Convivendo com diversas tendências do final do século XX, o
Pré-Modernismo ajudou a direcionar a mentalidade brasileira para a modernidade
artística. O Movimento Moderno Brasileiro teve início quase cinco anos antes da
Semana de Arte Moderna de 1922, com uma exposição de Anita Malfatti (1889-1964),
que conheceu a arte de vanguarda na Europa e nos Estados Unidos.
Alguns críticos consideram o artista Lasar Segall (1891-1957) como
precursor do Modernismo, por uma razão cronológica: sua primeira exposição no
Brasil, também expressionista, foi realizada em 1913. Porém o evento não teve o
mesmo impacto que o de Anita Malfatti.
Nas Artes Plásticas, ao lado de Anita, um dos maiores articuladores da
Semana de Arte Moderna foi Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976). Ele não apenas
criou o cartaz oficial do evento, como expôs doze obras. Nascido no Rio de
Janeiro, fez a ponte entre os cariocas e paulistas.
Tarsila do Amaral (1886-1973) não participou da Semana de Arte Moderna,
pois estava em Paris. Na volta ao Brasil, entrou em contato com os modernistas.
Criou a obra Abaporu,
que significa em língua indígena “antropófago”. Esta obra inspirou
Oswald de Andrade a criar a teoria da antropofagia cultural em 1928. Nos anos 1930,
Tarsila pintou temas sociais, como Operários (1933). Sua contribuição
maior foi ter ajudado a compreender o repertório visual popular, juntando em
suas pinturas, o Brasil arcaico com as
formas modernas e de vanguarda.
Victor Brecheret (1894 - 1955) foi um escultor ítalo-brasileiro,
considerado um dos mais importantes do país. É responsável pela introdução do
Modernismo na escultura brasileira.
Cícero Dias (1907 – 2003), artista brasileiro de grande renome
internacional, combinou as mais genuínas tradições pernambucanas com a essência
universal da arte. Sempre adotando posições vanguardistas, participou do
movimento modernista brasileiro, aproximou-se do Surrealismo e foi um dos
pioneiros dos Abstracionismos no pós-Segunda Guerra.
Alfredo Volpi foi um pintor ítalo-brasileiro considerado pela crítica
como um dos artistas mais importantes da segunda geração do Modernismo. Uma das
características de suas obras são as bandeirinhas e os casarios. Sua frase
conhecida: “Eu não falo, eu pinto”.
Cândido Portinari (1903-1962), filho de imigrantes italianos, nasceu em
Brodósqui, no interior de São Paulo e mudou-se para o Rio, onde estudou
pintura. Nos anos 1930 passou a pintar
murais. Seus temas são sociais, e sua pintura perpassa desde a pintura Renascentista
(observada na perspectiva), até o Cubismo (na geometrização das formas).
O Modernismo na Arquitetura Brasileira
Oscar Niemeyer, Lucio Costa e
Lina Bo Bardi, entre outros, são nomes importantes dentro da história da
arquitetura moderna brasileira.
Novas tendências pós-anos 50 - Influência da pop-art
A crítica ao sistema de arte e aos limites dos conceitos de “museu” e
“exposição” marcou fortemente os anos 1960. Em todas as formas de arte desse
período há uma espécie de deglutição de elementos da arte universal,
reprocessados e filtrados a partir do contexto local. Hélio Oiticica criou a
obra Tropicália, pela primeira vez em
1967. Pisando no chão de areia, o espectador confronta-se com poemas-objetos,
araras vivas, plantas, Parangolés e
uma televisão.
A Pop-Art, de origem nova-iorquina,
enfocava o cotidiano da classe média americana, tomando seus temas e imagens
para fazer uma crítica à sociedade americana. Os artistas brasileiros
aproveitaram a experiência pop, sem
perder a autonomia nem a identidade nacional.
Rubens Gerchman, Carlos Vergara, Antonio Dias e um grande grupo de
artistas, flertaram com a linguagem das histórias em quadrinhos, o cordel, o
futebol, os jornais e fizeram parte deste período de experimentação de linguagens e rupturas dos
espaços de exposição. Deram origem ao movimento Nova Figuração.
Nos anos 70, Cildo Meireles é um dos nomes mais marcantes da Arte
Conceitual, que agrupa várias posturas artísticas que têm em comum a vontade de
destacar a importância da parte intelectual como a essência de sua obra.
Geração 80, 90 e as tendências contemporâneas
João Câmara Filho - Sua obra dialoga com a história política brasileira,
com a arte e a mitologia.
O artista cria, dessa forma, metáforas com as quais ironiza o poder e as relações sociais.
O artista cria, dessa forma, metáforas com as quais ironiza o poder e as relações sociais.
Iberê Camargo - Artista de rigor e sensibilidade únicos, Iberê Camargo é
um dos grandes nomes da arte brasileira do século XX. Autor de uma obra extensa
(sete mil), que inclui pinturas, desenhos, guaches e gravuras.
Siron Franco - possui domínio técnico que possibilita o desenvolvimento
da própria linguagem artística, ligado às questões sociais do seu tempo, como o
acidente com o césio 37 em Goiânia, o
contínuo massacre dos povos indígenas e a devastação da natureza, denunciando a
caça e a matança de animais.
Arthur Bispo do Rosário (1911-1989) - Arte do inconsciente. O mais
conhecido artista que viveu na fronteira entre a loucura e a genialidade.
Descendente de escravos, nasceu em
Sergipe, e pouco antes de 1930 foi internado com diagnóstico de esquizofrenia e
paranoia. Lá produziu mais de mil peças com objetos do cotidiano, como roupas e
lençóis bordados.
Referência
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1ª ed. São Paulo. Ática, 2005
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