A linguagem
visual compreende várias
categorias de expressão, onde a construção de qualquer uma delas implica em
conhecimento e na leitura de elementos visuais como a forma, a cor, o espaço
(bidimensional e tridimensional), o equilíbrio, a relação entre luz e sombra,
plano e superfície, além de outros.
Elementos
básicos da linguagem visual: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a
cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento.
1.
Ponto: É um elemento do espaço que indica uma posição. É a unidade de comunicação visual
mais simples e irredutivelmente mínima.
Ao pressionarmos a ponta do lápis sobre uma folha
de papel, obtemos pontos de diferentes tamanhos, conforme o material utilizado.
Esses pontos são chamados de pontos gráficos.
O pontilhismo surgiu na
França no final do século XIX.
Os pintores partiam da
observação da realidade, de cenas do cotidiano e de paisagens.
A uma determinada distância
os pontos se misturam e compete
j
2.
Linha: Quando os pontos estão tão próximos entre si que se
torna impossível identificá-los individualmente, aumenta a sensação de direção,
e a cadeia de pontos se transforma em outro elemento: a linha.
·
É o elemento plástico mais utilizado pelo artista.
·
É o elemento de expressão mais significativo, numa
composição.
Desde os tempos
pré-históricos que o homem tem observado a linha e se serviu dela para
transmitir
as suas mensagens.
as suas mensagens.
As pinturas
rupestres, as figuras gravadas na rocha, os gravados em utensílios de cerâmica,
comprovam
a sua aplicação desde há muitos, muitos anos atrás.
a sua aplicação desde há muitos, muitos anos atrás.
3.
Forma: A forma é o contorno de uma determinada figura ou
objeto, é a aparência das coisas.
3.1 Formas naturais: São aquelas formas que podemos encontrar na natureza e que ainda não
sofreram qualquer intervenção do homem. Ex.: as árvores, os animais, as
montanhas, etc. Os pintores que trabalham com estas formas são chamados de
figurativistas ou naturalistas.
3.2
Formas artificiais - São aquelas que resultam da ação do homem, ou
seja, são formas criadas pelo ser humano.
3.3 Formas abstratas: São aquelas criadas pela imaginação humana. Estas formas não existem na
natureza. Os pintores que trabalham com estas formas são chamados
abstracionistas ou não figurativistas.
3.4 . Formas regulares: são aquelas constituídas apenas por linhas curvas ou por linhas retas.
São formas simples.
3.7
Formas funcionais: São formas criadas com uma função específica.
3.8 Formas bidimensionais: são
aquelas que possuem apenas 2 dimensões: largura e comprimento. Podemos
criar impressões ópticas de tridimensionalidade, criando volume no desenho
bidimensional através do claro-escuro, das sombras e luzes ou pelos efeitos de
perspectiva.
3.9 Formas
tridimensionais: são aquelas que possuem três dimensões: largura, comprimento e
altura. Estas possuem volume e por isso ocupam lugar no espaço. São chamadas formas sólidas.
Perspectiva: é a representação gráfica dos objetos
tridimensionais. Ela pode ser feita de várias maneiras, com resultados
diferentes, que se assemelham mais ou menos à visão humana.
A cor é a característica de uma radiação
A cor exerce ação tríplice: a de impressionar, a de
expressar e a de construir. A cor é vista: impressiona a retina. A cor é
sentida: provoca emoção. A cor é construtiva, pois tendo um significado
próprio, possui valor de símbolo, podendo assim, construir uma linguagem que
comunique uma idéia, que pode ser de leveza, alegria, sobriedade, etc.
4.1
COR: É a sensação provocada pela ação da luz sobre os
órgãos da visão. Pode ser percebida de duas formas: cor-luz e cor-pigmento:
4.1.2
Cor-pigmento: Aquela percebida através das substâncias materiais
corantes na presença da luz. Ex.: folha verde
4.2
Classificação das cores
4.2.1
Cores primárias: Também chamadas de cores
puras. Não se formam pela mistura de outras cores. São elas: azul, vermelho e
amarelo.
4.2.2
Cores secundárias: São cores resultantes da
mistura de duas cores primárias. São elas: laranja, verde e violeta.
4.2.3
Cores terciárias: Resultam da mistura de uma
cor primária com uma cor secundária. São elas: amarelo-alaranjado,
vermelho-alaranjado, vermelho-arroxeado, azul-arroxeado, azul-esverdeado e
amarelo-esverdeado
4.2.4
Cores análogas: São cores vizinhas no círculo das cores. São análogas porque há nelas uma mesma cor
básica. Pôr exemplo o amarelo-ouro e o laranja-avermelhado tem
em comum a cor laranja.
As cores análogas, ou da mesma
"família" de tons, são usadas para dar a sensação de uniformidade.
Uma composição em cores análogas em geral é elegante, porém deve-se tomar o
cuidado de não a deixar monótona.
4.2.5
Cores complementares: São cores opostas no
círculo cromático. Elas são chamadas complementares porque temos uma cor
secundária que completa uma primária, formando as três primárias.
