"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

domingo, 2 de outubro de 2016

3ª Série - ARTE ROMÂNTICA - 3ª Unidade - 2016

Goya: As primeiras manifestações românticas na pintura foram realizadas por Francisco de Goya (1746-1828), que, apesar de pertencer à academia, não seguia as regras do racionalismo neoclássico. Em muitas de suas pinturas há contrastes de luz e sombra que dão um efeito dramático à cena.
O espanhol Francisco José Goya y Lucientes (1746-1828) usou temas diversos: retratos da corte espanhola e do povo, os horrores da guerra, a ação incompreensível de personagens fantásticas e cenas históricas.

Delacroix: É talvez o maior representante da pintura romântica, mas sua importância ainda é maior, pois superando os problemas específicos deste movimento, foi um inovador da pintura, e sobre os seus estudos, desenvolveram-se mais tarde as pesquisas do Impressionismo.
Artista famoso pela intensidade de suas cores e por experimentos que o levaram a revolucionar a maneira de trabalhar os tons, Eugène Delacroix é o mais conhecido representante do estilo romântico na pintura.
Considerado o maior expoente do Romantismo na arte, era um artista que acreditava que sua pintura tinha por dever expressar todo tipo de experiência emocional intensa: paixão, luxúria, tristeza, violência, morte, vitórias e derrotas. Seu uso inovador das cores, deixando de lado a tradicional técnica do "sfumato" ao se pintar sombras, também é marcante: Delacroix sobrepunha cores complementares para obter maior riqueza e vivacidade em suas telas (cada uma das três cores primárias possui sua complementar, que resulta da fusão das outras duas).
Comparava as combinações de cor com as combinações musicais.
Para Delacroix, as cores não se encontravam prontas na paleta. Eram criadas por tonalidades justapostas, mesclavam-se na vista do observador.
Se na natureza não há cor preta, também na pintura não devia haver cores mortas e neutras.
Aos 29 anos, o francês Eugène Delacroix (1799-1863) viveu uma importante experiência: visitou Marrocos, no norte da África, com a missão de documentar, por meio da pintura, os hábitos e costumes das pessoas daí. Mas Delacroix tornou-se famoso também por retratar a agitação das ruas.

PAISAGEM ROMÂNTICAA pintura paisagística já havia se desenvolvido no século XVIII, mas foi no período romântico que ganhou nova força, principalmente na Inglaterra. A paisagem romântica caracterizava-se, de um lado, por seu realismo e, por outro, pela recriação das contínuas modificações das cores da natureza causadas pela luz solar.
Joseph Mallord William Turner (1775-1851) representou os grandes movimentos da natureza, mas por meio de estudo da luz que a natureza reflete, procurou descrever uma certa “atmosfera” da paisagem. Turner combina os tons claros como  o amarelo e o laranja, são mantidos puros, isto é não foram neutralizados com o branco.
Obras: “O Grande Canal”, e “Chuva, Vapor e Velocidade”.

John Constable (1776-1837) ao contrário de Turner, a natureza retratada por Constable é serena e profundamente ligada aos lugares onde o artista nasceu, cresceu e trabalhou ao lado do pai. Muitos elementos de suas paisagens – os moinhos de vento, as barcaças carregadas de cereais faziam parte da vida cotidiana do artista quando jovem.

ARQUITETURAA arquitetura do romantismo foi marcada por elementos contraditórios, fazendo dessa forma de expressão algo menos expressivo. O final do século XVIII e início do XIX foram marcados por um conjunto de transformações, envolvendo a industrialização, valorizando e rearranjando a vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças; novos materiais foram utilizados como o ferro e depois o aço.
Ao mesmo tempo, as igrejas e os castelos fora dos limites urbanos, conservaram algumas característica de outros períodos, como o gótico e o clássico. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional.
A urbanização na Europa determinou a construção de edifícios públicos e de edifícios de aluguel para a média e alta burguesia, sem exigências estéticas, preocupadas apenas com o maior rendimento da exploração, e, portanto esqueceu-se do fim último da arquitetura, abandonando as classes menos favorecidas em bairros cujas condições eram calamitosas.
Entre os arquitetos mais reconhecidos desse período historicista ou eclético, deve-se mencionar Garnier, responsável pelo teatro da Ópera de Paris; Barry e Puguin, que reconstruíram o Parlamento de Londres; e Waesemann, na Alemanha, responsável pelo distrito neogótico de Berlim. Na Espanha deu-se um renascimento curioso da arte mudéjar na construção de conventos e igrejas, e na Inglaterra surgiu o chamado neogótico hindu. Este último, em alguns casos, revelou mais mau gosto do que arte.
No Brasil, a arquitetura romântica sofreu influência europeia, principalmente francesa.
Os lucros do café proporcionaram o desenvolvimento de nossa arquitetura (época imperial). Foram construídos vários edifícios públicos e particulares, sobrados e palacetes, igrejas e teatros.

ESCULTURA

A escultura romântica não brilhou exatamente pela sua originalidade, nem tampouco pela maestria de seus artistas. Talvez se possa pensar nesse período como um momento de calma necessário antes da batalha que depois viriam a travar o impressionismo e as vanguardas modernas. Do ponto de vista funcional, a escultura romântica não se afastou dos monumentos funerários, da estátua equestre e da decoração arquitetônica, num estilo indefinido a meio caminho entre o classicismo e o barroco.
A grande novidade temática da escultura romântica foi a representação de animais de terras exóticas em cenas de caça ou de luta encarniçada, no melhor estilo das cenas de Rubens. Não abandonaram os motivos heroicos e as homenagens solenes na forma de estátuas superdimensionadas de reis e militares. Em compensação, tornou-se mais rara a temática religiosa. Os mais destacados escultores desse período foram Rude e Barye, na França, Bartolini, na Itália, e Kiss, na Alemanha.

Referências:
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática. São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo a História da Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.

LEONARDI, Ângela Cantele. Arte e Habilidade: 8º ano. IPEB, 2012

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