenas de pequenas dimensões e pinturas monocromáticas.
                                                       Representação de caça encontrada no Rio Grande do Norte: 
                                                                                          uma das mais antigas

       Tradição São Francisco: Sobressaem os motivos geométricos compondo conjuntos complexos e pinturas policromáticas.
   Tradição Agreste: Corresponde a motivos antropomorfos esquematizados, toscos e grandes com desenhos.


       Tradição Geométrica: Predomínio de elementos geométricos isolados e monocromáticos.

     Tradição Astronômica: Ainda pouco definida, consistiria em motivos que representariam elementos cósmicos como sol, estrela, cometa, trajetórias venusianas, lunares, solares e outras.

     

Agentes destrutivos e medidas de preservação
    Dentre os agentes naturais temos os fatores erosivos que ocorrem em função da ação mecânica dos ventos (eólicos) e do escorrimento de água nos paredões, originado das chuvas (pluviais).
  Existe também o desprendimento de placas dos suportes rochosos em função dói processo natural de desagregação da rocha. Outros fatores são o crescimento de vegetação e de liquens na superfície dos painéis, que promovem a degradação da arte rupestre.
     Por fim, insetos como abelhas, vespas e cupins interferem nos painéis, no momento que constroem suas casas ou eliminam dejetos sobre as pinturas, cobrindo-as e agregando resíduos que minimizam a leitura e, às vezes, impossibilitam a visualização.
  Dentre os agentes antrópicos que ameaçam esse patrimônio destacam-se a visitação desordenada, a depredação deliberada e a exploração de jazidas minerais.
     O maior agente para a preservação dos sítios é a conscientização da sociedade para a sua importância artística e cultural. 

Referências
Texto produzido em forma de livreto pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal da Bahia.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1ª Ed. Ática. São Paulo. 2005.













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