4.2.6
Cores frias: as cores chamadas de frias são aquelas que causam
as sensações de calma e tranquilidade. Uma cor fria ao lado de outa fria parece
mais fria. As cores frias parecem distanciar-se de nós, por isso são bastante
usadas para se pintar paisagens.
No círculo cromático está incluída toda a gama do verde-alface ao
violeta.
4.2.7
Cores quentes: As cores quentes estão associadas a sensações
completamente opostas àquelas que as cores frias transmitem.
Assim, as cores
quentes associam-se às sensações de calor, adrenalina. São consideradas cores
excitantes. As cores quentes, por serem mais luminosas, parecem avançar sobre
nós. No círculo cromático está incluída toda a gama do amarelo o
magenta-violeta.
Estas cores
associam-se ao sol, ao fogo, a vulcões em erupção, entre outras.
4.2.8
Cores neutras: Caracteriza-se
pela não predominância de tonalidades quentes e ou frias. São
consideradas neutras: cinzas, cinzas com ligeira coloração quente ou fria,
bege, marrons e ainda o preto e o branco.
4.2.9
Preto e branco: As outras cores permitem uma diluição no sentido
do claro ou do escuro, e aproxima-se das cores vizinhas no espectro. Só
o preto e o branco insistem em sua pureza; ao se acrescentar a mínima
quantidade de outra cor a uma delas, esta perde imediatamente a sua identidade.
O branco transforma-se em rosa, cinzento, amarelo, etc., o preto torna-se azul,
violetas, castanho ou verde. Não existe branco escuro ou preto claro.
O branco e preto são dois extremos tonais. Nada pode ser mais claro do que o branco, ou mais escuro do que o preto.
A suavidade ou intensidade de uma cor pode alterar-se, misturando-lhe
cores neutras (branco ou preto).
Se lhe adicionarmos branco, a cor fica mais clara; se lhe juntarmos
preto, a cor torna-se mais escura. Obtemos assim tons (claros ou escuros) de
uma cor.
4.3
Harmonia: é a relação que existe entre as cores usadas em
uma pintura ou composição.
4.3.1
Monocromia: harmonia obtida com diferentes matizes de uma só
cor. Quando usamos uma única cor em uma composição, mas com várias tonalidades,
dizemos tratar-se de uma monocromia. Por exemplo: usamos o preto e o branco
para dar a variedade de tons, mais escuros ou mais claros.
4.3.2
Isocromia: harmonia obtida usando-se cores diferentes, mas que implicam uma na
outra. Por exemplo: uma pintura que tem o vermelho como cor predominante, com
suas diferentes nuanças (o laranja e o amarelo).
4.3.3
Policromia: é o emprego de muitas cores num mesmo trabalho,
formando um todo agradável (harmônico).
"Cromar" significa colorir. Quando
usamos várias cores (mais do que três) em uma composição, dizemos tratar-se de
uma policromia.
4.4 Contraste: é a harmonia obtida com a oposição de cores complementares. As cores se valorizam mutuamente, por possuírem extensão e força, como
se fossem as três cores primárias em seu estado puro. O contraste é bastante
forte quando colocamos uma cor primária ao lado de uma secundária. As cores
primárias e as complementares lutam entre si, porque entre elas não existe
nenhuma afinidade. Ex.: Vermelho e
verde; amarelo e violeta e azul e laranja.
4.5
Tom: Refere-se a maior ou menor quantidade de luz presente na cor. Quando se
adiciona preto a determinado matiz, este se torna gradualmente mais escuro, e
essas gradações são chamadas escalas tonais. Para se obter escalas tonais mais
claras acrescenta-se branco.
4.5.1
O "calor" das cores: A temperatura
das cores designa a capacidade que as cores têm de parecer quentes ou frias.
Quando se divide um disco cromático ao meio com uma linha vertical cortando o
amarelo e o violeta, percebe-se que os vermelhos e laranjas do lado esquerdo,
são cores quentes, vibrantes. Pôr outro lado, os azuis e verdes do lados
direito são cores frias, que transmitem sensações de tranquilidade.
5.
Textura: é o elemento visual que com frequência serve de
substituto para as qualidades de outro sentido, o tato. Na verdade, porém,
podemos apreciar e reconhecer a textura tanto através do tato quanto da visão,
ou ainda mediante uma combinação de ambos. É possível que uma textura não
apresente qualidades táteis, mas apenas óticas, como no caso das linhas de uma
página impressa, dos padrões de um determinado tecido ou dos traços super
postos de um esboço. Onde há uma textura real, as qualidades tácteis e ópticas
coexistem, não como tom e cor, que são unificados em um valor comparável e
uniforme, mas de uma forma única e específica, que permite à mão e ao olho uma
sensação individual, ainda que projetemos sobre ambos um forte sindicado
associativo.
BRUNA, R. Cantele.
Arte, etc e tal... Vol. 3. IBEP. São Paulo.
DONDIS. Donis A.
Sintaxe da Linguagem visual. 3ª Ed. Martins Fontes. São Paulo. 2007.
MEIRA,
Marly Ribeiro. Filosofia da Criação. Porto Alegre: Editora Mediação, 2007
LEONARD,
Angela Cantele. CANTELE, Bruna Renata.
Arte e Habilidade. 2ª ed. IBEP.
São Paulo. 2012
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