Entre
1850 e 1900 surge nas artes europeias, sobretudo na pintura francesa, uma nova
tendência estética chamada Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente industrialização
das sociedades. O homem europeu, que tinha aprendido a utilizar o conhecimento
científico e a técnica para interpretar e dominar a natureza convenceu-se de
que precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas, deixando de
lado as visões subjetivas e emotivas da realidade.
Os
realistas buscavam mostrar a realidade tal qual ela se apresentava,
demonstrando o que acontecia na sociedade sem ocultar ou distorcer os fatos.
São
realistas os trabalhos de arte feitos pelos pintores, desenhistas, arquitetos e
escultores que resolveram passar para suas obras a realidade que os circundava.
São características gerais:
* o cientificismo
* a valorização do objeto
* o sóbrio e o minucioso
* a expressão da realidade e dos aspectos descritivos
ARQUITETURA
A
arquitetura adapta-se ao novo contexto social, tende a tornar-se realista ou
científica.
Os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações, ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia do século XIX. As obras de engenharia e arquitetura passaram a ser realizadas com materiais novos surgidos a partir da Revolução Industrial, como o ferro fundido e o concreto armado. De início o ferro foi utilizado com o propósito unicamente utilitário; depois tornou-se o meio de suporte habitual para a cobertura de grandes espaços, como estações ferroviárias e bibliotecas públicas. Mas tarde, com objetivos mais ambiciosos, o ferro foi o material básico da delicada estrutura do palácio de cristal de Londres, construído em 1851 por Joseph Paxton e também da primeira construção francesa que adotou esse material em toda a sua estrutura e em 1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel, hoje logotipo da "Cidade Luz" com 300 metros de altura foi a construção mais alta da época.
Os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações, ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia do século XIX. As obras de engenharia e arquitetura passaram a ser realizadas com materiais novos surgidos a partir da Revolução Industrial, como o ferro fundido e o concreto armado. De início o ferro foi utilizado com o propósito unicamente utilitário; depois tornou-se o meio de suporte habitual para a cobertura de grandes espaços, como estações ferroviárias e bibliotecas públicas. Mas tarde, com objetivos mais ambiciosos, o ferro foi o material básico da delicada estrutura do palácio de cristal de Londres, construído em 1851 por Joseph Paxton e também da primeira construção francesa que adotou esse material em toda a sua estrutura e em 1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel, hoje logotipo da "Cidade Luz" com 300 metros de altura foi a construção mais alta da época.
ESCULTURA
A escultura realista não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiam os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras.
Dentre os
escultores do período realista, o que mais se destaca é Auguste Rodin
(1840-1917), cuja produção desperta severas polêmicas. Já seu primeiro trabalho
importante, A Idade do Bronze, de 1877, causou uma grande discussão motivada
pelo seu intenso realismo. Alguns críticos chegaram a acusar o artista de tê-lo
feito a partir de moldes tirados do próprio modelo vivo. Mas é com São João Pregando,
de 1879, que Rodin revela a sua característica fundamental: fixação do momento
significativo de um gesto humano.
Obras
destacadas: Balzac, Os Burgueses de Calais, O Beijo e O Pensador.
PINTURA
A
tendência se expressa, sobretudo na pintura. As obras privilegiam cenas
cotidianas de grupos sociais menos favorecidos. O tipo de composição e o uso
das cores criam telas pesadas e tristes. O grande expoente é o francês Gustave
Courbet (1819-1877). Para ele, a beleza está na verdade. Suas pinturas chocam o
público e a crítica, habituados à fantasia romântica. São marcantes suas telas
Os Quebradores de Pedra, que mostra operários, e Enterro em Ornans, que retrata
o enterro de uma pessoa do povo. Outros dois nomes importantes que seguem a
mesma linha são Honoré Daumier (1808-1879) e Jean-François Millet (1814-1875).
Também destaca-se Édouard Manet (1832-1883), ligado ao naturalismo e, mais
tarde, ao impressionismo. Sua tela Olympia exibe uma mulher nua que
"encara" o espectador.
Características da pintura:
* Representação da realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da natureza, ou seja, o pintor buscava representar o mundo de maneira documental;
A pintura
deixa completamente de lado os temas mitológicos, bíblicos, históricos, pois o
que importa é a criação a partir de uma realidade imediata e não imaginada.
* Ao
artista não cabe "melhorar" artisticamente a natureza, pois a beleza
está na realidade tal qual ela é;
*
Revelação dos aspectos mais característicos e expressivos da realidade.
Temas da pintura:
* Politização: a arte passa a ser um meio para denunciar uma ordem social que consideram injustas; a arte manifesta um protesto em favor dos oprimidos.
* Pintura
social denunciando as injustiças e as imensas desigualdades entre a miséria dos
trabalhadores e a opulência da burguesia. As pessoas das classes menos
favorecidas - o povo, em resumo - tornaram-se assunto frequente da pintura
realista. Os artistas incorporavam a rudeza, a fealdade, a vulgaridade dos
tipos que pintavam, elevando esses tipos à categoria de heróis. Heróis que nada
têm a ver com os idealizados heróis da pintura romântica.
Principais pintores:
Courbet
Pintor
francês Gustave Courbet (1819-1877) é considerado o criador do realismo social
na pintura, pois procurou retratar temas da vida cotidiana, principalmente das
classes populares. Manifesta sua simpatia particular pelos trabalhadores e
pelos homens mais pobres da sociedade no século XIX.
Obra destacada: Os Britadores e Moças Peneirando o Trigo.
Jean-François
Millet, sensível observador da vida campestre, criou uma obra realista na qual
o principal elemento é a ligação ativa do homem com a terra. Foi educado num
meio de profunda religiosidade e respeito pela natureza. Trabalhou na lavoura
desde muito cedo. Seus numerosos desenhos de paisagens influenciaram, mais
tarde, Pissarro e Van Gogh. É o caso, por exemplo, "Angelus".
Entre os
artistas brasileiros, tem maior expressão o realismo burguês, nascido na
França. Em vez de trabalhadores, o que se vê nas telas é o cotidiano da
burguesia. Dos seguidores dessa linha se destacam Belmiro de Almeida
(1858-1935), autor de Arrufos, que retrata a discussão de um casal, e Almeida
Júnior (1850-1899), autor de O Descanso do Modelo. Mais tarde, Almeida Júnior
aproxima-se de um realismo mais comprometido com as classes populares, como em
Caipira Picando Fumo.
PROENÇA,
Graça. História da Arte. Ática. São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo
a História da Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.
LEONARDI, Ângela Cantele.
Arte e Habilidade: 8º ano. IPEB, 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário