Foi por e volta de
1600 que pela primeira vez diversos instrumentos diferentes foram reunidos para
formar uma orquestra. As primeiras orquestras continham cordas, diversos tipos
de instrumentos de sopro e um teclado, com o cravo. Com a evolução dos
violinos, os instrumentos de cordas estruturaram-se e passaram a atuar como
núcleo central de uma orquestra, aos quais os compositores passaram a juntar
outros instrumentos como Flautas doces, Oboés, Fagotes e Trompas. Só na segunda
metade do século XVII, período clássico, época de Haydn, Mozart e Beethoven,
foi que a orquestra chegou a sua atual composição.
No decorrer do
século XIX a orquestra expandiu-se tanto em tamanho como em extensão sonora.
Foi aumentando o número de trompas para quatro, e os trombones que só
participavam em óperas e música sacra, passaram a ter um lugar certo. Após o
avanço da tecnologia e a invenção do sistema de válvulas (1815), foi
introduzida a Tuba e o naipe dos metais ficou completo. Pouco a pouco os
compositores recorreram a um número maior de madeiras (Flautim, Corne Inglês,
Clarone e Contrafagote) e, no naipe das percussões, os instrumentos tornaram-se
mais variados capazes de efeitos brilhantes e curiosos. Tornou-se necessário
então um incremento do número de cordas para dar equilíbrio aos naipes.
No final do século XIX e princípio do
século XX, a orquestra, para satisfazer as exigências dos compositores, teve
que ser bastante aumentada. Enquanto que 25 músicos eram suficientes para
Mozart, as obras sinfônicas de Mahler e Strauss exigiam 100 músicos ou mais. Os
metais receberam instrumentos extras e as madeiras eram combinadas em grupos de
3 ou até 4 instrumentos.
Na contemporaneidade, alguns compositores
têm experimentado novas técnicas, explorando interessantes meios para modificar
a sonoridade orquestral e adotando, dentre outros recursos, instrumentos novos
e técnicas eletrônicas.
O REGENTE
Na
atualidade o Regente (também chamado Maestro ou maestrina) é uma pessoa muito
importante na orquestra. Sua função é reger os músicos. Ele também é
responsável pela interpretação das músicas, devendo indicar quando um
instrumentista ou grupo deles deve começar ou parar de tocar. É ele quem define
a velocidade da música para que todos toquem juntos. Também faz sinais para que
os músicos saibam se devem tocar forte ou suave.
O maestro se comunica com os músicos por
meio de gestos e pela expressão do rosto.
A maioria dos maestros, ao reger uma
orquestra, segura uma batuta ela serve para que os músicos vejam os movimentos
com mais facilidade. Entretanto, não foi sempre assim a profissão de maestro ou
regente surgiu no início do século XIX. Até então os grupos musicais eram
dirigidos por um ou mais músicos (alguma vezes o spalla) que regiam ao mesmo
tempo em que tocavam.
A batuta começou a ser utilizada no início
do século XIX. Antigamente existiam outros objetos para marcar o tempo da
música, como um pesado bastão de madeira parecido com uma bengala, que um dos
músicos batia no chão. Como essas batidas não faziam parte da música e acabavam
atrapalhando o resultado sonoro, o bastão foi substituído por uma pequena vara
de marfim, madeira leve ou fibra.
A ORQUESTRA
A palavra orquestra designa um conjunto
razoavelmente grande de instrumentos que tocam juntos. Esse agrupamento é
organizado em quatro naipes ou “famílias” de instrumentos: Cordas, Madeiras,
Metais e Percussão. A localização dos naipes da orquestra obedece a uma razão
prática. Os naipes são dispostos de forma a proporcionar equilíbrio e uma boa
combinação dos variados timbres instrumentais. Além disso, o Regente poderá
ouvir cada instrumento com clareza e, naturalmente, é preciso que cada
instrumento possa ver o Regente.
INSTRUMENTOS DA ORQUESTRA
Há
muitos instrumentos em uma orquestra sinfônica. Alguns deles tornam-se parte de
uma mesma família por possuírem semelhanças.
Na
orquestra há quatro famílias de instrumentos: as cordas, as madeiras, os metais
e a percussão. Essas famílias se subdividem em naipes, que são os grupos de
instrumentos do mesmo tipo.
FAMÍLIA DAS CORDAS
A
família das cordas é constituída por vários instrumentos. Os mais semelhantes
são os violinos, as violas, os violoncelos e os contrabaixos.
A
diferença entre eles está em suas dimensões (tamanho) e no som que eles
produzem. Quanto maior o instrumento, mais graves serão os sons produzidos por
ele.
Existem outros instrumentos que fazem parte
da família das cordas, mas são construídos e tocados de modo diferente.
O violino, a viola, o violoncelo e o
contrabaixo são tocados principalmente com arco – por esse motivo essa parte da
família é chamada de “cordas friccionadas ou de arco”. Já a harpa tem suas
cordas dedilhadas.
No
piano, as cordas são percutidas por martelos, acionados quando o pianista toca
o teclado. No cravo, as cordas são pinçadas.
FAMÍLIAS
DAS MADEIRAS
A
família das madeiras é composta de instrumentos de sopro feitos principalmente
de madeira. Alguns instrumentos da família das madeiras são feitos de metal.
A
flauta é de metal, mas como antigamente ela era feita de madeira, continuou
fazendo parte da família.
FAMÍLIA
DOS METAIS
É
a terceira família de instrumentos da orquestra.
Os
sons dos instrumentos da família dos metais são produzidos pelo sopro, como na
família das madeiras.
FAMÍLIA
DA PERCUSSÃO
Os instrumentos de percussão já eram usados
desde a pré-história. Sabemos disso pelas pinturas, desenhos e objetos que os
homens e mulheres dos tempos pré-históricos deixaram No entanto, nos diferentes
tipos de orquestra, não eram tão comuns como hoje.
Um dos pioneiros a utilizar a percussão em
composições foi Beethoven (1770-1827), que recebeu críticas na época por
incluir em suas músicas sons considerados “desagradáveis”.
Os instrumentos de percussão são divididos
em dois grupos. O primeiro grupo é formado por instrumentos que emitem várias
notas musicais como: o tímpano, o glockenspiel, o xilofone, o metalofone e o
vibrafone.
O
tímpano
é um tambor grande feito de metal (latão ou cobre) recoberto por uma pele que
pode ser de couro ou de material sintético. Dependendo de quanto essa pele é
esticada, o som obtido torna-se mais agudo ou mais grave.
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