"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

3ª Série - ABSTRACIONISMO - 4ª Unidade - 2013



A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende essencialmente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser abstrata.
A principal característica da pintura abstrata é a ausência de relação imediata entre as formas e cores e as formas e cores de um ser. Por isso, uma tela abstrata não representa nada da realidade que nos cerca, nem narra figurativamente alguma cena histórica, literária, religiosa ou mitológica.
Os estudiosos de arte comumente consideram o pintor russo Wasily Kandinsky (1866 – 1944) o iniciador da moderna pintura abstrata. O começo de seus trabalhos neste sentido é marcado pela tela Batalha.

O Abstracionismo apresenta várias fases, desde a mais sensível até a intelectualidade máxima.
Em pouco tempo o abstracionismo dominou a pintura moderna e tornou-se um movimento bastante diversificado. Entretanto, duas tendências firmaram-se com características mais precisas: o Abstracionismo informal e o Abstracionismo geométrico.

Abstracionismo Informal, predominam os sentimentos e emoções. As cores e as formas são criadas livremente sugerindo associações com os elementos da natureza. A obra Impressão, de Kandinsky, constitui um bom exemplo dessa tendência.
Já no Abstracionismo geométrico, as formas e as cores devem ser organizadas de tal maneira que a composição resultante seja apenas a expressão de uma concepção geométrica.
As obras do pintor holandês Piet Mondrian (1872 – 1974) são as mais representativas do Abstracionismo Geométrico, pois, assim como Cézanne, ele buscava o que existe de constante nos seres, apesar de eles parecerem diferentes. Segundo Mondrian, cada coisa, seja ela uma casa, uma árvore ou uma paisagem, possui uma essência que está por trás de sua aparência. E as coisas, em sua essência, estão em harmonia no Universo. O papel do artista, para ele, seria revelar essa essência oculta e essa harmonia universal.  

Principais Artistas:

FRANZ MARC (1880-1916), pintor alemão, apaixonado pela arte dos povos primitivos, das crianças e dos doentes mentais, o pintor alemão Marc escolheu como temas favoritos os estudos sobre animais, conheceu Kandinski, sob a influência deste, convenceu-se de que a essência dos seres se revela na abstração. A admiração pelos futuristas italianos imprimiram nova dinâmica à obra de Marc, que passou a empregar formas e massas de cores brilhantes próprias da pintura cubista.
Os nazistas destruíram várias de suas obras. As que restaram estão conservadas no Museu de Belas-Artes de Liège, no Kunstmuseum, em Basiléia, na Städtische Galarie im Lembachhaus, em Munique, no Walker Art Center, em Minneapolis, e no Guggenheim Museum, em Nova York.

WASSILY KANDINSKY (1866-1944), pintor russo, antes do abstracionismo participou de vários movimentos artísticos como impressionismo também atravessou uma curta fase fauve e expressionista. Escreveu livros, como em 1911, Sobre o espiritual na arte, em que procurou apontar correspondências simbólicas entre os impulsos interiores e a linguagem das formas e cores, e em 1926, Do ponto e da linha até a superfície, explicação mais técnica da construção e inventividade da sua arte. Dezenas de suas obras foram confiscadas pelos nazistas e várias delas expostas na mostra de "Arte Degenerada".

BIBLIOGRAFIA
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática. São Paulo, 2000

Nenhum comentário:

Postar um comentário